Estudar sem edital na praça

Estudar sem ter um certame com datas, matérias e pressão sobre o concurseiro pode ser bom ou ruim, dependendo do seu perfil de estudante. Se você só aprende sob pressão, a ausência do edital tira a emoção de tudo. Se você é, como eu, que gosta de ter tempo para aprender as coisas, não ter edital é muito bom.

Mas, mais do que isso que considerei, estudar assim é ponderar sobre o imponderável. Isso significa brincar de adivinhação, de apostar. Mais especificamente, trata-se de conhecer tendências.

Esse blog não virou editorial de moda, caro leitor. Todavia, a linha que os editais e as bancas organizadoras seguem parece uma “modinha”, com o perdão do trocadilho. As novidades, os assuntos mais atuais e uns grupos de assuntos perenes sempre estão em voga.

Por tal razão, para estudar sem edital, você precisa colocar sua intuição para funcionar. Assim, você pode pressentir o que tem chances de constar num edital futuro.

Você também precisa adquirir as qualidades que uma boa Glorinha Kalil dos concursos teria, caso existisse uma pessoa assim. Ficaria ligado no que é hit das passarelas: ou seja, do que as bancam gostam.

Seria eficaz também virar um bom Sherlock Holmes e pesquisar, de vez em quando, na página do órgão em que você quer trabalhar algumas notícias de concurso. Aconselho também ficar antento ao Diário Oficial (é isso que eu fico fazendo), pois dali pode sair uma publicação do início de uma comissão de organização de concurso. Aí, pode-se ter alguma dica, pois frequentemente as diretrizes já são lançadas.

Ter um edital e uma prova antiga também ajudam, mas têm que ser vistos com flexibilidade. Afinal, tudo pode mudar. Basta que os modismos e a quantidade de vagas a serem lançadas variem de um edital para o outro. Ou então, que transcorra um intervalo grande entre um concurso e outro. Foi exatamente o que aconteceu nos concursos do BACEN e do MPU, em que houve muitas alterações no edital.

Por outro lado, pode-se manter a disciplina estudando matérias básicas de qualquer concurso sem ter edital. Eu, por exemplo, já fiz muito isso. Eu resolvi da seguinte forma: criei uma meta diária comparável com aquela da época em que tinha prova marcada.

Só tenho uma coisa a observar: não há como controlar todos os fatores do seu estudo. Sempre hverá uma novidade que o deixará meio perdido, se perguntando como se adaptar. Nem você nem ninguém poderá antever. Só que isso vai acontecer com todos os concurseiros sérios e vai fazer diferencial com quem lidar da melhor maneira possível.

Digo essas dicas de águia sabida porque cercam a maior parte das coisas que precisamos dominar, mas é impossível dominar tudo. Sempre haverá aquela matéria “nada a ver” com a sua profissão, como por exemplo, estatística para advogado como houve no concurso do SERPRO. Você adivinharia isso? Duvido!

Resumo da Ópera – Estudar sem edital é uma experiência muito boa, mas é também tatear no escuro. Por isso, seja investigativo, mas trate de aproveitar a oportunidade queimando as pestanas nos livros!

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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1 Response to "Estudar sem edital na praça"

  1. Pablo says:

    No momento estou "fundindo" programas de editais de concursos do TRE da FCC e do CESPE, publicados no ano passado e neste ano, para poder me preparar para o concurso do TRE/ES.

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