Noite de Cão

"Noite de cão” é uma expressão utilizada quando alguém teve uma noite ruim, cansativa, com o sono entrecortado ou até sono algum. De anteontem para ontem tive uma dessas noites. Não, não foi por causa do estresse de estudar, preocupação com alguma prova ou ansiedade com a divulgação de algum resultado. Junte uma noite quente e abafada, com muitos pernilongos e uma ventania que de madrugada acordou todo mundo na casa com a barulheira de coisas sendo derrubadas (graças a Deus não foram os telhados das casas), pronto, você tem um retrato dessa minha noite de cão.

Quando acordei às sete da manhã, me sentia acabado, cansado, e soube no mesmo instante que o dia não seria muito rendoso em termos de estudo. Depois de um café da manhã leve com duas xícaras de café preto para ajudar, me sentei para montar um esquema de estudos especial que evitasse que o dia fosse totalmente perdido. Selecionei matérias mais interessantes, cortei leituras e coloquei no lugar vídeos de aulas, dupliquei o número de intervalos e reservei meia hora para uma soneca reparadora para depois do almoço.

Acho que poucos são os concurseiros que não enfrentam algumas várias noites de cão ao longo de sua jornada rumo a aprovação em concursos públicos seja por quais motivos forem (pessoais, de saúde, dinheiro, ...). Independentemente disso poder ter sido evitado ou não, no dia seguinte o concurseiro estará um lixo e seu desempenho estará comprometido. O que realmente importará é como lidar com aquela situação desse tipo sem comprometer os estudos, sem perder tempo precioso que pode significar aquelas duas questões que o aprovarão no próximo concurso.

Vamos à receita de bolo:

- Não adianta perder tempo lamentando pela noite mal dormida, isso só vai atrapalhar ainda mais;

- Procure se alimentar de forma leve, evitando carnes gordurosas, massas, molhos pesados, frituras. Prefira saladas, carnes magras, doces leves, sorvete;

- Café ajuda até certo ponto. Esqueça daquele mito de que ficar tomando café o dia todo vai mantê-lo atento e acordado. Muito pelo contrário, vai é provocar uma azia;

- Refaça o esquema de estudos para o dia, evitando matérias novas, pesadas e que exijam muita atenção. Prefira matérias mais leves;

- Se puder trocar matérias lidas por matérias em vídeo, melhor ainda;

- Evite aulas e matérias em áudio (MP3), que só darão mais sono;

- Aumente o número de intervalos durante o dia, quando você deverá se levantar da cadeira, dar uma voltinha, lavar o rosto com bastante água fria;

- Se puder separar meia horinha para um cochilo depois do almoço, melhor. Mas é 30 minutos somente, mais do que isso só vai aumentar a sonolência;

- Termine o dia de estudos lá pelas 19 horas, tome um bom banho, coma algo leve e, claro, vá dormir mais cedo para acordar muito descansado no dia seguinte e tirar o atraso do dia meio-perdido.

É engraçado como existem concurseiros que não se tocam quando é preciso diminuir um pouco o ritmo de estudos num dia para não comprometer os dias seguintes. É mais fácil recuperar somente um dia de estudos perdido por uma noite ruim de sono, do que recuperar vários dias porque se teimou em forçar os limites do corpo quando não devia.

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Algumas respostas a questões feitas por leitores do blog:

- Desculpem pela enrolação em escrever sobre como foi a palestra Lia Salgado. Juro que posto até sexta ... só hoje encontrei minhas anotações da palestra, que sei lá como, foram parar dentro de um livro de constitucional.

- A questão matemática que postei alguns dias atrás era, sim, de um concurso de nível médio.

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DICAS

→ Português

Infraestrutura ou Infra-Estrutura?

Esse é um caso de hífen que confunde muita gente.
O prefixo “infra” pede hífen quando seguido de vogal, “h”, “r” e “s” como em “infra-assinado” ou “infra-som”. Nos demais casos o prefixo se funde à palavra, como em “infraconstitucional”.

Não tenha dúvidas

É engraçado como algumas dicas importantíssimas para o sucesso de quem se dedica a estudar para ser aprovado em concursos público passam batido sem que nenhum professor, guru ou outros concurseiros as repassem. Isso não acontece por maldade ou esquecimento, nada disso, mas porque é assumido que de tão básicas, todos que resolver estudar seriamente para passar em concursos públicos deveriam saber sem ninguém ter de falar ... o que não se verifica, claro. Uma das mais importantes dessas dicas não repassadas é:

Sempre tenha um bom dicionário à mão e consulte-o em caso de dúvida.

Tempos atrás estava conversando com um professor de português e ele falou da quantidade de dúvidas de seus alunos que poderiam ser sanadas com uma simples consulta ao dicionário.O pior é que isso é verdade. Eu mesmo conheço vários concurseiros que só foram comprar um bom dicionário depois que eu os alertei da loucura que é estudar sem ter um.

No Brasil o uso do dicionário não é incentivado, isso é fato. Não são poucos os alunos de ensino básico e médio que nem ao menos sabem consultar um dicionário. Sinceramente não sei de onde vem essa cultura idiota de ter vergonha ou achar bobagem consultar o dicionário, mas especialistas de todas as áreas de conhecimento concordam que isso é altamente prejudicial para o aprendizado.

As matérias de direito são complicadas para quem não é advogado, não porque sejam absurdamente difíceis, mas porque possuem um jargão próprio, um linguajar que para quem não é advogado acaba sendo um tanto árido. Não é vergonha do concurseiro engenheiro ou economista se enroscar com os “juiz ad quem” e “correição” que aparecessem em leis secas e apostilas de direito. Vergonha será desse concurseiro prosseguir estudando sem antes saber exatamente o que quer dizer esses termos e essas palavras, o que somente pode ser feito consultando um professor ou consultando um dicionário, que será muito mais fácil. E não é só nas matérias de direito que as dúvidas surgem, também em português, auditoria, contabilidade, em qualquer matéria.

Eu sempre estudo com a versão digital do dicionário Houaiss aberta no computador. Apareceu uma dúvida, pesquiso e pronto, aquele ponto obscuro da matéria fica claro instantaneamente, o que me permite continuar a estudar de maneira muito mais produtiva. Além disso, ao consultar palavras no dicionário acabo memorizando pontos da matéria, que quando vejo em questões de prova, muitas vezes me fazem lembrar da matéria instantaneamente e então matar a questão. Sinceramente, acho que estudar sem a ajuda de um bom dicionário é deixar de usar uma grande vantagem competitiva que certamente significará ser aprovado em concurso público mais rápido do que quem não usa.

Alguns concurseiros podem argumentar que os melhores dicionários, Houaiss e Aurélio, são muito caros. Realmente as versões completas desses dicionários não são baratas, custam entre R$200 e R$300, mas sua compra deve ser considerada como um investimento e não como um gasto, do mesmo modo que é investimento comprar boas apostilas e prestar concursos. Para quem não pode investir esse valor alto no momento, pode-se optar pelas versões eletrônicas desses dicionários (como eu fiz) que custam em torno de R$100, um valor muito acessível. Há versões mini desses dicionários, custando em torno de R$40, porém são voltados para alunos de ensino fundamental e médio, não atendendo 100% das necessidades dos concurseiros, devendo assim ser evitadas. A compra pode ser interessante para quem não mora nas grandes cidades. Algumas opções de livrarias online:

http://www.livcultura.com.br
http://www.livrariasaraiva.com.br/
http://www.fnac.com.br
http://www.submarino.com.br

Também não deixem de verificar em sebos ou até em sites de leilões por edições anteriores das versões completas dos dicionários, que mesmo sendo mais antigas, podem, tranqüilamente, atender às necessidades do concurseiro.

Resumo da ópera – Estudar para passar em concursos públicos é um guerra, onde qualquer arma a mais pode ser a diferença entre a vida e a morte. Pode ter certeza de que já aconteceu muitas vezes e ainda vai acontecer outras tantas, de candidatos que estudavam consultando o dicionário terem acertado questões que outros candidatos não acertaram porque não sabiam o significado de uma ou mais palavras, garantindo assim pontos preciosos que garantiram sua aprovação.

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DICAS

→ Português

"A" OU "HÁ"

Se o “há” equivale a faz – ambos indicam, no caso, tempo decorrido –, deve ser escrito com h, pois é conjugação do verbo haver.

Exemplos:

Estou em Londrina há (faz) vários anos.

Há (faz) quanto tempo você está aqui?


Usa-se o “a” simples quando a projeção se faz para o futuro ou quando a indicação for de distância.

Exemplos:

Estou a 15 dias de minha formatura.

Daqui a pouco irei embora.

Ela está a dois metros daqui; etc.


System Failure

Este concurseiro solitário, que vos escreve de uma lan house, testemunhou na noite da última sexta-feira seu computador simplesmente deixar de funcionar. Depois de abrí-lo e fazer alguns testes, foi diagnosticado que a placa de vídeo queimou e só amanhã (segunda-feira) para comprar uma nova e substituir. Amanhã a noite já posto um novo artigo, sobre a palestra da Lia Salgado. Sorry pelo contratempo.

Saber separar o joio do trigo

Hoje farei uma pausa na série de artigos que venho escrevendo sobre as palestras que assisti no final de semana passado, para falar de uma verdadeira praga que grassa no meio concurseiro, causa da falta de motivação e até de desistência para muitos concurseiros.

Freqüento alguns dos fóruns sobre concursos públicos que há na Internet por serem pontos de reunião e troca de informações de concurseiros do Brasil inteiro, ótimos para colher material interessante de estudo, se manter atualizado sobre o que está acontecendo no meio e, claro, ajudar a manter a motivação (estar no meio de gente que estuda forte é um incentivo para também estudar forte). Pois bem, dias atrás alguém postou em dois ou três desses fóruns a mesma pergunta. A pessoa estava encontrando dificuldade para se disciplinar e criar uma rotina de estudos que realmente a preparasse para concursos públicos, e pedia dicas e orientação de como fazer. Começaram a surgir respostas e entre elas afirmações do tipo:

- “Eu estudo doze horas por dia com somente um intervalo de meia hora”;

- “Primeiro você tem de comprar a melhor bibliografia, que não vai custar menos de R$2 mil”;

- “Se você não fizer um cursinho dos bons, está perdido, não vai ter chance de passar”.

Claro que lendo coisas assim, não só o autor do questionamento quanto vários outros concurseiros menos experientes entraram em pânico. Afinal de contas, não são muitos que podem freqüentar os melhores cursinhos, gastar uns sete salários mínimos em livros logo de cara e, não bastasse, estudar 12 horas diárias. Daí surgiram comentários como:

- “Mas eu trabalho o dia inteiro, posso estudar somente quatro horas por dia”;

- “Eu não tenho todo esse dinheiro agora para gastar com livros e apostilas”;

- “Eu moro no interior e aqui não tem cursinho para concursos públicos”.

Chamo isso de “teatro dos concurseiros” e esses são dois personagens. Os vilões, que estão fazendo terrorismo dizendo bobagens, e os ingênuos, que acreditam nessas bobagens sem duvidas delas. Claro que essa peça não é inédita, ela vem sendo representada desde o tempo em que os homens viviam nas cavernas, por isso mesmo sábios de todas as culturas já disseram e escreveram sobre os perigos de fazer parte dessa encenação. Tomemos um ensinamento a esse respeito que ouvimos desde crianças, mas que a maioria nunca usa na prática.

“O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio" (Mateus 13:24-26).

Para quem não sabe, o joio (Lolium Temulentum) é considerada uma erva daninha nas regiões produtoras de trigo da Europa, Ásia e Oriente Médio, pois é uma gramínea muito parecida com trigo que se confunde com ele durante a fase de maturação, mas que quando amadurecesse produz sementes negras. Se o joio não é extirpado antes da colheita, será um trabalhão separar as sementes depois de colhidas. Por isso mesmo o joio era usado como um tipo de arma em tempos antigos, sendo semeadas nos campos dos inimigos para sabotar suas reservas de alimentos e, conseqüentemente, enfraquecê-lo.

Fazendo uma analogia, quando um concurseiro posta uma pergunta em um fórum ou lista de discussão, está semeando trigo com a intenção de colher mais trigo, ou seja, respostas sérias que o ajudem a resolver seu problema. Só que tem gente que semeia joio na forma de respostas imbecis como as que exemplifiquei acima. Se o concurseiro que perguntou tiver um mínimo de bom senso, saberá separar o joio do trigo, as más respostas das boas respostas, e não terá problemas ... se não tem bom senso, colherá desespero.

Engraçado como algo tão básico, tão simples, não é feito pelos concurseiros que entram em desespero. Não vejo muitas desculpas plausíveis para essa ingenuidade, mesmo porque temos problemas de “joio no trigo” sempre em nossas vidas, desde crianças. Mas uma coisa é certa, o concurseiro que realmente quer ter sucesso, não encenará esse peça, seja como ingênuo ou vilão, porque sabe que não pode perder tempo precioso de estudos com bobagens desse tipo, que não levam a lugar algum.

Resumo da ópera – Saiba separar o joio do trigo.

- “Eu estudo doze horas por dia com somente um intervalo de meia hora”;

>>> Pode ser que uma ou outra pessoa realmente faça isso, mas é algo raríssimo. A maioria que diz coisas desse tipo estão se enganando, querem enganar aos outros ou ambos. Alguém que diz que estuda 14 ou 15 horas por dia está se referindo a horas brutas de estudo, ou seja, não estão descontando as paradinhas para ir ao banheiro, tomar água, pegar material e por aí vai. Par entender melhor, leia um artigo passado que escrevi sobre horas líquidas de estudo. Só para exemplificar, uma menina me mandou um email dias atrás dizendo que começou a usar o método de contagem de horas líquidas de estudo que expliquei e que só então ela viu que as 8 horas diárias de estudo que ela fazia eram horas brutas, que na verdade estudava efetivamente entre 5 e 6 horas diárias.

- “Primeiro você tem de comprar a melhor bibliografia, que não vai custar menos de R$2 mil”;

>>> Tudo bem, tem muita gente que faz isso, bom para elas. Primeiro porque material demais só atrapalha, segundo porque material de estudo para concursos públicos não é tão caro, terceiro porque há centenas de casos de ex-concurseiros, hoje já empossados em cargos públicos, que obtiveram sucesso estudando até com livros e apostilas de segunda mão, usados. Eu conheço pelo menos meia dúzia desses concurseiros.

- “Se você não fizer um cursinho dos bons, está perdido, não vai ter chance de passar”.

>>> Se fosse assim, somente seriam aprovados em concursos públicos os que moram e estuda nas grandes capitais concurseiras (Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, nessa ordem), onde há dezenas de ótimos cursinhos. Mas a realidade é muito diferente, há aprovados de cidades do Brasil todo e todos os concursos públicos, desde das grandes capitais às bibocas perdidas no mapa.

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DICAS

→ Português

USO DO PORQUE JUNTO E SEPARADO

→ Por que (separado sem acento).

Utilizamos esse formato para iniciar perguntas:

“- Por que fizeste isso?

→ Porque (junto sem acento)

Utilizamos esse formato para responder perguntas:

- Fiz isso porque era necessário.

→ Por quê (separado com acento)

Utilizamos esse formato no final de frases:

- Sabemos que você não compareceu à reunião, por quê?

→ Porquê (junto com acento)

Utilizamos esse formato quando o "porquê" tem função de substantivo:

- Se ele fez isso, teve um porquê (motivo)

2ª Palestra - Traçando a Melhor Estratégia de Estudos - Fábio Gonçalves

Mais uma vez vou começar com uma definição do dicionário Houaiss. Estratégia: a arte de aplicar com eficácia os recursos de que se dispõe ou de explorar as condições favoráveis de que porventura se desfrute, visando ao alcance de determinados objetivos. Traçar uma boa estratégia de estudos é de suma importância para os concurseiros que querem ser aprovados em concursos públicos, pois somente com a otimização dos estudos e recursos para estudar esse objetivo pode ser alcançado sem mais esforço do que o necessário.

A segunda palestra que assistir no Fim de Semana do Concurso realizado pelo Meta Concursos foi do Fábio Gonçalves, diretor do famoso curso de concursos carioca Academia de Concursos, considerado um dos melhores do país. O cara realmente sabe do que fala e tem muita experiência na orientação e preparação de concurseiros.

Nessa palestra, Fábio falou sobre como evitar focar em alguns concursos e com isso deixar passar a oportunidade de também se preparar para uma série de outros concursos para cargos afins com o que o concurseiro almeja. Para fins práticos ele dividiu sua fala em estratégia para concursos de nível médio (sendo que quem concorre mesmo para esses concursos tem diploma de curso superior) e concursos de nível superior. Para os concursos de nível médio ele usou como exemplo o concurso para a Polícia Rodoviária Federal e mostrou como estudando para esses concursos o candidato também estaria estudando grande parte, senão toda, matéria para concursos como de escrevente e técnico judiciário ou de oficial de justiça. Só que o contrário não se verifica, ou seja, estudar para oficial de justiça não prepara o concurseiro para prestar provas para a Polícia Rodoviária Federal. No caso dos concursos de nível superior ele usou como exemplo o famoso concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal, demonstrando como quem prepara para esse concurso também já está se preparando também para concursos similares como para ICMS ou TCU.

A idéia por trás dessa palestra é que o concurseiro inteligente monta sua estratégia de estudos procurando um concurso específico para focar, mas que também o prepare para vários outros concursos para cargos similares. Esse trabalho de inteligência (no sentido de planejamento e também de esperteza) é fundamental para a otimização do tempo e esforço, algo que pode ser a diferença entre ser aprovado ou não em concursos públicos.

Resumo da ópera – Não basta o concurseiro ter disposição para estudar e vontade de ser aprovado, é preciso estudar e se esforçar com inteligência. Claro que não é proibido que alguém defina um concurso específico, estude e preste provas unicamente para esse concurso, mas se há tantos outros concursos para cargos similares, porque não fazer uma ponte? Não há lei que impeça ninguém de ser empossado em um cargo e alguns meses depois pedir exoneração para ser empossado em outro cargo melhor ou que tenha mais haver com o perfil da pessoa. Parafraseando o comercial de TV, não basta ser concurseiro, tem de planejar.

QUESTÕES COMENTADAS

→ Português

Quais são os seis erros que existem nessa frase?

“6 hospitais brasileiros sendo dois públicos conquistarão certificação de saúde em 2.006”

Vamos lá, leia com cuidado e tente achar os erros antes de ver a resposta.
...
...
...
...
...
...
...

Vamos à resposta.

1º erro – Não se inicia frase com numeral, os gramáticos recomendam ser ele grafado por extenso.

2º erro – “sendo dois públicos” se trata de uma oração explicativa intercalada, que deve estar entre vírgulas.

3º erro – “sendo”: gerúndio empregado incorretamente.

4º erro – Se a conquista da certificação deu-se em 2006, o fato ocorreu no passado, já que estamos em 2007. Logo, a forma verbal do verbo “conquistar” deve ser flexão do pretérito perfeito e não do futuro, assim o correto é “conquistaram” ao invés de “conquistarão”.

5º erro – “Saúde” tem acento no “u”, uma vez que essa vogal é a segunda no hiato “a-u” e é antecedida por outra diferente de “u”.

6º erro – “2.006” está incorreto porque o ponto em números só se justifica quando o numeral expressão quantidade (como em “existem 4.500 pessoas na fila de espera”). Na grafia de anos ou números de ordem (numeração de casas na rua, por exemplo), o ponto não dever ser utilizado.

Assim, a frase escrita de forma correta é:

“Seis hospitais brasileiros, sendo dois públicos, conquistaram certificação de saúde em 2006”

Adaptado de:
http://www.paulohernandes.pro.br/descubra/pagina.html

→ Matemática

Vamos a uma questão de matemática (que é cobrada em muitos concursos) para variar.

Um recipiente contém 5 litros de um combustível composto de 8% de álcool e o restante de gasolina. Para que a porcentagem passe a 20%, deve-se acrescentar de álcool no recipiente:
a) 1/4 litro
b) 1/2 litro
c) 3/4 litro
d) 1 litro
e) 3/2 litro

Essa questão tem uma pegadinha.Vejamos:

5 litros de combustível sendo 8% de alcool (0,4 litros) e 92% de gasolina (4,6 litros).

Quanto de alcool acrescentar para a mistura final (que terá mais de 5 litros) ficar com 20% de alcool?

A mistura final terá 80% de gasolina, que será os mesmos 4,6 litros pois não será adicionada mais gasolina à mistura. Usando uma Regra de Três Simples temos:

4,6 ------ 80%
x ------- 100%

x = (4,6 x 100) / 80

x = 5,75 litros >>> Esse será o volume final de combustível após a adição do alcool adicional.

Se a mistura inicial tinha 5 litros e o que será adicionado será só álcool:

5,75 litros – 5 litros = 0.75 litros ou 3/4 litros de álcool (letra C do gabarito).

Sacaram a pegadinha? A questão tem cara de ser de porcentagem, mas na verdade está cobrando somente uma Regra de Três Simples! Daí vale repetir um dos mandamentos concurseiros, “sempre leia com muita atenção o enunciado da questão para entender o que está sendo pedido”.

1ª Palestra – Auditor Fiscal da Receita Federal – Norton Fortes

Segundo o dicionário Houaiss, uma das definições de inteligência é “capacidade de apreender e organizar os dados de uma situação, em circunstâncias para as quais de nada servem o instinto, a aprendizagem e o hábito”. Essa é também a função dos setores de inteligência de organizações militares e civis, para que a tomada de decisões seja a mais acertada e eficiente possível. As pessoas também usam (ou deveriam usar) a inteligência para reunir e articular informações sobre situações que demandam decisões, como a compra de uma nova TV de plasma ou de um computador. Para os concurseiros então, a inteligência nesse sentido é muito importante e foi essa a essência da primeira palestra da Semana do Concurso organizada pelo Meta Concursos que assisti no sábado.

Norton Fortes é auditor fiscal da Receita Federal, o cargo dos sonhos de milhares de concurseiros por todo o Brasil e, por isso mesmo, um dos concursos mais aguardados e disputados do país. Durante pouco mais de uma hora, Norton contou sua trajetória na Receita Federal, primeiro como técnico (cargo agora chamado de analista fiscal) e então como auditor após um novo concurso. O mais interessante nessa palestra foi que ele falou abertamente sobre o dia-a-dia do trabalho do auditor, que em seu caso é na fiscalização externa, como é a ascensão na carreira, como é o clima de trabalho. Claro que ele também falou sobre como foi seu método de estudo e deu dicas importantes como estudar muita contabilidade para prestar concursos do AFRF.

Como esse blog não é voltado especificamente para concurseiros que visam o cargo de auditor fiscal, não vou relatar as minúcias do cargo de auditor fiscal que aprendi nessa palestra, mas posso mandar por email para quem tiver interesse. Quero frisar a importância que o próprio Norton sublinhou para procurar conhecer o máximo possível do cargo público que se almeja, como é o trabalho, como é o dia-a-dia de trabalho.

A importância de se fazer esse trabalho de inteligência antes mesmo de começar a estudar para um determinado concurso reside no fato de que não é pouca gente que luta para passar em determinado concurso, passa, mas então descobre que não é aquilo que quer fazer ... o que, por outro lado, acaba sendo a sorte de outros candidatos que acabam sendo chamados algum tempo depois. Claro que há o ganho de conhecimento e experiência para essas pessoas, mas a frustração é grande e muitas vezes pode ser fatal para o sonho da carreira pública.

Moral da palestra – Procure conhecer como é o trabalho diário do cargo público que você tem como alvo. Converse com quem já está empossado, pergunte, isso não vai te machucar, mas pode garantir que você não se frustre quando finalmente passar e só então descobrir que não é aquilo que você quer fazer. O salário de um cargo é muito sedutor quando ainda não passamos, quando estamos do lado de cá da cerca, mas depois que já se venceu a maratona daquele concurso, o salário é somente um detalhe e a satisfação profissional que se mostra o mais importante.

A V I S O

Vários leitores perguntam sobre o link de uma gravação para uma palestra sobre o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF) que postei num artigo antigo, um dos primeiros do blog. Gente, infelizmente o site onde estava hospedado o arquivo MP3 dessa gravação deixou de existir e o arquivo com ela, arquivo esse que não tenho mais. Ficarei devendo!

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DICAS

→ Português

"Dia-a-dia" ou "dia a dia"?

A expressão "dia a dia" é com hífen? É sem hífen? Se você consultar um dicionário, terá como resposta "dia-a-dia", assim mesmo, com hífen, só que o uso do hífen dependerá do caso em que a expressão estiver aplicada.

Se a intenção é usar a expressão como um sinônimo de “cotidiano”, uma expressão substantivada, usa-se o hífen, então será “dia-a-dia”. Ex: O dia-a-dia do auditor fiscal tem muita análise contábil.

Agora, se a intenção é ter um sinônimo para “diariamente”, um advérbio de tempo, então não tem hífen, sendo “dia a dia”. Ex: Dia a dia eu estudo português, matéria cobrada em qualquer concurso público.

QUESTÕES COMENTADAS

→ Direito Constitucional

(ESAF/AFCE/TCU/99) - Assinale a opção correta:

a) É legítimo o provimento de cargos públicos mediante aproveitamento, transformação, acesso ou ascensão funcional.

b) O direito de greve do servidor público será exercido nos termos previstos em lei complementar.

c) Nos termos da Constituição, a estabilidade no cargo adquire-se após dois anos de efetivo exercício.

d) A disponibilidade do servidor público dar-se-á com proventos integrais.

e) O servidor estável poderá perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, mediante processo administrativo, no qual se lhe assegure ampla defesa ou mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar, assegurada ampla defesa.

Resposta:

a) Errada. Não pode haver provimento por transformação de cargo público.

b) Errada. O direito de greve do servidor público será previsto em lei específica e não em lei complementar.

c) Errada. O estágio probatório é que dura dois anos, a estabilidade é adquirida com três anos.

d) Errada. A disponibilidade do servidor público dar-se-á com proventos proporcionais.

e) Correta.

Comentário: Essa questão é bem estilo da ESAF. Quem estudou um pouco de Direito Constitucional já eliminaria de cara as alternativas A, C e D, ficando entre a B e a E. A pegadinha nessas duas alternativas está no formato da lei. Só o candidato que estudou com mais atenção saberia com certeza de que a alternativa C é incorreta e a E é a correta. Eu fiquei numa dúvida brava, chutei na alternativa C e quebrei a cara, mas agora não esqueço mais que o exercício do direito de greve dos servidores públicos será definido em LEI ESPECÍFICA.

As palestras do sábado

Como disse no último post, ontem (sábado) participei do “Fim de Semana do Concurso” promovido pelo Meta Concursos de São Paulo. Foi uma maratona de quatro palestras que começou às 10 da manhã e terminou às 17:30, com somente uma hora para almoço. Foi cansativo, mas valeu a pena acordar muito cedo, viajar para São Paulo (não, eu não moro na metrópole) e viajar de volta para casa no final da tarde.

Foram programadas palestras para o sábado e domingo, mas optei por assistir quatro palestras no sábado e ter o domingo livre para descansar, já que a semana será de muito estudo e começar bem descansado é o primeiro passo para ser uma semana produtiva.

As inscrições foram feitas por um formulário disponível no website do Meta Concursos, mas a falta de uma confirmação para ser impressa (seja logo depois de enviar o formulário ou enviada por email) foi um ponto negativo, pois houve alguma confusão de gente inscrita não estar nas listas de participantes das palestras. O ponto positivo ficou por conta das várias atendentes que deram contas dessas situações de forma rápida e eficiente.

Inscrevi-me para as seguintes palestras:

- Auditor Fiscal da Receita Federal com Norton Fortes às 10 horas;

- Traçando a Melhor Estratégia de Estudos com Gilberto Neves às 11:30 horas;

- Como Vencer a Maratona dos Concursos com Lia Salgado às 14 horas;

- Como Passar em Provas e Concursos com William Douglas às 15:30 horas.

Claro que havia muitas outras palestras interessantes, foram oito a cada dia, e a escolha não foi fácil, mas tinha de escolher e procurei otimizar essa escolha.

Sim, havia muiiiiitos concurseiros espalhados pelos nove andares do Meta Concursos próximo da Praça da República. Eram homens e mulheres, mais novos e mais velhos, brancos, negros, azuis e amarelos, gente de todo tipo que compartilha o mesmo sonho, ser aprovado em concursos públicos. Encontrei até duas ou três pessoas que já conhecia de vista dos concursos que já prestei.

Os palestrantes foram ótimos, todos muito atenciosos e ansiosos por passar o maior número possível de informações importantes para concurseiros de qualquer nível de experiência. Não havia aquele distanciamento comum entre a maioria dos palestrantes e a platéia. Nas palestras que assisti, os palestrantes faziam questão de deixar claro que eles já estiveram “nos nossos sapatos”, que já passaram pelo que estamos passando.

Ao longo dessa semana vou escrever sobre cada uma das palestras que assisti, procurando relatar os pontos mais importantes de cada uma, compartilhando com vocês o que aprendi. Não percam.

Outra coisa, essa semana programei resolver uma bateria de questões de direito constitucional e administrativo. Vou escolher uma questão mais interessante de cada matéria e postar juntamente com um comentário rápido quanto a resolução a cada dia. Acho que será proveitoso para todos.

Pensamento de domingo – “Oba, amanhã é segunda-feira, o primeiro dia de uma excelente semana de estudos que me deixará mais perto da minha posse em cargo público”.

O Amanhã

Um guerreiro japonês foi capturado pelos seus inimigos e jogado na prisão. Naquela noite ele sentiu-se incapaz de dormir pois sabia que no dia seguinte ele iria ser interrogado, torturado e executado. Então as palavras de seu mestre Zen surgiram em sua mente:

“O “amanhã” não é real. É uma ilusão. A única realidade é “ agora. O verdadeiro sofrimento é viver ignorando este dharma1”.

Em meio ao seu terror subitamente compreendeu o sentido destas palavras, ficou em paz e dormiu tranqüilamente.

1 - A palavra dharma é usada para denominar "as leis da natureza" ou "aquilo que sustenta o universo".

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Hoje (sábado) estou em São Paulo participando do ciclo de palestras do Meta Concursos, mas deixo para vocês esse conto zen que tem muito haver com a realidade dos concurseiros. Relei-a o conto e aplique o que ele ensina em sua vida, afinal de contas, concurseiro que não dorme tranquilo está mais longe da vitória do que aquele que dorme.

Ahhh, claro que no domingo postarei um artigo contando como foram as palestras, de onde trarei muito material para postar ao longo da semana. Bons estudos.

Trezentos metros contra o vento

Todo concurseiro sério sabe ou deveria saber que praticar alguma atividade física aeróbica pelo menos quatro vezes por semana é tão importante quanto estudar qualquer matéria de qualquer edital de concurso público. Eu pratico ciclismo. Desde o começo do ano pedalo revezando entre dois roteiros de dez quilômetros, um plano com uma parte de terra e um que é metade subindo morros e a outra metade descendo morros.Além de serem ótimas atividades físicas, essas saídas ciclísticas quase diárias acabam me dando umas lições de motivação que considero muito importantes e é uma delas que vou compartilhar com vocês hoje.

O roteiro plano tem uma longa reta de pouco mais de um quilômetro que passo tanto na ida quanto na volta, onde muitas vezes venta forte, principalmente na volta. Quem anda de bicicleta sabe como o tal “vento contra” dificulta o pedalar, afinal de contas a resistência ao ar aumenta e o ciclista precisa fazer mais esforço para manter a velocidade. Pois bem, dias atrás eu estava voltando para casa, o tempo estava fechado e como eu não queria tomar a chuva que apostava que, pedalei mais rápido. Quando cheguei nessa reta, senti o vento forte e na hora o pedalar ficou mais pesado e a velocidade diminuiu. Era o tal vento contra.

Lá estava eu, cansado, pedalando uma bicicleta que parecia ter o dobro do, o cheiro de chuva no ar e a uns trezentos metros a minha frente dois outros ciclistas que pareciam pedalar com uma facilidade que me fez me sentir um fraco. Eu pedalava com força, minhas pernas reclamavam por estar usando a penúltima marcha de velocidade (das mais pesadas), o maldito vento não dava sinal de parar e os dois desgraçados lá na frente pedalando como se estivessem passeando num parque. Na hora pensei “devem ser dois ciclistas profissionais com bikes importadas que estão treinando por aqui, só pode”. Então pensei na minha situação de concurseiro, em como sei que tem gente mais preparada que eu estudando mais forte que eu para os mesmos concursos que vou fazer e, principalmente, em como estou me esforçando para não só alcançar como ultrapassar essas pessoas. Isso me fez decidir deixar a dor e o cansaço de lado e ultrapassar aqueles caras na minha frente, nem que para isso tivesse de deixar os pulmões e as pernas no asfalto.

Pedalei forte. Deixei o conforto do selim (banquinho da bike) e pedalei de pé para ter mais impulso, usando a última marcha de velocidade. Ignorei a dor nas pernas e a respiração arfante. Vocês não me conhecem, nunca me viram, então saibam que tenho 1,82 metros e 96 quilos (isso mesmo, estou beeem acima do peso). Lá pelas tantas pensei “ultrapasso esses caras ou os atropelo, mas atrás eu não fico”.

Depois de pedalar pelo que pareceu uma eternidade e de por duas vezes achar que estava tendo um início de enfarte, ultrapassei os caras e vocês não podem imaginar minha decepção. Sim, decepção porque o que achava serem dois ciclistas profissionais treinando era na verdade dois adolescentes super-crescidos pedalando bicicletas vagabundas dessas compradas em nas Casas Bahia e ainda por cima usando a marcha mais leve disponível. Na velocidade e marcha que eu vinha, passei por eles como uma bala e logo eles é que estavam trezentos, quatrocentos, quinhentos metros atrás de mim.

Resumo da ópera – Muitas vezes achamos que iremos concorrer nos concursos públicos com verdadeiros gênios em todas as matérias, não só gênios, mas pessoas com uma memória absurda, fotográfica, perfeita. Somos nós mesmos que criamos em nossas mentes esses “super concurseiros” e a ameaça que representam para nós. Eles podem existir, claro que sim, mas se existirem serão somente um ou dois por concurso. Nossos concorrentes são mesmo pessoas como a gente, com incertezas e temores como os nossos, inteligência e memória como a nossa, a única coisa que pode nos diferenciar são a qualidade de estudo e a traquilidade e auto-confiança com que nos preparamos e fazemos as provas. Cabe a cada um escolher ficar trezentos metros atrás se lamentando ou ter coragem para encarar o vento contra e deixar os concorrentes comendo poeira.

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No link abaixo vocês poderão baixar o arquivo PDF com as tabelas para controle de horas líquidas estudadas. Para usar essas tabelas é preciso somente duas coisas, um relógio digital com cronômetro e disciplina.

Clique no “Download file” que aparecerá em um quadro logo acima de um campo de comentários.

A idéia é usar o cronômetro para marcar o tempo líquido de estudo, ou seja, o tempo em que realmente se está estudando, parando o cronômetro em qualquer parada (para tomar água, ir ao banheiro, pegar apostila, atender ao telefone), retomando a contagem de tempo quando se voltar a estudar. Ao final do dia se soma os tempos líquidos de estudo do dia na tabela semanal e se marca na tabela de gráfico.

Com esse conjunto de tabelas, ao final do mês você terá um gráfico mostrando as variações de horas líquidas estudadas durante ao mês, que ajuda muito a se saber exatamente como anda seu tempo de estudo real.

Nas tabelas há instruções de uso. Qualquer dúvida é só perguntar através de um comentário a qualquer post do blog, terei prazer em responder (só não se esqueça de colocar seu mail junto com a pergunta).

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DICAS → Português

Não se usa crase diante de numeral.

Ex: de 1989 a 2005.

→ Direito Administrativo (Técnico TCU - 2007) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado.

Correto. Quando o Estado intervém na economia de forma direta, subsidiária e complementar por relevante interesse coletivo ou por motivo de segurança nacional, o faz por intermédio de pessoas jurídicas de direito privado, as empresas públicas (100% do Estado) ou sociedades de economia mista (Estado é o acionista majoritário e o restante das ações está em poder privado), porém despidas de prerrogativas de Poder Público e sem nenhuma vantagem não extensiva às empresas privadas em geral.

Concurseiros Suicidas

Uma das coisas mais comuns no meio concurseiro são os sustos quando são divulgadas as relações candidatos/vaga dos concursos públicos. E quem não se assusta ao saber que há 1.465 candidatos cocorrendo para cada vaga de um concurso?! Como lidar com esse tipo de informação diferencia o concurseiro que terá chance de vencer essa batalha dos que serão derrotados antes mesmo de começar a lutar.

O concurseiro desinformado ficará desesperado, se arrependerá de ter se inscrito naquele concurso com tantos candidatos por vaga (se ainda não fez a inscrição, provavelmente nem fará). Isso é ser derrotado antes de lutar. É como o general que sobe em uma montanha para ver o exército inimigo ao longe e quando vê milhares de soldados, desiste de lutar por ter como certa a derrota. O concurseiro informado, porém, não dará bola para relações de candidatos/vaga e irá estudar para derrotar o único inimigo que realmente tem de ser derrotado, ele mesmo.

Não entendeu? Vou explicar com um exemplo prático. Ontem à noite recebi uma ligação de um primo que mora no Sul de Minas. Ele disse que tinha se inscrito para o concurso da PRF (Polícia Rodoviária Federal), mas quando foi comprar uma apostila para estudar, ficou sabendo que só poderia comprar em uma única banca de jornal da cidade e que já tinha esgotado. Então pediu para eu comprasse e lhe enviasse pelo correio. Vejamos no que ele errou.

1 – Deixou para começar a estudar somente depois de fazer a inscrição para o concurso.

2 – Fez a inscrição e nem material para estudar tinha.

3 – Estava decidido a comprar uma apostila de banca de jornal para estudar.

Ele optou por prestar as provas em Brasília (DF), que é bem longe do Sul de Minas. Considerando gasto com ônibus, avião, hotel, alimentação, ele vai gastar, no mínimo, entre R$500 e R$600 para prestrar as provas, que somado aos R$150 da inscrição e da apostila “de banca de jornal”, ele gastará no total em torno de R$700 e R$800 nesse concurso ... para praticamente não ter chance nenhuma de passar!

Esse primo é um dos milhares de candidatos suicidas desse concurso. Candidatos Suicidas são aqueles que com 99% de certeza não terão chance nenhuma de passar e que por isso não representam ameaça para quem tenha estudado sério para qualquer concurso. Por isso não se deve temer os altos números de candidatos/vaga dos concursos, porque a maioria não está lá para realmente concorrer por uma vaga com quem estudou, porque fez o contrário, não estudou nada ou estudou muito pouco e ainda por cima da pior maneira possível.

Alguns professores de cursinhos para concursos com anos de experiência dizem que no máximo 5% dos candidatos inscritos em qualquer concurso realmente estão preparados para competir por uma vaga. Isso mesmo, 5%! Se considerarmos a relação candidatos/vagas de 1.465 que usei como exemplo no início desse artigo, teremos 73,25 candidatos que realmente estão concorrendo para cada vaga desse concurso fictício, algo muito menos assustador que o número original.

Resumo da ópera – Não se assuste com as relações de candidatos/vaga dos concursos. Eu, particularmente, não perco meu tempo nem para ver por curiosidade. O que importa é o candidato saber que são poucos os que realmente estarão preparados para concorrer a uma vaga e que vencer esses poucos é o que realmente importa. Na Segunda Guerra Mundial a Alemanha nazista estava decidida a invadir a Inglaterra como havia feito com todos os países da Europa continental. Uma das coisas que impediu isso foi um truque muito simples. Os ingleses sabiam que diariamente aviões espiões alemães fotografavam o litoral inglês para verificar que tipo de forças estavam lá para proteger a ilha de uma invasão. O que eles fizeram? Encheram o litoral de recortes de madeira no formato de aviões, tanques, canhões, soldados. Assim, nas fotos, parecia que a defesa do litoral inglês era fortíssima, o que impediu Hitler de ordenar a invasão. O concurseiro que fica assustado com relações candidatos/vaga de concursos são enganados do mesmo modo que os alemães e com isso perdem a iniciativa que os faria vencer na guerra dos concursos públicos.

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DICAS

Português

Não se usa crase antes da palavra DISTÂNCIA, desde que não-especificada exatamente.

Ex: Sempre permaneci a distância > (não tem crase).
Mantenha-se à distância de cinco metros > (tem crase).

Direito Administrativo

São atributos dos Atos Administrativos, ou seja, características próprias que os diferenciam dos atos privados:

Presunção de legitimidade: É a presunção relativa de que o ato nasceu em conformidade com as devidas normas legais.

Imperatividade: É o entendimento de que o ato administrativo pode impor-se a terceiros independentemente de sua aceitação.

Auto-executoriedade: Esse atributo entende que a Admnistração Pública não necessita recorrer ao Poder Judiciário para executar nenhum dos atos que considere necessário, o que já é regra para os particulares.

Exemplo: Blitz da Vigilância Sanitária que apreende alimentos vencidos em um supermercado.

Presume-se que tanto a blitz quanto a apreensão tenha como base normas legais (Presunção de legitimidade). O dono ou responsável pelo supermercado não precisa dar sua aceitação para que a blitz e a apreensão sejam feitas (Imperatividade). A Vigilância Sanitária não precisa fazer um pedido ao Judiciário para realizar tanto a blitz quanto a apreensão (Auto-executoriedade).

IMPORTANTE 1 – Achei melhor postar o modelo de folha mensal de controle de horas líquidas de estudo juntamente com uma explicação detalhada e como manter os registros e, principalmente, analisar os resultados semanal e mensalmente. Hoje vou escrever essa explicação e posto amanhã sem falta.

IMPORTANTE 2 – Não deixem de postar seus comentários aos artigos e dicas. Comentar faz bem até para paraticar o português para as provas de concursos públicos. Comente.

Horas brutas e líquidas de estudo

Essa semana dividi meu cronograma de estudos em português, TJSP e direito administrativo. Na segunda-feira consegui estudar legal, um total de 6:40 horas liquidas. Ontem, terça-feira, meu computador deu problema logo cedo e depois de um diagnóstico rápido verifiquei que teria de formatar o HD, reinstalar o Windows e restaurar o backup de programas e arquivos, algo que me tomou toda a tarde. Isso me “quebrou as pernas” e acabei estudando somente 2:15 horas líquidas. Hoje, quarta-feira, tenho de recuperar o tempo perdido e fazer pelo menos 8 horas líquidas 

Essa questão de “horas líquidas de estudo” é muito importante para o concurseiro. A coisa mais comum do mundo é ouvir concurseiros dizendo que estudam 10, 12 ou até 14 horas por dia. Quem ouve ate arregala os olhos de espanto, mas não é bem assim. Horas brutas de estudo é sentar as 8:00 da manhã para estudar e parar as 20:00, são 12 horas, mas não se contabiliza os intervalos para descanso, para ir ao banheiro, para almoçar, para tomar café, para dar uma saidinha para fazer algo, para jantar. Horas líquidas são as horas efetivamente estudadas, apuradas com a ajuda de um cronômetro e descontadas de qualquer paradinha, seja para descanso ou para ir ao banheiro. Logo, as horas brutas de estudo são irrelevantes, o que realmente é importante são as horas líquidas. Claro que os concurseiros que querem “fazer bonito” falam das suas horas brutas e não das horas líquidas de estudo.

O concurseiro tem de ser honesto consigo mesmo, não só porque isso é a coisa certa a fazer, como também somente assim poderá medir efetivamente o quanto está realmente se preparando. Conheço concurseiros que simplesmente se recusam a contabilizar suas horas líquidas de estudo porque preferem se enganar com as horas brutas e achar que estão estudando muito quando na realidade estão estudando pouco. Um concurseiro que sabe que estuda 2 horas líquidas diariamente irá otimizar esse tempo e estudar com qualidade. Já o concurseiro que se engana que estuda 10 horas brutas diariamente (mas 2 líquidas) vai relaxar e estudar com menos qualidade. A diferença aparecerá quando forem divulgados os resultados dos concursos.

Resumo da ópera – Seja honesto consigo mesmo e comece a contabilizar seu tempo líquido de estudo o quanto antes. Qualquer relógio digital barato de camelô ou loja de 1,99 tem cronômetro e pode ser usado para você controlar seu tempo efetivo de estudo. Começou a estudar, ative o cronômetro, parou para ir ao banheiro ou procurar uma apostila, pare o cronômetro, voltou a estudar, reative o cronômetro. Amanhã vou postar um modelo de folha mensal de controle de horas líquidas de estudo. Você só terá a ganhar com essa honestidade consigo mesmo.

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DICAS

→ Português

Crase é algo que SEMPRE é cobrado em concursos públicos e muitas vezes o concurseiro erra questões preciosas porque não conhece regras básicas como essa:

Não se usa crase em palavras que estejam entre palavras repetidas femininas ou masculinas.

Exemplo: Encontrou-se face a face com o inimigo.

→ Direito Administrativo

Controle Hierárquico – É o controle exercito pelos órgãos superiores sobre os inferiores dentro da mesma esfera de administração, tendo os órgãos de cúpula o controle pleno dos subalternos, independentemente de norma que o estabeleça. Esse controle pressupõe as faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação, revisão e avocação das atividades controladas e os meios de correção dos agentes responsáveis. Exemplo: O controle que um chefe de secretaria exerce sobre seus subordinados ou de um ministério sobre uma secretaria, ou seja, sempre do maior sobre o menor.

Para saber mais sobre esse assunto, aqui tem um artigo muito bom:


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