Desculpas esfarrapadas

É fato que o que mais assusta concurseiros em provas de concursos públicos é a tal da redação. E são diversos os motivos apresentados para temê-la, o principal, claro, que geralmente vale grande parte da nota final, o que pode ser traduzido em bom português como "se rodou na redação, não adiantou nada gabaritar a prova".


Vejamos um exemplo de critério de correção da redação em um determinado concursos público que aconteceu recentemente:

A avaliação será feita considerando-se:

a) desempenho linguístico de acordo com o nível de conhecimento exigido;

b) adequação do nível de linguagem adotado à produção proposta e coerência no uso;

c) domínio da norma culta formal, com atenção aos seguintes itens: estrutura sintática de orações e períodos, elementos coesivos; concordância verbal e nominal; pontuação; regência verbal e nominal; emprego de pronomes; flexão verbal e nominal; uso de tempos e modos verbais; grafia e acentuação.

Ou seja, é preciso que o concurseiro não somente domine as técnicas de redação mais indicadas para utilização em provas de concursos públicos, como também que saiba escrever bem, consiga expressar-se corretamente e de forma articulada sobre o tema proposto.

Ora, há alguém que discorde quando digo que concurseiro sério estuda com cuidado essas técnicas de redação voltadas para concursos públicos, procura sempre ler bons textos que possam ajudá-lo a melhorar sua escrita e, principalmente, pratica a redação sempre que pode a fim de quando for prestar um concursos isso não lhe seja mais que algo corriqueiro? Alguém ousa discordar?

Então, meus caros amigos concurseiros leitores desse blog, alguém poderia nos ajudar a entender algo que estamos boquiabertos de estar acontecendo? Explico o que é.

Em janeiro lançamos a primeira promoção do blog. Para participar bastava nos enviar um email. Uau, recebemos muiiiiitos emails querendo ganhar uma das duas "cestas" de livros oferecidas como premiação.

Em fevereiro lançamos a segunda promoção do blog. Resolvemos tornar as coisas mais interessante e para participar era preciso enviar uma frase dizendo porque a pessoa precisava ganhar uma das duas outras "cestas" de livros oferecidas como premiação. Recebemos muitas frases, mas nem de longe em número próximo do número de inscrições simples do mês anterior.

Esse mês, março, lançamos a terceira promoção do blog. Resolvemos colocar à prova a criatividade literária dos nossos leitores, que para concorrerem a uma das novas "cestas" de livros oferecidas como premiação é preciso nos enviar um artigo sobre concursos públicos de uma página de Word, ou seja, exatamente do tamanho e no gênero de artigos que são publicados aqui diariamente. Sabem quantos artigos recebemos até agora? Muiiiiito menos do que esperávamos!

Putz, concurseiros, pensem comigo. Escrever um artigo para essa promoção é uma ótima oportunidade de treinar redação para concursos públicos, afinal de contas, um artigo não passa de uma redação. E não duvidem de um dia encontrarem numa prova de concursos públicos um tema de redação do tipo "escreva uma redação sobre concursos públicos no Brasil, quem estuda para conquistar uma vaga na administração pública, as dificuldades enfrentadas, as alegrias e decepções".

Sabemos que se perguntamos para uma centena de leitores do blog que ainda não escreveram um artigo para participar desse concurso, teremos uma prolífica variedade de desculpas. Vejamos algumas que posssivelmente rondam sua mente nesse exato momento.

Não tenho tempo - Pensem comigo, se um concurseiro não tem tempo para escrever uma redação de uma página sobre algo que é sua vida, concursos públicos, no prazo de um mês, como é que conseguirá fazer isso numa prova de quatro ou cinco horas tendo de dividir o tempo com uma centena de questões de pelo menos meia dúzia de matérias e ainda por cima preencher a folha de respostas e passar a redação a limpo?! Ou seja, desculpa furada!

Não tenho idéia sobre o quê escrever - Pensem comigo, se um concurseiro não consegue ter ao longo de um mês inteiro uma única idéia que seja sobre o que escrever em uma redação de uma página sobre algo que é sua vida, concursos públicos, como é que conseguirá fazer isso numa prova de quatro ou cinco horas tendo de dividir o tempo com uma centena de questões de pelo menos meia dúzia de matérias e ainda por cima preencher a folha de respostas e passar a redação a limpo?! Ou seja, desculpa furada!

Não acho que vou ganhar - Vocês sabem que para vencer a guerra dos concursos públicos concurseiro precisa antes de qualquer coisa acreditar em si mesmo e em sua capacidade de alcançar essa vitória. Nem os melhores livros e cursinhos do mundo farão passar um concurseiro que não acredita em si mesmo. Agora, se um concurseiro não acredita que possa escrever uma redação de uma página sobre algo que é sua vida, concursos públicos, que tenha pelo menos chance mínima de ser considerada uma das melhores entre as enviadas, como é que vai encarar milhares de concurseiros nos concursos públicos que presta, sabendo que apenas algumas dezenas das redações feitas serão corrigidas?! Ou seja, desculpa furada!

Farei amanhã - Digam-me em qual concurso público é possível virar para o fiscal de prova e dizer algo do tipo "olha, amigão, farei a redação amanhã e enviarei por email para vocês". Ou seja, desculpa furada!

Comecei a escrever mas não ficou bom - Sabem qual nota recebe redações incompletas em provas de concursos públicos? Um redondo zero. Logo não acredito que haja concurseiro sério que comece a escrever a redação, lá pelo segundo parágrafo descobre que não gostou do que escreveu e para por aí, sem recomeçar a escrever. Ou seja, desculpa furada!

Resumo da ópera - Notem que a intenção desse artigo não é de forma alguma dar um "puxão de orelha" em quem ainda não inscreveu uma redação (artigo) na promoção que organizamos. Sinceramente, para nós é indiferente recebemos dez redações (artigos) para essa promoção ou dez mil, já que não ganhamos nada com isso. Agora, quem enviou sua redação para a promoção praticou sua escrita e está um passo a frente de quem arrumou uma dessas desculpas esfarrapadas para não fazer o mesmo. Serão somente dois ganhadores nessa promoção, ou seja, a maioria dos que escreveram um artigo e nos enviaram não serão premiados ... mas estarão um pouquinho a frente de você que ainda não participou, e pode ter certeza absoluta, de que num concurso público os primeiros terão mais chance de estarem na lista de classificados do que vocês que ficaram só na "desculpite" ... pensem nisso, ainda dá tempo de passar para o primeiro grupo!

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———

Duas notícias legais:

Que tal conhecerem outro blog de concursos públicos muito legal? Então visitem o S.O.S Concurseiro, blog da jornalista do Correio Braziliense e concurseira Letícia Nobre, que traz todos os dias artigos de diversos autores (eu incluído) e notícias importantes sobre concursos públicos.

Essa é a Luana Souto, concurseira de Salvador (BA), uma das ganhadoras da promoção do mês passado do blog, com seu prêmio ... "Fiquei muito feliz e hoje já estudei com ele. Realmente muito bom". Estão vendo, aqui mostramos os ganhadores das promoções com seus prêmios ... e você ainda arrumando desculpas esfarrapadas para não arriscar ter uma foto assim estampada aqui no blog!

———«»———«»———«»———

A famosa Síndrome da Gabaritite

Todo concurso público é a mesma coisa ... após a prova, geralmente no mesmo dia, surge em fóruns e comunidades dedicadas aos concursos um bando de gente postando comentários do tipo "a prova foi fácil" ou "putz, não acredito, gabaritei", na esteira um bando maior ainda de concurseiros desesperados acreditando nessa conversa fiada e achando que já se ferraram em tais concursos e, ainda bem, um pequeno grupo de concurseiros vigilantes que procura baixar a bola do primeiro grupo e motivar um pouco o segundo. Daí é divulgado o gabarito preliminar e o bando dos gabaritadores simplesmente desaparece como fumaça ... ninguém disse nada sobre gabaritar, ninguém contou papo nenhum, enquanto os "chorões" ficam com cara de "putz, caí na pegadinha do malandro" ... é a famosa Síndrome da Gabaritite.

Mas o que causa essa síndrome? Quais são suas origens? O que faz tantos concurseiros serem vitimados por ela, seja ativamente achando-se gabaritadores ou passivamente achando que os gabaritadores já estão com o concurso no bolso e que para eles resta chorar pelos cantos derrotados? Vejamos algumas possíveis causas.

Do lado dos gabaritadores as causas são, principalmente, duas:

Santa inocência - Sim, muitos concurseiros, principalmente iniciantes, saem das provas inocentemente achando que acertaram mais que erraram, nem passando por sua cabeça as pegadinhas em que caíram. Todo concurseiro passa por essa fase, é inevitável, só que alguns nunca evoluem e continuam nela por anos.

Só para contariar - Parece até brincadeira, mas há muita gente por aí que presta concursos sem estudar praticamente nada, frequenta fóruns e comunidades concurseiras somente para fazer bonito, e mesmo sabendo que foram muito mal nas provas que prestaram não se envergonham de contar o maior papo, dizer que acertaram tudo, acredito que numa tentativa um tanto estranha de sentirem-se melhores ao causar frutração e tristeza a outros concurseiros muito mais sérios que eles próprios.

Só que dos lados dos concurseiros sérios também há culpa nessa história. Vejamos:

Concurseiros que acreditam - Há muitos concurseiros que simplesmente acreditam no "gabaritei, acertei tudo" e ficam deprimidos, pedindo a Deus para que abra um buraco no chão para que caiam nele e nunca mais seja vistos, pensam em desistir, ou seja, se deixam-se cair no papo furado.

Concurseiros que se omitem - Muitos concurseiros sérios que frequentam essas comunidades e fóruns, sabem que esse papo de "gabaritei" é totalmente furado e poderiam colocar um ponto final na conversa fiada, simplesmente calam-se no melhor estilo "não é comigo", ao invés de fazer alguma coisa simplesmente postando uma mensagem de "caiam na real".

Resumo da ópera - Como diz o velho ditado "nada termina antes do final", que aplicado à guerra dos concursos públicos pode ser traduzido como "somente pode-se cantar vitória após a divulgação do gabarito definitivo". Não caia no "conto do vigário" dos folgados acometidos da Sindrome da Gabaritite, pois o que esse pessoal diz é puro papo furado e você fará papel de trouxa se acreditar no que dizem.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———

Impressões da prova do concurso da ALESP

Ontem (domingo) fui um dos milhares de candidatos que prestaram prova para o concurso da ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Esse concurso foi para vários cargos, alguns com provas de manhã e outros com prova a tarde. Inscrito para dois cargos (nível média e nível superior) prestei prova em ambos os turnos. Lembro que a banca desse concurso é a Fundação Carlos Chagas (FCC).

Esssa experiência concursídica resultará em alguns bons artigos a serem publicados ao longo da semana, mas para começar nada melhor uma visão geral de como foram as provas

Comecemos pelo começo. Surpreendi-me com o número de inscrições para esse concurso, bem maior do que esperava, mas no dia da prova considerei o nível de abstenção bastante alto, em torno de 1/5 de candidatos não compareceram pelo que conversei com vários concurseiros. Para variar a variedade de idades, sexo, profissões e tudo o mais dos candidatos era enorme, o que torna difícil por demais criar um perfil médio de quem prestou esse concurso.

Prova da manhã - Cargo de nível médio

Português - Composta de dois textos e pelo menos 20 questões, teve um nível elevado na minha opinião, tanto em termos de interpretação dos textos quanto de gramática, uma prova justa em minha opinião, mas que deverá derrubar muitos candidatos.

Redação - A redação estava tranquila, com um tema fácil de discorrer. Prova também justa.

Matemática - Uma panhado de questões que mais assustavam do que davam trabalho, com excessão de duas ou três realmente difíceis. Essa prova derrubará muitos candidatos.

Informática - Olha, aqui o bicho pegou. Mais da metade das questões eram de recursos obscuros envolvendo "cabeçalho e rodapé", que nos fóruns do concurso estão sendo muito criticadas. Nessa matéria acho que a banca foi injusta e poderia cobrá-la melhor com questões menos específicas.

Direitos - Prova tranquila, cobrando quase apenas decoreba pura. Acho que poderia ter havido algumas questões mais inteligentes.

Conhecimentos específicos - Questões bem variadas cobrindo quase todos os tópicos do edital. No geral prova tranquila que exigia alguma decoreba, com um leve acúmulo de questões da matéria de Arquivologia. Uma prova justa em minha opinião.

No geral achei essa prova levemente mais difícil do que esperava, mas uma dificuldade justa tendo em vista o número de candidatos. Acredito que a FCC fez um bom trabalho.

Prova da tarde - Cargo de nível superior

Português - Também composta de dois textos e pelo menos 20 questões, teve um nível extra elevado na minha opinião, tanto em termos de interpretação dos textos quanto de gramática, uma prova difícil e complicada de fazer, que derrubará muitos, mas muitos candidatos. Sinceramente, acho que aqui a FCC errou a mão, não era preciso pegar tão pesado.

Redação - A redação estava tranquila, com um tema fácil de discorrer. Prova também justa.

Matemática - Também uma prova mais assustadora e trabalhosa de resolver que difícil. Em minha opinião, apenas duas das dez questões não precisavam ser tão difíceis/complicadas de resolver. Essa prova também irá derrubar muitos candidatos.

Informática - Saí da prova maldizendo os responsáveis por aquelas questões. Regrinhas específicas de formatação de cabeçalhos e rodapés que pouca gente sabe. Eu mesmo soube responder apenas metade das questões, se muito, chutando o restante. Se a tendência das provas de informática for essa, então, meus amigos, preparem-se apra estudar muito detalhadamente a danada. Essa prova só não derrubará muitos candidatos porque acredito que todos foram mal nela.

Direito - Decoreba, detalhezinhos e algumas pegadinhas. Prova levemente difícil para quem estudou muito bem os tópicos da matéria, um pântano para quem não estudou.

Conhecimentos específicos - Assim como a prova de direito, foi um misto de decoreba, detalhezinhos e algumas pegadinhas. Igualmente uma prova levemente difícil para quem estudou muito bem os tópicos da matéria, um pântano para quem não estudou.

No geral acho que essa prova foi bem mais puxada do que eu esperava, mas não chegou a ser injusta. Exceto pela prova de informática que exigia conhecimentos específicos em demasia, acredito que a FCC fez um bom trabalho.

Resumo da ópera - Esqueçam daquela velha história de que a FCC (Fundação Carlos Chagas) é a banca "Fundação Copia e Cola", isso ficou na história. Se antigamente a FCC exigia muitíssima decoreba da letra seca da lei e das matérias em geral, agora as provas que prepara estão muito mais inteligentes e exigentes, apesar de ainda haver uma herança de "copia e cola".

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———


Não há barreiras que o ser humano não possa transpor

Em um dos meus artigos, especificamente aquele intitulado “A difícil rotina de estudar sem um Edital”, me deparei com o seguinte comentário de uma querida leitora:

“Bem, se serve de "consolo", passo pelo mesmo problema mas com um plus: tenho déficit de atenção (TDA/H). Uma parte do meu cérebro quer muito, e a outra não consegue executar! É exatamente aquilo que vc disse, você tenta, tenta e tenta estudar, mas parece que algo te impede... Só que esses dias são a regra pra mim, raro é o dia em que consigo ótima concentração e aproveitamento. Cada um tem desafios pessoais a serem superados!

O importante é manter o foco na perseverança e não nos problemas! Força na peruca!!!”.

A Raquel, logo depois, fez um excelente artigo sobre esse problema que não é incurável e é possível de se contornar. Longe de minimizá-lo, por favor! A dificuldade que essas pessoas passam para estudar está claramente exposto no relato dessa leitora. E em virtude disto, aprecio e respeito, muito mais, esses indivíduos que mesmo com tais empecilhos continuam na luta concursídica.

Agora imagine uma pessoa que ficou cega e surda aos 18 meses de vida, um ano e seis meses somente de existência. Poderia pensar, leitor, que tal cidadã infelizmente ficou fadada a uma cama, condenada a viver pouquíssimo tempo e não marcar a sua existência nesta vida.

Engana-se.

A pessoa acima mencionada é nada mais, nada menos que Helen Adam Keller. Vejamos um pouco o que a Internet tem a dizer sobre a sua vida:

“Nascida no Alabama, foi dos maiores exemplos de que as deficiências sensoriais não são obstáculos para se obter sucesso. Helen Keller foi uma extraordinária mulher, triplamente deficiente, que ficou cega e surda, desde tenra idade, devido a uma doença diagnosticada na época como febre cerebral (hoje acredita-se que tenha sido escarlatina). Superou todos os obstáculos, tornando-se uma das mais notáveis personalidades do nosso século. Ela sentia as ondulações dos pássaros através dos cascos e galhos das árvores de algum parque onde ela passeava.

Tornou-se uma célebre escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiência. Anne Sullivan foi sua professora, companheira e protetora. A história do encontro entre as duas é contada na peça The Miracle Worker, de William Gibson, que virou o filme O Milagre de Anne Sullivan, em 1962, dirigido por Arthur Penn (em Portugal, O Milagre de Helen Keller)

Em 1904 graduou-se bacharel em filosofia pelo Radcliffe College, instituição que a agraciou com o prêmio Destaque a Aluno, no aniversário de cinquenta anos de sua formatura. Falava os idiomas francês, latim e alemão. Ao longo da vida foi agraciada com títulos e diplomas honorários de diversas instituições, como a universidade de Harvard e universidades da Escócia, Alemanha, Índia e África do Sul. Em 1952 foi nomeada Cavaleiro da Legião de Honra da França. Foi condecorada com a Ordem do Cruzeiro do Sul, no Brasil, com a do Tesouro Sagrado, no Japão, dentre outras. Foi membro honorário de várias sociedades científicas e organizações filantrópicas nos cinco continentes.

Em 1902 estreou na literatura publicando sua autobiografia A História da Minha Vida. Depois iniciou a carreira no jornalismo, escrevendo artigos no Ladies Home Journal. A partir de então não parou de escrever” (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Helen_Keller).

Amigos, a vida desta mulher é a prova de que a capacidade do ser humano é ilimitada quando o assunto é SUPERAÇÃO!

Este texto, concurseiros, não é uma bronca, muito menos uma lição de vida somente a vocês! Não! É uma lição de vida para mim! Senti-me envergonhado em reclamar de minha situação após conhecer a vida dessa mulher espetacular, que nem ao menos podia dizer alguma palavra ou enxergar as flores, o pôr-do-sol ou o rosto de uma criança, como ela mesmo declarou quando lhe perguntaram o que gostaria de ver se Deus pudesse lhe dar a visão por cinco minutos, mas calou o mundo frente à sua condição debilitada e a sua sensacional habilidade para ensinar e a auxiliar os cegos da alma a enxergar: nós, “pobres perfeitos fisicamente”, porém espiritualmente deficientes.

Eu poderia falar muito mais da vida de Helen Keller, dizer que escreveu mais de dez livros, foi condecorada em muitos países, dedicou a sua vida inteira à luta para a melhoria da vida de cegos e cegos-surdos, mas quero me silenciar, e deixar que você, leitor, tenha curiosidade em buscar na Internet um pouco mais da vida desse ser humano que, mesmo depois de ter cerrado os olhos, continua vivo e, nas palavras de um senador americano, continuará imortal pelo simples fato de provar que “não há barreiras que o ser humano não possa transpor”.

Resumo da ópera - Após estar ciente da vida de Helen Keller, pude discernir a existência de dois Jerrys: o primeiro, reclamador, descontente com a sua condição de trabalhador e concurseiro, desejando sempre mais tempo para estudar, medrando o seu medo de não ter sucesso. O segundo, pedindo vênia para intitulá-lo Jerry Keller, feliz com aquilo que possui e com o que tem à mão para ir atrás da realização dos seus sonhos SEM TITUBEAR, como fez a estupenda Helen Adam Keller.

Jerry Lima, um Concurseiro Profissional.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———


Lendo os Diários Oficiais

Muitos concurseiros, quando se depararem com esse artigo, pensarão que estou louca ou que os estudos para concursos fritaram meus miolos. Ainda não, gente. Eu estou sã, acreditem.


Há tempos, aprendi a ler o Diário Oficial da União para ver as publicações dos meus processos judiciais. Tudo bem que agora, no estado do Rio de Janeiro, há recorte digital, o que nos ajuda muito. Entretanto, o serviço disponibilizado pela OAB não contempla os demais atos relativos às autorizações de concursos, publicações de editais, retificações dos mesmos, dispensas de licitações nas contratações de organizadoras e etc.

Por essa razão muito sensível, passei a ser leitora diária (ou quase) porque não há publicação nos finais de semanas e feriados nacionais.

Depois de muito não entender como funciona a sistemática da leitura, eu consegui finalmente dominá-la. Há a seção 1, a seção 2, a seção 3, o Diário de Justiça (DJ) e, mais recentemente, foi inaugurada a parte relativa ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Não sei porque razão os demais TRFs não foram agrupados ali.

Além disso, excepcionalmente, existem publicações extraordinárias, às quais se deve atentar. Há, ainda, a subdivisão de órgãos e pessoas jurídicas integrantes da Administração Pública segmentada em cada uma dessas publicações (seção 1,2, 3 e DJ).

Descartando-se a leitura do DJ e do TRF1, que não nos interessa por não tratar de publicações que influam diretamente nos nossos concursos, ficamos com as demais.

A Seção 1, muitas vezes traz regulamentações de processos seletivos relativa ao setor público escolhido. Claro que, não se restringe somente a isso, mas as encontramos com frequência por lá. Há também a publicação de novas leis e emendas constitucionais ali também.

A Seção 2 é muito importante para os que vislumbram a nomeação em algum concurso para o qual tenha sido aprovado. Afinal, são oficializadas algumas delas por meio dessa seção.

A Seção 3 eu considero minha leitura diária obrigatória. Quando não tenho tempo para ler as outras, essa eu não deixo nunca de ler. Ali, saem algumas nomeações também. Todavia, o forte mesmo é a publicação de editais de licitação, dentre os quais, para a escolha de bancas organizadoras de concursos ou da dispensa de licitação. É possível saber, com antecedência e pela fonte oficial, se aquele concurso que a imprensa diz que vai sair mesmo é boato ou não. Aqui, ficam disponíveis também os editais dos concursos.

O bom de tudo é que, antigamente, o Diário Oficial da União só estava disponível em papel. Poucas pessoas sabiam como ter acesso a ele. Só alguns advogados tinham traquejo para encontrar. A letra era bem pequena. Hoje, entretanto, a realidade é outra porque se promoveu uma revolução digital e, com isso, qualquer pessoa pode clicar gratuitamente o link: www.in.gov.br

Há alguns serviços disponibilizados mediante pagamento, mas não é uma opção obrigatória para ler o jornal.

Se você deseja partir para a leitura direta dos jornais, basta clicar em: http://portal.in.gov.br/in/leitura_jornais

Ali, estará um calendário para escolher a data da publicação que se quer ler. Basta dar OK e esperar o arquivo em PDF abrir. O único requisito técnico é ter em seu computador um programinha leitor, como o ADOBE, que está disponível gratuitamente em diversos sites da internet.

Existe também a opção de pesquisa avançada, caso você deseje encontrar um ato específico: http://portal.in.gov.br/in/pesquisa_avancada.

O interessante de aprender a ler essa ferramenta de pesquisa é que pude ver como as Administrações Públicas materializam seus atos no momento da publicidade. Eu pude ver como é a estrutura de uma Portaria, do extrato do contrato com a administração, um edital de licitação, uma aplicação de penalidade (advertência, multa, suspensão temporária, impedimento e declaração de inidoneidade) nos contratos administrativos. Simplesmente saí do plano estritamente teórico para ver como funciona a administração de verdade.

Trata-se de um grande instrumento de cidadania e democracia, pois a publicidade nos viabiliza uma maior fiscalização dos atos públicos. O brasileiro evoluiu muito nesse sentido, mas precisa refinar mais ainda esses conhecimentos adquiridos. Como eu já tive oportunidade de dizer, a informação é um poder que poucos têm.

Existem Diários Oficiais em ambito estadual e até municipal, mas eu ficaria aqui detalhando inúmeros deles e cansaria meus leitores com tamanho volume de informação.

Resumo da Ópera - Agora, leitor, você aproveitar todo esse poder! Afinal, detém uma informação que nem todo mundo possui e de maneira mastigadinha. Vai poder saber de tudo sobre concursos e, de quebra, ajudar a fiscalizar nosso país.

Raquel Monteiro é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.


———«»———«»———«»———

Recentemente colaborei em uma matéria publicada em um caderno de educação do jornal Correio Braziliense que tratava sobre o assunto de concurseiros que vão para outras cidades fazerem prova e serem empossados. Conversei com a jornalista responsável e ela conseguiu autorização para disponibilizar para vocês o PDF da matéria. Basta clicar em cada uma das páginas abaixo para poder abrí-la/baixá-la em seu computador. Boa leitura.

———«»———«»———«»———

Somente uma vaga?!

O artigo de ontem rendeu mais comentários do que eu esperava, principalmente no tocante aos concursos públicos que ofererecem apenas e unicamente uma vaga no edital. Foram muitos os comentários, as dúvidas, as críticas e por aí vai, daí achei legal falar um pouquinho sobre o assunto.

Em primeiro lugar, esses concursos para apenas uma ou algumas vagas estão se tornando cada vez mais comuns. Por um lado isso é bom, pois vaga é vaga e quanto mais vagas oferecidas em concursos públicos, melhor.

Em segundo lugar, pensem comigo, mesmo que o concurso ofereça apenas uma vaga, bem, algum candidato irá ser empossado nela, isso é fato. Notem que isso não quer dizer que será sempre o primeiro colocado a ser empossado, anda disso, pois o que muitos concurseiros não sabem é que muita gente não toma posse quando nomeado, algo que acontece pelos mais diferentes motivos, como já estar empossado em outro cargo, no final não achar assim tão interessante a remuneração ou atribuições do cargo e ainda não querer encarar uma mudança de cidade ou estado.

Além disso, é fato que muitos concursos para poucas vagas acabam empossando bem mais classificados que as vagas constantes do edital, que acabam sendo como que uma referência de número mínimo de cargos disponíveis existentes. Assim, pode ser que o classificado em quinto ou até mesmo décimo lugar acabem sendo nomeados e empossados.

Tudo isso serve para demonstrar que esses concursos devem, sim, ser considerados com cuidado pelos concurseiros. E podem ficar tranquilos que aquela idéia de que "melhor prestar concursos que oferecem dezenas, centenas de cargo porque são mais fáceis de passar" é furada. Se analisarmos com cuidado, o contrário que pode se verificar, já que muita gente não topa encarar concursos com poucas vagas, o que diminui a concorrência (quiçá a qualidade da concorrência, o que é muito mais importante).

Resumo da ópera - Para concursos que oferecem apenas uma ou poucas vagas, o que vale é analisar com cuidado o edital, meditar sobre a oportunidade tendo em mente que se terá de estudar com o dobro de seriedade e compromentimento, para então decidir por prestar ou não tais concursos. O que não rola é decidir com base em premissas furadas e sem fundamento.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———




Uma longa, longa estrada até sucesso

Dias atrás recebemos o seguinte e-mail de um leitor do blog:

“Sou soldado da policial militar e fiz um concurso para sargento que ao meu ver não é muito dificil se comparando com concurso para cargos federais. Estudei bastante, porém não tive êxito na pontuação, pois de 39 pontos possíveis fiz somente 26 pontos. Estudei muito para essa prova, fiz a escolha certa para uma cidade que deu 13 candidatos por vaga, e agora saiu a gabarito e não acertei o numero de questões necessário para minha aprovação. Agora eu estou meio chateado e desanimado para começar a estudar de novo, estou querendo começar a fazer exercícios físicos para motivar e queria conselhos para recomeçar a estudar.”

É, meus amigos, esse e-mail é prova de que mesmo com um cargo público já garantido, a luta continua quando a pessoa quer continuar progredindo na carreira. Para muitos concurseiros que acham que a guerra dos concursos públicos acaba com a primeira posse, bem, o autor desse e-mail prova que as coisas não são fáceis assim.

Vamos lá, por partes, à exemplo de nosso bom amigo Jack, o estripador.

Em primeiro lugar, ninguém gosta de derrotas. O goleiro não gosta de levar gol do time adversário. O político não gosta de ver seu concorrente eleito ao invés de si mesmo. O jogador da Megasena não gosta de saber que o único ganhador pra lá de sortudo de um prêmio acumulado mora em outro estado. Então, por que motivo concurseiros deveriam sentir-se diferentes quando não passa em um concurso para o qual se preparara seriamente … mas não o suficiente?!

A dor, frustração, desmotivação e tudo de negativo que um concurseiro sério sente quando descobre que “não foi dessa vez” é mais do que justo e natural, faz parte da guerra. Só que como diz o poeta, “darei-me apenas um minuto para sentir pena de mim mesmo”, ou seja, o luto pela derrota apesar de justo e natural não deve durar mais que um ou dois dias.

Não adianta, gente, essa história de "concurso público fácil de passar" é coisa do passado, definitivamente. Nos dias de hoje e Deus sabe até quando, decidir estudar sério para concursos públicos é estar disposto a estudar muito, por um bom tempo, acumular algumas várias derrotas no bolso, aprender com os erros e, principalmente ...

NÃO DESISTIR NUNCA!

O conselho que vou dar serve tanto para quem tem como meta apenas um ou dois concursos específicos ou está encarando vários concursos para determinada área de atuação da administração pública ... se da primeira vez não deu, dê um tempo, respire fundo, aprenda com seus erros e continue estudando mais e melhor ... se da segunda vez não deu, dê um tempo, respire fundo, aprenda com seus erros e continue estudando mais e melhor ... se da terceira vez não deu, dê um tempo, respire fundo, aprenda com seus erros e continue estudando mais e melhor ... até você conseguir passar ... ponto final!

Resumo da ópera - Desistir não é uma opção para o concurseiro sério, de jeito nenhum ... é como o nome em português daquele filme antigo do Van Damme ... "Retroceder nunca, render-se jamais" ... ponham isso na cabeça E NÃO ESQUEÇAM NUNCA MAIS!

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———

Recentemente colaborei em uma matéria publicada em um caderno de educação do jornal Correio Braziliense que tratava sobre o assunto de concurseiros que vão para outras cidades fazerem prova e serem empossados. Conversei com a jornalista responsável e ela conseguiu autorização para disponibilizar para vocês o PDF da matéria. Basta clicar em cada uma das páginas abaixo para poder abrí-la/baixá-la em seu computador. Boa leitura.

———«»———«»———«»———







RESENHA - "Código Penal Comentado" de Rogério Greco

A resenha dessa semana fica por conta da Raquel Monteiro, concurseira carioca que vem obtendo alguns bons resultados em concursos. Enquanto a nomeação não vem, ela se prepara para novos desafios como advogada e professora.


Autor: Rogério Greco
Edição: 4ª / 2010
Páginas: 1020
Editora: Ímpetus
ISBN: 978-85-7626-388-3

Rogério Greco foi um pouco injustiçado em minha faculdade, na época em que eu ainda era uma graduanda em Direito. Junto com ele, eu também fui. Explico. Quando o autor do livro de nossa resenha de hoje começou a escrever o primeiro de seus livros SUPER didáticos, alguns dos meus professores mais tradicionalistas, não o indicaram como referência bibliográfica. Isso resultou em uma tamanha dificuldade para o primeiro contato com o Direito Penal.

Apesar disso, a matéria é hoje uma das minhas grandes paixões. Afinal, eu tive a sorte de conhecer um de seus livros na época em que fui estagiar no gabinete de uma juíza federal. Foi amor à primeira vista! E essa foi uma das minhas grandes motivações para escolher o Código Penal Comentado de Rogério Greco para resenhar.

Primeiramente, devo destacar que esse livro é mais sintético que um Curso de Direito Penal, mas com maior profundidade que um livro resumo. Talvez, a melhor comparação seja com a densidade de um Manual de Direito Penal, sendo que a proposta de abordagem é diferente desse. Eu diria que é um meio termo. Afinal, o concurseiro vive o paradoxo moderno de necessitar absorver muito contéudo em um lapso de tempo reduzido.

Adianto, também, que o livro é ótimo para a preparação para provas objetivas de nível mais elevado, uma vez que compila toda gama de jurisprudência atual relacionada a cada assunto. Com isso, temos como conhecer os principais julgados, não somente do STF e do STJ, mas também dos Tribunais de Justiça dos Estados. Em relação a isso, fui muito surpreendida pelos julgados estaduais de São Paulo e Minas Gerais. São apresentados de forma muito didática.

Mesmo com um ênfase grande na jurisprudência, o livro não perde o foco e apresenta a respectiva explicação teórica sobre cada instituto penal e a interpretação de cada artigo do Código Penal.

Chamou-me a atenção o autor ser membro do Ministério Público – e retratar muito bem a experiência cotidiana predominantemente acusatória do órgão – mas revelar-se muito humano e garantista em algumas passagens. O posicionamento de Rogério Greco nesse sentido é extremamente inovador e benéfico para o estudioso da matéria. Afinal, não só prepara para os concursos, mas lança a semente e a influência na formação dos novos profissionais que surgirão.

Outra nota muito enriquecedora e que muita gente não dá a devida atenção a ela é o Prefácio. Ali há uma linda mensagem bíblica que trata de esperança e dos rumos do Direito Penal. Vale a pena ler, pois até quem não é religioso pode se sentir tocado. Eu me comovi.

No que diz respeito à estrutura do livro, a diagramação do texto muito me agradou, pois dividiu o texto em duas colunas. É uma iniciativa muito original, pois meu campo visual foi otimizado para a leitura.

Apreciei o destaque em vermelho que diferencia o texto legal e a jurisprudência da explanação teórica. Creio que isso ajude meu cérebro a categorizar cada aspecto da matéria, sem que eu me confunda visualmente. Muito pelo contrário, a leitura tornou-se mais instigante ainda!

No que pertine ao didatismo do autor, percebo que ele é muito habilidoso em seu linguajar, de modo a conseguir traduzir o pensamento das mais diversas vertentes de estudo. A acessibilidade, contudo, não prejudica o tecnicismo que o conteúdo exige.

Quanto ao papel usado pelo fabricante, ele segue a tendência de todos os que resenhamos até então. A qualidade é boa, visto que a espessura não é fina, não rasga com facilidade, tampouco é transparente. Por conseguinte, viabiliza que o estudante faça grifos e anotações que não transparecerão no verso da folha.

Resumo da Ópera - Sou fã de carteirinha dessa obra, pois adoro Direito Penal e o modo como Rogério Greco escreve. Devo avisar que o Código Penal Comentado, em questão, serve para os concursos de: Delegado, provões da Magistratura, Defensorias, Procuradorias, Ministério Público. Serve também a todos aqueles concursos (não mencionados) em que se tem como objeto de questão a jurisprudência. Eu recomendo o livro sem moderação! (risos)

Raquel Monteiro é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———

E vocês acham que ficaríamos só nessa resenha?! Estão vocês estão muito enganados. Leia agora uma entrevista exclusiva de Raquel Monteiro com o autor desse ótimo livro, ROGÉRIO GRECO.

Professor Rogério Greco, você atualmente ocupa posição de destaque na carreira pública como Procurador de Justiça. Trata-se de uma bela e concorrida profissão que exige muito estudo. Como foi sua trajetória para chegar ao Ministério Público?

Ingressei no Ministério Público de Minas Gerais em 1989, com 26 anos, depois de advogar por, aproximadamente, 4 anos.

Sua obra é muito didática. Traduz, com muita simplicidade, conceitos e institutos abstratos e com a habilidade de não prejudicar o rigor técnico. Como surgiu a ideia de se tornar doutrinador?

A ideia de escrever um livro surgiu em virtude dos pedidos dos alunos em sala de aula, que, a todo momento, pediam o meu roteiro de ensino. Assim, resolvi trabalhar na criação de um livro que fosse simples, didático e, ao mesmo tempo, aprofundado. Como entendia a angústia dos alunos com determinadas leituras, resolvi escrever de um modo que qualquer pessoa entendesse, deixando de lado expressões cansativas e rebuscadas, que somente atrapalhavam o aprendizado.

Direito Penal é o bicho-papão de muitos graduandos e de muitos concurseiros por causa dos inúmeros conceitos e peculiaridades dos casos concretos. Qual a dica que você dá para que tem se digladiado com a matéria?

O conhecimento vem pela repetição. Assim, não procure “decorar” o que está escrito nos livros. Leia com tranquilidade, como se estivesse fazendo a leitura de um livro não jurídico. À medida que for lendo sobre o tema várias vezes, o conhecimento sobre o tema passará a ser natural.

É interessante perceber em sua obra um caráter garatista do Direito Penal, o que é excelente para um regime democrático como o nosso. Surpreende-nos porque geralmente o parquet, mesmo assumindo o papel de fiscal da lei, tem a tradição mais marcante como parte. Como você se posiciona nessa seara?

De todos os ramos do direito, não resta dúvida que o penal é o mais radical, porque lida com o direito de liberdade das pessoas. Assim, ser garantista significa que meus direitos como cidadão deverão ser preservados contra a fúria do Estado. No entanto, não podemos confundir “garantismo” com “ingenuidade”. A Justiça não pode ser tolerante com casos graves, principalmente aqueles que envolvem os crimes de colarinho branco, cujos autores podem ser considerados como verdadeiros genocidas.

Ser concurseiro no passado já era complicado e agora parece ter ficado mais complexo ainda. Transmita, por favor, uma mensagem aos nossos concurseiros leitores.

Quando comecei a estudar para prestar concursos públicos, tal como ocorre com os candidatos hoje, me sentia despreparado, e achava que seria muito difícil a minha aprovação. Contudo, hoje, sei que Deus tem sempre o melhor reservado pra nós. Dê o seu melhor, não saia da fila, persista, que sua hora chegará, assim como chegou a minha. Fiquem na paz.

———«»———«»———«»———

Para facilitar sua vida, já que sabemos que grana de concurseiro é para lá de contada e que bons livros para estudar para concursos públicos sofrem uma variação de preço muito grande dependendo de onde são vendidos, sugerimos dois lugares para você comprar esses livros.

Um deles é através loja virtual
da própria editora (clique na imagem abaixo):

E outro é na excelente livraria especializada em concursos públicos e livros jurídicos Última Instância, excelente livraria virtual parceira do blog (clique nas imagens abaixo):


———«»———«»———«»———

Análise cuidadosa é a ordem do dia

Mais uma vez assistimos uma daquelas épocas em que vários bons concursos têm editais publicados quase que simultaneamente (CEF, ANVISA, ANEEL, DATAPREV, ...), o que deixa muitos concurseiros totalmente espavoridos e sem saber para onde atirar. Só que essa dúvida é raiz de um problema muito maior do que parece a primeira vista, tão crítico que para muitos concurseiros já resultou em dolorosos pedidos de exoneração do tão desejado cargo público. Explico.

Quando vericando quais concursos estão com as inscrições abertas, muitos concurseiros analisam, geralmente, apenas aspectos imediatos do concurso como cargos, remunerações, matérias a serem cobradas, data da prova e por aí vai, poucos são os que consideram questões extremamente importantes como:

- Quero mesmo trabalhar nessa área/cargo?

- Quero mesmo mudar-me para outro estado/cidade?

- A remuneração do cargo é suficiente para montar uma casa, pagar aluguel e contas, enfim, me manter no local de exercício do cargo?

- Estou pronto para deixar para trás amigos, família, gato, cachorro, papagaio e tudo o mais?

Não se enganem, meus amigos, antes da posse 99,9% dos concurseiros respondem SIM para todas as perguntas acima, mas quando chega o telegrama com a nomeação e data da posse, aí, sim, o bicho pega, e os sim tornam-se não. Vejamos de perto o que envolve cada uma dessas questões.

- Quero mesmo trabalhar nessa área/cargo?

Muitos concurseiros não analisam com cuidado as atribuições dos cargos e mesmo informam-se quanto ao dia-a-dia do mesmo e após a posse descobrem amargamente que "putz, isso não é para mim". Já ouvi isso de amigos e também de vários leitores do blog, é real, acontece. Se o concurseiro não tem perfeito para "ficar atrás de uma mesa", não adianta prestar concursos para cargos burocráticos, se não tem perfil para "trabalhar em campo", não adianta nada prestar concursos para cargos de fiscalização, na área de segurança e tal. Num primeiro momento, em meio à euforia da posse, não só será possível fazer o trabalho, como até se gostará do que se for fazer, mas passado as primeiras semana a situação tende a tornar-se insuportável.

- Quero mesmo mudar-me para outro estado/cidade?

Muitos concurseiros dizem que "vou para onde quer que seja empossado". Muito bonito, muito corajoso, mas quando se mudam, daí a história muda de figura. Notem que as diferenças culturais e de desenvolvimento são muito grandes no Brasil. Conheço concurseiros que saíram de grandes cidades para irem para cidadezinhas do interior e não se acostumaram de jeito nenhum com a quietude, com o modo tranquilo e geralmente sem solavancos como a vida corre nesses lugares. Também conheço concurseiros que saíram de cidadezinahs pacatas para encarar grandes centros e levaram um choque cultural instantâneo. Parece bobeira quando se lê sobre o assunto, mas é bem real quando se vive a experiência.

- A remuneração do cargo é suficiente para montar uma casa, pagar aluguel e contas, enfim, me manter no local de exercício do cargo?

"Vivo com o mínimo, o que importa é ser empossado" foi o que o útlimo concurseiro que achava que remuneração no começo não era algo tão importante assim. Na fria e cara realidade da capital paulista ele viu que sua remuneração líquida de R$2032,00 permitia apenas que ele vivesse uma rotina de "de casa para o trabalho e do trabalho para casa". Morava longe do trabalho, não podia se divertir, não podia consumir ... resultado, pediu exoneração e voltou para os estudos.

- Estou pronto para deixar para trás amigos, família, gato, cachorro, papagaio e tudo o mais?

Muitos concurseiros acham que vínculos emocionais com a família, parentes e amigos são fáceis de serem deixados de lado para assumir um cargo em local distante ... e enganam-se. Quando a saudade baixa milhares de quilômetros baixa, geralmente vem acompanhada do desespero e da depressão, daí não há cargo público que segure o concurseiro, por melhor que seja. E também, são poucas as amizades e, principalmente, namoros/noivados que resistem a distância.

Resumo da ópera - Escolher quais concurso prestar é mais complicado e importante do que parece, então, tome muito cuidado ao fazer essa análise, sob o risco de se ver, um dia, entregando um pedido de exoneração do cargo público que conquistou tão duramente, e fazendo isso com um suspiro de alívio!

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———

Recentemente colaborei em uma matéria publicada em um caderno de educação do jornal Correio Braziliense que tratava exatamente de alguns aspectos desse assunto. Conversei com a jornalista responsável e ela conseguiu autorização para disponibilizar para vocês o PDF da matéria. Basta clicar em cada uma das páginas abaixo para poder abrí-la/baixá-la em seu computador. Boa leitura.

———«»———«»———«»———

Concursos com pouquíssimas vagas ... façam suas apostas


Dentre os emails enviados para o blog nesse final de semana, um me chamou especial atenção por conta do seguinte questionamento:

"(...) recentemente abriu o concurso da Anvisa, mas a minha duvida está no numero de vagas. Para tecnico administrativo com sede em São Paulo é exatamente 01 vaga. Gostaria de saber sobre a sua opiniao, se compensa ou não".

E não é que quando dei uma olhada no edital desse concurso pensei exatamente isso!

Pois bem, analisemos a situação. Temos um concurso para uma agência executiva federal que para São Paulo (capital) há prevista no edital apenas uma única vaga. Vejamos primeiros os fatos indubitáveis dessa situação:

Fato 1 - Haverá candidatos para essa vaga, nem que seja meia dúzia de "gatos pingados";

Fato 2 - Haverá um empossado nessa vaga;

Nosso problema não é com o segundo fato, mas com o primeiro. Daí temos váriso "se" envolvidos. Vejamos alguns:

"Se" 1 - Se pouca gente se inscrever para essa vaga, pode ser mais fácil ser o melhor entre os inscritos e abocanhá-la;

"Se" 2 - Se pouca gente se inscrever, mas for pouca gente que estuda muito há muito tempo, posso me ferrar;

"Se" 3 - Se muita gente se inscrever para essa vaga, posso me ferrar;

"Se" 4 - Se muita gente se inscrever para essa vaga, mas a maioria for "fraca", posso me dar bem;

"Se" 5 - Se estiver prevista apenas uma vaga no edital, mas no final empossarem uma dezena de classificados, posso me ferra se não prestar esse concurso para essa vaga.

E o que isso tem de diferente de outros concursos públicos? Nada. Quantos não são os concursos por aí que tinham previstas dez, vinte, cem vagas no edital e depois de um ano de homologação não empossaram mais que meia dúzia? Quantos não são os concursos que, por outrolado, convocaram duas, três, cinco vezes o número de vagas previstas no edital?

Agora, em relação à concorrência, não se enganem, não existe mais esse negócio de concurso fácil de passar. Tenha uma ou cem vagas previstas no edital, no final das contas sempre haverá candidatos MUITO bem preparados em pelo menos duas ou três vezes esse número de vagas.

Qual é a solução? Pois bem, é analisar a situação como um todo. Se tal concurso for o concurso pelo qual o concurseiro vem aguardando há muito tempo, então não há o que discutir, é esse mesmo e pronto, independente do número de vagas oferecidas, da possível concorrência e tudo o mais. Agora, se não for esse o caso, é necessário verificar se há outros bons concursos na praça, e em caso positivo se não seria o caso de apostar suas fichas em um desses outros concursos, talvez até estudar sem edital aguardando algum novo concurso que te dê um pouco mais de sensação de segurança.

De qualquer forma a velha verdade concurseira é a que vale, verdade que diz que para cada vaga haverá um empossado, então a luta é entre você e uma vaga, ponto final, não importa se há mais um milhão de candidatos ou um milhão de vagas. Isso vale perfeitamente para esse concurso da Anvisa, não importa se há apenas uma vaga ou se haverá um milhão de candidatos para essa vaga, no final um será empossado, e se você estudar e fizer uma prova melhor que os outros candidatos, será empossado nessa vaga.

Resumo da ópera - Tudo bem que em se tratando de concursos públicos há um forte fator de "aposta" quando escolhemos qual concurso público prestar, mas diferentemente de apostar em qual número a bolinha jogada em uma roleta em movimento irá cair, podemos e devemos maximizar nossas chances com uma análise cuidadosa dos concursos que prestamos e ter consciência de que no final o que importa mesmo é o quanto e como estudamos.


Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———


Jerry Lima entrevista Tiago Gomes

Hoje trago uma novidade para vocês, caríssimos leitores do blog Concurseiro Solitário. A fim de permitir que todos comecem a semana motivados para os estudos, estou entrevistando vários ex-concurseiros, todos agora empossados no serviço público, onde converso com eles sobre sua experiência no que o Charles chama de "guerra dos concursos públicos". Espero que gostem.

O entrevistado dessa semana é um velho conhecido aqui do blog, Tiago Gomes, ex-colunista e agora servidor público federal.

Jerry Lima - Antes de tudo, diga qual é o seu cargo atual e fale um pouco sobre as suas obrigações como servidor.

Tiago Gomes - Olá Concurseiros Solitários, estou de volta em forma de entrevista. Muita água rolou desde que parei de escrever para o blog, mas continuo acompanhando e utilizo sempre as dicas que meus companheiros colocam por aqui. Hoje sou Agente Administrativo em um dos Ministérios do Executivo e, apesar de não ser a melhor carreira, sinto que tirei o peso das costas e hoje os meus estudos rendem muito mais do que antes, quando vivia na expectativa do quase. As minhas obrigações como servidor são as mesmas contidas no edital do concurso e a minha responsabilidade é servir à toda população que carece muito do meu trabalho.

Jerry Lima - Tem gostado de trabalhar como funcionário público? É aquilo que você esperava?

Tiago Gomes - Sim. É gratificante ver que o seu trabalho influencia a vida de milhões de pessoas. É aquilo que eu esperava, pelo menos para esse cargo. Isso me faz estudar mais para buscar outros cargos e outras carreiras.

Jerry Lima - Por que você se tornou concurseiro? Qual foi o primeiro motivo que te levou a essa nossa vida?

Tiago Gomes - Assim como grande parte das pessoas, me tornei concurseiro por não aguentar mais a vida estressante, instável e escrava da iniciativa privada. Decidi largar tudo pela tranquilidade e estabilidade que o serviço público proporciona. Hoje posso fazer planos e coloco a minha cabeça no travesseiro com a certeza de que no outro dia o meu lugar tá lá me esperando.

Jerry Lima - Quanto tempo você precisou estudar para ser aprovado em seu concurso?

Tiago Gomes - No meu concurso eu estudei umas duas semanas. Estava me preparando para o concurso do TRT-SP e calhou de fazer essa prova do Ministério. Mas eu estudo há 3 anos para concursos públicos e pretendo parar só quando atingir meus objetivos.

Jerry Lima - Qual foi a sensação quando você viu seu nome na lista dos aprovados?

Tiago Gomes - Felicidade misturada com uma boa dose de alívio.

Jerry Lima - Houve mais de uma fase em seu concurso? Qual você teve mais dificuldade e o que fez para superá-la?

Tiago Gomes - Não. Foi só a prova com redação. Apesar da redação ser o calo da maioria, pela minha facilidade em escrever, foi tranquilo. Sabia que tinha feito uma boa redação e isso influenciou diretamente na nota final do concurso.

Jerry Lima - O que você sentiu quando você foi convocado para tomar posse? Como foi o seu dia? Quais foram as providências que você teve que tomar antes, no dia e depois da posse?

Tiago Gomes - A sensação foi o contrário, ou seja, alívio com uma boa dose de felicidade. Os dias que antecederam foram de muita ansiedade. Preparei todos os documentos, revisei várias vezes para ver se não tava faltando alguma coisa. No dia da posse, nem dormi direito. Antes de sair de casa, pedi a Deus que abençoasse a minha vida e agradeci por tudo que Ele tinha feito até então. A posse foi rápida e tranquila. Depois foi conhecer o lugar onde iria trabalhar, as pessoas e o serviço. Logo a gente entende que aquilo é apenas um trabalho e todos alí são iguais a você. Aquela euforia da posse aos poucos vai sendo substituído pelas responsabilidades diárias.

Jerry Lima - Você ainda tem outros planos? Algum outro concurso ou meta para alcançar?

Tiago Gomes - Sim. Continuo estudando para concursos. Pretendo alcançar um grande cargo no serviço público.

Jerry Lima - O que diria para aqueles que ainda estão na luta por um cargo público?

Tiago Gomes - Nunca desista! Não interessa a quanto tempo estuda, nunca deixe a preguiça, o cansaço, a desconfiança dos parentes e as dificuldades tirarem você do caminho. Estudar é difícil, é chato e a gente não consegue mensurar o valor daquilo. Em um dos meus artigos aqui para o blog, escrevi que estudar para concursos é andar em uma caverna escura, cheia de obstáculos, com o objetivo único de se achar a luz, a saída. Acredite, é possível. Eu e milhares de outros concurseiros que encontraram a luz somos provas vivas de que é possível.

Jerry Lima - Poderia falar um pouquinho sobre o seu método de estudo?

Tiago Gomes - Testei todos os métodos já criados, criei vários métodos e hoje posso afirmar que o melhor é aquele que vc se mantém entusiasmado com o estudo. Estudo todas as matérias em conjunto para o cérebro não entrar na rotina e para o estudo não ficar monótono. Paro sempre para descansar a mente e não fico mais de duas horas na mesma matéria. E o grande segredo dos meus estudos chama-se: EXERCÍCIOS. Mesmo que eu não domine a matéria, pelos exercícios eu consigo aprender muita coisa pois eles me obrigam a ver a matéria. Além disso, eu passo a conhecer mais o estilo da banca e os caminhos para acertas as questões são encurtados.

Jerry Lima - Valeu a pena todo o esforço para alcançar a aprovação e a posse? Faria tudo de novo se preciso fosse?

Tiago Gomes - Valeu à pena cada segundo. O único problema é que só concluímos isso quando assinamos o termo de posse. Se eu tivesse que fazer tudo de novo, faria ainda melhor, pois é muito bom estar aqui.

Resumo da ópera - Deixo um recado para todos os leitores. Aproveitem o blog e as dicas nele contidas. Isso aqui vale ouro e você não paga nada por isso. E lembre-se: vale à pena!

———«»———«»———«»———






powered by Blogger | WordPress by Newwpthemes | Converted by BloggerTheme | Blogger Templates | Low Interest Credit Cards