As armas do concurseiro sério

Hoje vamos a mais um email de leitor do blog, nesse caso de uma leitora, com um questionamento interessante.

“Moro em Brasília e estou nesta guerra efetivamente desde o final do ano passado. Não sei se nos outros estados é igual aqui. A cobrança de ser servidor é constante. O mercado de trabalho é praticamente todo do serviço publico. Quase não temos oportunidades (boas, pq emprego ruim está cheio) em empresas privadas.

Trabalho e estudo para concurso, estou começando a buscar algumas dicas fazer planejamento de estudo, separar material, cursinhos. Fiquei curiosa com alguns comentários seus no blog, você faz resumos de todas as matérias que estuda??? Eu começo a fazer resumos vou indo bem, mas chega uma hora que eu paro e penso que estou perdendo muito tempo (como o meu tempo de estudo é somente à noite) largo tudo e começo a só ler. Leio bem mais páginas do que estivesse fazendo resumo e consigo concluir algumas matérias até a data da prova. ”

Realmente Brasília é uma cidade que gira em torno do funcionalismo público. Já tive a oportunidade de visitar a cidade uma dezena de vezes, quatro para prestar provas de concursos públicos. Conversei com vários moradores da cidade e todos relataram a mesma coisa, que os bons empregos na iniciativa privada são poucos e muito, mas muito disputados mesmo. Daí que a leitora que enviou esse email ter tomado uma decisão comum por aquelas bandas, de também prestar concurso público.

Mas vamos tratar do que interessa, resumos das matérias estudadas. Já escrevi um artigo a esse respeito aqui no blog (clique aqui para ler), visto que faço muitos resumos das matérias que estudo.

Antes vamos delimitar o assunto. O que é um resumo? Vamos à nossa usual definição “dicionaresca”.

Exposição breve de um fato, acontecimento ou texto, em que apenas os aspectos mais relevantes são apresentados.

Sacaram a coisa, resumir um capítulo de uma matéria que se está estudando é destacar seus pontos mais importantes e anotá-los em uma folha de papel a parte.

Agora vamos a dois pontos muito importantes:

1º - Um bom resumo é aquele que realmente traz apenas os pontos mais importantes, que servirão como chaves de memória para o concurseiro. A idéia do resumo é permitir duas coisas, primeiro que o concurseiro possa memorizar pontos importantes da matéria, e, segundo, que o concurseiro possa se lembrar do restante que estudou ao reler tais pontos mais importantes.

2º - A melhor maneira de se fazer um bom resumo, tanto em termos de sintetização quanto de sua otimização como ferramenta de aprendizado, é resumir tudo a mão em uma folha de papel sulfite sem pautas usando lápis e borracha. Isso porque é comprovado cientificamente que quando escrevemos memorizamos mais fácil as coisas ... daí porque crianças em fase de aprendizagem, na escola fundamental, escrevem muito.

Vou dar um exemplo prático. Todo mundo conhece a história infantil “Chapeuzinho Vermelho”. Como seria um bom resumo dessa historinha? Vejamos.

- Personagens: Vovozinha, Chapeuzinho vermelho (neta) e Lobo Mau.

- Cenário: Floresta.

- Chapeuzinho Vermelho tem esse nome por que usa capuz da cor dado pela avó.

- Mãe manda Chapeuzinho levar cesta de doces para a avó, que vive em casa no meio da floresta.

- Após tentar em vão roubar cesta, lobo corre na frente até a casa, amarra a avó no armário, coloca suas roupas e toma seu lugar na cama.

- Chapeuzinho chega na casa e descobre que avó é na verdade o lobo após série de perguntas inteligentes.

- Caçador chega antes do lobo dar conta de Chapeuzinho e o mata, salvando-a e à avó.

Sacaram? Uma historinha de umas boas três ou quatro páginas de Word condensadas em sete pontos mais importantes. Quem ler a história uma vez e depois ler o resumo, se lembrará dela inteira rapidinho. Essa é a idéia do resumo.

Logo, resumir matérias que estão sendo estudadas não é perda de tempo, muito pelo contrário. Só que resumir exige esforço por parte do concurseiro para apreender e destacar apenas os pontos mais importantes da matéria, a ser sucinto, ou seja, tornar o resumo curto, a ter disciplina para fazer tudo isso da melhor forma possível.

Claro que estudar resumindo muito bem a matéria torna o estudo mais demorado, mas será que não vale a pena tal demora quando o aprendizado é muito mais eficiente? Eu acho que vale. Tudo bem que podemos ler um livro inteiro de Direito Administrativo, por exemplo, em dois ou três dias, mas demoraremos um mês estudando-o enquanto o resumimos. Ok. Qual estudo você acha que será mais eficiente? A leitura rápida de dois ou três dias ou o estudo com resumo de um mês?

Desde que comecei a estudar para concursos público venho usando resumos. Geralmente estudo a matéria uma vez somente com leitura, mas já destacando mentalmente os melhores pontos para incorporar ao resumo, depois estudo tudo novamente resumindo e, pronto, depois é só estudar o resumo até a data da prova, algo muito mais rápido e eficiente que fica relendo toda a matéria.

Agora, em relação ao tempo maior gasto para resumir a matéria e a data da prova próxima, bem, qual concurseiro não tem problemas? Isso é fato para todos nós, para vocês, para mim, para qualquer concurseiro sério. A prática leva à perfeição, inclusive no tocante a estudar resumindo em prazos muito curtos. Então, amiguinhos, o negócio é otimizar o tempo e fazer o melhor possível.

Resumo da ópera – Sou um ávido defensor do estudo com resumos. Acho que é uma das melhores ferramentas de estudo que temos disponíveis e que apesar de não ser uma das coisas mais fáceis e rápidas de fazer, compensa por sua altíssima capacidade de otimização dos estudos. Uso o método e recomendo, mesmo porque de todas as armas que o concurseiro sério tem à sua disposição para lutar na guerra dos concursos públicos, essa é uma das mais poderosas e não pode deixar de ser usada.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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ATENÇÃO - Qualquer leitor do blog pode (e deve) enviar artigos de autoria própria para publicação. Basta escrever o artigo em um documento de Microsoft Word (entre uma e duas páginas) e enviar para concurseirosolitario@gmail.com

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CLIPE DO DIA

Nas minhas primeiras férias como servidor público quero viajar para Nova York (EUA), entre outros destinos, apenas por dois motivos, primeiro para comer em alguns ótimos restaurantes que existem por lá, segundo para ouvir alguns dos ótimos músicos que tocam no metrô da cidade, exatamente como esses do clipe de hoje.

Sono polifásico?

Semana passada recebi o email de um leitor do blog com a seguinte dúvida:

“Você poderia escrever algo sobre sono polifásico, se você acha ser uma boa vantagem para quem já vem estudando a algum tempo, e quer radicalizar quando o edital sair, etc... Ou se isso é furada só funciona para ficar mais tempo acordado, mas a produtividade do cérebro reduz muito.”

Antes de qualquer coisa, vejamos o que é esse tal de sono polifásico com a ajuda da Wikipedia.

“O sono polifásico é um padrão de sono alternativo no qual o tempo dedicado ao descanso pode ser reduzido em até duas horas por dia sem causar danos a saúde. Ele é atingido pela separação do período de sono em momentos mais curtos e espaçados.

Historicamente foi utilizado por pessoas engajadas em atividades que não permitem longos períodos de sono, como velejadores, astronautas. Também foi utilizado por diferentes motivos e de diferentes maneiras por personalidades como Leonardo da Vinci que dormia 15 minutos a cada 2 horas, Lord Byron, Benjamin Franklin, Nikola Tesla, Thomas Edison, Wiston Churchill e Napoleão Bonaparte. A partir dos anos 70, o sono polifásico passou a ser acompanhado em laboratório e ganhou respaldo científico.”

Para muita gente que só está sabendo que existe esse negócio agora, pode parecer a mais pura doideira, mas é algo muito praticado e discutido em todo o mundo, com argumentos contra e a favor. Vejamos alguns deles.

Argumentos a favor, ou, vantagens do sono polifásico:

• Mais energia e disposição;

• Mais tempo, obviamente (22 horas acordado por dia);

• A mente funciona melhor;

• Sonhos vívidos;

• Vida mais organizada. Pois você sempre dorme e acorda nos mesmos horários, podendo então manter uma agenda organizada. Seja pessoal, seja profissional.

• Alimentação mais saudável, pois pelo fator acima, você sempre come nos mesmos horários e controla, de modo que não se sinta estufado (que possa vir a atrapalhar seu sono).

Argumentos contra, ou seja, desvantagens:

“Os críticos do sono polifásico preocupam-se com a possibilidade deste padrão de sono restringir o tempo gasto como os estágios perimetrais do ciclo do sono, podendo assim perturbar o ritmo circadiano do corpo. Isso poderia causar o sofrimento dos mesmos efeitos negativos encontrados na privação do sono, como perda da capacidade cognitiva e habilidade física, incluindo stress, ansiedade e enfraquecimento do sistema imunológico. Contudo, não existem estudos comprovando o efeito negativo do sono polifásico. Os críticos apontam a dificuldade que algumas pessoas tem de respeitar os curtos intervalos de sono, quando acabam dormindo além do programado, como uma evidência da insustentabilidade deste padrão.

Muitos adeptos do sono polifásico relatam que a parte mais difícil deste padrão de sono é superar o aspecto social, uma vez que as horas de trabalho muitas vezes não permitem o período necessário de sono durante o dia em intervalos regulares.”

Ok, agora vamos analisar o assunto do ponto de vista concurseiro.

Analisando o sono polifásico do ponto de vista das vantagens, a idéia é mesmo muito atraente. Pensem bem, poder estudar 22 horas por dia com qualidade, uauuuu, é para garantir aprovação em qualquer concurso público rapidinho. Façamos algumas contas. Digamos que um concurseiro em tempo integral estude 8 horas líquidas diárias todos os dias da semana (outras 8 horas ele dorme e as 8 restantes ele usa para fazer todo o que resta fazer), em dois meses ele terá estudado por volta de 480 horas. O mesmo concurseiro, praticando o sono polifásico, que estudasse 14 horas por dia (2 horas ele dormiria e 8 horas faria tudo o que tem de fazer), estudaria ao final de dois meses 840 horas ... putz, quase o dobro de horas líquidas de estudo!

Tudo muito bonito, mas agora analisemos o assunto do ponto de vista das desvantagens.

Não é nada tranqüila a transição do sono monofásico para o polifásico. Acredito que é muito pouca gente que conseguiria deixar de dormir 8 horas diárias ininterruptas para no dia seguinte passar a dormir apenas duas horas em cochilos curtos de 15 minutos. Inclusive, em todas as fontes sobre o assunto que pesquisei, é comum depoimentos do tipo “O começo é muito, muito ruim. Foram um dos piores dias da minha vida, sem exageros. Mas, a minha adaptação foi rápida, levei 5 dias. Pode levar 15”.

Há também a necessidade de uma disciplina férrea, praticamente militar, para se obedecer os horários e tempos de cochilo. É tudo agendado, marcado em minutos. O cara não pode dormir ou acordar na hora errada. Isso já é um grande problema para quem é mais desorganizado.

Outro fator a se considerar é a resistência da família quando o concurseiro mora com ela. Já te acham meio doido de estudar o tempo todo para concursos públicos com você dormindo como todo mundo faz, agora, imagine o que não pensarão se você passar a praticar o sono polifásico! Não que o que ninguém pense a respeito de você mereça sua preocupação, mas existe o risco claro de acharem que você pirou de vez e quererem levá-lo a um psiquiatra ou clínica de repouso.

Além disso, é fato que não são todas as pessoas que suportam essa mudança. Muita gente, simplesmente, não suporta o sono polifásico e ponto final, tente o quanto tentar.

Daí chegamos ao questionamento que realmente importa. Vale a pena um concurseiro tentar essa transição em busca de um ganho brutal de rendimento de estudos?

Particularmente, acho que depende muito. Se o concurseiro já tem uma predisposição a dormir pouco, tem tempo de sobra para gastar com essa experimentação, está se preparando para concurso sem data marcada, não enfrentará resistência da família ou problemas com trabalho, então até vale a pena tentar. Agora, se o concurseiro já é dorminhoco, não tem tempo de sobra nem para ir ao dentista estando com o dente doendo, tem concurso com data marcada e tem quase certeza de que a família, amigos e colegas de trabalho serão um grande impecílio para essa experimentação, então esqueça da idéia e procure, sim, otimizar seu tempo da forma tradicional.

Resumo da ópera – Muito, mas muito cuidado mesmo com essas fórmulas meio mágicas para estudar melhor. Tudo bem que no caso do sono polifásico há comprovação e pesquisas científicas a respeito, mas mesmo assim não é algo que deva ser tentado sem supervisão médica. Quando falamos em adotar técnicas ou consumir produtos que possam afetar nossa saúde, o assunto deve ser analisado com extrema cautela, afinal de contas, não adianta passar em concurso público e morrer, afinal de contas, cadáver nomeado não toma posse em cargo público algum!

Fontes sobre o assunto usadas para escrever esse artigo (clique para ler):

Wikipedia

Blog Jornada Imperial

Folha Online

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA

“Sweet Child O’Mine” no violino no metrô de NY por um músico anônimo ... muito bom o cara.

A distância entre a teoria e a prática

Recentemente um leitor do blog enviou o seguinte questionamento:

“Sou marinheiro de primeira viagem em concursos, e ultimamente vejo que não está fácil obter o tão almejado cargo público!!! Fiz 6 meses de curso pela rede LFG, que me deu uma boa alicerce. Agora estou estudando o que eu aprendi durante esses meses.

Você me aconselha agora alguma apostila ou livro para dar sequência em meus estudos, pois a grana está curta e curso pago está inviável neste momento.

Não sei se você aconselha, mas resolvi estudar para todos os concursos de nível médio, então direcionei minhas forças em 5 matérias ( português, raciocínio lógico, informática, dir. constitucional e dir. administrativo), pois acredito que elas estarão presentes em todos editais.

Dentro destas matérias, quais os livros e apostilas que você me indicaria e quais você mais abomina??

Desde já te agradeço, e se possível me dê algumas dicas.”

A realidade vivida por esse concurseiro, infelizmente, é a mesma de muitos outros concurseiros nesses tempos bicudos de crise, quando a grana fica curta e é preciso abdicar de freqüentar um bom cursinho para concursos. De qualquer modo isso não é fim do mundo e basta que o concurseiro tenha disposição, disciplina e força de vontade para continuar estudando sozinho, que no final estarão tão bem ou até mais preparado que se tivesse continuado freqüentando o cursinho.

Agora, tenho fortes restrições quanto à estratégia, ou falta de estratégia, do colega concurseiro em querer estudar de modo genérico para todos os concursos de nível médio. Mas vamos por parte, calma.

Estudar para concursos de nível médio – Aqui não há problema se o concurseiro não tem curso superior completo, afinal de contas, nesse caso é a única opção. Agora, se o concurseiro tem nível superior, deve ter consciência que não é porque o concurso é de nível médio que será mais fácil ou menos concorrido, muito pelo contrário, apesar dos programas de matéria serem, sim, aparentemente mais palatáveis que os de nível superior, para dar conta da concorrência é preciso estudar muito, mas muito mesmo, e estar preparado para ir muito bem.

Só para vocês terem uma idéia, no concurso do TRE-MG, realizado recentemente e do qual participei, alcançar nota final nove significou ficar em em 30ª posição!

Quanto às matérias que o colega escolheu para estudar – Realmente essas cinco matérias (Português, Raciocínio Lógico, Informática, Direito Constitucional e Direito Administrativo) são o arroz-com-feijão de qualquer concurso público. Algumas vezes não é cobrado Raciocínio Lógico, mas poucas vezes. Escolha bem feita.

Agora voltemos ao “resolvi estudar para todos os concursos de nível médio”. Aqui o bicho pega. Se um concurseiro decide fazer isso, terá de estudar absolutamente TUDO de cada matéria, pois cada concurso pede uma coisa. Acho que isso é, no mínimo, uma estratégia canhestra, beirando a falta de estratégia!

Acho muito mais prudente e produtivo que nosso amigo concurseiro que enviou essa mensagem faça o seguinte. Primeiro ele deve escolher quatro ou cinco concursos de nível médio que queira prestar quando acontecerem, concursos nacionais, então consultar os programas dos últimos concursos ocorridos e cruzar os tópicos exigidos para cada matéria. Ao final o concurseiro terá um programão com o grosso pedido em concursos públicos de nível médio, que é muito menos que estudar tudo de cada matéria. Se depois for pedido em algum concurso que queira fazer algum tópico diferente do que estudou, daí é só tirar o atraso rapidinho. Isso, sim, é estratégia de estudo!

Agora quanto ao material. Primeiramente, nada de querer estudar por apostilas. Como disse uma professora de Direito Administrativo em uma aula virtual que assisti faz alguns dias, a maioria é apostila de auto-ajuda, aquelas que são tão superficiais que estudamos, achamos que sabemos tudo e isso nos faz nos sentirmos bem, mas não nos prepara coisa alguma para concurso nenhum. Segundo, aproveite o material do cursinho que você fez, repasse-o procurando se lembrar das aulas, isso é muito bom.
Minhas dicas de bibliografia são:

Português – Curso online regular da Cláudia Koslowisk (Ponto dos Concursos), excelente.

Raciocínio Lógico – Raciocínio Lógico – Teoria & Questões – Enrique Rocha – Editora Campus

Informática – Informática para Concursos – Jorge Ruas – Editora Campus

Direito Constitucional – Direito Constitucional Descomplicado Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo – Editora Método

Direito Administrativo - Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo – Editora Método

Com essa bibliografia muito, mas muito bem estudada mesmo (edições mais recentes, claro), qualquer concurseiro estará muito, mas muito bem preparado mesmo para qualquer concurso público de nível médio ou superior no tocante a essas matérias. Claro, não se pode deixar de fazer, também, algumas centenas de exercícios de cada matéria das mais diferentes bancas.

Resumo da ópera – Estar com vontade de estudar é ótimo, mas é preciso ir com calma, tomar cuidado com a estratégia e com o planejamento de estudo para que essa vontade não se esvaia em meio ao caos do estudo desordenado e não direcionado. Logo, cuidado, muito cuidado!

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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O que você quer ser quando crescer?

Quantos de nós já não ouvimos esta pergunta quando criança e, todo feliz, respondíamos as mais variadas profissões: Bombeiro, Astronauta, Motorista de Ônibus, Médico, Pedreiro, Presidente, Policial e etc.

Todos nós ficamos aterrorizados faz alguns dias, exatamente dia 23/04/09, com a notícia do assassinato da Oficiala de Justiça da 3ª. Vara Cível do Foro Regional de Santo Amaro, Sandra Regina Ferreira de 48 anos, que saiu de sua casa como um outro dia qualquer, mas sem imaginar o trágico destino que a esperava. Saiu a serviço, para cumprir um mandado de busca e apreensão e foi executada a tiros por um servente de pedreiro que, num ato de estupidez e completa ignorância, descarregou sua arma contra a Servidora Pública, e como não bastasse, recarregou a arma e atirou novamente.

O artigo abaixo, já estava no forno há algum tempo e não tinha data certa para publicá-lo, mas, uma tragédia como esta me fez concluí-lo, assim chama a atenção para fatos que noutras datas aqui já foi discutido.

QUE CARGO VOCÊ QUER NO SERVIÇO PÚBLICO?

O objetivo de todo concurseiro é obter sucesso tomando posse em um cargo público, seja ele o cargo que for (com poucas exceções), desde que tenha um salário suficiente e lhe dê a segurança tão almejada que a servidão pública promete.

Dificilmente quem presta concursos, principalmente os desempregados, vai pesquisar profundamente as atribuições do cargo, conversar com quem exerce e coisas assim.

Tanto é que vimos muitos dos que prestam concursos se propondo a mudar de cidade e de vida caso obtenha sucesso, e isso ocorre tanto em concursos de nível superior quanto de nível médio.

Mais uma vez, utilizarei meu próprio exemplo mesclando com o de pessoas que conheci.

Quando comecei a estudar para concursos, pouco me importava se era para perto ou para longe, se teria de mudar de Estado ou não, se era concurso Federal ou Estadual. A necessidade falava mais alto!
Conheci muita gente que se mudou para os confins do Brasil ao ser nomeado e, colegas que passaram no TJ vinham de todos os cantos do Estado e também de fora dele para tomar posse, conheci pessoas que vieram de longe para tomar posse no TRE-SP e assim por diante. Nesta hora o que importa é estar empregado, e no caso bem empregado (comparando ao que temos por aí afora pelo regime celetista).

O ideal seria definir exatamente os tipos de concursos que se pretende prestar, conhecer as atribuições dos cargos pretendidos, montar seu planejamento de estudos e pacientemente ir se preparando para eles e prestando à medida que surgissem. Mas, sabemos que não é bem assim que ocorre, quando bate a necessidade, acabamos atirando para todos os lados, pois, costumo dizer “precisamos apagar o incêndio do desemprego primeiro”.

Quando entrei no mundo dos concursos, eu só tinha uma coisa em mente: Preciso passar em um concurso público rapidamente, com família para sustentar, eu e minha esposa desempregados, não dava para pensar em concursos que exigissem nível superior, apesar de tê-lo, se o fizesse as chances de uma boa colocação a ponto de ser nomeado levaria mais tempo. Mas, retomando o tema principal, e o cargo? A atividade em si? O que iremos fazer por um bom tempo de nossas vidas se entrarmos?Por isso, parti para os concursos de nível médio.

Pois é amigos, vencida a primeira grande batalha, após empossados, temos de exercer o cargo para o qual tanto lutamos e outras tantas pessoas estão na árdua luta para consegui-lo.

Hoje, eu estou feliz em meu carguinho de Escrevente, com um salário razoável que me permite ao menos bancar as despesas de casa juntando esforços com minha esposa que conseguiu um emprego, tenho estabilidade e vou levando a vida. Mas, nem por isso, deixo de pensar em outros cargos que estão à minha volta.

Com o sucesso obtido em primeira etapa, pude com mais calma analisar outros concursos, mas não só os números ($) e, sim, as atribuições, algo que na primeira batalha, nem me importava muito, pois, como disse, a necessidade falava mais alto.

Pensei no cargo de Juiz Substituto, salário inicial por volta de R$ 20.000.
Para mim, sem chance, afinal não sou formado em Direito e levariam uns 10 anos caso pudesse pagar um faculdade na área e me preparar e ter os requisitos para ingressar.

Mas, além disso, comecei a pensar no cargo em si, analisei os Juízes com os quais trabalho, levando serviço para casa, carregando nas costas o peso de tantas decisões e tudo mais.

Eu toparia? Sim, eu toparia, mas...

Muito mais fácil eu focar meus esforços naquilo que eu, pelo menos, tivesse gosto de fazer, porque, o dia-a-dia de um Juiz não é para mim, mas claro que pode ser para você.

Então pensei:

Auditor Fiscal da Receita Federal: Salário inicial por volta de R$ 12.000,00.

Bom, está de bom tamanho para mim, mas, e o cargo, as atribuições?

Flagrar empresas sonegando, enfrentar tentativas de corrupção (até que se prove o contrário, todos somos inocentes, mas, em não aceitar, o que poderíamos enfrentar? Nunca se sabe....).

O melhor seria o cargo de Analista da Receita, salário um pouco menor por volta de R$ 8.000,00 e não teríamos tamanhos problemas, pelo menos imagino.

Fiscal do ICMS: Lembrei da mesma coisa que ocorre com o Auditor Fiscal, e tenho uma colega do Rio de Janeiro em que seu cunhado está preste a exonerar-se por conta dos problemas que enfrenta.

Mas isso ocorre apenas com concursos de nível Superior?

Não meus amigos, não, também nos concursos de nível médio temos de levar os riscos que envolvem o cargo.

O meu exemplo mais próximo é o de Oficial de Justiça, com o qual praticamente trabalho junto.

Ganha-se um pouco mais do que Escrevente e além disso recebe por fora as diligências (despesas com condução), que hoje é R$ 15,30 por cada diligência realizada, o que faz que com seu salário tenha um acréscimo considerável, mas, e as atribuições do cargo?

O Oficial de Justiça é a extensão dos braços do Juiz, ele cumpre os mandados por ele determinados. Dentre eles: Citações em geral (avisar você que foi acionado na justiça por alguém), Despejos (te tirar de sua atual moradia por falta de pagamento de aluguel), Busca e Apreensão (retirar de você o bem que comprou e não pagou), imissão na posse etc.

Quais os riscos que isso envolve?

Bom, a princípio se você for cumprir um mandado que envolva pessoas que, mesmo maus pagadores, são de boa fé e de cabeça no lugar, tudo bem. Mas, terá de ter em mente que nem todos o são e que irá cumprir muitos dos mandados em lugares e circunstâncias que desconhece, tanto pelo lugar quanto pela pessoa envolvida. Tanto é uma atividade que envolve riscos que vez por outra podem e devem pedir reforço policial.

Infelizmente não foi o caso de nossa amiga Sandra, o mandado a cumprir não envolvia qualquer tipo de risco que justificasse reforço policial, mas o destino quis que pela frente ela encontrasse alguém sem noção e, infelizmente, o que não falta neste belo País são pessoas sem noção e sem instrução.

Ela não foi a primeira e infelizmente não será a última.

Resumo da ópera - Se você não estiver no desespero, como eu já estive, não atire para qualquer lado, escolha bem o que quer ser quando crescer.

Jorge Luiz Inácio continua sendo concurseiro apesar de já estar empossado em um cargo público.

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Você é mesmo concurseiro? Paga para ver?

Será que a taxa de inscrição para um concurso público é suficiente para desanimar alguém de prestá-lo?

Jamais !!!

Se você for concurseiro de verdade, a taxa de inscrição será a última coisa a lhe impedir de prestar um concurso. Claro que temos as situações especiais onde lhe dá o direito de pedir isenção da taxa, então, se a situação é para tanto, você pode recorrer a este "remédio" que temos na Lei.

Mas, por que eu estaria escrevendo sobre isso?

É apenas um desabafo.

Fiquei sabendo de uma pessoa (prefiro preservar a identidade) que nos altos de seus quarenta e poucos anos perdeu o "bom emprego" que tinha no banco, assim como ocorreu comigo, e, já passado um tempinho, nada de conseguir recolocação.

Então, fiquei sabendo que ela disse que não prestaria tal concurso porque a taxa de inscrição era muito alta.

Faz-me rir isso, e muito.

Com certeza o motivo não é esse, tem uma boa reserva, bem estruturada, o marido trabalha etc....

Muito mais simples e prático, dizer que não está preparada(o), e, no caso, não está mesmo.

Por isso:

Concurso é para ser prestado por quem está preparado, ou, se não estiver, prestará para conhecer como funciona a coisa, assim como fiz em meu primeiro concurso e a tal taxa foi o de menos, tanto que houve concursos que paguei a taxa e não prestei por simplesmente à época já não ser mais conveniente.

Quando se gasta com concursos, você está investindo em você próprio.

Cada livro que se compra, minicódigos, papel, cartucho de tinta que recarrega etc...são investimentos feitos.

Muito mais difícil que gastar com materiais é conseguir se preparar bem para as provas.

O seu primeiro salário como Servidor, pagará todos os seus gastos com sobras, além do sabor da vitória ser incomparável.

Deixo o meu recado: Quem quiser entrar nesse mundo, nunca, jamais pense assim, pois, investimentos são sim necessários, em alguns casos pode ser minimizado buscando-se bons materiais com amigos, na Internet, ler o material na tela do computador (se assim preferirem), mas, por favor, não deem uma desculpa tão esfarrapada como essa.

"Não vou fazer porque a taxa de inscrição é alta" simplesmente absurdo, lamentável.

Resumo da ópera - Aqueles que olham o gasto como despesa, nada conseguem ou nada fazem, é a velha história de criarmos paredes em nossa frente criando obstáculos onde na verdade não existem.

Jorge Luiz Inácio continua sendo concurseiro apesar de já estar empossado em um cargo público.

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O veneno da falta de crença em si mesmo

Recentemente um leitor postou um desabafo dolorido na shoutbox do blog. Ele reclama da falta de apoio dos familiares e amigos, que o recriminam por estudar para concursos há algum tempo sem que ainda tenha alcançado a vitória. “Ficam falando que você é vagabundo, estuda e não passa”. O pior é que esse desabafo revela algo que 99% dos concurseiros sérios já experienciaram, experienciam ou ainda experienciarão.

CRER

Verbo.

1 Ter confiança, ser otimista, ter boas expectativas em relação a algo; ACREDITAR; CONFIAR. [td.: Creio que tudo dará certo.]

2 Considerar como real a existência de [tr. + em: Creio em Deus.: Eu não creio em bruxas, mas que existem, existem.]

3 Aceitar (algo ou alguém, suas palavras ou propostas etc.) como verdadeiro, eficiente, cumpridor do que promete ou capaz de realizar aquilo a que se propõe; ACREDITAR [tr. + a, em: Meu pai crê na medicina chinesa.: Os apóstolos criam a Jesus.]

4 Ter como real, provável ou possível (qualidade, fato, condição etc.); JULGAR; SUPOR [td.: Luíza crê que ele teve razão.] [tdp.: Eu o cria mais inteligente.]

5 Rel. Ter fé; ACREDITAR. [int.: Fez uma promessa, porque crê.]

[F.: Do lat. credere. Hom./Par.: creste(s) [ê] (fl.), creste(s) (fl. de crestar); crê (fl.), cré (sm.); cresse(s) [ê] (fl.), cresce(s) (fl. de crescer); críamos (fl.), criamos (fl. de criar); críeis (fl.), crieis (fl. de criar).]

Sempre que iniciamos um projeto de vida, é porque cremos que o esforço será recompensado e que uma meta será atingida. Diferente de projetos de trabalho, onde muitas vezes trabalhamos neles sem crer que darão certo, quando se trata de nossa própria vida, a crença no sucesso é fundamental.

Crer em si mesmo é fonte primária de força para lutar, agüentar as derrotas, superar os obstáculos, seguir em frente. Se cremos em nós mesmos, cremos que somos capazes de alcançar a vitória com a ajuda de Deus, então a oposição de ninguém significará nada, nadinha de nada.

Não são somente concurseiros que enfrentam a falta de crença de familiares, amigos e colegas de trabalho no sucesso de seus projetos. Empreendedores enfrentam isso, profissionais das mais diversas áreas enfrentam isso, artistas enfrentam isso. Vocês acham que ninguém riu na cara de Santos Dummond e criticou sua idéia louca de inventar um aparelho que voasse? Você acha que ninguém criticou Carlos Chagas em relação às suas pesquisas médicas? Você acha que ninguém criticou o Barack Obama por se candidatar à presidência dos Estados Unidos sendo negro e com sobrenome mulçumano?

É ótimo quando podemos contar com o apoio e crença de nossos familiares e amigos, mas isso não deve ser um ingrediente fundamental, essencial, indispensável em nossa receita de sucesso e vitória na guerra dos concursos públicos, visto sua volatilidade. Algo volátil é algo que pode desaparecer ou dissipar-se com facilidade em dadas circunstâncias. Uma dessas circunstâncias é o tempo. É mais ou menos como acontece com o Big Brother Brasil todos os anos. No lançamento e primeiras semanas, a audiência é enorme. Com o passar do tempo, a audiência vai caindo, caindo, caindo, até que no episódio final, quando o vencedor é corado, volta a ser enorme. Quando alguém se torna concurseiro, recebe o apoio de todos ao seu redor. Mas com o tempo, com as primeiras derrotas, com a demora em alcançar a vitória, o apoio vai diminuindo até sumir, muitas vezes dando lugar às críticas, à gozação, às cobranças.

Acreditar que somente com o apoio de outras pessoas se poderá alcançar o objetivo de vitória, em qualquer projeto pessoal que seja, é se deixar envenenar por um veneno que não tem antídoto. Note que não estou falando que devemos dar às costas para quem nos cerca, não é nada disso, digo que não podemos, isso, sim, é acreditarmos qe somente com apoio irrestrito e geral teremos condições de alcançar algo.

Resumo da ópera – Concurseiro sério deve crer em si mesmo e ponto final, não depende da crença de mais ninguém para continuar lutando. Se contar com o apoio de familiares e amigos, lucro, afinal de contas, apoio nunca deve ser desprezado. Mas se não conta com o apoio de ninguém, não se preocupa com isso, afinal de contas, basta crer em si mesmo para realizar o sonho da posse em concurso público.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA

A música de hoje tem tudo a ver com o artigo, vale a pena procurar na Web a tradução da letra. com Dab Hands & Steve Edwards, "D.Y.O.T" (Do Your Own Thing).

O segredo da automotivação

Dias atrás uma leitora do blog fez a seguinte postagem na shoutbox do blog:

"Se a vitória custar a chegar, suas armas se desgastarão e o entusiasmo tende a enfraquecer (Sun Tzu). Achei interessante e acredito que se aplica e todos nós. Alguém discorda?"

Antes de dizer qualquer coisa, vamos, como de costume, conhecer mais uma definição de dicionário de uma palavra que se aplica muito a nós, concurseiros sérios, automotivação.

1 Motivar a si mesmo e por si mesmo, por seu próprio esforço e decisão.

Certo, mas o que é motivação? Simples, é estimular através da determinação clara e transparente do motivo que leva a alguma ação. Sacaram? Motivação = motivo + ação.

O que leva uma pessoa a se tornar concurseira, a entrar na guerra dos concursos públicos, a estudar feito um condenado para conseguir uma vaga no serviço público? Muitas coisas. Desejo de estabilidade no trabalho e na vida, desejo de reconhecimento, desejo de crescer profissionalmente com seu próprio esforço, desejo de ganhar melhor, desejo de desafio. Motivos não faltam, enfim.

A ação necessária para atingir o objetivo da posse em cargo público é simples, estudar o suficiente para ser aprovado, além de ter paciência suficiente até ser empossado.

Logo, temos que os desejos que temos em relação ao nosso futuro pessoal e profissional que serão satisfeitos com a posse em cargo público é o motivo que leva a ação de estudar e ter paciência ... motivação. Então, se automotiva é assegurarmos para nós mesmos os motivos que nos levam a estudar e ter paciência, diariamente, a cada hora, a cada minutos. Se a motivação de um time é sua torcida, nossa torcida deve ser, primeiramente nós mesmos. Somos nós em quadra jogando pela vitória na guerra dos concursos públicos sendo animados e suportados por uma arquibancada lotada de nós mesmos torcendo por nós. Vocês conseguem imaginar a cena?

Analisemos agora o ditado de Sun Tzu.

Quando a vitória custa a chegar e se continua a lutar, lutar e lutar, as armas tendem a se desgastar, a perder o corte, a perder a resistência, a tenderem a quebrar. Só que as armas a que o filósofo militar chinês se refere não são as armas de metal e madeira, as espadas, lanças e adagas, não, ele se refere a nossa paciência, a nossa garra, a nossa gana, a nossa vontade de vencer, um conjunto chamado de moral para lutar. Então, quanto mais lutamos sem alcançar a vitória, mais nossa moral vai se desgastando, e como é a moral que alimenta o entusiasmo para vencer, como a moral se desgasta, fica mais fraca, o entusiasmo tende a enfraquecer. É como se nossas armas formassem uma bateria que alimenta uma maquininha chamada entusiasmo, mas baterias desgastadas, fracas, enfraquecem o movimento da maquininha.

Aí que mora o segredo da automotivação. Será a automotivação que renovará a cada dia nossas armas, que atenurão seu desgaste, as afiarão, as consertarão. Se nos automotivarmos continuamente, sempre teremos armas novas em folha para lutar e com armas novas em folha, nunca teremos entusiasmo fraco, muito ao contrário, teremos entusiasmo forte, muito forte, entusiasmo pitbul.

Notem que falo de automotivação por um motivo muito simples. Não dependam, nunca, em nenhuma fase da sua vida, da motivação externa, vinda dos outros. Se houver motivação externa, é lucro, mas se não houver as conseqüências podem ser extremas, para uma pessoa automotivada sua ausência nem será notada, mas para uma pessoa que não se automotiva, mas ao contrário depende da motivação externa, será o fim do entusiasmo, da vontade de vencer, a morte de seus objetivos e sonhos.

Resumo da ópera – Concurseiro sério é concurseiro automotivado até debaixo da chuva, afinal de contas, já disse o poeta que “ninguém ama você mais do que você mesmo”.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA

O clipe de hoje é de uma música romântica na voz linda de Solange Knowles, se não me engano iela é irmã da Beyoncé Knowles, mesmo sobrenome, afinal. A música de chama "Sandcastle Disco". Música calminha e gostosa de ouvir.

Disciplina é tudo!

O assunto do dia é disciplina e nada melhor para começar que uma boa definição vinda direta de um bom dicionário ... nesse caso, algumas boas definições, por que são várias as aplicadas ao termo.

4 - Respeito e obediência a regras, métodos, autoridade superior etc.

5 - Conjunto de princípios e métodos estabelecidos para o funcionamento adequado de qualquer atividade, instituição etc.

6 - Disposição e constância para realizar algo; Determinação.

Certo. Agora vamos dissecar essas definições sob a ótica da guerra dos concursos públicos.

Não há como estudar sem planejamento, isso é fato. O concurseiro sério antes mesmo de pegar o livro para dar uma primeira olhada na matéria, estuda com cuidado o edital do concurso e monta um planejamento de estudo, uma estratégia de abordagem das matérias que serão cobradas no concurso, assim como um general faz com suas tropas antes de as mandar para o campo de batalha.

Pensem comigo, se mesmo com um ótimo planejamento, com uma estratégia bem pensada, as coisas de vez em quando não dão tão certo como esperamos, imaginem sem planejamento.

Daí temos que esse planejamento é um “conjunto de princípios e métodos estabelecidos (pelo concurseiro) para o funcionamento adequado de qualquer atividade (estudar para concursos públicos”. Claro como água de uma fonte natural no sopé da Serra da Mantiqueira.

Certo, o concurseiro foi lá e fez um belo planejamento, bolou uma ótima estratégia. Agora, do que adianta fazer tudo isso se for para ficar só num cantinho empoeirado da cabeça ou num pedaço de papel esquecido na gaveta. Nada, absolutamente nada. Daí temos a aplicação da segunda definição de disciplina, que é o “respeito e obediência a regras, métodos (criados pelo próprio concurseiro)”.

Ok, temos o planejamento, a estratégia, que são então obedecidos e respeitados pelo concurseiro. Ótimo, porém insuficiente. Falta um último ingrediente, exatamente a terceira definição do termo do dia. É preciso, por parte do concurseiro, “disposição e constância para realizar algo (seguir a estratégia e o planejamento de estudo); Determinação (para estudar como planejado e pelo tempo necessário)”.

Sacaram como as coisas se encaixam? Disciplina para o concurseiro sério é tudo isso, e até um pouquinho mais. Só que o perigo existe e está principalmente em confundir disciplina com rigidez, conceitos que não podem ter nada haver para os concurseiros sérios.

A disciplina militar é rígida, visto que o soldado subalterno deve obedecer cegamente aos superiores, em linguagem concurseira, é uma relação vinculada, não há discricionariedade envolvida. Agora, para o concurseiro sério, a disciplina é um guia, é um mestre ninja de filmes orientais que guia o discípulo atento às suas forças e fraquezas. Tomemos um exemplo prático. Um militar que recebe a ordem de estudar determinado livro em determinado prazo faz de tudo para cumprir a ordem e ponto final, afinal de contas, o que importa não é estudar o livro, mas cumprir a maldita ordem. Agora, o concurseiro sério e disciplinado que se propõe a estudar o mesmo livro em determinado prazo, por sua vez, faz de tudo para estudar muito bem o livro e ponto final, afinal de contas, o que importa é estudar muito bem o livro, não cumprir o maldito prazo. Sacaram a diferença?

Resumo da ópera - Há uma historinha-ditado chinesa que se aplica muito bem a essa questão, algo mais ou menos assim:

"O mestre perguntou uma vez para seus discípulos:

- Há uma montanha muito alta onde durante a cada dez anos sopra por um mês inteiro um vento muito, muito forte. Duas sementes pousam e brotam no topo dessa montanha, uma de bambu e outra de cedro. Durante os dez anos ambas as plantas crescem fortes e sadias. O bambu é comprido e flexível. O Cedro é robusto e rígido. Qual sobreviverá ao vento destruidor?

Depois de discutirem por algum tempo, os discípulos concordaram que o Cedro que sobreviveriam, pois é robusto e rígido, podendo assim resistir ao vento.

- Vocês estão todos errados. O bambu se dobrará ao açoite do vento, envergará, mas não partirá, pois sua essência é flexível. O Cedro, no entanto, resistirá o quanto puder até que será arrancado com suas próprias raízes e levado pelo vento, pois sua essência é rígida”.

Ontem uma leitora respondeu assim na shoutbox do blog a uma sugestão de outro leitor para que descansasse um pouco para recuperar as energias (sugerido em resposta a uma queixa sua de cansaço):

“obrigada pela dica. Já pensei em dar um descanso, mas quando penso que já estive mais longe, isto é, a três anos não tinha o conhecimento que tenho hoje. Sinto que falta pouco. Isso é o que me dá força pra continuar. Mas eu chego lá. Acho que estou naqueles dias de desânimo.Mas eu chego lá”.

Em momentos como esse que o concurseiro deve parar um minuto e pensar com muito cuidado no próximo passo a tomar. Isso porque, muitas vezes, fazer o que essa concurseira decidiu fazer pode ser a mais pura essência da disciplina, outras vezes a mesma decisão pode ser a mais pura essência da falta de disciplina. Em momentos como esse devemos nos perguntar “devo ser como um bambu ou um cedro nesse momento? A disciplina está em ser flexível ou rígido?”, pois é preciso ter muita disciplina tanto para decidir continuar estudando quando se está cansado, quanto para decidir tirar uma semana de descanso e recarregar as baterias. E podem ter certeza, é em decisões difíceis assim, travestidas de simplicidade, que reside o segredo do sucesso do concurseiro sério.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA

A música de hoje é surpresa, vamos ver se vocês a reconhecem. Garanto que é muito conhecida nos dias de hoje, muito mesmo. E essa versão tem até legenda ... em inglês, sorry.

Concurseiros metidos a besta

Recentemente prestei o concurso do TRE-MG e como houve prova na cidade onde estou morando atualmente, vários conhecidos também prestaram o mesmo concurso, entre eles a irmã de um amigo dos tempos de colegial.

A irmã desse amigo é gente boa, mas por ser recém formada em Direito, acha que sabe tudo de todos os ramos da matéria. Direito Constitucional, ela sabe tudo. Direito Tributário, ela sabe tudo. Direito Eleitoral, ele também sabe tudo. Por conta disso a menina antes mesmo de fazer a inscrição para o concurso já tinha como certa sua aprovação, nomeação e posse, tanto que já fazia planos de como gastar sua polpuda remuneração mensal como nova servidora do órgão.

Por conta desse “salto alto”, a menina nem ao menos quis conversar comigo sobre o concurso, sob a seguinte desculpa, “sorry, mas você é concorrente”. Eu que não perdi meu tempo em insistir com figurinha tão confiante de si mesma.

Veio a prova, veio o gabarito preliminar e nada da menina nem ao menos comentar sobre o concurso, apesar de a ter encontrado duas ou três vezes nesse meio tempo. Eu, que não sou besta mesmo, que não puxei conversa sobre o concurso com ela.

Então veio o gabarito final e a pontuação dos candidatos. Alguns dias depois meu amigo, irmão da menina, me ligou para tratar de outros assuntos e no final da conversa comentou que a irmã estava muito nervosa por conta do resultado do concurso e que estava morrendo de medo de me encontrar em algum lugar por acidente fosse, visto que ela fez sete pontos, praticamente dois pontos a menos que eu. “Liga não, minha irmã estava precisando que isso acontecesse, ela acha que sabe tudo e somente nós que já terminamos a faculdade faz tempo sabemos que saímos sem saber quase nada”.

A atitude da irmã desse amigo é muito, mas muito comum mesmo no meio concurseiro e um problema antigo na história da humanidade, a falta de humildade.

Mas o que é humildade? Vejamos.

1 - Qualidade do que ou quem é humilde; Despojamento; Simplicade [ Antônimos: altivez, arrogância.]

2 - Consciência das próprias limitações; Modéstia.

“Consciência das próprias limitações”, acho que essa definição é a melhor quando aplicada a concursos públicos. O concurseiro humilde é consciente das própria limitações, sabe que não sabe tudo, sabe que não conhece todos os atalhos, sabe que não é infalível, sabe que a luta é dura e que a caminhada é longa, por isso mesmo procura o apoio de outros concurseiros bem intencionados e que estão dispostos a compartilhar conhecimento e apoio.

Um grande escritor já disse que “nenhum homem é uma ilha”, algo que se aplica perfeitamente aos concurseiros. O concurseiro que se acha uma ilha, que se isola dos outros concurseiros achando que sabem tudo e que compartilhando alguma coisa estão abrindo mão de vantagens competitivas enormes para os concorrentes, esses estão fadados a morrerem afogados em muitos concursos públicos, a serem derrotados em muitas batalhas, até que estejam “amaciados” o suficiente para notarem que não é assim que as coisas funcionam.

Digo com toda certeza de que desde que comecei a estudar para concursos públicos, aprendi tanto com outros concurseiros quanto aprendi estudando sozinho com livros e apostilas. Material de estudo pode ensinar os fundamentos e detalhes das matérias cobradas em prova, porém não ensinam a manter alta a motivação, a não desanimar, a como planejar o estudo, a como fazer bem feita uma prova, não, essas coisas só aprendemos com outros concurseiros, é experiência compartilhada.

Resumo da ópera – Compartilhar é ganhar vantagem competitiva, essa, sim, é a grande verdade da realidade concurseira. Prefiro ver outros que prestam os mesmos concursos que eu como possíveis futuros colegas de trabalho, não como concorrentes. Sei que quando compartilho o conhecimento que tenho, como faço diariamente aqui no blog, estou aprendendo também. Nossa, quanta coisa já aprendi com os leitores desse blog. Recentemente, se não fosse a dica valiosa de uma leitora de como estudar melhor Direito Tributário, eu estaria dando murro em ponta de faca até hoje com a matéria! Portanto, amigos concurseiros, humildade é a palavra chave, o segredo do sucesso não apenas na guerra dos concursos públicos, como em toda a vida.


Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA

Tempos atrás as leitorAs do blog reclamaram de um clipe que postei com dançarinas bonitas, disseram que era muito machista. Okie dokie, com a ajuda de uma amiga, posto hoje um clipe que as meninas vão adorar (esse amiga garantiu que sim). Com vocês "Automatic" com Ultra Naté.

Concurseiros sem grana

Particularmente acredito que são cinco os maiores obstáculos que o concurseiro sério médio tem de romper para alcançar a vitória na guerra dos concursos públicos:

- Falta de grana;

- Falta de humildade;

- Falta de disciplina;

- Falta de automotivação;

- Falta de crença em si mesmo.

Essa semana tratarei de cada uma dessas faltas, uma por dia, para tentarmos esclarecer um pouco as coisas e, juntos, darmos um jeito de transformamos tais faltas em abundância.

Comecemos pela falta de grana, mal que acomete grande parte dos concurseiros sérios espalhados por esse brazilzão, ainda mais em época de crise como a que vivemos. E por que isso acontece? Para mim a resposta é clara, porque quem está lutando na guerra dos concursos públicos é para melhorar de vida, principalmente, em termos financeiros. Se o cara quer melhorar de vida em termos financeiros, é porque ele não está com a situação financeira confortável no momento, o que significa que grana é algo que ele não tem de sobra. Logo, falta de grana se torna um problema para a maioria dos concurseiros, visto que estudar para concursos é caro, pois livros são caros, Internet de banda larga é cara, inscrições são caras, viajar para prestar provas é caro.

Certo, se você é um concurseiro com grana disponível para fazer frente aos gastos decorrentes da guerra dos concursos públicos sem que isso signifique um problema de deixá-lo com a cabeça quente, então tudo bem, agradeça sua sorte e bom estudo.

Agora, se você é um concurseiro com a grana curta que tem de pensar com muito, mas muito cuidado mesmo, em que gastar, quando gastar e como gastar, então tenho algumas dicas que podem ser muito úteis.

Livros e apostilas – Tenho um amigo concurseiro para o qual grana para comprar material de estudo não é problema, por conta disso desde que começou a estudar para concursos compra sempre os melhores livros e apostilas disponíveis no mercado. Tempos atrás, depois que o quarto de estudos do cara ficou lotado de material, ele resolveu fazer uma faxina para se livrar do material que não fosse mais usar e ganhar, assim, mais espaço. Não é que o cara descobriu que para vários títulos ele tinha dois ou três exemplares! Isso mesmo, ele foi comprando material repetido sem saber!

O lado bom de ser concurseiro com grana curta é que isso não acontece, pois compra-se sempre o material de estudo que realmente se vai usar e ele é usado de verdade, várias vezes.

Se você é como eu e não tem grana sobrando para comprar livros e apostilas sem olhar a etiqueta de preço, então passe a analisar muito, mas muito bem mesmo cada compra. O livro ou apostila realmente é bom? Será realmente útil? Poderá ser utilizado outras vezes? Está atualizado?

Além disso, não é preciso se comprar apenas livros e apostilas novas. Em sebos (lojas de livros usados) reais e virtuais é possível encontrar vários títulos atualizados por uma fração do preço de livros novos, mesmo porque tem muita gente que decide estudar para concursos, compra uma porção de material, não estuda nada e pouco tempo depois desiste e vende tudo para esses sebos baratinho. Eu mesmo já comprei vários ótimos livros de concurso em sebos e leilões virtuais (Mercado Livre) por uma fração do preço.

Há também muito material de primeira qualidade em bibliotecas públicas que emprestam os livros sem custo. Eu sempre faço a doação de material de estudo que não vou utilizar mais para a biblioteca pública da cidade onde moro, e também já peguei vários livros emprestados por lá.

Bibliotecas de faculdades de direito, administração, entre outras, sempre têm também livros muito úteis para concurseiros, que podem ser consultados na própria biblioteca até por quem não é aluno.

Não podemos deixar de lado, também, vários ótimos livros e apostilas de uso livre disponíveis na Internet de autoria de concurseiros e professores e oferecido em websites de cursinhos para concursos, de editoras e dos próprios autores. Note que não estou me referindo a material de estudo pirateado, o que é crime, mas de material produzido para uso e distribuição gratuita.

Há também, claro, os bons amigos concurseiros que não se importam em emprestar seu material de estudo, desde que tomemos cuidados com ele, claro.

Cursinhos – Não tem grana suficiente para freqüentar um cursinho.Que tal deixar a cara de pau de lado e pedir uma bolsa de estudos para as escolas. Eu já consegui bolsas de até 70% de desconto na mensalidade só com uma boa conversa com coordenadores e donos de cursinhos. Há também as provas que premiam os melhorem colocados com bolsas. Fique de olho.

Inscrições – Ultimamente as inscrições de concursos giram em torno de R$70 a mais de R$100, o que é bastante pesado para concurseiros com grana curta. A solução para isso é ler com muita atenção a parte do edital que trata da isenção da taxa de inscrição para candidatos carentes e desempregados e ver se você se enquadra. Se você tiver direito de pedir a isenção da taxa, não tenha vergonha e peça!

Viagens – Viajar para prestar provas em outras cidades é complicado para quem está com a grana curta. Mas existem viagens e viagens, ou seja, viagens caras e viagens de baixo custo. Se você viajar de avião, ficar em bons hotéis, gastar com táxi, comer em restaurantes legais, claro que a viagem custará caro. Agora, se você viajar de ônibus (ou aproveitar promoções de passagens aéreas), ficar em hotéis econômicos ou usar a cara de pau para pedir para dormir na casa de algum amigo ou parente, se locomover na cidade usando ônibus urbanos, comer em lanchonetes mais baratas em shoppings, então a viagem custará pelo menos metade do que você gastaria viajando com mais conforto, e como você está viajando para prestar prova e não para fazer turismo, pra que conforto?!

Resumo da ópera – De qualquer forma, o importante é não se deixar abater pela falta de grana para comprar livros, fazer cursinhos ou prestar todos os concursos que se deseja. Tenha sempre em mente que você não é o único concurseiro que se vê obrigado a driblar a falta de grana para correr atrás do sonho da aprovação em concurso público. Como você viu, existem diversas formas de contornar esse problema, que só dependem de você. Use a criatividade, não se deixe abater pela falta de grana e, com certeza, a vitória chegará para você, afinal de contas, só quem desiste de lutar é que não vence.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA

Para essa segunda-feira de muito estudo, nada melhor que uma música bem animada, com jeitão de antiga e roupagem moderninha. Com vocês "Let´s dance" com Hi-Tack.

Concurso Ministério da Fazenda - mais dicas de estudo

Tenho recebido muitos pedidos de leitores do blog que também prestarão o concurso para técnico do Ministério da Fazenda, assim como eu, de dicas de estudo das matérias de Direito Tributário e Direito Previdenciário. Então aproveito hoje para dar essas dicas, que são baseadas nos meus estudos dessas matérias. Vamos lá.

Comecemos pelo mais difícil, Direito Tributário. Hummm, difícil em termos, pois minha dificuldade com a matéria advém do fato desse ser meu primeiro contato com ela, pois nunca a havia estudando antes, logo, no “primeiro encontro” rola aquela estranheza natural. Não que a matéria seja realmente difícil, não é isso, só que ela exige muito mais atenção no estudo que outras matérias, visto que é cheia de detalhes, definições e limites muito próprios.

Como disse em outro artigo publicado faz algumas semanas, comecei a estuda essa matéria com o material errado e de cara saquei que não seria por ali o modo mais apropriado de travar o primeiro contato com o Direito Tributário, daí pesquiso aqui, pesquiso ali e descubro que o melhor autor para introduzir o assunto (por favor, sem duplo sentido aqui) é o João Marcelo Rocha, com seu livro Direito Tributário (Editora Ferreira), e confesso que quem deu a dica merece ganhar uma enorme caixa de bombons, porque o cara é bom mesmo. Esse libro do João Marcelo Rocha é muito acessível de ler, explica de forma fácil e compreensível as bases do Direito Tributário, ótima pedida para quem nunca teve contato à matéria como eu.

Terminado de estudar o Livro do João Marcelo Rocha, agora estou aprofundando meus conhecimentos da matéria com a apostila do Ricardo Alexandre feito para o Ponto dos Concursos, um material de ótima qualidade. Ele tem também publicado um livro da matéria, Direito Tributário Esquematizado (Editora Método), considerado ótimo por professores e concurseiros. Esse foi meu primeiro contato real com a matéria e o motivo de me fazer procurar rapidinho por um material introdutório mais adequado, porque o autor não escreve para quem não sabe nada do assunto, muito pelo contrário. E por que estou estudando pela apostila e não pelo livro? Por dois motivos. Primeiro porque apurei que o curso é quase tão bom quanto o livro. Segundo, porque esse começo de ano a grana está muito curta e se posso estudar legal por um material que já tenho, melhor não gastar mais R$100 (preço do livro do autor) que posso usar posteriormente para necessidades concursídicas mais urgentes.

Essa semana terminarei de estudar essa apostila do Ricardo Alexandre, daí até a prova vou ficar estudando apenas por exercícios e pelos meus resumos feitos dos dois autores. Ahh, em tempo, evitem estudar pelo livro do Luiz Felipe Silveira Difini, autor que considerei bastante superficial e de linguagem pouco acessível.

Agora vamos para o Direito Previdenciário. Como já tive contato anterior duas vezes com a matéria, uma para o concurso do INSS e outra para outro concurso que não me lembro agora qual, já não tive dificuldades com ela. Apesar disso já aviso que a mesma é tão exigente em termos de detalhes, atenção às atualizações e memória para definições, alíquotas e prazos quanto Direito Tributário.

Para essa matéria estou usando apenas um material de estudo, a apostila do Ponto dos Concursos da matéria feita pelo autor considerado mestre na matéria, Fábio Zambitte. O autor também tem um livro da matéria, Curso de Direito Previdenciário (Editora Impetus). Só que estou de olho na atualizações da matéria, visto vários avisos de professores e concurseiros que o material do autor não está 100% atualizado.

Estou terminando de estudar pela segunda vez a apostila do autor e então passarei a estudar a matéria, assim como Direito Tributário, apenas fazendo exercícios e estudando o resumo que fiz do autor.

Ouvi também muito comentários positivos quanto “Manual de Direito Previdenciário” do Hugo Góes (Editora Ferreira), mas como não tenho tal livro e mais uma vez como estou com a grana curta, vou estudar mesmo apenas pelo Zambitte.

Resumo da ópera – Bem, pessoal, é isso aí. Espero que essas dicas ajudem os colegas concurseiros que também prestarão o concurso para técnico do Ministério da Fazenda, no qual a ESAF promete pegar pesado para testar os conhecimentos dos candidatos. Boa sorte para todos nós e que vençam os melhores.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA

Para hoje, sabadão de estudo, nada melhor que uma música bem legal para animar os concurseiros de plantão. Essa música se chama "Bucovina", sucesso de Ian Oliver feat. Shantel.

Só gênios passam em concursos públicos ... será?

Recentemente um concurseiro leitor do blog desabafou na shoutbox o seguinte:

“Também não aguento mais. Tô nessa há anos e não acontece nada. Concurso é para pessoas inteligentes visto que é muita matéria para estudar.”

Hummm, o pior é que esse é o pensamento de muitos concurseiros sérios e esforçados, um verdadeiro perigo de pensamento, porque é o caminho mais curto para se desistir da meta de posse em cargo público. Além disso, acreditar nisso é o mesmo que acreditar no oposto, que concursos públicos são tão fáceis que qualquer um passa sem precisar estudar muito.

Primeiro vamos analisar esse desabafo do colega concurseiro e então vamos trabalhar um pouco o assunto.

“Também não agüento mais” – É fato que estudar para concursos públicos é um processo longo, árduo, espinhoso, dolorido, cheio de dificuldades. Tudo isso exige muita paciência e cabeça fria por parte do concurseiro, mas mesmo com tudo isso, chega-se a um ponto onde suportar essa carga se aproxima do insuportável. É como correr uma maratona e lá pelas tantas o esforço e o cansaço são tantos que o corredor começa a acreditar que está a poucos passos da exaustão absoluta.

“Tô nessa há anos e não acontece nada” – Também é fato que quem começa a estudar do zero para concursos públicos demorará um bom tempo até começar a ser aprovado nos certames dos quais participar. Além disso, no começo as vitórias não são tão gloriosas, fica-se na lista de espera por vagas, na rabeira dos aprovados, depois vai-se avançando nessa lista até se estar no seleto grupo dos que estão dentro do número de vagas previstos nos editais.

“Concurso é para pessoas inteligentes visto que é muita matéria para estudar” – Aqui a coisa já sai da zona do fato e passa para a zona da opinião pessoal, opinião pessoal bastante negativa, diga-se de passagem. Se de um lado não são todos os concursos que exige que os candidatos estudem uma dezena de matérias, de outro quantidade de matérias para estudar nunca foi e continua não sendo diretamente vinculado com a inteligência dos candidatos, mas muito mais com a disciplina e esforço.

Assistindo ontem a uma aula na Internet do professor Alexandre Lugon, ótimo professor de Direito Tributário, uma frase dele me chamou a atenção pela sua verdade nua e crua:

“Sendo humilde e sendo esforçado, não tem de ser gênio, basta estudar”.

Notaram como essa frase é dimetralmente oposta à do nosso amigo concurseiro que inicia este artigo?!

Sendo humilde o concurseiro terá muito mais paciência e tranquilidade para estudar pelos longos meses que são necessários para se ter amadurecimento e conhecimento suficientes para garantir a aprovação em concurso público, ou seja, sendo humilde ele aguentará levar todas as porradas que precisa levar até estar pronto para a vitória.

Sendo esforçado ele terá a certeza de que os longos anos de estudos são em si uma vitória, pois o aproximam inexoravelmente da aprovação, afinal de contas, o preparo faz parte da luta e é um dos responsáveis pela vitória.

Não tem de ser gênio para ter sucesso na guerra dos concursos públicos, não mesmo. O cara tem de ser, isso sim, humilde, paciente, esforçado e disciplinado. Quem é gênio não precisa prestar concursos públicos, pois está ganhando muito dinheiro com outras coisas, estou certo?

E, finalmente, basta estudar para dar conta de todas as matérias exigidas em concursos públicos. Estudando com humildade, paciência, esforço e disciplina, é possível aprender toda e qualquer matéria muito bem, para fazer muito bonito em qualquer prova de concurso público. Está aí uma multidão de concurseiros aprovados, nomeados e empossados para assinarem embaixo que é assim que as coisas são mesmo.

Resumo da ópera – O pior inimigo do concurseiro é ele mesmo, quando se deixa levar pelo derrotismo, pelo desânimo, pela descrença em seu próprio potencial, pela preguiça, pela falta de disciplina. Do mesmo modo que o conhecimento é a única coisa que ninguém pode roubar da gente, somos apenas nós mesmos os únicos que podemos nos sabotar continuamente e o suficiente para nos fazer desistir de nossa meta de aprovação em concurso público. Sacaram?

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA

Esse vídeo diz tudo ... pior, ou melhor, melhor ... diziam não faz muito tempo que a carreira de Silvester Stallone estava acabada, então o cara veio e filmou mais um filme do Rambo (sucesso de bilheteria), mais um filme do Rocky Balboa (sucesso de bilheteria) e está gravando outro filme de ação no Rio de Janeiro (dizem que também será um sucesso de bilheteria) ... quem mais?!

Perguntas e respostas sobre o TRE-MG

Antes de ontem foram publicada pelo CESPE as notas finais para o concurso do TRE-MG. Assim, aproveito o artigo de hoje para responder algumas perguntas dos leitores do blog quanto ao meu desempenho nesse concurso e também para compartilhar com vocês algumas considerações pessoas a respeito do mesmo.

Vamos primeiro às perguntas.

Um leitor disse numa mensagem na shoutbox (o painelzinho de mensagens rápidas no blog) que achava que o nome que assinava, Charles Dias, era apenas pseudônimo, mas quando viu meu nome completo na lista de melhores notas do concurso por pólos, Charles Bronson Dias, sacou que era meu nome mesmo. Hehehehe, culpa da minha madrinha de batismo que era fâzona do ator, muito famoso na década de 60. Mas gosto muito do nome, fácil de achar em listas e melhor que qualquer apelido. Antes implicavam mais, quando o ator era mais conhecido, hoje já não implicam tanto, afinal de contas, Charles ficou muito comum perto de Welyrson ou Andreysson (sim, escritos dessa forma mesmo), hehehehe.

Outro leitor perguntou como foi meu desempenho. Olha, quando saiu o gabarito preliminar, num primeiro momento, fiquei bastante decepcionado com os 8,13 que tinha feito. Daí analisei com cuidado o gabarito, saquei várias incorreções, e como vocês devem saber, foram muitas as reclamações dos candidatos desse concurso quanto a respostas erradas no gabarito, questões sem respostas, com mais de uma resposta, sobre assuntos não especificados no edital. Então vieram os recursos. Eu mesmo entrei com oito recursos. Minha nota, após os recursos, foi para 8,94, dentro da minha expectativa e bem mais palatável.

Estou classificado em 46º e com a mesma nota do 45º segundo o ranking do Masterprovas, montado de acordo com as notas oficiais finais. Se essa colocação foi a que eu esperava? Claro que não, esperava estar entre os 13 primeiros colocados, visto que é o numero de vagas previsto no edital para meu pólo.

Agora vamos às minhas considerações.

1 – Agora que foi publicada a lista com as notas finais, começa a espera angustiante pelas nomeações. Infelizmente há órgãos e entidades públicas que não têm pressa nenhuma em fazer isso. No TJSP, por exemplo, onde estou também bem classificado, o concurso vence em novembro e até agora não houve nenhuma classificação para circunscrição para a qual prestei. E vocês bem sabem que enquanto não sai a nomeação, é como se não se houvesse passado no concurso.

2 – Segundo várias fontes, o TRE-MG tem tradição de nomear um grande número de candidatos, seja de saída, com número acima do previsto em edital, seja ao longo da validade do concurso. De acordo com um amigo que trabalha no órgão, foi aprovado no último concurso, e também é professor de cursinho para concursos em Belo Horizonte, quem está classificado em os 50 primeiros de cada pólo tem nomeação praticamente garantida.

3 – Algo interessante, mas não exclusivo desse concurso, é a diferença mínima de notas entre os melhores colocados. A diferença da minha nota para a do primeiro colocado no meu pólo é de exatamente 0,75 pontos e olha que entre nós há 44 outros concurseiros! Agora, digam para alguém que passou em concurso público há cinco ou seis anos atrás que com nota 9 o cara ficaria entre a posição 40 e 50 num concurso, a pessoa diria que você pirou, visto que nessa época e em muitos concursos importantes, nem o primeiro colocado alcançava essa nota, sinal claro de que concursos públicos estão mesmo mais muito concorridos e com a concorrência que realmente importa muito mais preparada.

Resumo da ópera – Não fui tão bem quanto devia nesse concurso, mas também não fiz feio. Com a ajuda de Deus e um punhado de aposentadorias no pólo em que prestei, não demorará para eu ser nomeado. Agora é esperar, torcer os dedos e continuar estudando.


Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA

A música de hoje é um cover em versão ska muito legal do sucesso dos anos 80 do A-Ha, "Take on me", do grupo Reel Big Fish.

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