Não é nada fácil

Sabe quando você está no maior ânimo para batalhar e estuda à beça, mas se depara com desafios e fica meio aborrecido? Pois é...às vezes, eu me sinto assim, da maneira como descrevi. Não consigo ficar impassível diante de algumas barreiras que se colocam à minha frente. Explico.

A motivação para o artigo de hoje veio mesmo, quando li o artigo do Charles, tratando da última prova de concurso que fez da ALESP. Afinal, eu já estava meio chateada com algumas questões que venho resolvendo de concursos passados e o texto dele foi a gota d´água.

Sim, sempre as questões de concursos! Aff, Maria! São elas que separam postulantes a um cargo das pessoas que serão aprovadas. Esse é o óbvio ululante, mas trata-se de pura realidade.

O que me deixa desanimada são as questões elaboradas por meio de notas de rodapé de livros ou que privilegiem raciocínios que extrapolem a razoabilidade. Fico me sentindo desestabilizada porque, apesar de estudar com seriedade e ter consciência do meu bom nível de aprendizado, tenho me deparado com provas em que a resposta é uma afronta à razoabilidade. A minha impressão é a de que tudo se resolve por adivinhação.

Algumas pessoas poderão dizer que eu não tenho raciocínio jurídico suficiente. Pode até ser, pois não sou a dona da verdade e sei que serei uma eterna aprendiz, mas essa situação não é nada confortável para mim. Fico com uma sensação de que, no Direito, vale tudo.

Aliás, eu sinto muito, mas ouso discordar dessa matéria que li aqui: http://www.cespe.unb.br/JornalCESPE/Jornal%20do%20Cespe%2017.pdf

Fazendo um hiato, considero muito interessante o CESPE fazer uma publicação institucional, pois cria um canal de comunicação entre concurseiros e a instituição quanto àquilo que ela valoriza. Através dessa revista, podemos antever aquilo que o CESPE quer de nós em suas provas.

Voltando ao nosso ponto. Acho bom que as bancas organizadoras façam provas inteligentes e que privilegiem o raciocínio, pois tende a selecionar o melhor profissional para ocupar uma vaga de um determinado cargo.

Ocorre que há, contudo uma distorção nesse panorama. As Administrações Públicas, de um modo geral, têm desejado cada vez menos treinar seus futuros servidores. O serviço público quer um profissional alguém pronto. Afinal, sai menos oneroso e menos trabalhoso dar cursos e palestras para os novos funcionários.

Com isso, encontra-se justifica para a cobrança de questões super complexas que seriam fáceis para um servidor que trabalhe na Administração e trate diariamente do assunto. Ou então, abre-se precedentes para a colocação de matérias super exóticas nos editais, a exemplo de estatística para o cargo de advogado. Estamos, dessa forma, diante de uma forma de exclusão.

Agora, fica mais ou menos compreensível o porquê do meu aborrecimento diante das barreiras que a vida me coloca.

Resumo da Ópera - Desculpem-me pelo desgastado clichê, mas sou brasileira e não desisto nunca. Passar por provações é apenas uma das muitas etapas de nossas vidas. Apesar de meio aborrecida, eu vou seguir adiante. Não posso esmorecer. Quem sabe, eu ainda não consigo adquirir essa "habilidade" quase adivinhatória para resolver as tais questões?

Raquel Monteiro é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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