Jerry Lima entrevista Flavia Crespo
09:49
Concurseiro Solitario
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Olá amigos concurseiros! Novamente entrevisto alguém que já obteve sucesso nos concursos públicos. Trata-se nada mais, nada menos de Flávia Crespo, ex-colunista deste querido blog, a qual já obteve sucesso em dois concursos públicos, sendo que já foi empossada em ambos. Confesso que particularmente adoro os textos da Flávia, muito bem articulados e escritos. Aproveitem a entrevista!
Antes de tudo, diga qual é o seu cargo atual e fale um pouco sobre as suas obrigações como servidora.
Atualmente, sou Técnica em Regulação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Neste cargo, o segundo efetivo que assumi na Administração Pública, podemos exercer diferentes funções, pois o técnico de agência é uma espécie de fiscal federal. Dessa forma, fazemos fiscalização dos contratos de rodovias sob concessão, ferrovias, transporte de carga e passageiros a nível internacional e interestadual, bem como processamento de multas e autuações que decorrem da atividade fiscalizatória. Como acabei de assumir o cargo, ainda não sei exatamente qual função irei desempenhar.
Tem gostado de trabalhar como funcionária pública? É aquilo que você esperava?
Eu gosto de trabalhar como funcionária pública. Antes da ANTT, fui Técnica de Atividade Judiciária do TJ-RJ por um ano e meio. A estabilidade é, sem dúvida, um elemento que te dá tranquilidade pra viver. Posso dizer que não encontrei nada muito diferente do que eu esperava; nasci e cresci no serviço público, e não tive grandes decepções porque a experiência não me fez criar grandes ilusões.
Por que você se tornou concurseira? Qual foi o primeiro motivo que te levou a essa nossa vida?
Eu me tornei concurseira, primeiramente, porque nunca passou pela minha cabeça trabalhar na iniciativa privada. Eu gosto mesmo do serviço público! Agora, o que me levou a fazer isso num determinado momento da minha vida, sem dúvida, foi constatar que a iniciativa privada não só pagava mal, como não me oferecia o mínimo de respeito como profissional. Carteira assinada, direitos trabalhistas e horário de trabalho respeitado tornaram-se ficções, principalmente quando você tem um nível salarial e uma formação melhor. Via meus amigos e meu então namorado passando por situações que considerava desrespeitosas e absurdas. Foi quando pensei: é nessa roda-viva que eu quero estar, ou quero viver em paz? Escolhi a paz.
Quanto tempo você precisou estudar para ser aprovada em seu concurso?
Comecei a estudar sistematicamente em novembro de 2006, após terminar o mestrado. Os três concursos em que fui aprovada, fiz no primeiro semestre de 2008. Levando em consideração que 2007 foi um ano de pouquíssimos certames, acho que não demorou tanto assim. Pouco mais de um ano? Por aí. Na época, parecia uma eternidade, mas hoje vejo que foi bem rápido.
Qual foi a sensação quando você viu seu nome na lista dos aprovados?
Ah, a sensação de ver meu nome na lista de aprovados pela primeira vez foi incrível! Um misto de felicidade e ansiedade para o resto do processo acontecer rapidinho!
Houve mais de uma fase em seu concurso? Qual você teve mais dificuldade e o que fez para superá-la?
Os concursos em que fui aprovada tiveram apenas prova objetiva e redação. Não posso falar sobre uma dificuldade em especial, pois cada banca é uma banca, e as dificuldades vão variando.
O que você sentiu quando você foi convocada para tomar posse? Como foi o seu dia? Quais foram as providências que você teve que tomar antes, no dia e depois da posse?
Olha, essa pergunta é complicada, pois já tomei posse duas vezes, e cada órgão tem um modo diferente de proceder. No TJ, foram inúmeras certidões (algumas bem caras), mas os exames médicos foram tranquilos. Na ANTT, só precisei enviar os documentos básicos autenticados, mas os exames foram mais complicados: vários laudos de especialistas e uma batelada de análises patológicas. Quase me viraram de cabeça pra baixo! O conselho que dou é procurar se informar sobre a forma mais simples e barata de fazer tudo. Depois, faça um checklist e procure seguir tudo pela ordem. Quando tiver dúvidas, entre em contato com o RH do local onde vai trabalhar; geralmente as pessoas são bem atenciosas. As palavras-chave são informação e organização. Da mesma forma, o dia da posse também varia. No TJ-RJ, havia toda uma programação para os novos servidores, com dias pré-fixados para que tomássemos posse em conjunto e entrássemos em exercício. Na ANTT, que é regida pela Lei 8.112, já foi um pouco diferente: pediram que escolhêssemos a data da nossa posse individualmente, e daí correria o prazo legal para entrarmos em exercício. Claro que sempre vai ter uma correriazinha. Não tem jeito! Mas, de qualquer forma, tomar posse é muuuuito bom!
Você ainda tem outros planos? Algum outro concurso ou meta para alcançar?
Tenho outros planos sim. Agora que pude finalmente financiar um carrinho lindinho sem pesar no orçamento, quero começar a me preparar pro concurso de admissão à carreira diplomática. É um projeto de médio a longo prazo, que requer um estudo específico, longo e difícil, mas quem disse que se chega longe sem suar a camisa?
O que diria para aqueles que ainda estão na luta por um cargo público?
Aos que estão estudando, digo: lutem até passar, mas reflitam sempre sobre a luta. Não adianta lutar se você não tem certeza de que é isso mesmo que quer, ou então fazer de conta que está lutando. Já escrevi alguns artigos sobre essas duas situações, tempos atrás, aqui no CS. Tem que lutar com convicção e seriedade, senão é melhor partir pra outra.
Poderia falar um pouquinho sobre o seu método de estudo?
Tenho uma opinião bem peculiar sobre método de estudo... acredito que é igual DNA: cada um tem o seu. O meu sempre foi meio caótico, mas é o que dá resultado pra mim. Uma coisa que sempre achei importante: fazer MUITOS, INÚMEROS, DIVERSOS EXERCÍCIOS!!! Eles vão fazer o raio-x dos seus pontos fortes e fracos. Refaçam provas, confiram os gabaritos e releiam com muita atenção aqueles pontos em que cometeram erros. Prova de certame anterior é o que não falta! Fiz isso à exaustão no vestibular e nos concursos, e em ambos os casos deu certo.
Valeu a pena todo o esforço para alcançar a aprovação e a posse? Faria tudo de novo se preciso fosse?
Posso dizer, sem pestanejar, que todo o meu esforço valeu a pena sim, e que faria tudo de novo sem pensar duas vezes. Não se iludam: o serviço público não é perfeito MESMO, e vocês vão encontrar um montão de problemas e dificuldades depois da posse, mas nada que justifique não estar lá. O mais difícil é entrar; o resto, aos poucos (com paciência, conversa, e mais conversa, e mais muuuuita paciência!!!) vai se acertando!
Atualmente, sou Técnica em Regulação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Neste cargo, o segundo efetivo que assumi na Administração Pública, podemos exercer diferentes funções, pois o técnico de agência é uma espécie de fiscal federal. Dessa forma, fazemos fiscalização dos contratos de rodovias sob concessão, ferrovias, transporte de carga e passageiros a nível internacional e interestadual, bem como processamento de multas e autuações que decorrem da atividade fiscalizatória. Como acabei de assumir o cargo, ainda não sei exatamente qual função irei desempenhar.
Tem gostado de trabalhar como funcionária pública? É aquilo que você esperava?
Eu gosto de trabalhar como funcionária pública. Antes da ANTT, fui Técnica de Atividade Judiciária do TJ-RJ por um ano e meio. A estabilidade é, sem dúvida, um elemento que te dá tranquilidade pra viver. Posso dizer que não encontrei nada muito diferente do que eu esperava; nasci e cresci no serviço público, e não tive grandes decepções porque a experiência não me fez criar grandes ilusões.
Por que você se tornou concurseira? Qual foi o primeiro motivo que te levou a essa nossa vida?
Eu me tornei concurseira, primeiramente, porque nunca passou pela minha cabeça trabalhar na iniciativa privada. Eu gosto mesmo do serviço público! Agora, o que me levou a fazer isso num determinado momento da minha vida, sem dúvida, foi constatar que a iniciativa privada não só pagava mal, como não me oferecia o mínimo de respeito como profissional. Carteira assinada, direitos trabalhistas e horário de trabalho respeitado tornaram-se ficções, principalmente quando você tem um nível salarial e uma formação melhor. Via meus amigos e meu então namorado passando por situações que considerava desrespeitosas e absurdas. Foi quando pensei: é nessa roda-viva que eu quero estar, ou quero viver em paz? Escolhi a paz.
Quanto tempo você precisou estudar para ser aprovada em seu concurso?
Comecei a estudar sistematicamente em novembro de 2006, após terminar o mestrado. Os três concursos em que fui aprovada, fiz no primeiro semestre de 2008. Levando em consideração que 2007 foi um ano de pouquíssimos certames, acho que não demorou tanto assim. Pouco mais de um ano? Por aí. Na época, parecia uma eternidade, mas hoje vejo que foi bem rápido.
Qual foi a sensação quando você viu seu nome na lista dos aprovados?
Ah, a sensação de ver meu nome na lista de aprovados pela primeira vez foi incrível! Um misto de felicidade e ansiedade para o resto do processo acontecer rapidinho!
Houve mais de uma fase em seu concurso? Qual você teve mais dificuldade e o que fez para superá-la?
Os concursos em que fui aprovada tiveram apenas prova objetiva e redação. Não posso falar sobre uma dificuldade em especial, pois cada banca é uma banca, e as dificuldades vão variando.
O que você sentiu quando você foi convocada para tomar posse? Como foi o seu dia? Quais foram as providências que você teve que tomar antes, no dia e depois da posse?
Olha, essa pergunta é complicada, pois já tomei posse duas vezes, e cada órgão tem um modo diferente de proceder. No TJ, foram inúmeras certidões (algumas bem caras), mas os exames médicos foram tranquilos. Na ANTT, só precisei enviar os documentos básicos autenticados, mas os exames foram mais complicados: vários laudos de especialistas e uma batelada de análises patológicas. Quase me viraram de cabeça pra baixo! O conselho que dou é procurar se informar sobre a forma mais simples e barata de fazer tudo. Depois, faça um checklist e procure seguir tudo pela ordem. Quando tiver dúvidas, entre em contato com o RH do local onde vai trabalhar; geralmente as pessoas são bem atenciosas. As palavras-chave são informação e organização. Da mesma forma, o dia da posse também varia. No TJ-RJ, havia toda uma programação para os novos servidores, com dias pré-fixados para que tomássemos posse em conjunto e entrássemos em exercício. Na ANTT, que é regida pela Lei 8.112, já foi um pouco diferente: pediram que escolhêssemos a data da nossa posse individualmente, e daí correria o prazo legal para entrarmos em exercício. Claro que sempre vai ter uma correriazinha. Não tem jeito! Mas, de qualquer forma, tomar posse é muuuuito bom!
Você ainda tem outros planos? Algum outro concurso ou meta para alcançar?
Tenho outros planos sim. Agora que pude finalmente financiar um carrinho lindinho sem pesar no orçamento, quero começar a me preparar pro concurso de admissão à carreira diplomática. É um projeto de médio a longo prazo, que requer um estudo específico, longo e difícil, mas quem disse que se chega longe sem suar a camisa?
O que diria para aqueles que ainda estão na luta por um cargo público?
Aos que estão estudando, digo: lutem até passar, mas reflitam sempre sobre a luta. Não adianta lutar se você não tem certeza de que é isso mesmo que quer, ou então fazer de conta que está lutando. Já escrevi alguns artigos sobre essas duas situações, tempos atrás, aqui no CS. Tem que lutar com convicção e seriedade, senão é melhor partir pra outra.
Poderia falar um pouquinho sobre o seu método de estudo?
Tenho uma opinião bem peculiar sobre método de estudo... acredito que é igual DNA: cada um tem o seu. O meu sempre foi meio caótico, mas é o que dá resultado pra mim. Uma coisa que sempre achei importante: fazer MUITOS, INÚMEROS, DIVERSOS EXERCÍCIOS!!! Eles vão fazer o raio-x dos seus pontos fortes e fracos. Refaçam provas, confiram os gabaritos e releiam com muita atenção aqueles pontos em que cometeram erros. Prova de certame anterior é o que não falta! Fiz isso à exaustão no vestibular e nos concursos, e em ambos os casos deu certo.
Valeu a pena todo o esforço para alcançar a aprovação e a posse? Faria tudo de novo se preciso fosse?
Posso dizer, sem pestanejar, que todo o meu esforço valeu a pena sim, e que faria tudo de novo sem pensar duas vezes. Não se iludam: o serviço público não é perfeito MESMO, e vocês vão encontrar um montão de problemas e dificuldades depois da posse, mas nada que justifique não estar lá. O mais difícil é entrar; o resto, aos poucos (com paciência, conversa, e mais conversa, e mais muuuuita paciência!!!) vai se acertando!
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