Muitos livros x poucos livros

É comum entre os concurseiros, principalmente iniciantes, a crença de que para estudar com qualidade para concursos públicos é preciso ter muitos livros. Parace até que na cabeça dessa galera, aquela imagem idílica do concurseiro estudando junto a uma estante forrada de livros é o melhor dos mundos para quem quer passar em concursos públicos e se tornar servidor público. Mas as coisas não são bem assim, não ... felizmente.

Antes de falar em quantidade, temos de falar em qualidade. De nada adianta ter uma dúzia de livros ruins de uma matéria, mas adianta muito ter apenas um livro excelente da mesma matéria. Isso é fato pra lá de comprovado.

Além disso, temos de ver essa questão pelo lado da (des) complicação. Explico. Estudar algumas matérias por uma divesidade muito grande de fonte pode acabar sendo um "tiro no pé", uma vez que diferentes autores abordam diferentes pontos das matérias de forma muito diversa, algumas vezes até contraditórias. Tudo bem que o concurseiro experiente saberá (pelo menos em tese) lidar com essa diversidade, mas concurseiro novatos e com menos experiência terão seu estudo prejudicado, isso sim.

Temos também de observar que algumas matérias realmente pedem mais de um livro para estudar, visto que alguns autores abordam melhor alguns temas e outros abordam melhor outros temas, daí ter mais de um livro contorna esse problema. É o caso, por exemplo, de matérias como Informática, Português, Raciocínio Lógico, Administração e por aí vai.

Outro ponto a se considerar é que quanto mais livros temos a nossa disposição, mais teremos de ser organizados de forma a quando precisarmos estudar, sabermos escolher rapidamente qual livro utilizar. O que adianta ter dezenas de livros para já começar os estudos perdendo um tempo tentando decidir qual usar?

Espaço é uma questão a ser considerada. Muitos livros ocupam muito espaço, algo precioso principalmente para quem vive em apartamentos. Além disso, livros demais juntam pó, requerem investimento extra numa boa estante, armário ou prateleiras.

Finalmente, há a questão da grana investida. Livros são caros, principalmente livros bons. Daí é complicado ter grana para comprar vários. Corre-se, inclusive, o risco de acabar caindo na armadilha do "colocar todos os ovos numa cesta só", ou seja, acabar gastando demais com vários livros de algumas poucas matérias e ficar sem dinheiro para investir em bons livros para outras matérias.

Resumo da ópera - Ter livros demais não é garantia nenhuma de poder estudar com qualidade, como você pode notar, muito pelo contrário. O melhor é investir de forma bem pensada e avaliada na compra de poucos e bons livros. Assim você poupará tempo, dinheiro, espaço e, principalmente, paciência.

Charles Dias é um Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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ATENÇÃO - Os resultados das promoções "Túnel do Tempo Concurseiro", "Envie-nos um artigo e ganhe um belo prêmio" e "Pergunte para o William Douglas" serão divulgados na segunda-feira que vem, todos de uma vez juntamente com uma GRANDE surpresa. Aguardem.


1 Response to "Muitos livros x poucos livros"

  1. Pablo says:

    É bom ter um livro de referência em determinada matéria e usar os demais como apoio, para uma consulta, caso a mesma seja necessária.

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