Cada um de nós sabe como é instável sentir-se concurseiro. Se o estudo rende, a sensação é de confiança; se empaca, bate desespero. Às vezes, tudo isso acontece num mesmo dia. Pior: temos uma incrível capacidade de nos esquecer daquilo que nos inflava o ego até então.

É patético perceber esse círculo vicioso, pois nem conscientes conseguimos sair dele. Isso porque a imaginação humana é muito poderosa para o bem e para o mal. Albert Einstein realmente sabia do que estava falando quando destacou a importância da criatividade.

Somos capazes de arquitetar as piores situações acontecendo conosco. Como exemplo, pensamos que podemos não ouvir o despertador tocar e perder a prova; que só encontraremos questões difíceis em nossas provas; que não teremos tempo hábil para ler e responder a prova toda. Tudo isso pode até acontecer, mas é evitável, mas não nos autoriza a pensar sempre assim. O normal é buscar sempre o melhor para si, os melhores pensamentos.

Por outro lado, esbarramos no otimismo exagerado, o que também não é bom, perto de uma prova. A gente sempre pensa que "uma pequena olhadinha na matéria" irá resolver nosso problema. Subestimamos algo sério e nos prejudicamos lá na frente.

Ocorre que a vida não é feita somente de agruras e de momentos de absoluto sucesso. Se fomos mal numa prova ou temos tido desempenho regular ou estamos batendo na trave há tempos, devemos ter em mente que isso tem data para acabar. Pode-se não saber quando termina, mas sabe-se que existe fim.

Então, um pouco de calma faz um bem danado. Afinal, nem sempre as questões de prova serão pavorosas. Não esquecendo, também, que teremos de arregaçar as mangas para enfrentar algum tema de estudo mais complexo. Faz parte do pacote!

Sei, porém, que é muito fácil dizer para alguém se acalmar, respirar fundo e enxergar a própria situação com a serenidade necessária. Contudo, aprendi que o nervosismo, os fantasmas maldosos que nosso imaginário cria falseiam nossa real percepção da realidade. No fundo, nossos desafios, como as matérias exóticas são como um chile bem apimentado: no fundo é feijão, mas um com um quê a mais. Depois que arde, você se acostuma.

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