Ultimamente, venho revendo minhas estratégias de estudos. Fico procurando verificar "onde foi que eu errei" ou o que faltou para chegar onde tanto desejo. Ainda não fechei uma versão acabada, mas comecei a ver algumas coisas que podem dar certo.

Constatei que estudar é como malhar. Assim como no esporte existem fases de condicionamento, no estudo também existem tais fases. A semelhança está na capacidade de superação.

Como sou uma "mulher de fases", vi que existe:

- A fase de ler a lei;

- Ler sinopses jurídicas (ou outros resumos) junto com a lei para ter uma base mais sólida;

- Ler doutrinas junto com a lei;

- Fazer resumos e esquemas;

- Extrair direcionamento de exercícios de provas anteriores;

- Elaborar meios de memorização;

- Analisar e intuir sobre o edital e prova;

- Inferir sobre perfil do candidato médio do concurso e da instituição que elabora o concurso.

Essa é a vantagem da experiência em fazer concursos, ter bagagem suficiente para fazer isso com segurança.

Entre os meus erros (não chegam a ser erros, mas falta de tempo) está não fazer revisões em curtos espaços de tempo. Aprendi, mas esqueci determinados detalhes das matérias. Os conteúdos programáticos são enormes. Agora estou me obrigando a fazer algumas anotações enquanto estudo.

Muito bom é aprender a ter olho clínico. Posso até ensinar-lhes o caminho para conseguir o mesmo, mas só você consegue fazer isso a partir da sua própria observação. Você analisa o conteúdo programático do edital, faz seu guia de estudos e procura sempre recorrer a ele. De tanto analisá-lo, você vai começar a ficar atento a detalhes importantes para o concurso, começa a fazer uma seleção mental do que é mais importante.

No passado, eu quis usar a experiência de diversas pessoas para otimizar meus estudos e isso foi inútil, pois não existe receita de bolo. A experiência de estudar é muito pessoal e diferente de pessoa para pessoa. Cada um tem seu método e o descobre de acordo com a forma como aprende. Portanto, não fique se comparando com ninguém e não deixe ninguém ficar comparando-o com outras pessoas.

Depois de criar a sua base, você pode usar atalhos. Claro que se você percorreu um grande caminho de estudo, isso não terá sido um atalho. O que existe é a aceleração da assimilação do conteúdo por conta do raciocínio que você desenvolve depois de um tempo. Por isso, como você já imprimiu certo ritmo de estudos, usa o mesmo raciocínio para coisas semelhantes e liga assuntos. Isso proporciona a montagem de um quebra-cabeça mental. Colocando em sentido prático: quando se aprende tantos institutos jurídicos, depois de um tempo, fica mais fácil aprender outros novos, pois é só usar raciocínio semelhante. Esse é o "atalho".

Também é muito bom estudar anotando regras e exceções, fazer resumos com possíveis pegadinhas, explorar pontos que podem confundi-lo por serem diferentes, agrupar pontos esparsos importantes à medida que for estudando a matéria.

Gosto de criar exercícios sobre a matéria com possíveis pegadinhas, pois faz diminuir o fator surpresa na hora da prova.

Resumo da Ópera - Faça uma limonada, uma caipirinha, uma caipivodka com o limão da reprovação. Esprema esse limão! E como quem malha e tem suas fases de condicionamento e força, passe com mais serenidade pelas suas fases de estudo.

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