COLUNA DA MALU - Tô nem aí, tô nem aí...
07:00
Concurseiro Solitario
,
5 Comments
Às 14 horas de uma quarta-feira de julho de 2008 o telefone toca:
O diálogo acima aconteceu entre eu e uma amiga de infância. O “fulano” é o marido dela, que também é meu amigo, e que, desde que passei na prova da OAB, sempre que me encontra diz ter “causas” jurídicas para eu pegar. Até aí tudo bem. Eu deveria, inclusive, ser muito grata a ele por querer me arrumar trabalho. O grande problema é que eu já falei pra esse casal de amigos que não tenho pretensão nenhuma de advogar. Eles sabem que meu objetivo é passar em concurso e seguir carreira pública ... mas, parece que não entendem ou não querem entender.
Eles não são os únicos que agem assim. É bem verdade que minha família apóia minha decisão de ser concurseira, mas os amigos, principalmente aqueles que são de outras áreas, não conseguem entender. Acham que estou sendo mole, que não tenho coragem de trabalhar. E isso me revolta muito. Aliás, depois daquele telefonema eu fiquei meio mal. Pensei em desistir dessa vida de concursos, em sair pra arrumar emprego em um escritório ou começar a advogar por conta própria mesmo. Fiquei assim uns dois dias, pensando e repensando minhas decisões.
Em meio a minha revolta e angústia, entrei em um fórum de concurseiros e desabafei sobre isso. E muitas pessoas foram solidárias comigo, pois passavam pela mesma situação. Foi aí que deu aquele estalo. Ai, gente, como eu fui besta! Fiquei sofrendo à toa. Percebi que a opinião dos outros não me interessa. Seja lá de quem for. Na verdade, a única opinião que realmente pesa é a da minha família e, mesmo assim, só da minha mãe e da minha irmã. Afinal, esses amigos não pagam minhas contas, não me sustentam e, fora os momentos de amizade que tivemos juntos, nunca me deram nada. Então, também não devo nada a eles. E outra coisa que é muito importante: meus planos. Sim, porque passar em um concurso público não é desculpa pra não trabalhar, mas faz parte de toda uma estratégia, de todo um plano de carreira profissional.
As pessoas que estão de fora olham para nós e pensam que escolhemos o caminho mais fácil. Para alguns deles, somos pessoas fracas, não possuímos iniciativa, que não temos garra para arrumar um emprego e por isso preferimos o serviço público, pois muitos ainda pensam que servidor público ganha muito bem e trabalha muito pouco. Mas só nós sabemos o quanto eles estão errados. Mas, não adianta tentar explicar isso pra ninguém. Eu já expliquei tudo para esses amigos, porém eles continuam achando que eu deveria advogar de qualquer forma. Pra mim isso está fora de cogitação. Trabalhar num escritório feito uma escrava pra ganhar muito pouco não compensa. Advogar por conta própria exigiria de mim um investimento que não tenho como dispor. Além desses fatores, eu não tenho vontade de advogar. Admiro demais a advocacia, mas sei que não é pra mim. Simplesmente não faz o meu perfil.
Resumo da Ópera – Estou aprendendo a dizer “Tô nem aí” pra muita coisa. Estou aprendendo a enxergar quem são meus verdadeiros amigos, aqueles que me incentivam, apóiam, respeitam e dão suporte para as minhas decisões. Estou aprendendo que não sou a única que sofro com pressões externas, mas que sou totalmente capaz de superá-las. E com isso tudo que estou aprendendo, a vitória virá com um recheio a mais e será bem mais saborosa!
Malu, concurseira do Paraíso das Águas, no divã do Concurseiro Solitário para fazer um grande desabafo!
- Amiga, tudo bom? Quanto tempo!
- Oi, amiga. Tudo bem. E você?
- Ah, estou bem. Olha só, tenho uma causa minha e do Fulano e a gente estava conversando e queria que você resolvesse isso pra gente. Eu disse pro Fulano que você não quer advogar e que está se preparando pra concursos, mas ele disse que seria uma boa você pegar essa causa, pra dar uma alavancada na sua carreira. Você pode?
- (Muito indignada e contrariada) Claro! Você me passa os detalhes que eu vejo o que posso fazer”.
- Oi, amiga. Tudo bem. E você?
- Ah, estou bem. Olha só, tenho uma causa minha e do Fulano e a gente estava conversando e queria que você resolvesse isso pra gente. Eu disse pro Fulano que você não quer advogar e que está se preparando pra concursos, mas ele disse que seria uma boa você pegar essa causa, pra dar uma alavancada na sua carreira. Você pode?
- (Muito indignada e contrariada) Claro! Você me passa os detalhes que eu vejo o que posso fazer”.
O diálogo acima aconteceu entre eu e uma amiga de infância. O “fulano” é o marido dela, que também é meu amigo, e que, desde que passei na prova da OAB, sempre que me encontra diz ter “causas” jurídicas para eu pegar. Até aí tudo bem. Eu deveria, inclusive, ser muito grata a ele por querer me arrumar trabalho. O grande problema é que eu já falei pra esse casal de amigos que não tenho pretensão nenhuma de advogar. Eles sabem que meu objetivo é passar em concurso e seguir carreira pública ... mas, parece que não entendem ou não querem entender.
Eles não são os únicos que agem assim. É bem verdade que minha família apóia minha decisão de ser concurseira, mas os amigos, principalmente aqueles que são de outras áreas, não conseguem entender. Acham que estou sendo mole, que não tenho coragem de trabalhar. E isso me revolta muito. Aliás, depois daquele telefonema eu fiquei meio mal. Pensei em desistir dessa vida de concursos, em sair pra arrumar emprego em um escritório ou começar a advogar por conta própria mesmo. Fiquei assim uns dois dias, pensando e repensando minhas decisões.
Em meio a minha revolta e angústia, entrei em um fórum de concurseiros e desabafei sobre isso. E muitas pessoas foram solidárias comigo, pois passavam pela mesma situação. Foi aí que deu aquele estalo. Ai, gente, como eu fui besta! Fiquei sofrendo à toa. Percebi que a opinião dos outros não me interessa. Seja lá de quem for. Na verdade, a única opinião que realmente pesa é a da minha família e, mesmo assim, só da minha mãe e da minha irmã. Afinal, esses amigos não pagam minhas contas, não me sustentam e, fora os momentos de amizade que tivemos juntos, nunca me deram nada. Então, também não devo nada a eles. E outra coisa que é muito importante: meus planos. Sim, porque passar em um concurso público não é desculpa pra não trabalhar, mas faz parte de toda uma estratégia, de todo um plano de carreira profissional.
As pessoas que estão de fora olham para nós e pensam que escolhemos o caminho mais fácil. Para alguns deles, somos pessoas fracas, não possuímos iniciativa, que não temos garra para arrumar um emprego e por isso preferimos o serviço público, pois muitos ainda pensam que servidor público ganha muito bem e trabalha muito pouco. Mas só nós sabemos o quanto eles estão errados. Mas, não adianta tentar explicar isso pra ninguém. Eu já expliquei tudo para esses amigos, porém eles continuam achando que eu deveria advogar de qualquer forma. Pra mim isso está fora de cogitação. Trabalhar num escritório feito uma escrava pra ganhar muito pouco não compensa. Advogar por conta própria exigiria de mim um investimento que não tenho como dispor. Além desses fatores, eu não tenho vontade de advogar. Admiro demais a advocacia, mas sei que não é pra mim. Simplesmente não faz o meu perfil.
Resumo da Ópera – Estou aprendendo a dizer “Tô nem aí” pra muita coisa. Estou aprendendo a enxergar quem são meus verdadeiros amigos, aqueles que me incentivam, apóiam, respeitam e dão suporte para as minhas decisões. Estou aprendendo que não sou a única que sofro com pressões externas, mas que sou totalmente capaz de superá-las. E com isso tudo que estou aprendendo, a vitória virá com um recheio a mais e será bem mais saborosa!
Malu, concurseira do Paraíso das Águas, no divã do Concurseiro Solitário para fazer um grande desabafo!
Gabarito do Simulado RI-STJ #10
1 – C ....... Art. 23º Caput
2 – C ....... Art. 23º Caput
3 – C ....... Art 24º II
4 – C ....... Art. 24º IV
5 – C ....... Art. 24o VII
6 – C ....... Art. 24o V
7 – C ....... Art. 24o IV
8 – C ....... Art. 25o VII
9 – C ....... Art. 25o VI
10 – C ...... Art. 25 o V
2 – C ....... Art. 23º Caput
3 – C ....... Art 24º II
4 – C ....... Art. 24º IV
5 – C ....... Art. 24o VII
6 – C ....... Art. 24o V
7 – C ....... Art. 24o IV
8 – C ....... Art. 25o VII
9 – C ....... Art. 25o VI
10 – C ...... Art. 25 o V
Não perca amanhã um novo e exclusivo simulado.
———«»———«»———«»———
PERGUNTA DO DIA
Você também enfrenta problemas com amigos que acham que você está perdendo tempo estudando para concursos públicos? Que está fazendo corpo mole para não trabalhar? Como você lida com isso? Como isso influi na sua vida e nos seus estudos?
Essa pergunta deve ser respondida em nossa comunidade no Orkut. Basta clicar no homenzinho ai em cima (você precisa estar conectado no Orkut em outra janela de navegador para ser levado à página de resposta).
———«»———«»———«»———
Clipe do Dia
A música que escolhi para vocês simplesmente tem no refrão tudo o que estou sentindo. Na voz de Luka, “Tô nem aí”.
Malu, melhor mesmo é virar a página!
Deixe que pensem e que falem o que quiser. Passei por situação semelhante recentemente, mas vi que a vida é minha e eu decidi parar de dar ouvidos a essa gente.
Raquel
é realmente complicado isso. começei esse semestre na faculdade de direito e já penso em fazer concurso desde agora. o problema, é que trabalho e faço faculdade. Estudo pra faculdade e quando há um tempo estudo pra concurso lendo a CONSTITUIÇÃO E A LEI DOS SERVIDORES PÚBLICOS, mas é super complicado conciliar tudo ao mesmo tempo.
quanto à questão colocada no artigo. Se eu tivesse tempo e dinheiro pra somente ficar em casa estudando pra concurso, eu o faria, mas preciso trabalhar.
Quanto ao outros, eu não acho nada demais em trabalhar, se aprimorar e estudar pra concurso, afinal de contas, vc vai precisar trabalhar um dia...
bem é isso!
eu também queria poder ficar somente em casa estudando pra concurso, mas infelizmente não dá. eu preciso trabalhar para pagar minha faculdade. estudo no pouco tempo livre que tenho, sempre estou dando uma linda em algumas leis e talz.
mas acho que parar a vida somente pra estudar pra concurso é ser radical d+.
mas cada um cada um
até
Malu,
É um saco esse pessoal que não entende a decisão de estudar para concursos.Logo que fiz 18 anos fui trabalhar por necessidade, ano passado terminei a faculdade num emprego que pagava alguma contas mais não mais que 2 salários mínimos.Além disso odiava tudo o trabalho a empresa, inclusive comecei a ficar com raiva de mim, por estar nessa situação, já tinha voltado a estudar para concurso no tempo que dava, mas resolvi que iria sair do trabalho. Bom depois de algum planejamento feito ao longo do último ano, estou para completar 2 meses em casa só estudando, só que as pessoas a minha volta estão neuróticas se eu vou aguentar ficar sem trabalho, alguns (amigos e famíliares inclusive)não se conformam de eu ter largado tudo, para entrar de cabeça nessa luta, mas só cada um sabe o que é melhor para si. As vezes esses comentários enchem, mas "Tô nem ai, tô nem ai". Siga o seu caminho
Quanto tempo que eu não ouvia essa música huahauha
Malu...deu até vontade de escrever palavrão aqui, não contra vc e nem contra seus "amigos", contra a situação sabe..akele d***-**:p rsrs, mas vou guardá-lo pra mim.
Então apenas diga não tô nem aí pra vocês e volte a estudar!
Você, com sua garra e determinação alcançará seus objetivos com ou sem torcida!
Bons estudos