Peculiaridades observadas no concurso da ANAC
07:24
Concurseiro Solitario
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Toda prova de concurso tem suas peculiaridades, algumas são apenas curiosas, outras incomodam a muitos dos concurseiros, mas elas estão lá, sempre presentes. Não poderia ser diferente na prova da ANAC e é sobre as peculiaridades que observei nesse certamente que se trata o artigo de hoje.
Prova da manhã – Analista
Como disse no artigo de terça-feira, onde contei de forma geral como foi meu dia de prova, logo antes da prova da manhã passei numa bela padaria próxima ao local de prova para tomar café e não fui o único a fazer isso. Ali mesmo já passei a notar a nem um pouco anormal presença de concurseiros paraquedistas, aqueles que foram fazer prova porque não tinham nada melhor para fazer, uma vez que não estudaram e sabem que não têm a mínima chance de conquistar uma das vagas oferecidas. Ouvi comentários do tipo “acho que com o que sei da faculdade terei uma boa chance” e “só vim fazer prova para acompanhar meu namorado que também se inscreveu”. O pior, no entanto, foi quando estava na fila que se formou para entrar no local de prova (os seguranças do lugar resolveram abrir somente um dos portões de acesso) e uma menina não muito longe de mim, ao ouvir comentários sobre o concurso, perguntou em voz alta a pérola “ué, gente, onde estava que para prestar prova para analista era preciso ter diploma de faculdade? Não vi isso em lugar nenhum. Estou fazendo segundo colegial e minha professora de matemática disse que eu poderia prestar esse concurso, sim” ... tadinha, pensei na hora.
Ao me sentar em minha carteira na sala onde faria prova, procedi ao ritual de guardar o celular desligado no saquinho cinza fornecido pela CESPE, pegar minhas duas canetas pretas e a barrinha de chocolate do lanche, além, claro, da garrafinha de água gelada, e guardar o restante das coisas para esperar a prova começar, enquanto recitava algumas fórmulas de matemática para mantê-las frescas na memória. Não é que um indivíduo que se sentou na fileira a minha direita, uma carteira a frente, retirou de uma pasta o seguinte lanche:
- 01 Sonho de Valsa;
- 01 barra grande de chocolate;
- 02 barrinhas de cereal;
- 01 saquinho de amendoin torrado;
- 01 barrinha de bananada açucarada;
- 01 garrafinha de suco de uva;
- 01 garrafinha de água.
Juro para vocês que esse foi o lanche do cara ... e ele comeu tudo até às 11 da manhã, quando entregou a prova e foi embora. Detalhe, a prova começou às 8:10!
O que mais me incomodou durante a prova da manhã foi, no entanto, um barulho metálico alto, longo e repetitivo que vinha de uma obra no terreno logo ao lado do prédio usado como local de prova, bem próximo da janela da minha sala. A maior parte do tempo conseguia ignorar o maledeto, mas de vez em quando me torrava a paciência.
Prova da tarde – Técnico
Uma peculiaridade interessante na prova da tarde foi o fato de reencontrar na sala de prova pelo menos três ou quatro pessoas que também estava na mesma sala que eu na prova da manhã. Três pessoas eu tenho certeza de que estava, outra acho que também estava. De qualquer forma é muita coincidência, algo que não tinha acontecido antes comigo.
Felizmente à tarde não teve concurseiro perto de mim com uma cesta de café da tarde. Isso pode parecer bobagem, mas aquela barulheira chata de embalagens sendo abertas e o cheiro forte de alguns alimentos têm grande potencial de quebrar a atenção.
O pior foi o local de prova, tudo bem que um prédio grande e confortável, mas localizado numa ruazinha atrás do Shopping Center Norte, não posso dizer que um dos lugares mais agradáveis de São Paulo, para dizer a verdade era o contrário disso. Quando o sol foi baixando e a escuridão tomando as ruas deserta tomadas por galpões de empresas e butecos vazios, dava para notar os concurseiros olhando com ansiedade pelas janelas da sala de aulas, afinal de contas, que tem um mínimo de juízo sabe que não é nada saudável estar em um local deserto e escuro da capital paulistana dando sopa para o azar. Quando terminou a prova e o pessoa foi saindo do prédio, se deparam com escuridão, quase total ausência de táxis esperando clientes e dois pontos de ônibus por perto. Claro que assim que chegou o primeiro ônibus com destino ao Metrô Tietê, o danado foi totalmente tomado por concurseiros ansiosos por voltar para casa com segurança.
Agora, se teve algo que me chamou muito a atenção em ambos os turnos foi a quantidade de gente lerda que guardou celular ligado naqueles saquinhos fornecidos pelo CESPE. Putz, na entrada de todas as salas de prova os fiscais avisavam que era para guardar os benditos celulares DESLIGADOS. Mesmo na sala da manhã foram dois os celulares tocando dentro dos saquinhos levados para a sala da coordenação do concurso, a tarde um, e pelo que conversei com outros concurseiros que prestaram esse concurso, o mesmo aconteceu também em várias outras salas.
Resumo da ópera – Peculiaridades sempre aconteceram e sempre acontecerão em concursos públicos. Algumas dessas peculiaridades são apenas engraçadas ou curiosas, enquanto outras têm grande potencial de minar a atenção dos concurseiros que prestam prova. Se alguma peculiaridade o atrapalhar, não tenha receio de reclamar para os fiscais de prova, afinal de contas, é também para isso que eles estão ali.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
Prova da manhã – Analista
Como disse no artigo de terça-feira, onde contei de forma geral como foi meu dia de prova, logo antes da prova da manhã passei numa bela padaria próxima ao local de prova para tomar café e não fui o único a fazer isso. Ali mesmo já passei a notar a nem um pouco anormal presença de concurseiros paraquedistas, aqueles que foram fazer prova porque não tinham nada melhor para fazer, uma vez que não estudaram e sabem que não têm a mínima chance de conquistar uma das vagas oferecidas. Ouvi comentários do tipo “acho que com o que sei da faculdade terei uma boa chance” e “só vim fazer prova para acompanhar meu namorado que também se inscreveu”. O pior, no entanto, foi quando estava na fila que se formou para entrar no local de prova (os seguranças do lugar resolveram abrir somente um dos portões de acesso) e uma menina não muito longe de mim, ao ouvir comentários sobre o concurso, perguntou em voz alta a pérola “ué, gente, onde estava que para prestar prova para analista era preciso ter diploma de faculdade? Não vi isso em lugar nenhum. Estou fazendo segundo colegial e minha professora de matemática disse que eu poderia prestar esse concurso, sim” ... tadinha, pensei na hora.
Ao me sentar em minha carteira na sala onde faria prova, procedi ao ritual de guardar o celular desligado no saquinho cinza fornecido pela CESPE, pegar minhas duas canetas pretas e a barrinha de chocolate do lanche, além, claro, da garrafinha de água gelada, e guardar o restante das coisas para esperar a prova começar, enquanto recitava algumas fórmulas de matemática para mantê-las frescas na memória. Não é que um indivíduo que se sentou na fileira a minha direita, uma carteira a frente, retirou de uma pasta o seguinte lanche:
- 01 Sonho de Valsa;
- 01 barra grande de chocolate;
- 02 barrinhas de cereal;
- 01 saquinho de amendoin torrado;
- 01 barrinha de bananada açucarada;
- 01 garrafinha de suco de uva;
- 01 garrafinha de água.
Juro para vocês que esse foi o lanche do cara ... e ele comeu tudo até às 11 da manhã, quando entregou a prova e foi embora. Detalhe, a prova começou às 8:10!
O que mais me incomodou durante a prova da manhã foi, no entanto, um barulho metálico alto, longo e repetitivo que vinha de uma obra no terreno logo ao lado do prédio usado como local de prova, bem próximo da janela da minha sala. A maior parte do tempo conseguia ignorar o maledeto, mas de vez em quando me torrava a paciência.
Prova da tarde – Técnico
Uma peculiaridade interessante na prova da tarde foi o fato de reencontrar na sala de prova pelo menos três ou quatro pessoas que também estava na mesma sala que eu na prova da manhã. Três pessoas eu tenho certeza de que estava, outra acho que também estava. De qualquer forma é muita coincidência, algo que não tinha acontecido antes comigo.
Felizmente à tarde não teve concurseiro perto de mim com uma cesta de café da tarde. Isso pode parecer bobagem, mas aquela barulheira chata de embalagens sendo abertas e o cheiro forte de alguns alimentos têm grande potencial de quebrar a atenção.
O pior foi o local de prova, tudo bem que um prédio grande e confortável, mas localizado numa ruazinha atrás do Shopping Center Norte, não posso dizer que um dos lugares mais agradáveis de São Paulo, para dizer a verdade era o contrário disso. Quando o sol foi baixando e a escuridão tomando as ruas deserta tomadas por galpões de empresas e butecos vazios, dava para notar os concurseiros olhando com ansiedade pelas janelas da sala de aulas, afinal de contas, que tem um mínimo de juízo sabe que não é nada saudável estar em um local deserto e escuro da capital paulistana dando sopa para o azar. Quando terminou a prova e o pessoa foi saindo do prédio, se deparam com escuridão, quase total ausência de táxis esperando clientes e dois pontos de ônibus por perto. Claro que assim que chegou o primeiro ônibus com destino ao Metrô Tietê, o danado foi totalmente tomado por concurseiros ansiosos por voltar para casa com segurança.
Agora, se teve algo que me chamou muito a atenção em ambos os turnos foi a quantidade de gente lerda que guardou celular ligado naqueles saquinhos fornecidos pelo CESPE. Putz, na entrada de todas as salas de prova os fiscais avisavam que era para guardar os benditos celulares DESLIGADOS. Mesmo na sala da manhã foram dois os celulares tocando dentro dos saquinhos levados para a sala da coordenação do concurso, a tarde um, e pelo que conversei com outros concurseiros que prestaram esse concurso, o mesmo aconteceu também em várias outras salas.
Resumo da ópera – Peculiaridades sempre aconteceram e sempre acontecerão em concursos públicos. Algumas dessas peculiaridades são apenas engraçadas ou curiosas, enquanto outras têm grande potencial de minar a atenção dos concurseiros que prestam prova. Se alguma peculiaridade o atrapalhar, não tenha receio de reclamar para os fiscais de prova, afinal de contas, é também para isso que eles estão ali.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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CLIPE DO DIA
O clipe de hoje é da loiríssima Christina Aguilera com uma bela canção inspirada nos clássicos dos anos 40 chamada "Candyman", música gostosa de ouvir e clipe bonito de se ver.
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