Impressões das provas da ANAC
08:11
Concurseiro Solitario
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No último final de semana foi dia de prova para os concurseiros inscritos no concurso da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e entre eles estava eu. Inscrito para os cargos de Analista e Técnico (para qualquer formação), fiz a prova da manhã (de analista) e a da tarde (de técnicos) e através desse artigo quero compartilhar com vocês algumas de minhas impressões sobre o concurso. Notem que o artigo de hoje trará algumas impressões gerais e amanhã e depois tratarei mais detalhadamente da experiência na prova para cada um dos cargos.
Começo com uma reclamação. Mais uma vez o CESPE fez a gentileza de escolher entre tantos possíveis locais de prova em São Paulo distante não mais de trezentos metros de estações do metrô ... nenhum deles. Ainda no começo da semana passada, quando foi liberado o link de consulta dos locais de prova, fiquei puto da vida ao descobrir que iria fazer ambas as provas em locais relativamente distantes do metrô e entre si. Optei por fazer as provas em São Paulo, como faço sempre que posso. A prova de analista faria no prédio de uma universidade particular a quase dois quilômetro da estação Carrão do metrô (zona leste da cidade), enquanto a prova para técnico faria a quase a mesma distância da estação Tietê do metrô (zona norte), distantes quase uma dezena de estações mais uma baldeação e uns trinta minutos de percurso.
Seis e vinte da manhã estou na estação Trianon-Masp do metrô, em plena Avenida Paulista. Manhã não muito fria, adrenalina um pouco alta. Meia hora depois desembarco na estação Carrão. Depois de descobrir que o ônibus que tinha encontrado referência pela Internet e que poderia me levar até o local de prova demoraria uma boa meia hora para passar, resolvi não dar chance para o azar e encarei uma caminhada. Essa caminhada foi tranqüila e até muito boa. Foram dois quilômetros por uma única avenida larga em meio a um bairro residencial bonito em uma manhã agradável de domingo. Já perto do local de prova encontro uma boa padaria onde tomo o café da manhã ouvindo os comentários das dezenas de outros concurseiros que faziam o mesmo.
Vamos à prova para analista que é o que importa no momento. Foram 120 questões objetivas e uma redação, cujo tema era bastante amigável, “Importância da atuação a ANAC para a segurança do tráfego aéreo nacional”, principalmente para quem acompanhou de perto a tal “crise aérea” e suas repercussões. Quanto às questões, foi uma verdadeira montanha russa. Enquanto Português e Inglês estavam muito fáceis, o mesmo não posso dizer de emática e Raciocínio Lógico, que exigiram atenção e muito esforço para fazer trocentas contas em pouco espaço disponível (CESPE, pelamordedeus deixam mais espaço para fazermos contas!). O que me pegou mesmo pelo pé nessa prova foi Contabilidade Pública, matéria cobrada exaustivamente e que ainda não estudei à profundidade média que seja. Problema. Entre quebrar a cabeça com um punhado de questões de uma matéria que não domino e fazer o mesmo com 33 questões de Matemática e Raciocínio Lógico, optei pela segunda na certeza de que muita gente, por um pavor generalizado da Matemática, tenham optado pela primeira.
No final utilizei quase todo o tempo que tinha disponível para fazer essa prova e apenas à uma hora e dez da tarde estava novamente na rua com o caderno de prova na mão, desesperado para encontrar um táxi que me levasse até o metrô. O problema é que táxi era artigo raro e disputado no momento. Seguindo minha política de não dar chance ao azar, ainda mais faltando pouco menos de duas horas para a prova da tarde, encarei o caminho de volta até a estação do metrô na base da caminhada, sem antes não deixar de passar na padaria do café da manhã para comprar um belo Pão Ciabata recheado de calabresa e provolone, além de uma garrafinha de chá verde com sabor de abacaxi e hortelã (sabor horrível, acho que, principalmente, por ter pego uma garrafinha diet por não prestar atenção), meu almoço comido enquanto caminhava pelas ruas calmas do bairro.
Exatamente às duas da tarde estava num dos pontos de ônibus da estação Tietê do metrô onde deveria pegar o circular que me levaria ao local de prova da tarde. Vários concurseiros aguardavam o mesmo ônibus, que não demorou mais que dez minutos para chegar. Ao contrário do bairro residencial bonito da manhã, os arredores do local de prova da tarde eram muito feios, com vários galpões comerciais, ruas desertas por conta do domingo.
A prova de técnico continha também 120 questões objetivas e uma redação. Se por um lado as questões versavam sobre um número menor de matérias e tópicos, o tema da redação era bem mais complexo, “A atuação doBrasil nos organismos internacionais e sua importância para o desenvolvimento do país”, apesar de ter uma carinha um tanto inocente. O que “pegou” na prova da tarde foram algumas questões de administração financeira bastante chatinhas, e algumas quanto ao conteúdo do Manual de Redação da Presidência da República, cobrando o tópico de Redação Oficial. Se bem que também teve uma questão de Raciocínio Lógico que me deixou com a pulga na orelha até os trinta minutos finais do tempo de prova e que se minha solução estiver correta me catapultará cinco pontos acima de alguns milhares de concurseiros, mas que se estiver incorreta fará exatamente o contrário.
Resumo da ópera – No geral ambas as provas não foram fáceis e muito menos estava de graça. Já vi em alguns fóruns e comunidades sobre o concurso gente dizendo que foi fácil e tal. Bem, quem disse isso é um concurseiro muito sério que sabe muito ou um falso concurseiro (ou concurseiro iniciante) que está “mais pra fora que bunda de índio” ... particularmente acho que todos que disseram isso se enquadram na segunda opção. Se tem uma coisa que esse concurso me ensinou (e que repasso a dica para vocês) é para estudar com seriedade o tal Manual de Redação da Presidência da República, que parece ser assunto para muitas provas futuras.
Começo com uma reclamação. Mais uma vez o CESPE fez a gentileza de escolher entre tantos possíveis locais de prova em São Paulo distante não mais de trezentos metros de estações do metrô ... nenhum deles. Ainda no começo da semana passada, quando foi liberado o link de consulta dos locais de prova, fiquei puto da vida ao descobrir que iria fazer ambas as provas em locais relativamente distantes do metrô e entre si. Optei por fazer as provas em São Paulo, como faço sempre que posso. A prova de analista faria no prédio de uma universidade particular a quase dois quilômetro da estação Carrão do metrô (zona leste da cidade), enquanto a prova para técnico faria a quase a mesma distância da estação Tietê do metrô (zona norte), distantes quase uma dezena de estações mais uma baldeação e uns trinta minutos de percurso.
Seis e vinte da manhã estou na estação Trianon-Masp do metrô, em plena Avenida Paulista. Manhã não muito fria, adrenalina um pouco alta. Meia hora depois desembarco na estação Carrão. Depois de descobrir que o ônibus que tinha encontrado referência pela Internet e que poderia me levar até o local de prova demoraria uma boa meia hora para passar, resolvi não dar chance para o azar e encarei uma caminhada. Essa caminhada foi tranqüila e até muito boa. Foram dois quilômetros por uma única avenida larga em meio a um bairro residencial bonito em uma manhã agradável de domingo. Já perto do local de prova encontro uma boa padaria onde tomo o café da manhã ouvindo os comentários das dezenas de outros concurseiros que faziam o mesmo.
Vamos à prova para analista que é o que importa no momento. Foram 120 questões objetivas e uma redação, cujo tema era bastante amigável, “Importância da atuação a ANAC para a segurança do tráfego aéreo nacional”, principalmente para quem acompanhou de perto a tal “crise aérea” e suas repercussões. Quanto às questões, foi uma verdadeira montanha russa. Enquanto Português e Inglês estavam muito fáceis, o mesmo não posso dizer de emática e Raciocínio Lógico, que exigiram atenção e muito esforço para fazer trocentas contas em pouco espaço disponível (CESPE, pelamordedeus deixam mais espaço para fazermos contas!). O que me pegou mesmo pelo pé nessa prova foi Contabilidade Pública, matéria cobrada exaustivamente e que ainda não estudei à profundidade média que seja. Problema. Entre quebrar a cabeça com um punhado de questões de uma matéria que não domino e fazer o mesmo com 33 questões de Matemática e Raciocínio Lógico, optei pela segunda na certeza de que muita gente, por um pavor generalizado da Matemática, tenham optado pela primeira.
No final utilizei quase todo o tempo que tinha disponível para fazer essa prova e apenas à uma hora e dez da tarde estava novamente na rua com o caderno de prova na mão, desesperado para encontrar um táxi que me levasse até o metrô. O problema é que táxi era artigo raro e disputado no momento. Seguindo minha política de não dar chance ao azar, ainda mais faltando pouco menos de duas horas para a prova da tarde, encarei o caminho de volta até a estação do metrô na base da caminhada, sem antes não deixar de passar na padaria do café da manhã para comprar um belo Pão Ciabata recheado de calabresa e provolone, além de uma garrafinha de chá verde com sabor de abacaxi e hortelã (sabor horrível, acho que, principalmente, por ter pego uma garrafinha diet por não prestar atenção), meu almoço comido enquanto caminhava pelas ruas calmas do bairro.
Exatamente às duas da tarde estava num dos pontos de ônibus da estação Tietê do metrô onde deveria pegar o circular que me levaria ao local de prova da tarde. Vários concurseiros aguardavam o mesmo ônibus, que não demorou mais que dez minutos para chegar. Ao contrário do bairro residencial bonito da manhã, os arredores do local de prova da tarde eram muito feios, com vários galpões comerciais, ruas desertas por conta do domingo.
A prova de técnico continha também 120 questões objetivas e uma redação. Se por um lado as questões versavam sobre um número menor de matérias e tópicos, o tema da redação era bem mais complexo, “A atuação doBrasil nos organismos internacionais e sua importância para o desenvolvimento do país”, apesar de ter uma carinha um tanto inocente. O que “pegou” na prova da tarde foram algumas questões de administração financeira bastante chatinhas, e algumas quanto ao conteúdo do Manual de Redação da Presidência da República, cobrando o tópico de Redação Oficial. Se bem que também teve uma questão de Raciocínio Lógico que me deixou com a pulga na orelha até os trinta minutos finais do tempo de prova e que se minha solução estiver correta me catapultará cinco pontos acima de alguns milhares de concurseiros, mas que se estiver incorreta fará exatamente o contrário.
Resumo da ópera – No geral ambas as provas não foram fáceis e muito menos estava de graça. Já vi em alguns fóruns e comunidades sobre o concurso gente dizendo que foi fácil e tal. Bem, quem disse isso é um concurseiro muito sério que sabe muito ou um falso concurseiro (ou concurseiro iniciante) que está “mais pra fora que bunda de índio” ... particularmente acho que todos que disseram isso se enquadram na segunda opção. Se tem uma coisa que esse concurso me ensinou (e que repasso a dica para vocês) é para estudar com seriedade o tal Manual de Redação da Presidência da República, que parece ser assunto para muitas provas futuras.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.
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CLIPE DO DIA
É uma música antiga que fez muito sucesso, mas que continua muito gostosa de ouvir e dançar. Com Lou Bega, "Mambo Number 5".
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