Fixação – Parte 1

Ah, a memória... Esse instrumento fantástico, que sequer os computadores mais avançados não conseguem copiar, ou mesmo superar em potência! Esse instrumento que nos faz “viajar”, mesmo assentados, lembrarmo-nos de situações, pessoas ou coisas que já fazem parte do passado. Como é prodigiosa nossa memória! Se ela tem todos esses atributos, por que falha, às vezes de modo considerável e, pior, nos momentos em que mais precisamos dela, como nas provas e concursos?

Já disseram que a memória é algo que o ser humano possui, bastando ter um cérebro desenvolvido sem anormalidades, e que não depende dos sentidos físicos para existir – afinal, mesmo os pacientes em coma têm memória, só não conseguem exprimi-las por impossibilidade momentânea. Ora, se temos memória, por que ela, então, não executa tarefas automaticamente, uma vez sendo estimulada de forma correta? A situação, no meio concurseiro, é bastante comum: o sujeito se prepara meses, ou até anos, para determinado exame, e chega na hora de resolver determinado teste, parece-lhe que o estudo não foi suficiente, ou mesmo inexistente para o ponto da matéria que lhe é cobrado, naquele momento. Como diz o título deste artigo, o problema está na fixação.

A tendência do mundo moderno é supor que nosso cérebro deva trabalhar como uma máquina, na qual basta inserir dados que todos eles podem ser recuperados, com um simples “apertar de botão”. Certo, mas esquecem-se de que, mesmo as máquinas mais avançadas, estão sujeitas a reparos, a necessidades de backup, a alimentação correta de energia, e até mesmo de ventilação; proteções externas também atuam para que nenhum dado seja perdido, ou internamente, com os desfragmentadores de disco, para que nada seja declarado corrompido e irrecuperável.

O sistema humano de armazenamento de dados, ainda, é o mais perfeito, tanto pelo seu maravilhoso Criador quanto pelo modo com o qual ele acontece: o dado precisa ser registrado no “disco” de memória de longo prazo, para ser “acessado” em ocasiões propícias. A memória do ser humano, ademais, precisa de condições ideais para o correto registro, além de repetição – para que os dados sejam efetivamente catalogados como importantes e mereçam o arquivo na memória de longo prazo – e disciplina, para que não se percam.

Quer um exemplo? Como você consegue ler este texto? Ora, a repetição, com bastante constância, de símbolos e significados na sua mente, provocou uma gravação duradoura de dados. Assim, você sabe a diferença entre “manga” de camiseta e “manga” do pomar; que “exceção” se escreve com XC e cedilha, não com dois “esses”. Você, ademais, como bom aluno – esperamos que sim! – também prestava atenção nas aulas, e tinha bom desempenho em provas. Se não foi assim, mesmo que inconscientemente, em algum momento você escolheu fixar determinado ponto da matéria do seu colégio, ou precisou estudar gramática para fechar Língua Portuguesa e conseguir férias com mais folga, escapando de recuperação. Outro exemplo são as contas básicas de soma, subtração, multiplicação e de divisão, bem como a resolução de problemas de Matemática: por que não nos esquecemos deles com facilidade? Porque nossos professores incutiram em nossas memórias a grande necessidade de precisarmos fazer contas, pois a vida adulta nos exigiria o básico de conhecimentos dessa matéria, ainda que não sejamos – em maioria – cientistas da área.

Isso tudo foi aprendido através de visão e revisão do conteúdo, de forma até que exaustiva, mas teve seu mérito. O problema está em que o ser humano se esquece até do básico, e com isso perde até o jeito de como estudar.

No próximo artigo falaremos mais a respeito.

Resumo da Ópera - Fixação é algo bastante útil para o aprendizado, e pode ser feito por qualquer pessoa que tenha um cérebro em funcionamento.

CLEBER OLYMPIO, concurseiro aprendendo a fixar o conteúdo e a ir bem nas provas.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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