Olá amigos deste querido Blog! Depois de algum tempo sem escrever para cá em virtude do tempo escasso que tenho tido por causa de temporariamente me encontrar totalmente responsável pela minha área, consegui um momento precioso para dedicar algumas horas a vocês leitores, os quais tanto me ajudaram em momentos mais complicados.

Hoje gostaria de trazer um pouco a faceta do serviço público em que me encontro atualmente. Atuo na área trabalhista.

A primeira coisa que me deparei é que como vocês sabem, enquanto trabalhava na iniciativa privada tinha muito contato com o setor criminal. Era advogado criminalista e em 99% do meu tempo mexia com processos criminais.

É preciso ter muito, mas muito estômago para trabalhar nessa área, pois não é fácil.

Mas a vida é realmente algo incrível, nos surpreende todo o momento.

Quando comecei a trabalhar na área trabalhista não imaginei que aquele sentimento, de que novamente teria que ter estômago para advogar, iria incidir exatamente neste momento. Foi incrível!

Pessoal, como é difícil você advogar para a Reclamada (empregadora). Se no criminal a liberdade do seu cliente está em jogo, muitas vezes na área trabalhista o que está em evidência é a própria vida do seu adversário. Explico.

É certo que as pessoas ao saírem de um emprego poderão procurar outros. Mas suponhamos que este empregado necessite, por diversas razões, deste emprego, o qual ele não pode ficar sem o seu sustento nem por um mês, por motivos extremamente delicados. Isso não seria suficiente para destruir a vida de alguém ou simplesmente deixar a situação muito grave? Com certeza.

Pois é. Deparei-me com tal quadro descrito. Por motivos profissionais não posso esclarecer totalmente a circunstância, mas no geral era exatamente isto. Surgiu uma decisão desfavorável ao órgão que trabalho e que como procurador necessitei tomar providências a fim de anular as consequências benéficas daquela decisão ao trabalhador. Após isso fui até tomar um café de tão abalado que fiquei. A mesma sensação de quando trabalhava no criminal e tentava ajudar aquelas pessoas, dizendo para não cometerem aqueles mesmos erros e, após semanas estarem envolvidos em outros problemas... Me imaginei juiz...julgando...o que faria?

Resumo da ópera: Como o Charles já adiantou em outros artigos, não pensem em momento, algum que a aprovação e convocação em um certame público é a solução para todos os seus problemas, igual a um certo programa humorístico de uma certa emissora de televisão:: "seus problemas acabaram!" Não! A vida continua. Questões como esta que eu descrevi acontecerão todos os dias. E pode ter certeza que muitas vezes fazer o que é legal, o que é lícito perante a Lei, a Doutrina e a Jurisprudência não terá, em nenhum momento sequer, um gosto bom. Mas é a decisão que você tomou quando decidiu trabalhar naquele órgão. Então vá em frente, encare o desafio com todas as forças e faça sempre o seu melhor e sempre de maneira CORRETA!

Jerry Lima, um Concurseiro Concursado Profissional.

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