Quando o assunto é estudar informática para concursos públicos, uma das primeiras dúvidas que vêm à cabeça do concurseiro é sobre qual a melhor maneira de fazer isso. Prática? Teoria? Textos? Esquemas? Questões de concursos anteriores? Dúvida. Pois bem, concurseiros, na segunda parte de nossa matéria especial dessa matéria tão importante a qualquer concurseiro sério e mesmo assim meio deixada de lado, trataremos exatamente desse assunto.

Como já disse na primeira parte dessa matéria (clique aqui para ler), muitas vezes o que é cobrado em provas de concursos públicos não é exatamente o que utilizamos no dia-a-dia em frente ao computador. Basicamente, temos três tipos de provas nesse tocante:

1º tipo – Provas que cobram apenas questões práticas de informática, que quem utilizam computadores regularmente saberão responder;

2º tipo – Provas que cobram apenas questões teóricas de informática, conceitos, descrições, funções e tudo o mais que apenas poderá ser encontrado em bons livros de informática específicos para concursos públicos;

3º tipo – Provas que cobram um misto de questões práticas e questões teóricas de informática, exigindo dos concurseiros uma ampla gama de conhecimentos da matéria.

Sinceramente, já prestei concursos públicos com os três tipos de provas. As dos 1º tipo têm apenas a função de eliminar quem não sabia nadinha de informática. As do 2º tipo são feitas apenas para premiar quem estudou a teoria da informática para concursos públicos com muita atenção e seriedade. O problema são as provas do terceiro tipo, onde o conhecimento mediano não ajudará muita coisa já que um sem número de concurseiros tem conhecimento mediado, mas dão pontos preciosos para os que estudaram devidamente a matéria.

Infelizmente, não dá para saber que tipo de prova cada banca irá utilizar em cada prova de concursos públicos. Já prestei concursos para cargos de nível médio com a mesma banca e um mês de diferença entre as provas, sendo que na primeira prova foram cobradas apenas questões teóricas dificílimas de informática e no segundo concurso apenas questões práticas facílimas. Vai entender. Dessa forma, o concurseiro tem de estar preparado para qualquer tipo de prova que as bancas resolvam colocar em seu caminho.

ESTUDO PRÁTICO

Muitos concurseiros pensam que por saberem usar relativamente bem um computador em tarefas cotidianas (gerenciamento de arquivos, uso de antivírus, navegação na Internet, criação e formatação de documentos no Word, Excel e tal) não precisam estudar na prática informática para concursos públicos. Ledo engano.

Vá lá, vamos a uma questãozinha rápida para exemplificar isso. Questão tipo Cespe para responder C (certo) ou E (errado):

No navegador de Internet Mozilla Firefox na sua versão 3.6.6, a opção de verificar se há atualizações para o programa se encontra no menu Ajuda.

E agora, José? Lembre-se que numa prova você terá de responder isso de cabeça. Acertou, ganha um ponto. Errou, anula um ponto ganho com outra questão que acertou. Tic tac tic tac ....

Com toda certeza pelo menos dois terços dos concurseiros não saberiam responder essa questão com certeza, afinal de contas, trata-se de algo que ninguém presta atenção num navegador de Internet. Sacaram que a prática no uso dessa navegador não ajuda muito na resolução dessa questão!

A propósito, a resposta é C (certo).

O que quero dizer com esse exemplo é que estudar informática na prática para provas de concursos públicos requer atenção e um método próprio. Qual é esse método? Simplesmente é fuçar todos os menus, telas e abas de todos os programas previstos no edital, prestando muita atenção para memorizar o máximo possível. Além disso, é necessário entender e praticar procedimentos de formatação e revisão de documentos.

ESTUDO TEÓRICO

Esqueça das apostilas! Esqueça das “ajuda” dos programas de computador! Esqueça daquele cursinho em vídeo aulas de duas horas! Estudar teoria de informática para fazer bonito em concursos públicos significa investir em dois ou três bons livros da matéria e estudar muito, com muita atenção, sem desprezar a matéria ou, pior ainda, superestimar seus parcos conhecimentos.

Não adianta, gente, o que as bancas cobram de informática nas provas que preparam são conceitos e conhecimentos que, geralmente, não têm nada a ver com o que é ensinado em cursinhos de informática ou algo que o valha. São conhecimentos teóricos muitas vezes bastante profundos, detalhistas, bem no velho e odiado esquema das “notas de rodapé”.

Numa prova em que são cobrados apenas conhecimentos teóricos pesados, se você conseguir acertar metade das questões já estará um bom punhado de pontos na frente de uma multidão de outros candidatos que simplesmente chutaram todas as respostas das questões dessa matéria. Simples assim.

O MELHOR DOS DOIS MUNDOS

Como concurseiro algum dispõe de uma bola de cristal que lhe diga que questões as bancas cobrarão nos próximos concursos que forem organizar (a não ser que sejam falsos concurseiros fraudadores maledetos), então não dá para concentrar todos os esforços apenas no estudo teórico ou prático, afinal de contas, nunca é bom “colocar todos os ovos numa cesta apenas”.

Acostume-se, então, concurseiro, a estudar tanto a prática quanto a teoria da informática para concursos públicos. Invista algumas horas por semana no estudo prático cuidadoso e atencioso, bem como uma grana na compra de dois ou três bons livros da matéria (e mais horas no seu estudo, é claro). Com certeza dessa forma você estará muito melhor preparado para as provas de informática dos concursos públicos que prestar e com isso garantirá alguns pontos preciosos que poderão ser a diferença entre ser classificado em posição confortável ou não.

Resumo da ópera – Estudar para concursos públicos não é fácil, mas também não é um horror de difícil, apenas demanda um pouco mais de atenção que outras matérias e um modo próprio de estudar. O principal, repito, é não subestimar a matéria e superestimar seus conhecimentos. Lembrem-se sempre 99% dos empossados são concurseiros ao mesmo tempo sérios, esforçados e humildes.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

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Mas qual a melhor bibliografia para estudar informática para concursos públicos. Pois bem, fizemos um apanhado no mercado editorial dos melhores títulos e resenhamos para vocês. Acompanhem.