Ontem foi finalmente publicado o tão esperado e comentado edital do concurso público do MPU (Ministério Público da União), contemplando algumas dezenas de cargos tanto de nível superior quanto médio.

Se por um lado esse concurso animou bastante a comunidade concurseira, por outro lado foi um certo "balde de água fria" por conta do pouco expressivo número de vagas efetivas para os cargos de nível superior, a grande pulverização das vagas de nível médio e uma profusão de CR, o maledeto cadastro de reserva. Daí fica a dúvida se vale a pena prestar ou não esse concurso, uma vez que de qualquer forma será muito concorrido, quem quiser ter chances reais de passar terá de estudar muito, mas muito mesmo, mas quem for empossado nesse órgão do executivo está, como diz o ditado popular, "com o burro na sombra", visto que a remuneração é ótima e o ambiente de trabalho, dizem, é um dos melhores do judiciário federal.

É, amigos concurseiros, a dúvida faz mesmo parte da jornada de quem estuda sério para concursos públicos. Nem me lembro mais em quantas encruzilhadas como essa eu mesmo já me encontrei. Nesses momentos ficamos parados, coçando a cabeça, tentando pesar os prós e contras de encarar um concurso dessa dimensão ou não.

A maior dúvida entre os concurseiros está sendo o duas vezes maledeto CR (cadastro de reserva). Alguns concurseiros mais experientes e professores de cursinhos dizem que por conta da falta crônica de servidores no MPU, o número de nomeações será grande, logo ninguém precisa desanimar com o CR onipresente no quadro de vagas do edital. Outros já dizem que o número de nomeações pode não ser assim tão polpudo por conta do "apertar de cinto" promovido pelo governo federal para poder pagar o aumento eleitoreiro concedido para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo e que impactou pesadamente as contas do governo federal. Em quem acreditar? Será que algum dos dois está certo ou rolará uma solução "mezzo muçarela, mezzo calabresa"?

Para os que fazem parte da turma da dúvida sugiro que deixem para fazer a inscrição mais próximo da data limite e enquanto isso consultem bons fóruns e comunidades concurseiras a fim de formar uma opinião e decidir com base em informações diversas de boa qualidade. Assim se terá mais segurança na decisão, algo que evitará que se fique com aquele "gostinho de devia ou não devia ter feito tal concurso".

Resumo da ópera - É, concurseiros, vida de concurseiro não é fácil mesmo. De qualquer forma é preciso tomar decisões difíceis correndo o risco de se arrepender no futuro, mas a vida é assim mesmo e devemos fazer essas escolhas da melhor forma possível, com o máximo de informações que possamos reunir. Aos que decidirem por encarar esse concurso desejamos bons estudos e boa sorte. Aos que decidirem encarar outras batalha, força e não deixem de estudar com seriedade.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.