Meu amigo concurseiro
08:20
Concurseiro Solitario
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Sobre estudar para concursos públicos
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3 Comments
Meu amigo, jovem e inteligente resolveu ser concurseiro. Eu duvidei. Achei que ele faria um prova ou outra e pronto. Mas não foi assim. Ele foi incorporando o personagem, diminuindo a sua presença no nosso dia-a-dia e depois desapareceu completamente.
Quando o encontrei novamente, ele estava assim, quando estudava para prova do CESPE, recusava-se a fazer qualquer afirmação, pois tinha medo de perder ponto. A namorada terminou o namoro depois de pedir-lhe resolver-se sobre o menu no restaurante.
-Se a resposta for camarão e eu escolher lagosta, perco um ponto. Se a resposta for lagosta ganho um. Mas como vou saber?
Depois quis voltar com a namorada. Ao invés de oferecer flores ou algo parecido, ele mandou um recurso embasado na 9784/99, alegando que não feriu o 132 da 8112/90 e que por ter mais de 36 meses de namoro, era estável. Ela indeferiu, claro.
Quando começava a falar um português que ninguém entendia, pronto! A prova da vez era da ESAF.
- Progenitor querido, não obedeci-lhe de antemão, porque sabia que a informação deveria der ratificada...
-Ô mulher, tá caindo alemão nessas provas que ele está fazendo?
Se a prova era da AOCP, ficava doido, não dizia coisa com coisa, subia no telhado e imitava um pássaro, tomava dois diazepans e três rivotril por hora e contratava seis especialistas em TI com Pós em Havard e titulação na Microsoft.
Quando estudava matemática de maneira esquisita, era prova da Consulplan.
-2+2=5. 7x3=12
Se a prova era para polícia, corria, fazia barras, fazia abdominais, natação.
Se via uma garota interessante, não perguntava se ela estava interessada. Queria saber quando abria o edital.
No seu computador, o papel de parede era a foto do Juiz William Douglas com a frase que termina: “..até passar.”
Nos favoritos só tinha os links para o PCI, Correio WEB, in.gov e organizadoras.Vivia repetindo: “Cassação não. Perda sim.”
Voltou pra faculdade para fazer Direito. Só marcava encontro para domingo depois das 19h, pois tinha prova no domingo e sábado tinha que descansar.
Bem... E tudo acabou bem. Depois de muito tempo, passou em um bom concurso e mudou o foco de estudo.
Mas, nos bate-papos da vida, ele me conta que, às vezes que tem saudade de algumas coisas. Como entrar nos fóruns da net e esperar, junto com a galera, o resultado das provas dando F5 o tempo todo e depois perguntar: Tirei 85% da prova. Será que dá pra mim?
Quando o encontrei novamente, ele estava assim, quando estudava para prova do CESPE, recusava-se a fazer qualquer afirmação, pois tinha medo de perder ponto. A namorada terminou o namoro depois de pedir-lhe resolver-se sobre o menu no restaurante.
-Se a resposta for camarão e eu escolher lagosta, perco um ponto. Se a resposta for lagosta ganho um. Mas como vou saber?
Depois quis voltar com a namorada. Ao invés de oferecer flores ou algo parecido, ele mandou um recurso embasado na 9784/99, alegando que não feriu o 132 da 8112/90 e que por ter mais de 36 meses de namoro, era estável. Ela indeferiu, claro.
Quando começava a falar um português que ninguém entendia, pronto! A prova da vez era da ESAF.
- Progenitor querido, não obedeci-lhe de antemão, porque sabia que a informação deveria der ratificada...
-Ô mulher, tá caindo alemão nessas provas que ele está fazendo?
Se a prova era da AOCP, ficava doido, não dizia coisa com coisa, subia no telhado e imitava um pássaro, tomava dois diazepans e três rivotril por hora e contratava seis especialistas em TI com Pós em Havard e titulação na Microsoft.
Quando estudava matemática de maneira esquisita, era prova da Consulplan.
-2+2=5. 7x3=12
Se a prova era para polícia, corria, fazia barras, fazia abdominais, natação.
Se via uma garota interessante, não perguntava se ela estava interessada. Queria saber quando abria o edital.
No seu computador, o papel de parede era a foto do Juiz William Douglas com a frase que termina: “..até passar.”
Nos favoritos só tinha os links para o PCI, Correio WEB, in.gov e organizadoras.Vivia repetindo: “Cassação não. Perda sim.”
Voltou pra faculdade para fazer Direito. Só marcava encontro para domingo depois das 19h, pois tinha prova no domingo e sábado tinha que descansar.
Bem... E tudo acabou bem. Depois de muito tempo, passou em um bom concurso e mudou o foco de estudo.
Mas, nos bate-papos da vida, ele me conta que, às vezes que tem saudade de algumas coisas. Como entrar nos fóruns da net e esperar, junto com a galera, o resultado das provas dando F5 o tempo todo e depois perguntar: Tirei 85% da prova. Será que dá pra mim?
O autor desse artigo é o concurseiro Edvan Conceição, e este texto foi finalista no concurso de artigo que promovemos faz algum tempo aqui no blog.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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Hahahaha, adorei rs... Muito engraçado ...rs
Muuuuuuuuuuuito bom, ótimo post pra um sábado!! rsrsrs
Pior que já me vi fazendo várias dessas coisas que tem no texto.. disfarça... hihihihi.
adorei o post de hoje kkkkk