MATÉRIA ESPECIAL - Língua Portuguesa para concursos públicos
08:21
Concurseiro Solitario
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Matérias especiais
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Olá, concurseiros!!! Gostaram das etapas anteriores do nosso Especial da Língua Portuguesa? Espero que sim, pois recebi apenas 2 comentários! Puxa, gente, preciso mesmo saber se o público está matando suas dúvidas ou se eu estou chovendo no molhado. Comentem!!!
Bem, como prometido, essa é a última parte de nosso super apanhado sobre a nossa língua. Hoje falamos sobre a arte de escrever nos concursos.
1 – Redação:
Para estudar esse segmento da língua portuguesa, é necessário reunir tudo o que comentamos nas semanas anteriores. É imperativo conhecer a gramática e aprender a ler. E escrever. Ora, é escrevendo que se aprende a escrever. Parece uma ofensa à inteligência do nobre leitor, mas não quero ultrajá-lo. Quero, sim, desmistificar a atividade da escrita. Claro que nem todos nós nascemos para sermos escritores. Todavia, nada nos impede de procurar exprimir as ideias que brotam em nossas mentes no papel ou no meio virtual ou na areia (para os românticos).
Como nosso grande objetivo é fazer concursos públicos, eu lhes digo que a redação é algo que precisa de um pouco de técnica. Na verdade, essas ferramentas não servirão para tolhir-lhes os pensamentos, mas justamente para dar um suporte de conforto para o momento da verdade: a prova. Isso porque, durante um processo seletivo, muitos de nós ficamos nervosos diante do novo. Assim, ficamos paralizados e fazemos uma redação ruim.
Primeiro, devemos ler com calma e muita atenção à proposta de redação. Respire fundo e procure fazer um pequeno rascunho com o que lhe vier à mente. Procure saber quais pontos de vista, dentro do que a prova pede, você irá defender e faça seu esqueleto de texto. Depois, é só fazer a sua redação. É preciso apenas organização da tempestade ou do deserto de ideias. Afinal, há temas que suscitam muitos argumentos; e outros você praticamente precisa inventar um mote.
Claro que nem todo concurseiro consegue fazer isso que estou falando de imediato. Muitos, mesmo agora de posse de tais dicas, sentirão dificuldades normais. Afinal, começar não é muito fácil e só se aprende a escrever com treino. Esse tipo de exercício pode ser feito por meio de um curso de apoio ou por meio da ajuda de algum concurseiro mais experiente.
Outro tipo de ajuda de grande peso que podemos ter se dá com bons livros de redação para concursos. Com eles, pode-se aprender sobre os tipos de textos que existem, as possibilidades de introdução, meios para desenvolver a redação e como concluí-la de forma adequada.
Aliás, considero o estudo por meio de uma obra de apoio da maior importância. O estudo por apostilas é meio fragmentado e incompleto (quando o material é bom). Daí, para você ter uma gama de conhecimentos suficientes sobre o assunto, será necessário ter muitas folhinhas soltas, o que é contraproducente.
Olha que uma leitora deu-me uma sugestão outro dia sobre pastas sanfonadas, mas eu tenho uma cheiíssima de materiais avulsos e isso é um tremendo desconforto para estudar. Eu até desanimo de me debruçar sobre tal material. Acabo sempre consultando os livros por causa do conteúdo confiável e por causa praticidade que a compilação traz.
É possível estudar somente pelo livro? Sim, mas será necessário ter muita atenção e estratégia na escrita. Se você quer ser autodidata, como o Charles é, aqui vai a dica de estudar pelos livros, fazer exercícios dos mesmos, da sua banca (eleita para o seu concurso) e deixar o texto descansar. Mal comparando, assim como um bolo ou um pão, a massa precisa deixar o fermento agir! Você precisa, na fase de aprendizado dos primeiros passos, escrever um texto hoje e corrigi-lo amanhã. Falo isso porque, no momento em que redigimos, não conseguimos enxergar certos erros que somente serão vistos no dia seguinte.
Não para por aí. Procure escrever todos os dias! E, no fim de 2 meses, procure ler seu primeiro texto. Verás que evoluiu muito na arte de redigir. Procure ser versátil e faça, também, questões discursivas. Sempre pense que algum examinador vai ler o que está escrevendo. Por essa razão, recomendo que sua letra esteja legível e sem misturar letra cursiva com letra de forma.
Essa, por sua vez, é outra dica: veja no seu edital se é permitido escrever em letra de forma. Afinal, nem todo concurseiro tem uma letrinha lindinha. Trate de colocar os pingos nos “is” e de escrever a letra “m” diferentemente da letra “u”. Caso contrário, você será penalizado(a) na correção.
Você deve estar inquieto, querendo saber com quais livros poderia estudar redação para concursos, certo? Vou sugerir alguns títulos muito bons que servem, de modo complementar, para cada etapa do estudo. Afinal, eu sou minuciosa quando o assunto é redação.
Resumo da Ópera – Aprender a escrever é abrir uma nova janela para o mundo. Significa brincar com as palavras, comutar frases e montar períodos. É também tecer um parágrafo para formar um todo: o texto. É preciso aprender a redigir para os concursos? Sim, é, mas não fiquemos somente batendo nessa tecla...tenhamos prazer em aprender a fazer uma redação para nos comunicarmos melhor. Por isso, não deixe de ler, de estudar gramática, interpretar o que vê. Não deixe de exercitar sua massa cinzenta!
RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
Bem, se nós afirmamos categoricamente que você deve estudar por livros, precisamos dar sugestões, não é? Temos algumas excelentes! Vamos a elas:
Bem, como prometido, essa é a última parte de nosso super apanhado sobre a nossa língua. Hoje falamos sobre a arte de escrever nos concursos.
1 – Redação:
Para estudar esse segmento da língua portuguesa, é necessário reunir tudo o que comentamos nas semanas anteriores. É imperativo conhecer a gramática e aprender a ler. E escrever. Ora, é escrevendo que se aprende a escrever. Parece uma ofensa à inteligência do nobre leitor, mas não quero ultrajá-lo. Quero, sim, desmistificar a atividade da escrita. Claro que nem todos nós nascemos para sermos escritores. Todavia, nada nos impede de procurar exprimir as ideias que brotam em nossas mentes no papel ou no meio virtual ou na areia (para os românticos).
Como nosso grande objetivo é fazer concursos públicos, eu lhes digo que a redação é algo que precisa de um pouco de técnica. Na verdade, essas ferramentas não servirão para tolhir-lhes os pensamentos, mas justamente para dar um suporte de conforto para o momento da verdade: a prova. Isso porque, durante um processo seletivo, muitos de nós ficamos nervosos diante do novo. Assim, ficamos paralizados e fazemos uma redação ruim.
Primeiro, devemos ler com calma e muita atenção à proposta de redação. Respire fundo e procure fazer um pequeno rascunho com o que lhe vier à mente. Procure saber quais pontos de vista, dentro do que a prova pede, você irá defender e faça seu esqueleto de texto. Depois, é só fazer a sua redação. É preciso apenas organização da tempestade ou do deserto de ideias. Afinal, há temas que suscitam muitos argumentos; e outros você praticamente precisa inventar um mote.
Claro que nem todo concurseiro consegue fazer isso que estou falando de imediato. Muitos, mesmo agora de posse de tais dicas, sentirão dificuldades normais. Afinal, começar não é muito fácil e só se aprende a escrever com treino. Esse tipo de exercício pode ser feito por meio de um curso de apoio ou por meio da ajuda de algum concurseiro mais experiente.
Outro tipo de ajuda de grande peso que podemos ter se dá com bons livros de redação para concursos. Com eles, pode-se aprender sobre os tipos de textos que existem, as possibilidades de introdução, meios para desenvolver a redação e como concluí-la de forma adequada.
Aliás, considero o estudo por meio de uma obra de apoio da maior importância. O estudo por apostilas é meio fragmentado e incompleto (quando o material é bom). Daí, para você ter uma gama de conhecimentos suficientes sobre o assunto, será necessário ter muitas folhinhas soltas, o que é contraproducente.
Olha que uma leitora deu-me uma sugestão outro dia sobre pastas sanfonadas, mas eu tenho uma cheiíssima de materiais avulsos e isso é um tremendo desconforto para estudar. Eu até desanimo de me debruçar sobre tal material. Acabo sempre consultando os livros por causa do conteúdo confiável e por causa praticidade que a compilação traz.
É possível estudar somente pelo livro? Sim, mas será necessário ter muita atenção e estratégia na escrita. Se você quer ser autodidata, como o Charles é, aqui vai a dica de estudar pelos livros, fazer exercícios dos mesmos, da sua banca (eleita para o seu concurso) e deixar o texto descansar. Mal comparando, assim como um bolo ou um pão, a massa precisa deixar o fermento agir! Você precisa, na fase de aprendizado dos primeiros passos, escrever um texto hoje e corrigi-lo amanhã. Falo isso porque, no momento em que redigimos, não conseguimos enxergar certos erros que somente serão vistos no dia seguinte.
Não para por aí. Procure escrever todos os dias! E, no fim de 2 meses, procure ler seu primeiro texto. Verás que evoluiu muito na arte de redigir. Procure ser versátil e faça, também, questões discursivas. Sempre pense que algum examinador vai ler o que está escrevendo. Por essa razão, recomendo que sua letra esteja legível e sem misturar letra cursiva com letra de forma.
Essa, por sua vez, é outra dica: veja no seu edital se é permitido escrever em letra de forma. Afinal, nem todo concurseiro tem uma letrinha lindinha. Trate de colocar os pingos nos “is” e de escrever a letra “m” diferentemente da letra “u”. Caso contrário, você será penalizado(a) na correção.
Você deve estar inquieto, querendo saber com quais livros poderia estudar redação para concursos, certo? Vou sugerir alguns títulos muito bons que servem, de modo complementar, para cada etapa do estudo. Afinal, eu sou minuciosa quando o assunto é redação.
Resumo da Ópera – Aprender a escrever é abrir uma nova janela para o mundo. Significa brincar com as palavras, comutar frases e montar períodos. É também tecer um parágrafo para formar um todo: o texto. É preciso aprender a redigir para os concursos? Sim, é, mas não fiquemos somente batendo nessa tecla...tenhamos prazer em aprender a fazer uma redação para nos comunicarmos melhor. Por isso, não deixe de ler, de estudar gramática, interpretar o que vê. Não deixe de exercitar sua massa cinzenta!
RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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Bem, se nós afirmamos categoricamente que você deve estudar por livros, precisamos dar sugestões, não é? Temos algumas excelentes! Vamos a elas:
“Redação Nota 10”
Autor: Luiz Henrique Menezes
Editora: Editora Impetus.
Edição: 1ª edição, 2010, Niterói
Páginas: 75
ISBN: 978-85-7626-374-6
Autor: Luiz Henrique Menezes
Editora: Editora Impetus.
Edição: 1ª edição, 2010, Niterói
Páginas: 75
ISBN: 978-85-7626-374-6
Esse livro é o basicão para quem não tem a menor ideia do que deve fazer num redação de concurso ou de vestibular. Chorar não é uma opção, ok?
Apesar de mencionar muito os alunos do ensino médio, é uma obra muito útil para os concurseiros. Nas páginas, há muito sobre o que fazer e o que não fazer em um texto. Além disso, não se fecha o aprendizado como algo pronto e acabado. Muito pelo contrário, o autor fornece meios para dar continuidade ao que já se estudou. E o melhor é que ele possibilita que o estudante faça isto sozinho. Ajuda quem é autodidata.
O livro não conta com muitos exercícios, mas essa característica não o desabona. Falo isso porque, além de ser vendido a preço módico, “Redação nota 10” prima pela acessibilidade a quem precisa ser convidado, seduzido ao prazer da leitura e da escrita. Ele é direcionado a quem não tem o hábito de ler e morre de medo de escrever uma linha qualquer num concurso. Convenhamos, brasileiro tem medo de livro grosso!
Quanto ao preço, é bom porque custa mil vezes mais barato que uma apostila vagabunda de banca de jornal. Além disso, a finalidade do mesmo é ser introdutorio para não fazer com que o concurseiro caia de paraquedas com outra obra e a deixe pegando poeira na estante.
Já que estamos falando tanto da obra, vamos investigar um pouco sobre o autor da mesma. Luiz Henrique Menezes é mestre em estudos literários, o que faz dele alguém que quer incentivar mesmo a leitura entre brasileiros. Atua como professor de Língua Portuguesa e Literatura em Vitória-ES. O interessante é que já foi Diplomata, o que me faz admirá-lo. Afinal, é uma belíssima carreira.
Para quem gosta de um livro agradável de ler, portátil por causa das suas dimensões este é um bem marcado por essas características. Como um bom guia no assunto, há muitas perguntas respondidas que poderiam muito bem ter sido feitas por nós, concurseiros. Isso ajuda muito no aprendizado.
Apesar de não ser uma obra que aprofunde muito o tema de redação, seu conteúdo é trabalhado com muito cuidado e correção. É perfeito para o concurseiro iniciante, pois dá a ele a base para livros teóricos mais difíceis e detalhados. Não parece algo importante a se considerar, à primeira vista, mas isso dá mais coragem e confiança para subir mais alguns degraus na luta de cada dia. E como eu sei disso! Aprendi essa lição a duras penas. Já tirei zero no vestibular da UFRJ, mas batalhei e tirei 10 numa redação de concursos anos depois. Então, sei de cadeira como é pular uma etapa no processo de aquisição de conhecimento.
Para o leitor que vai comprar o livro via internet e não sabe como o lmesmo é fisicamente, vou tranquilizá-lo. A obra é constituída de papel de boa qualidade, ou seja, não é transparente. A capa é flexível, mas bem colada e não corre o risco de soltar. As letras são pequenas, mas são usadas fontes que não embaralham nossa visão. Isso porque a função da obra é ser portátil e leve. Serve para ler em qualquer lugar. Se fosse usada uma letra maior, o livro não seria assim tão convidativo, pois é pequenino.
Os temas abordados são: a dissertação; a leitura; clareza do raciocínio; como desenvolver ideias; o que pode e o que não pode fazer numa dissertação; análise de quatro redações nota dez; palavras finais; o novo acordo ortográfico (que mais assusta sem muita rezaão) e comentários sobre alguns sites e livros.
Apesar de mencionar muito os alunos do ensino médio, é uma obra muito útil para os concurseiros. Nas páginas, há muito sobre o que fazer e o que não fazer em um texto. Além disso, não se fecha o aprendizado como algo pronto e acabado. Muito pelo contrário, o autor fornece meios para dar continuidade ao que já se estudou. E o melhor é que ele possibilita que o estudante faça isto sozinho. Ajuda quem é autodidata.
O livro não conta com muitos exercícios, mas essa característica não o desabona. Falo isso porque, além de ser vendido a preço módico, “Redação nota 10” prima pela acessibilidade a quem precisa ser convidado, seduzido ao prazer da leitura e da escrita. Ele é direcionado a quem não tem o hábito de ler e morre de medo de escrever uma linha qualquer num concurso. Convenhamos, brasileiro tem medo de livro grosso!
Quanto ao preço, é bom porque custa mil vezes mais barato que uma apostila vagabunda de banca de jornal. Além disso, a finalidade do mesmo é ser introdutorio para não fazer com que o concurseiro caia de paraquedas com outra obra e a deixe pegando poeira na estante.
Já que estamos falando tanto da obra, vamos investigar um pouco sobre o autor da mesma. Luiz Henrique Menezes é mestre em estudos literários, o que faz dele alguém que quer incentivar mesmo a leitura entre brasileiros. Atua como professor de Língua Portuguesa e Literatura em Vitória-ES. O interessante é que já foi Diplomata, o que me faz admirá-lo. Afinal, é uma belíssima carreira.
Para quem gosta de um livro agradável de ler, portátil por causa das suas dimensões este é um bem marcado por essas características. Como um bom guia no assunto, há muitas perguntas respondidas que poderiam muito bem ter sido feitas por nós, concurseiros. Isso ajuda muito no aprendizado.
Apesar de não ser uma obra que aprofunde muito o tema de redação, seu conteúdo é trabalhado com muito cuidado e correção. É perfeito para o concurseiro iniciante, pois dá a ele a base para livros teóricos mais difíceis e detalhados. Não parece algo importante a se considerar, à primeira vista, mas isso dá mais coragem e confiança para subir mais alguns degraus na luta de cada dia. E como eu sei disso! Aprendi essa lição a duras penas. Já tirei zero no vestibular da UFRJ, mas batalhei e tirei 10 numa redação de concursos anos depois. Então, sei de cadeira como é pular uma etapa no processo de aquisição de conhecimento.
Para o leitor que vai comprar o livro via internet e não sabe como o lmesmo é fisicamente, vou tranquilizá-lo. A obra é constituída de papel de boa qualidade, ou seja, não é transparente. A capa é flexível, mas bem colada e não corre o risco de soltar. As letras são pequenas, mas são usadas fontes que não embaralham nossa visão. Isso porque a função da obra é ser portátil e leve. Serve para ler em qualquer lugar. Se fosse usada uma letra maior, o livro não seria assim tão convidativo, pois é pequenino.
Os temas abordados são: a dissertação; a leitura; clareza do raciocínio; como desenvolver ideias; o que pode e o que não pode fazer numa dissertação; análise de quatro redações nota dez; palavras finais; o novo acordo ortográfico (que mais assusta sem muita rezaão) e comentários sobre alguns sites e livros.
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“Redação para Concursos”
Autora: Júnia Andrade
Editora: Ferreira.
Edição: 1ª edição, 2009, Rio de Janeiro
Páginas: 114
ISBN: 978-85-7842-087-1
“Redação para Concursos”
Autora: Júnia Andrade
Editora: Ferreira.
Edição: 1ª edição, 2009, Rio de Janeiro
Páginas: 114
ISBN: 978-85-7842-087-1
Eis um livro que se aprofunda teoricamente sobre as redações. Em diversas passagens, eu pude me recordar das diversas lições que aprendi de forma desordenada pelas minhas antigas apostilas. Só que neste trabalho, primou-se pela organização.
Chamou-me a atenção e, pelo visto, é uma tendência na Editora Ferreira, a presença forte de ilustrações pela maioria das páginas. Interessante mesmo ver tão estilizado o clássico boneco de palitinho, típico de quem não sabe desenhar. Deve ser para fazer alusão ao concurseiro que não sabe escrever, mas que aprenderá. Ou então, deve ser um simbologismo de que qualquer pessoa pode ter dificuldades para escrever com clareza, mas que é possível corrigir tais falhas. Não sei...vou ficar nas minhas conjecturas.
A autora é professora de cursos preparatórios para concursos em MG e BA e procurou trazer toda a sua experiência prática para esse trabalho. E realmente, eu vi retratadas diversas questões de múltipla escolha, diversas redações que não fiz bem serem desmistificadas pelas páginas desta obra. Uma delas, inclusive, de um concurso que fiz. Isso que é atualidade no material!
Ainda que o material em questão seja igualmente fino, como o livro anterior, estamos tratando de um curso que detalha a teoria existente sobre como estudar redação. Além disso, traz comentários sobre o perfil de algumas bancas como o CESPE e a FCC. Isso também é super relevante, pois estamos falando das mais famosas organizadoras de concursos do país!
Para quem não tem a oportunidade de folhear o livro, eu vou dar maiores informações físicas sobre o mesmo. A obra não tem letras tão enormes, mas compensa isso com a parte gráfica muito colorida em verde. A leveza permite que o concurseiro transporte seu material de estudo com conforto. As folhas são de papel grosso. Os títulos dos capítulos estão destacados dentro de quadros verdes e letras brancas para fazer contraste. Sua atenção é captada por causa dos recursos visuais. A capa, por sua vez, é flexível, mas bem aderida às folhas para estas não soltarem.
Para quem o livro é destinado? Bem, pelo que pude perceber, serve para concurseiros que tentam seleções de nível médio e nível superior. Serve para concursos de tribunais e todos os demais que tenham CESPE, FCC (esses principalmente) como organizadoras. Claro que serve para orientação no enfrentamento de outras bancas, mas, para aquelas, serve como luva.
Os temas abordados são: Bases para um boa escrita; Pontos de avaliação; Análise dos Textos I; Análise dos Textos II. Enfim, os capítulos são poucos, mas são mais extensos.
Chamou-me a atenção e, pelo visto, é uma tendência na Editora Ferreira, a presença forte de ilustrações pela maioria das páginas. Interessante mesmo ver tão estilizado o clássico boneco de palitinho, típico de quem não sabe desenhar. Deve ser para fazer alusão ao concurseiro que não sabe escrever, mas que aprenderá. Ou então, deve ser um simbologismo de que qualquer pessoa pode ter dificuldades para escrever com clareza, mas que é possível corrigir tais falhas. Não sei...vou ficar nas minhas conjecturas.
A autora é professora de cursos preparatórios para concursos em MG e BA e procurou trazer toda a sua experiência prática para esse trabalho. E realmente, eu vi retratadas diversas questões de múltipla escolha, diversas redações que não fiz bem serem desmistificadas pelas páginas desta obra. Uma delas, inclusive, de um concurso que fiz. Isso que é atualidade no material!
Ainda que o material em questão seja igualmente fino, como o livro anterior, estamos tratando de um curso que detalha a teoria existente sobre como estudar redação. Além disso, traz comentários sobre o perfil de algumas bancas como o CESPE e a FCC. Isso também é super relevante, pois estamos falando das mais famosas organizadoras de concursos do país!
Para quem não tem a oportunidade de folhear o livro, eu vou dar maiores informações físicas sobre o mesmo. A obra não tem letras tão enormes, mas compensa isso com a parte gráfica muito colorida em verde. A leveza permite que o concurseiro transporte seu material de estudo com conforto. As folhas são de papel grosso. Os títulos dos capítulos estão destacados dentro de quadros verdes e letras brancas para fazer contraste. Sua atenção é captada por causa dos recursos visuais. A capa, por sua vez, é flexível, mas bem aderida às folhas para estas não soltarem.
Para quem o livro é destinado? Bem, pelo que pude perceber, serve para concurseiros que tentam seleções de nível médio e nível superior. Serve para concursos de tribunais e todos os demais que tenham CESPE, FCC (esses principalmente) como organizadoras. Claro que serve para orientação no enfrentamento de outras bancas, mas, para aquelas, serve como luva.
Os temas abordados são: Bases para um boa escrita; Pontos de avaliação; Análise dos Textos I; Análise dos Textos II. Enfim, os capítulos são poucos, mas são mais extensos.
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“Redação para Concursos”
Autor: Renato Aquino
Editora: Impetus.
Edição: 12ª edição, 2010, Niterói
Páginas: 472
ISBN: 978-85-7626-409-5
“Redação para Concursos”
Autor: Renato Aquino
Editora: Impetus.
Edição: 12ª edição, 2010, Niterói
Páginas: 472
ISBN: 978-85-7626-409-5
Esse é outro bestseller concursídico. Não é por outro motivo que, o livro do consagrado autor Renato Aquino chegou à 12ª edição. A obra é tradicional entre concurseiros experientes. É conhecida como o material para massificar o que se estudou. Serve para entrar, nem que seja por osmose, na cabeça o que se aprende na teoria. É um livro que prima pela prática e pela reiteração dos treinos, de modo a internalizar de vez o modus operandi de como fazer uma boa redação.
Não é novidade que o autor é um dos mais bem conceituados no assunto por causa da sua experiência de longos anos com os estudantes para concursos. Além de ser servidor público aposentado na área fiscal, o qual entende como funciona a máquina pública, Renato Aquino também é dono de um currículo invejável. É mestre em Letras (Filologia Românica, berço influenciador de muitos vocábulos nossos). É ex-professor do Colégio Militar do Rio de Janeiro (falou em militarismo, eu logo fico curiosa) e, entre outros cargos já exerceu, autalmente é professor de diversos cursos cariocas.
Renato tem diversas obras publicadas para o público concurseiro. E essa é apenas uma das frentes em que ataca. E o faz bem porque adquiriu sensibilidade para captar quais são as necessidades que seus alunos têm. Ele vai direto ao ponto, sem delongas. O interessante é que o autor procura sempre atualizar seu livro para ficar sempre de acordo com o binômio dificuldade do concurseiro x cobrança das bancas.
Quanto ao conteúdo, seguindo a mesma metodologia do livro de gramática e de interpretação, este é apresentado sem grandes complicações, o que não faz dele, contudo, uma obra superficial. Muito pelo contrário, a dificuldade da matéria é crescente. Tudo isso não é feito por acaso. Como o autor defende, sugiro que se faça os treinos de modo gradual e contínuo para que se assimile definitivamente a matéria e com menor sacrifício (o que não significa menos trabalho). Interessante é que ele faz uma abordagem prática da gramática aplicada à redação, como se verá adiante.
Para quem não tem a oportunidade de dar aquela paquerada no livro, eu vou dar maiores informações físicas sobre o mesmo. A obra é de grossura média, pois não tem letras tão enormes, mas permite que o concurseiro a transporte sem traumas ou dores de coluna com peso na mochila. As folhas são de papel grosso e as letras têm um tamanho médio, variando entre negrito e normal. Os títulos dos capítulos, sim, estes têm fontes bem garrafais que beiram ao exageiro. A capa, por sua vez, é flexível, mas bem aderida às folhas para estas não soltarem.
Para quem o livro é destinado? Bem, pelo que pude perceber, serve para qualquer pessoa que queira escrever melhor. De quebra, serve ao querido público concurseiro que luta por uma vida melhor. Enfim, é um livro-curinga, mas que cumpre o que promete fazer.
Os temas abordados são: acentuação gráfica; emprego de letras; conhecimentos gerais; pronomes relativos; enriquecimento do vocabulário; concordância nominal; temas para redação; concordância verbal; grafia de certas palavras e expressões; transformação de palavras e expressões; regência verbal; emprego do hífen; repetição de palavras e expressões; desfazimento de cacofonias e cacófatos; desfazimento de ambiguidades; crase; divisão silábica; emprego de este, esse, aquele etc.. flexão nominal; formas variantes; denotação e conotação; resumo de textos; flexão verbal; emprego de maiúsculas; descrição; colocação pronominal; narração; eliminação de palavras muito usadas; correção de frases incoerentes; pontuação; abreviação, abreviatura, sigla; dissertação; melhoramento de textos; glossário de dúvidas e dificuldades; masculinos e femininos; superlativos absolutos sintéticos; coletivos; adjetivos e locuções adjetivas; homônimos e parônimos; radicais e prefixos gregos; radicais e prefixos latinos; palavras com o radical grego fobia; conjugação de verbos irregulares; textos para leitura.
Hoje temos o imenso prazer em entrevistar um dos maiores escritores cariocas. Ele sabe brincar, jogar e fazer diversas artemanhas com a nossa língua pátria.Vocês acham que eu perderia a chance desta entrevista? De maneira alguma! Confiram nossa entrevista exclusiva com ANTÔNIO FERNANDO BORGES.
O escritor Antonio Fernando Borges (n. 1954) é bacharel em Comunicação, jornalista, tradutor e professor de Arte da Escrita. Tem larga experiência na construção de conteúdo para sites e na criação de roteiros e material de comunicação corporativa. Publicou o livro de contos Que Fim levou Brodie? (Editora Record, 1996 / Prêmio Nestlé de Literatura de 1997), os romances Braz, Quincas & Cia. (Companhia das Letras, 2002) e Memorial de Buenos Aires (Companhia das Letras, 2006) e o livro didático Não Perca a Prosa (Versal, 2004).
Como você vê a língua portuguesa sendo tratada no sistema educacional atualmente?
Para dizer em poucas palavras: nossa pobre língua portuguesa vem sendo espancada e enxovalhada de todas as formas possíveis… Claro que sempre houve dificuldades com o conhecimento e a prática do idioma - mas era aí que a educação exercia seu papel, colocando as coisas de novo nos trilhos. Mas o problema ficou muito mais grave quando a escola brasileira se tornou cúmplice dessa “decadência cultural” (tanto a rede pública quanto o ensino privado). Entraram em cena os apóstolos do tal “preconceito linguístico”, uma teoria das mais marotas - que acusa de elitismo e discriminação qualquer defesa da norma culta, dos valores tradicionais do uso correto do idioma. Alegam que isso é excluir os “mais humildes”, que supostamente falariam errado. Mas, veja só!, sou de uma época em que até as pessoas mais “humildes”, da chamada periferia, falavam um português bastante correto e se esforçavam para aprender sempre mais - com uma boa-vontade e um empenho que muitos intelectuais e universitários de hoje desconhecem. Alguma coisa de muito errado aconteceu, e foi rápido - porque, afinal, não sou tão velho assim…
Você participa de um movimento de valorização do nosso idioma pátrio. O que o levou a isso?
Tomara que essa preocupação de uns poucos como eu venha a se tornar realmente um movimento! Como romancista (minha vocação) e redator profissional (meu ganha-pão), cansei de ficar lamentando e “chorando minhas pitangas” pelos cantos. Resolvi acender uma vela nesse breu e apostar na claridade. Além do testemunho do uso criativo do português, nos meus livros, resolvi comprar também esta briga. Tornei-me professor, para pôr a mão na massa: tenho dado palestras, aulas particulares e, a partir deste ano, um curso on-line, num site criado especialmente para isso. E estou muito feliz com a repercussão, que tem sido muito boa e estimulante. Digo isso não apenas por mim, em nome de meu sucesso pessoal e profissional: estou pensando no país como um todo. O idioma faz parte do patrimônio cultural de um povo. Falar-escrever bem é um padrão civilizatório. Por isso, costumo dizer (sem medo de estar exagerando) que falar errado é uma falta de modos, equivalente a cuspir no chão!
Antonio Fernando, você é um escritor talentoso e premiado. Sabe prender o leitor com maestria. Quais são os ingredientes que devem ter uma boa redação, sabendo que nossos leitores precisam desenvolver tal habilidade para ter bons resultados em concursos?
Obrigado pelos elogios. Qualquer texto (de uma obra literária a uma redação escolar, ou para concursos) deve ter três virtudes básicas: exatidão na estrutura sintática; clareza no conteúdo; e elegância / beleza no estilo. Depois disso é que entram criatividade, originalidade e as outras bossas. Infelizmente, as pessoas não andam atingindo nem mesmo este mínimo múltiplo comum - por conta dos desvios educacionais de que falei há pouco.
No caso específico de uma redação para concurso, tudo isso pede apenas umas poucas adaptações: a exatidão tem que contar com uma dose de concisão, porque o espaço é limitado; a clareza tem de vir acompanhada de rapidez, porque o tempo é curto e voa, numa prova; já o estilo deve ser atraente para garantir a leitura prazerosa de quem estiver corrigindo (isso é decisivo!), mas deve ser também discreto para não atrapalhar a exposição da ideias e argumentos exigidos pelo tema - que é o que mais importa. O resto é treinamento, exercício, persistência!
Qual a sua opinião a respeito da forma como é cobrada a tríade redação-gramática-interpretação de textos nos concursos? Você entende como um tipo de reducionismo? É uma forma de enaltecer a língua?
O domínio de um idioma rico e tão complexo como o português envolve vários aspectos. E este tripé que você mencionou é mesmo fundamental: a redação demonstra a desenvoltura básica do uso pleno do idioma; a interpretação de textos verifica o raciocínio lógico do candidato, sua capacidade de pensar com clareza e rapidez; e as questões sobre gramática vão testar seu compromisso com o legado do idioma, seu engajamento no uso correto do português. No fim das contas, acho que isto é o mínimo que se pode exigir de um candidato a qualquer cargo ou função: o domínio condizente do idioma. (Na verdade, isso é um dever de qualquer cidadão…)
Deixe uma mensagem para nossos leitores.
O aprendizado do português deve ir muito além do objetivo imediato (bons resultados num concurso, por exemplo). Claro que isso é importante, e pode ser decisivo na vida de uma pessoa. Mas a aventura humana vai muito além: é preciso investir no potencial criador da linguagem, em seu compromisso com a expressão da exatidão, da verdade e da beleza. Porque um idioma nos permite muito mais do que a mera a comunicação com os outros: a linguagem humana também é o poder de cantar em coro, de promulgar leis, de compor versos, de rezar em agradecimento, de fazer um juramento ou uma reivindicação de resolver um problema algébrico, de batizar uma criança… É essa capacidade que nos diferencia, por exemplo, das formigas, rouxinóis ou chimpanzés - que também têm seus códigos de comunicação. O compromisso humano com a palavra é bem mais elevado - o que só aumenta nossa responsabilidade na hora de escrever e de falar.
Quem quiser saber mais sobre isso, e estiver interessado em participar do nosso projeto, pode acessar o site www.artedaescrita.com e conhecer nossos cursos e serviços. O domínio do português faz bem ao país - e também ajuda a passar em concursos.
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Não é novidade que o autor é um dos mais bem conceituados no assunto por causa da sua experiência de longos anos com os estudantes para concursos. Além de ser servidor público aposentado na área fiscal, o qual entende como funciona a máquina pública, Renato Aquino também é dono de um currículo invejável. É mestre em Letras (Filologia Românica, berço influenciador de muitos vocábulos nossos). É ex-professor do Colégio Militar do Rio de Janeiro (falou em militarismo, eu logo fico curiosa) e, entre outros cargos já exerceu, autalmente é professor de diversos cursos cariocas.
Renato tem diversas obras publicadas para o público concurseiro. E essa é apenas uma das frentes em que ataca. E o faz bem porque adquiriu sensibilidade para captar quais são as necessidades que seus alunos têm. Ele vai direto ao ponto, sem delongas. O interessante é que o autor procura sempre atualizar seu livro para ficar sempre de acordo com o binômio dificuldade do concurseiro x cobrança das bancas.
Quanto ao conteúdo, seguindo a mesma metodologia do livro de gramática e de interpretação, este é apresentado sem grandes complicações, o que não faz dele, contudo, uma obra superficial. Muito pelo contrário, a dificuldade da matéria é crescente. Tudo isso não é feito por acaso. Como o autor defende, sugiro que se faça os treinos de modo gradual e contínuo para que se assimile definitivamente a matéria e com menor sacrifício (o que não significa menos trabalho). Interessante é que ele faz uma abordagem prática da gramática aplicada à redação, como se verá adiante.
Para quem não tem a oportunidade de dar aquela paquerada no livro, eu vou dar maiores informações físicas sobre o mesmo. A obra é de grossura média, pois não tem letras tão enormes, mas permite que o concurseiro a transporte sem traumas ou dores de coluna com peso na mochila. As folhas são de papel grosso e as letras têm um tamanho médio, variando entre negrito e normal. Os títulos dos capítulos, sim, estes têm fontes bem garrafais que beiram ao exageiro. A capa, por sua vez, é flexível, mas bem aderida às folhas para estas não soltarem.
Para quem o livro é destinado? Bem, pelo que pude perceber, serve para qualquer pessoa que queira escrever melhor. De quebra, serve ao querido público concurseiro que luta por uma vida melhor. Enfim, é um livro-curinga, mas que cumpre o que promete fazer.
Os temas abordados são: acentuação gráfica; emprego de letras; conhecimentos gerais; pronomes relativos; enriquecimento do vocabulário; concordância nominal; temas para redação; concordância verbal; grafia de certas palavras e expressões; transformação de palavras e expressões; regência verbal; emprego do hífen; repetição de palavras e expressões; desfazimento de cacofonias e cacófatos; desfazimento de ambiguidades; crase; divisão silábica; emprego de este, esse, aquele etc.. flexão nominal; formas variantes; denotação e conotação; resumo de textos; flexão verbal; emprego de maiúsculas; descrição; colocação pronominal; narração; eliminação de palavras muito usadas; correção de frases incoerentes; pontuação; abreviação, abreviatura, sigla; dissertação; melhoramento de textos; glossário de dúvidas e dificuldades; masculinos e femininos; superlativos absolutos sintéticos; coletivos; adjetivos e locuções adjetivas; homônimos e parônimos; radicais e prefixos gregos; radicais e prefixos latinos; palavras com o radical grego fobia; conjugação de verbos irregulares; textos para leitura.
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Hoje temos o imenso prazer em entrevistar um dos maiores escritores cariocas. Ele sabe brincar, jogar e fazer diversas artemanhas com a nossa língua pátria.Vocês acham que eu perderia a chance desta entrevista? De maneira alguma! Confiram nossa entrevista exclusiva com ANTÔNIO FERNANDO BORGES.
O escritor Antonio Fernando Borges (n. 1954) é bacharel em Comunicação, jornalista, tradutor e professor de Arte da Escrita. Tem larga experiência na construção de conteúdo para sites e na criação de roteiros e material de comunicação corporativa. Publicou o livro de contos Que Fim levou Brodie? (Editora Record, 1996 / Prêmio Nestlé de Literatura de 1997), os romances Braz, Quincas & Cia. (Companhia das Letras, 2002) e Memorial de Buenos Aires (Companhia das Letras, 2006) e o livro didático Não Perca a Prosa (Versal, 2004).
Como você vê a língua portuguesa sendo tratada no sistema educacional atualmente?
Para dizer em poucas palavras: nossa pobre língua portuguesa vem sendo espancada e enxovalhada de todas as formas possíveis… Claro que sempre houve dificuldades com o conhecimento e a prática do idioma - mas era aí que a educação exercia seu papel, colocando as coisas de novo nos trilhos. Mas o problema ficou muito mais grave quando a escola brasileira se tornou cúmplice dessa “decadência cultural” (tanto a rede pública quanto o ensino privado). Entraram em cena os apóstolos do tal “preconceito linguístico”, uma teoria das mais marotas - que acusa de elitismo e discriminação qualquer defesa da norma culta, dos valores tradicionais do uso correto do idioma. Alegam que isso é excluir os “mais humildes”, que supostamente falariam errado. Mas, veja só!, sou de uma época em que até as pessoas mais “humildes”, da chamada periferia, falavam um português bastante correto e se esforçavam para aprender sempre mais - com uma boa-vontade e um empenho que muitos intelectuais e universitários de hoje desconhecem. Alguma coisa de muito errado aconteceu, e foi rápido - porque, afinal, não sou tão velho assim…
Você participa de um movimento de valorização do nosso idioma pátrio. O que o levou a isso?
Tomara que essa preocupação de uns poucos como eu venha a se tornar realmente um movimento! Como romancista (minha vocação) e redator profissional (meu ganha-pão), cansei de ficar lamentando e “chorando minhas pitangas” pelos cantos. Resolvi acender uma vela nesse breu e apostar na claridade. Além do testemunho do uso criativo do português, nos meus livros, resolvi comprar também esta briga. Tornei-me professor, para pôr a mão na massa: tenho dado palestras, aulas particulares e, a partir deste ano, um curso on-line, num site criado especialmente para isso. E estou muito feliz com a repercussão, que tem sido muito boa e estimulante. Digo isso não apenas por mim, em nome de meu sucesso pessoal e profissional: estou pensando no país como um todo. O idioma faz parte do patrimônio cultural de um povo. Falar-escrever bem é um padrão civilizatório. Por isso, costumo dizer (sem medo de estar exagerando) que falar errado é uma falta de modos, equivalente a cuspir no chão!
Antonio Fernando, você é um escritor talentoso e premiado. Sabe prender o leitor com maestria. Quais são os ingredientes que devem ter uma boa redação, sabendo que nossos leitores precisam desenvolver tal habilidade para ter bons resultados em concursos?
Obrigado pelos elogios. Qualquer texto (de uma obra literária a uma redação escolar, ou para concursos) deve ter três virtudes básicas: exatidão na estrutura sintática; clareza no conteúdo; e elegância / beleza no estilo. Depois disso é que entram criatividade, originalidade e as outras bossas. Infelizmente, as pessoas não andam atingindo nem mesmo este mínimo múltiplo comum - por conta dos desvios educacionais de que falei há pouco.
No caso específico de uma redação para concurso, tudo isso pede apenas umas poucas adaptações: a exatidão tem que contar com uma dose de concisão, porque o espaço é limitado; a clareza tem de vir acompanhada de rapidez, porque o tempo é curto e voa, numa prova; já o estilo deve ser atraente para garantir a leitura prazerosa de quem estiver corrigindo (isso é decisivo!), mas deve ser também discreto para não atrapalhar a exposição da ideias e argumentos exigidos pelo tema - que é o que mais importa. O resto é treinamento, exercício, persistência!
Qual a sua opinião a respeito da forma como é cobrada a tríade redação-gramática-interpretação de textos nos concursos? Você entende como um tipo de reducionismo? É uma forma de enaltecer a língua?
O domínio de um idioma rico e tão complexo como o português envolve vários aspectos. E este tripé que você mencionou é mesmo fundamental: a redação demonstra a desenvoltura básica do uso pleno do idioma; a interpretação de textos verifica o raciocínio lógico do candidato, sua capacidade de pensar com clareza e rapidez; e as questões sobre gramática vão testar seu compromisso com o legado do idioma, seu engajamento no uso correto do português. No fim das contas, acho que isto é o mínimo que se pode exigir de um candidato a qualquer cargo ou função: o domínio condizente do idioma. (Na verdade, isso é um dever de qualquer cidadão…)
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O aprendizado do português deve ir muito além do objetivo imediato (bons resultados num concurso, por exemplo). Claro que isso é importante, e pode ser decisivo na vida de uma pessoa. Mas a aventura humana vai muito além: é preciso investir no potencial criador da linguagem, em seu compromisso com a expressão da exatidão, da verdade e da beleza. Porque um idioma nos permite muito mais do que a mera a comunicação com os outros: a linguagem humana também é o poder de cantar em coro, de promulgar leis, de compor versos, de rezar em agradecimento, de fazer um juramento ou uma reivindicação de resolver um problema algébrico, de batizar uma criança… É essa capacidade que nos diferencia, por exemplo, das formigas, rouxinóis ou chimpanzés - que também têm seus códigos de comunicação. O compromisso humano com a palavra é bem mais elevado - o que só aumenta nossa responsabilidade na hora de escrever e de falar.
Quem quiser saber mais sobre isso, e estiver interessado em participar do nosso projeto, pode acessar o site www.artedaescrita.com e conhecer nossos cursos e serviços. O domínio do português faz bem ao país - e também ajuda a passar em concursos.
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As dicas sao excelentes. Vou comprar um dos exemplares.
Obrigada, JR.
Espero mesmo ter conseguido contribuir para a melhora dos estudos de todos.
Raquel Monteiro
Obrigado pelas dicas!
Obrigado pelas dicas, me ajudou bastante.