ENTRE BRITADEIRAS E FERRAMENTAS

Durma-se com um barulho desses”. Melhor, estude-se com um barulho desses!

Começo de mês e uma reforma se instalou no condomínio onde moro. Os pedreiros terão de verificar toda a parte hidráulica dos quintais do térreo, impermeabilizar e fazer as reformas necessárias. Para tanto, todo o piso deverá ser arrancado. Todo. E são quatro os apartamentos do térreo que passarão pela mesma obra. E com isso o delicado som da quebradeira, da britadeira e da pancadaria, que dilacera as pedras, se espalha por todo o quarteirão! E lá se pode ir uma manhã de estudo tranquila…

O grande problema da dispersão para se concentrar nos estudos advém de fatores preponderantemente externos, já sabemos disso. É o telefone que toca, a campainha, os ruídos da televisão da sala, parece que tudo conspira para que não haja concentração do concurseiro. Um barulho que toma a casa toda é, de fato, um problema significativo. Como evitá-lo, e ainda assim conseguir bom desempenho nos estudos?

Basicamente proponho três soluções:

1. Protetor auricular. É um dos meios dispersantes de ruído mais conhecidos e, também, mais apreciados para quem – alega-se – quer evitar barulho. O problema, contrariamente a isso, é que ele não evita o barulho, e sim o atenua. Ele é usado não para eliminar o som de um tiro, por exemplo, mas para abafá-lo, e não tem o poder de fazer a pessoa ficar imune ao som de uma britadeira.

2. Ouvir música. A vantagem é estudar com mais prazer, dedicação, e com isso minimiza-se a interferência de barulho fora do ambiente. Seja através de fones de ouvido, seja por meio de aparelho de som, a música pode ajudar na concentração, conquanto bem escolhida. A desvantagem é se ela tiver letra, especialmente em português, que dificulte a assimilação das informações que estão sendo lidas no material de estudo, e pode dispersar se fizer a pessoa se “desligar” de seus afazeres.

3. Deslocar-se para outro lugar mais tranquilo. Uma biblioteca, um parque sem muita movimentação, o cômodo na casa de um parente: todos esses podem ser ambientes com acolhida significativa para o concurseiro. A desvantagem é justamente o tempo que se perde para efetuar o deslocamento, que poderia ser usado para um estudo mais aprofundado.

Outras soluções podem ser igualmente propostas, adotadas e divulgadas, naturalmente, pois a criatividade de um concurseiro não tem limites, quando seu propósito é firme em agir rumo à investidura. Particularmente, sugiro a audição de música, já comprovada como eficaz para evitar a dispersão durante os estudos, desde que feita em volume e ritmo adequados.

Em verdade, nenhum ambiente de estudo é imune a ruídos – ainda mais de britadeiras e instrumentos que quebram pedras –, mas cabe ao concurseiro sério e prudente escolher os meios adequados para que seu estudo e rendimento não sejam seriamente comprometidos, afetados, e lhe causem obstáculo para sua aprovação.

RESUMO DA ÓPERA - Ao enfrentar ambientes com acústica desfavorável à concentração, procure adotar um meio para estudar, mesmo que em meio a dificuldades de se adaptar.

CLEBER OLYMPIO, concurseiro que estuda, mesmo que tenha de se adaptar a sons de reformas.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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