"Cada cabeça, uma sentença"

Semana passada publiquei um artigo de minha autoria entitulado "A vida passa mesmo, então estude!" (clique aqui para ler) e a repercussão foi maior, bem maior do que eu esperava.

Nesse artigo falava, basicamente, que concurseiros não devem lamentar movidos pela inveja (branca, cinza ou negra) de quem não estuda para concursos públicos e aproveita os feriadões como o da semana passada para viajar, se divertir, desacansar, farrear, churrasquerar e outros tantos "ar" tão agradáveis que são vedados para quem se propõe a estudar sério para concursos públicos, mesmo porque o tempo passa, rápido e inexoravelmente, e tempo perdido e maior demora para passar em concursos públicos.

Recebemos vários emails de concurseiros que se sentiram alfinetados por diferentes motivos:

- Porque acharam que eu estava me me dirigindo a quem resolve tirar alguns dias de descanso para repor as energias;

- Porque acharam que eu condenava quem se deixava levar pela sedução dos prazeres nada concursídicos do feriadão;

- Porque acharam que eu puxava a orelha de quem leva um pouco mais de tempo que a média para passar em concursos públicos;

- Porque acharam que eu fui franco demais, que deveria ser mais diplomático.

Pois bem, analisemos um pouco do porque desse artigo ter levantado tanta poeira.

Já repeti em outros artigos publicados aqui o que a sabedoria popular prega a séculos, de que é muito mais fácil enganar aos outros que a nós mesmos. E, convenhamos, se alguém quiser enganar aos outros de que estudam sério para concursos públicos sem realmente fazer isso, com um pouco de olhar sério e atitude teatral podem fazer isso facilmente. Os mais talentosos nessa "arte" enganam aos pais, parentes, irmão, amigos, colegas, professores de cursinho, até ao Papa. Agora, só não conseguem enganar a si mesmos, pois no fundo sabem que são uma fraude, uma enganação, tão verdadeiros quanto céduas de R$25. E uma característica interessante de quem faz isso é a aversão de ser confrontado com o fato, o qual nega peremptoriamente praticar.

Só que também temos de levar em consideração a famosa "paranóia de concurseiro". Você não sabe o que é isso? Vejamos.

"Paranóia é um termo utilizado por especialistas em saúde metal para descrever desconfiança ou suspeita altamente exagerada ou injustificada."

Já a "paranóia concurseira" é a desconfiança ou suspeita altamente exagarada ou mesmo injustificada de que o concurseiros não está estudando como e o quanto devia, de que está está estudando de forma séria suficiente para garantir a vitória na guerra dos concursos públicos.

Ou seja, é fato que parte dos concurseiros que se sentiram incomodados com esse artigo estão de alguma forma e em alguma proporção enganando aos outros e o incômodo tem origem na confrontação do que leram e o que praticam, algo que deixou claro o erro que cometem. A outra parte são de concurseiros sérios, tão sério que chegam a ser paranóicos.

RESUMO DA ÓPERA - Outra máxima popular muito famosa, a "Cada cabeça, uma sentença" cabe como uma luva no assunto tratado nesse artigo, ou seja, um mesmo artigo que incomodou vários concurseiros fez isso por motivos diferentes, para alguns foi a confrontação com a fábula que criaram para enganar outros e que no fundo os incomoda ... para outros atiçou uma paranóia que não é muito saudável. Se você sentiu-se incomodado pelo primeiro motivo fica a pergunta, vale a pena manter uma ilusão que uma hora ou outra se desfará com graves consequência? Se você sentiu-se incomodado pelo segundo motivo, trate dessa paranóia, urgentemente.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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