Concurserios Paraquedistas
09:46
Concurseiro Solitario
,
3 Comments
INSCRITOS: 105.000. VAGAS: 360
Assusta, não assusta?
Do total de inscritos, apenas 0,3428 % teriam chances “quase” que garantidas a uma vaga no concurso TJ-SP realizado em junho de 2007.
Vamos melhorar estes números e provar que Catraca de Canhão não é o mesmo que Conhaque de Alcatrão.
Os números acima se referem apenas à Comarca da Capital de São Paulo, se levássemos em conta a Grande São Paulo e Interior, teríamos pelo menos uns 300.000 inscritos para umas 500 vagas, o que significariam 0,166666 % de candidatos aptos a exercerem o cargo pleiteado, isto se depois desta prova passassem também pela prova prática de “digitação”, que por incrível que pareça, deixa muita gente boa de fora do pleito.
Lembro que em meu primeiro concurso, ao chegar ao local da prova me assustei com a quantidade de pessoas à espera da abertura dos portões, uma multidão de gente!
Confesso que dos cinco concursos que prestei até hoje, sempre me assustava com a quantidade de pessoas, mesmo no último que logrei êxito e me tornou um Servidor (esse TJ-SP aí de cima). Lembro até hoje, eu, nos altos dos meus 41 anos, encostado na parede da Uninove Vergueiro, fumando meu cigarrinho enquanto olhava aquela multidão de gente subindo as escadas rumo às salas de prova. Era gente que não acabava mais, o posto de gasolina da esquina teve de fechar e passou a atender apenas a massa que ia atrás de guloseimas e salgadinhos.
Para aqueles que costumam se assustar com o número de inscritos como eu, só tenho uma coisa a dizer, relaxa e goza.
O Buraco é mais embaixo.
Se você tiver estudado um pouco, com certeza já terá desbancado metade desta turma (mas não resolverá seu problema). Se você foi um pouco além e estudou mais, estará dente os 25% mais próximos das vagas que ficaram de fora (mas ainda não resolveu seu problema). Agora, se você estudou de verdade, se organizou, planejou, fez exercícios (provas anteriores), se preparou para as cinco horas sentadas na cadeira (chocolate, banana, dormiu bem, fluidificou o organismo etc.), com certeza você estará dentro dos 5% que realmente estão lutando por uma das vagas (agora sim, próximo a resolver seu problema).
Explico o porquê.
Sempre que abre um concurso daquele “do BOM”, é a maior correria. O tio liga para o sobrinho, a mãe avisa o vizinho, e o vozinho alerta a netinha “Eu lembro que o amigo de meu pai prestou e passou num concurso desse e hoje estaria bem se ainda estivesse vivo, vai lá que você consegue!”
Lá vai o mais novo paraquedista procurar os livros que o ajudarão a passar no concurso.
Dentre eles a Constituição de 1967. É quando alguém da família alerta “está desatualizada”, pega essa que é a última “1988”. Lá vai ele com o Livrão publicado em 1989 e a “revisão” publicada em outubro de 1993 (como previa a CF 88, após cinco anos ocorreria uma revisão).
Pode parecer exagero, mas é mais ou menos assim que acontece na prática, não é culpa do recém predestinado à vida de concurseiro, muito menos daqueles que tentam ajudá-lo.
A grande maioria dos que prestam concursos atira no escuro, e isso ocorre por diversos motivos.
Uns arriscam a “sorte”, nesse caso garanto que é mais provável ganhar na Megasena do que passar em um concurso sem estudar.
Outros acham que dando uma “lidinha” e com a recém formação obtida na escola particular vai obter a vaga na boa.
Mais alguns e chegamos àquele que por obter formação “na área”, vai conseguir a vaguinha de forma fácil.
Em resumo, poderia elencar aqui uma séria de situações.
95% dos que prestam concursos são paraquedistas de plantão, nem sabem direito por que estão lá. 5% posso dizer que estarão concorrendo plenamente às vagas, talvez este número eleve-se um pouco no tocante a concursos de níveis superiores, mas mesmo assim, não muito.
Por isso vemos tanta gente despreparada concorrendo sem ao menos saber o material que devem levar, normalmente compram apostilas de banca de jornal e leem apenas aquilo que conseguem entender. No dia da prova, vemos alguns estudando freneticamente como se aquele estudo de última hora fosse resolver, e, para piorar, levam algumas anotações em papel de pão (é verdade, eu vi !).
Gente, a verdade é uma só: Branco não é preto e preto não é branco, assim como quadrado não é redondo e redondo não é quadrado.
Garanto: Se você estudar de forma correta, organizada e disciplinada, não demorará muito a lograr êxito como eu e muitos mais obtiveram, e, ainda pretendo obter em outros.
Resumo da ópera - No concurso acima, se descontarmos os “paraquedistas” e aqueles que pouco estudaram, que estão arriscando a sorte e mesmo aqueles que foram porque os pais pegam muito no pé, sobrariam uns 5.000 candidatos que estariam concorrendo entre si. Digo mais, este tipo de concurso e outros selecionam por volta de 3.000 para a 2ª. Etapa (digitação), onde muitos não se classificarão (assim como não se classificaram mesmo, por vários motivos como nervosismo, relaxo, falta de treino etc...).
E olha só que legal: Apesar da quantidade de vagas no Edital (360), na verdade eles já nomearam 1.100 candidatos em um ano de validade. Infelizmente nem todos os concursos nomeiam bastante, mas há sim os que nomeiam como o TJ, TRT, CEF etc...
O negócio é se inteirar!
Assusta, não assusta?
Do total de inscritos, apenas 0,3428 % teriam chances “quase” que garantidas a uma vaga no concurso TJ-SP realizado em junho de 2007.
Vamos melhorar estes números e provar que Catraca de Canhão não é o mesmo que Conhaque de Alcatrão.
Os números acima se referem apenas à Comarca da Capital de São Paulo, se levássemos em conta a Grande São Paulo e Interior, teríamos pelo menos uns 300.000 inscritos para umas 500 vagas, o que significariam 0,166666 % de candidatos aptos a exercerem o cargo pleiteado, isto se depois desta prova passassem também pela prova prática de “digitação”, que por incrível que pareça, deixa muita gente boa de fora do pleito.
Lembro que em meu primeiro concurso, ao chegar ao local da prova me assustei com a quantidade de pessoas à espera da abertura dos portões, uma multidão de gente!
Confesso que dos cinco concursos que prestei até hoje, sempre me assustava com a quantidade de pessoas, mesmo no último que logrei êxito e me tornou um Servidor (esse TJ-SP aí de cima). Lembro até hoje, eu, nos altos dos meus 41 anos, encostado na parede da Uninove Vergueiro, fumando meu cigarrinho enquanto olhava aquela multidão de gente subindo as escadas rumo às salas de prova. Era gente que não acabava mais, o posto de gasolina da esquina teve de fechar e passou a atender apenas a massa que ia atrás de guloseimas e salgadinhos.
Para aqueles que costumam se assustar com o número de inscritos como eu, só tenho uma coisa a dizer, relaxa e goza.
O Buraco é mais embaixo.
Se você tiver estudado um pouco, com certeza já terá desbancado metade desta turma (mas não resolverá seu problema). Se você foi um pouco além e estudou mais, estará dente os 25% mais próximos das vagas que ficaram de fora (mas ainda não resolveu seu problema). Agora, se você estudou de verdade, se organizou, planejou, fez exercícios (provas anteriores), se preparou para as cinco horas sentadas na cadeira (chocolate, banana, dormiu bem, fluidificou o organismo etc.), com certeza você estará dentro dos 5% que realmente estão lutando por uma das vagas (agora sim, próximo a resolver seu problema).
Explico o porquê.
Sempre que abre um concurso daquele “do BOM”, é a maior correria. O tio liga para o sobrinho, a mãe avisa o vizinho, e o vozinho alerta a netinha “Eu lembro que o amigo de meu pai prestou e passou num concurso desse e hoje estaria bem se ainda estivesse vivo, vai lá que você consegue!”
Lá vai o mais novo paraquedista procurar os livros que o ajudarão a passar no concurso.
Dentre eles a Constituição de 1967. É quando alguém da família alerta “está desatualizada”, pega essa que é a última “1988”. Lá vai ele com o Livrão publicado em 1989 e a “revisão” publicada em outubro de 1993 (como previa a CF 88, após cinco anos ocorreria uma revisão).
Pode parecer exagero, mas é mais ou menos assim que acontece na prática, não é culpa do recém predestinado à vida de concurseiro, muito menos daqueles que tentam ajudá-lo.
A grande maioria dos que prestam concursos atira no escuro, e isso ocorre por diversos motivos.
Uns arriscam a “sorte”, nesse caso garanto que é mais provável ganhar na Megasena do que passar em um concurso sem estudar.
Outros acham que dando uma “lidinha” e com a recém formação obtida na escola particular vai obter a vaga na boa.
Mais alguns e chegamos àquele que por obter formação “na área”, vai conseguir a vaguinha de forma fácil.
Em resumo, poderia elencar aqui uma séria de situações.
95% dos que prestam concursos são paraquedistas de plantão, nem sabem direito por que estão lá. 5% posso dizer que estarão concorrendo plenamente às vagas, talvez este número eleve-se um pouco no tocante a concursos de níveis superiores, mas mesmo assim, não muito.
Por isso vemos tanta gente despreparada concorrendo sem ao menos saber o material que devem levar, normalmente compram apostilas de banca de jornal e leem apenas aquilo que conseguem entender. No dia da prova, vemos alguns estudando freneticamente como se aquele estudo de última hora fosse resolver, e, para piorar, levam algumas anotações em papel de pão (é verdade, eu vi !).
Gente, a verdade é uma só: Branco não é preto e preto não é branco, assim como quadrado não é redondo e redondo não é quadrado.
Garanto: Se você estudar de forma correta, organizada e disciplinada, não demorará muito a lograr êxito como eu e muitos mais obtiveram, e, ainda pretendo obter em outros.
Resumo da ópera - No concurso acima, se descontarmos os “paraquedistas” e aqueles que pouco estudaram, que estão arriscando a sorte e mesmo aqueles que foram porque os pais pegam muito no pé, sobrariam uns 5.000 candidatos que estariam concorrendo entre si. Digo mais, este tipo de concurso e outros selecionam por volta de 3.000 para a 2ª. Etapa (digitação), onde muitos não se classificarão (assim como não se classificaram mesmo, por vários motivos como nervosismo, relaxo, falta de treino etc...).
E olha só que legal: Apesar da quantidade de vagas no Edital (360), na verdade eles já nomearam 1.100 candidatos em um ano de validade. Infelizmente nem todos os concursos nomeiam bastante, mas há sim os que nomeiam como o TJ, TRT, CEF etc...
O negócio é se inteirar!
Jorge Luiz Inácio continua sendo concurseiro apesar de já estar empossado em um cargo público.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
Pior...é duro, mas às vezes dá vontade de rir, dá um pouco de dó, não sei...Não lêem nem o edital direito e querem passar...ainda bem que não passam. Isso sim é justiça!
Go estudar!
Eu sou uma revoltada com esse concurso, na Comarca de Santos a concorrência foi o dobro da capital( mais de 900 candidatos por vaga) e não nomearam nem as 22 vagas oferecidas, enquanto na capital já nomearam 1100? É uma falta de respeito com os fóruns da Baixada e de outros lugares, o pior é que eu que passei para lá de 1400 na capital corro o risco de ser nomeada longe de casa quando me matei para passar aqui e esqueceram de nós... Precisava desabafar!!!!
Que texto excelente, hein?!
É como colírio para os olhos! :)
Foi muito sensato da sua parte apontar que o bicho de 20 cabeças possui, na verdade, 7 cabeças.
Parabéns pelo artigo!