Sobre o local de Provas
Um das coisas que sempre me preocupa um pouco é o local de prova. Este aspecto pode fazer uma pequena diferença para alguns na guerra dos concursos, e nesse ramo a diferença entre uma boa e uma má colocação está nos detalhes.
Geralmente sou enviado para fazer provas em universidades particulares ou públicas. E, após algumas provas em locais diferentes, concluí que as cadeiras entre elas podem variar bastante. Em certas universidades, as cadeiras são amplas e confortáveis, permitindo que as provas sejam feitas confortavelmente. Fiz algumas provas em universidades com boas cadeiras e acho que esse detalhe passou despercebido (como um arbitro de futebol que apita corretamente o jogo todo), pois nunca reclamei antes.
Mas, e quando as cadeiras são desconfortáveis? Pequenas cadeiras em salas lotadas de candidatos... (não vou discutir a situação de nosso Sistema de Educação e o sucateamento das instituições de ensino hoje, este não é o objetivo deste texto).
Recentemente fui fazer a prova do Ministério da Justiça no dia 6 de Setembro - para o cargo de Analista Técnico-Administrativo - para avaliar meus conhecimentos em algumas disciplinas e ganhar mais experiências em concursos públicos (a banca da prova foi a FUNRIO). Fiz a prova na Faculdade Nacional de Direito no Centro da Cidade do Rio de Janeiro. Esta faculdade é um prédio bastante antigo, e suas cadeiras, pelo que pude observar quando me dirigia à sala, eram na sua maioria do tipo que você veem abaixo:
Chegando lá, fui para minha sala e tive uma má impressão quanto ao meu conforto no momento em que sentei na cadeira designada para mim. Tenho 1,80 m de altura e estou um pouco acima do peso, mas nada que seja considerado um obeso ou que já tivesse me atrapalhado antes. Ao sentar na cadeira, vi que não conseguiria manter as pernas esticadas durante a prova, pois as cadeiras estavam muito juntas umas das outras e esticando-as eu estaria batendo na cadeira do candidato a minha frente. Além disso, minhas pernas não conseguiam ficar bem posicionadas em relação ao eixo do meu tronco, devido a barra de ferro lateral que unia a cadeira a mesa, indicada na figura:
Pois enquanto meu tronco apontava para frente, meu quadril ficava levemente virado para a esquerda. Como era uma cadeira relativamente baixa, meus joelhos ficavam acima da minha linha de cintura, evitando distribuir meu peso pela parte posterior das coxas e glúteos, posição, na minha opinião, mais confortável para longos períodos sentado. Ficar nessa situação por 4 horas foi muito complicado, pois decorridas 2 horas de prova o desconforto começou a se manifestar fisicamente. As pernas estavam precisando de uma nova posição, e acho que a circulação de sangue estava prejudicada. Como era peqeuno meu espaço de “manobra”, poucas novas posições mostravam-se úteis. E isso começou a influenciar minha concentração. Em provas longas isso pode ser um fato negativo no desempenho do candidato. Terminando a prova discursiva, ainda restava a Redação. E foi necessário acenar para o fiscal para que eu pudesse esticar meu corpo enquanto me dirigia ao banheiro (nem por vontade de usá-lo, foi mais pela caminhada e prazer de sair daquela posição). Enfim, quem estuda muito tempo numa cadeira, sabe o quanto é complicado sentar numa cadeira desconfortável, sem acolchoamento, sem espaço para “manobrar” o corpo. Por questão de curiosidade, medi a distância entre os dois vértices da cadeira indicados pela linha vermelha da foto:
Esta distância corresponde a duas canetas BIC tampadas mais uma tampa. (Sim, eu medi para ter a noção mais exata do desconforto que essa cadeira me causou durante a prova). Nem preciso falar de como minhas costas ficaram com aquele encosto.
Sem falar o calor que senti durante a prova devido ao clima quente e úmido na cidade nesse dia. Estava eu vestindo uma calça jeans inadequada ao lugar.
A cadeira gerou um desconforto em mim durante as últimas 2 horas da prova. Não cheguei a perceber dificuldades por parte dos outros candidatos, mas, no meu caso, este detalhe “quase” fez a diferença. Terminei a prova satisfeito com o que fiz.
Resumo da ópera - Mas enfim, esse texto serve para informar aos colegas de prova que coisas assim acontecem e que podemos contorná-las, ou pedindo ao fiscal para trocar de lugar caso existam cadeira diferentes vagas na sala (fiz isso na prova da CESPE para a ANAC por exemplo quando um candidato saiu, vagando um lugar melhor que o meu após 2 horas e meia de prova), ou pedindo aquela estratégica “ida” ao banheiro para se alongar e fazer o sangue circular pelo corpo por alguns minutos (sem desconcentrar-se da prova). Fui três vezes ao banheiro sem nenhuma vergonha ou acanhamento.
Isso me lembra quanto é importante ir aos lugares da realização da prova antes, e conhecer o ambiente. Evitando infortuitos. Teria colocado uma roupa mais adequada ao lugar (bermuda e camisa) e saberia tudo de antemão. A cadeira provavelmente seria a mesma mas eu estaria psicologicamente mais preparado. Enfim concurseiro tem que estar preparado para coisas assim. Afinal, somos como espartanos numa guerra onde não podemos abaixar guarda para as dificuldades, das grandes às passageiras como essa. Espero que vocês nunca precisem passar por isso que passei depois de lerem até aqui. E obrigado pela atenção.
E com disse Albert Einstein, “Nos momentos de crise, só a inspiração é mais importante que o conhecimento”.
Geralmente sou enviado para fazer provas em universidades particulares ou públicas. E, após algumas provas em locais diferentes, concluí que as cadeiras entre elas podem variar bastante. Em certas universidades, as cadeiras são amplas e confortáveis, permitindo que as provas sejam feitas confortavelmente. Fiz algumas provas em universidades com boas cadeiras e acho que esse detalhe passou despercebido (como um arbitro de futebol que apita corretamente o jogo todo), pois nunca reclamei antes.
Mas, e quando as cadeiras são desconfortáveis? Pequenas cadeiras em salas lotadas de candidatos... (não vou discutir a situação de nosso Sistema de Educação e o sucateamento das instituições de ensino hoje, este não é o objetivo deste texto).
Recentemente fui fazer a prova do Ministério da Justiça no dia 6 de Setembro - para o cargo de Analista Técnico-Administrativo - para avaliar meus conhecimentos em algumas disciplinas e ganhar mais experiências em concursos públicos (a banca da prova foi a FUNRIO). Fiz a prova na Faculdade Nacional de Direito no Centro da Cidade do Rio de Janeiro. Esta faculdade é um prédio bastante antigo, e suas cadeiras, pelo que pude observar quando me dirigia à sala, eram na sua maioria do tipo que você veem abaixo:
Chegando lá, fui para minha sala e tive uma má impressão quanto ao meu conforto no momento em que sentei na cadeira designada para mim. Tenho 1,80 m de altura e estou um pouco acima do peso, mas nada que seja considerado um obeso ou que já tivesse me atrapalhado antes. Ao sentar na cadeira, vi que não conseguiria manter as pernas esticadas durante a prova, pois as cadeiras estavam muito juntas umas das outras e esticando-as eu estaria batendo na cadeira do candidato a minha frente. Além disso, minhas pernas não conseguiam ficar bem posicionadas em relação ao eixo do meu tronco, devido a barra de ferro lateral que unia a cadeira a mesa, indicada na figura:
Pois enquanto meu tronco apontava para frente, meu quadril ficava levemente virado para a esquerda. Como era uma cadeira relativamente baixa, meus joelhos ficavam acima da minha linha de cintura, evitando distribuir meu peso pela parte posterior das coxas e glúteos, posição, na minha opinião, mais confortável para longos períodos sentado. Ficar nessa situação por 4 horas foi muito complicado, pois decorridas 2 horas de prova o desconforto começou a se manifestar fisicamente. As pernas estavam precisando de uma nova posição, e acho que a circulação de sangue estava prejudicada. Como era peqeuno meu espaço de “manobra”, poucas novas posições mostravam-se úteis. E isso começou a influenciar minha concentração. Em provas longas isso pode ser um fato negativo no desempenho do candidato. Terminando a prova discursiva, ainda restava a Redação. E foi necessário acenar para o fiscal para que eu pudesse esticar meu corpo enquanto me dirigia ao banheiro (nem por vontade de usá-lo, foi mais pela caminhada e prazer de sair daquela posição). Enfim, quem estuda muito tempo numa cadeira, sabe o quanto é complicado sentar numa cadeira desconfortável, sem acolchoamento, sem espaço para “manobrar” o corpo. Por questão de curiosidade, medi a distância entre os dois vértices da cadeira indicados pela linha vermelha da foto:
Esta distância corresponde a duas canetas BIC tampadas mais uma tampa. (Sim, eu medi para ter a noção mais exata do desconforto que essa cadeira me causou durante a prova). Nem preciso falar de como minhas costas ficaram com aquele encosto.
Sem falar o calor que senti durante a prova devido ao clima quente e úmido na cidade nesse dia. Estava eu vestindo uma calça jeans inadequada ao lugar.
A cadeira gerou um desconforto em mim durante as últimas 2 horas da prova. Não cheguei a perceber dificuldades por parte dos outros candidatos, mas, no meu caso, este detalhe “quase” fez a diferença. Terminei a prova satisfeito com o que fiz.
Resumo da ópera - Mas enfim, esse texto serve para informar aos colegas de prova que coisas assim acontecem e que podemos contorná-las, ou pedindo ao fiscal para trocar de lugar caso existam cadeira diferentes vagas na sala (fiz isso na prova da CESPE para a ANAC por exemplo quando um candidato saiu, vagando um lugar melhor que o meu após 2 horas e meia de prova), ou pedindo aquela estratégica “ida” ao banheiro para se alongar e fazer o sangue circular pelo corpo por alguns minutos (sem desconcentrar-se da prova). Fui três vezes ao banheiro sem nenhuma vergonha ou acanhamento.
Isso me lembra quanto é importante ir aos lugares da realização da prova antes, e conhecer o ambiente. Evitando infortuitos. Teria colocado uma roupa mais adequada ao lugar (bermuda e camisa) e saberia tudo de antemão. A cadeira provavelmente seria a mesma mas eu estaria psicologicamente mais preparado. Enfim concurseiro tem que estar preparado para coisas assim. Afinal, somos como espartanos numa guerra onde não podemos abaixar guarda para as dificuldades, das grandes às passageiras como essa. Espero que vocês nunca precisem passar por isso que passei depois de lerem até aqui. E obrigado pela atenção.
E com disse Albert Einstein, “Nos momentos de crise, só a inspiração é mais importante que o conhecimento”.
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Olá, Bernardo!!
Não podia deixar de comentar seu texto.
Me formei na UFRJ e conheço mto bem akele prédio. rs Passei 5 anos reclamando... rsrsrs Vc não tem noção do calor dakele lugar no verão!!! Insalubres, meu caro!!!
E nos últimos dois anos, a facul já passou por alguns "melhoramentos". Acredite!!! rsrsrs Era bem pior!
Mas, tem kero deixar minha impressão sobre os locais de prova.
Tb sempre me preocupo c o lugar de prova. É cada lugar estranho, distante, q vc mal sabe chegar...
E as carteiras??? Eu tenho problema da coluna e sempre saio quebrada de qq prova...
Mas, temos q pansar q é algo passageiro e como vc msm disse, é melhor visitar o local antes da prova (algo q não costumo fazer pela pp distancia...) ou já nos preparmos, ainda que psicologicamente, para o pior... rsrs
E vestir roupas levese confortáveis. Levar tb um casaco, caso haja akele ar condicionado q gela até a alma!! rsrsrs
Temos q nos preparar para tudo!! rs
Em suma, vida de concurseiro não é nem um pouco fácil, mas é apenas uma fase.
Not giving up!!!
A prova de OJ que fiz dia 11/10 foi numa escola primária! Dá pra imaginar a situação das cadeirinhas né...eu só tenho 1,88m..só...bone!