A longa espera

Todo concurseiro em seus primeiros meses de estudos vive a doce ilusão de que sua luta na guerra dos concursos públicos será mais rápida, fácil e limpa do descobrirá ser depois de passada essa “lua de mel”. É uma fase agradável, não vou negar, onde os planos feitos parecem mais próximos do nosso alcance do que estão na realidade, como uma miragem no deserto. Lutamos com a coragem dos incautos, fazemos planos como quem sabe que o bilhete da loteria que acabou de comprar será o premiado.

Só que o tempo fica de butuca, aguardando o momento certo para nos brindar com um delicioso e gelado balde de realidade. Quando a fase da “lua de mel” acaba e descobrimos que teremos de estudar muito mais e por muito mais tempo para podermos realizar o sonho da nomeação e posse, bem, esse momento não é nem um pouco agradável. Na verdade, esse momento é um divisor de águas entre os concurseiros sérios e os falsos concurseiros. Se após o momento dessa de tomada de consciência o concurseiro sai fortalecido e ainda mais decidido a lutar até a vitória, custe o que custar, então é um concurseiro sério. Agora, se o concurseiro desanimar e decidir por usar o estudo para concursos públicos como cortina de fumaça para ter um pouco de paz enquanto não decide o que realmente vai fazer da vida, daí é um falso concurseiro.

O concurseiro sério não deixa de sonhar, nunca, mas sabe que seus sonhos não terão realização imediata e gratuita, nada disso, demorarão um pouco e custarão caro em termos de estudos, motivação, paciência e tenacidade. E isso é algum problema para ele? Nunca, só deixa a vitória mais doce e o prêmio mais apetitoso.

Isso tudo não significa que o concurseiro sério não possa ou não deva ficar algo desanimado de vez em quando com a demora em vencer. Nada disso. Somos seres humanos e de vez em quando essa espera bate pesado em nossa motivação. Não devemos lutar contra esse tipo de sentimento, devemos, sim, saber lidar com ele. É mais ou menos como numa longa caminhada em que de vez em quando nos deparamos com algum morro alto com uma subida pra lá de acentuada. Há como lutar com a subida? Esbravejar, ficar deprimido, desmotivado, irá tornar a subida mais leve? Nunca. O melhor que podemos fazer nesse momento e abaixar a cabeça com resignação e subirmos um passo de cada vez, devagar, mas sempre. Assim, quando menos esperamos, estamos no topo do morro, momento em que a dureza da subida nem parece que foi assim tão dura.

Resumo da ópera – Paciência é a chave de uma luta mais tranqüila e menos penosa, meus amigos. Devemos ser pacientes conosco mesmo, termos consciência de que apesar de angustiante a espera é para todos, portanto, é apenas mais uma dificuldade a ser superada. Quando se pensa assim, tudo fica um pouco mais fácil, algo que é sempre bem vindo.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA



Um cover muito legal dos sucesso do Coldplay, "Viva la vida", pela banda Dirty Heads, muito legal.

1 Response to "A longa espera"

  1. ODYSSEU says:

    Grande Charles : venho acompanhando seu blog há alguns meses e só tenho a te parabenizar pela iniciativa. Bem realista e estratégica. Cara : estou com uma dúvida e acho que pode ser tema para um artigo. O que fazer quando o concurso X é sua meta principal, mas para tua região quase não há vagas ? Tenho um filho pequeno (3 anos) e sou louco por ele (e se não o vejo frequentemente, fico pra lá de triste), sou separado (logo a convivência com ele é mais restrita), estou parado (a crise detonou meu emprego), ja passei dos 35 e moro com meus pais (que não estão bem de saúde devido a idade). Estou me preparando há 01 ano e meio para o Concurso da PRF (na época foram autorizadas por lei 3000 vagas, bem diferente das 750 autorizadas pelo MPOG) e quando saiu a lista de vagas por estado (pois dessa vez não foi nacionalizado) para minha região (NE) a maioria dos estados só prevê 06 vagas (exceto BA e MA, com 40). Do resto, só as regiões centro-oeste e sul é que foram mais contempladas . Acredito que tenho condições de passar. Mas se escolher uma região distante, só após 03 anos na localidade é que posso COMEÇAR a pleitear uma remoção. Pode-se dizer : preucupe-se em passar na prova, o resto vem depois. Mas as regras do edital deixaram claro que vc tem de traçar uma estratégia já na inscrição. Sei que concurso é uma escolha de vida. Quero muito a PRF mas também visualizo concurso em outros órgãos (não sou daqueles que elegem aquele concurso e se não for ele, o resto não serve). Pergunta : vc optaria por sacrificar sua convivência com as pessoas que ama (especialmente seu filho pequeno, numa fase em que vc quer acompanhar seu crescimento) em prol de um concurso ? Sei que é algo pessoal, mas qualquer opinião já vale a pena. Obrigado, amigo. Sucesso !!!

    Odysseu, na sua longa jornada de concurseiro.

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