Cobrança de todos os lados
08:03
Concurseiro Solitario
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Nos últimos dias recebi dois comentários de leitores do blog muito parecidos e que expressão um problema enfrentado pela maioria de nós, concurseiros. Vejamos.
“Pior que ficar no "limbo", sem notícias de quando você será chamado, é a cobrança de parentes e amigos quando o concurso demora a te chamar.”
“Duro é sustentar a "teimosia" com tanta gente cobrando resultados imediatos.”
Cobrança ... “Obrigação, demanda, exigência; aquilo que se impõe ou parece impor-se a alguém como uma obrigação e necessidade; tarefa a ser cumprida”.
Poucos são os concurseiros que nunca foram cobrados pelo menos uma vez durante sua luta na guerra dos concursos públicos. Na verdade, a maioria dos concurseiros são cobrados quase que diariamente, se não por palavras, por olhares, por silêncios. E, convenhamos, é dolorosa qualquer forma de cobrança.
É engraçado como quem nos quer bem, assim como quem não nos quer tão bem assim, quando o assunto é cobrança, acabam se nivelando. Digo isso porque, para quem é cobrado, não importa se quem cobra é afeto ou desafeto, a cobrança dói do mesmo jeito.
E por que ser cobrado machuca a alma e a moral do concurseiro? Em minha opinião, primeiro porque a cobrança nos faz remoer de forma mais intensa nossos fracassos passados na guerra dos concursos públicos, nos faz ver o quanto já lutamos sem sucesso e imaginar o quanto ainda teremos de lutar até alcançar a vitória, em segundo porque toda cobrança é, no fundo, um voto de desconfiança na nossa capacidade de sermos vitoriosos nessa empreitada, um outro modo das pessoas dizerem que estão decepcionados por ainda não termos vencido. Claro que essas visões têm um quê de paranóia, como não poderia deixar de ser, mas não estão lá muito longe da realidade, não.
Se a cobrança é um fato recorrente na vida dos concurseiros, algo que independe de nossa vontade para acontecer, então só nos resta a escolha de como receber as cobranças. Essa escolha é muito importante, visto que uma escolha errada poderá se tornar uma fonte constante de frustração, irritação, raiva, tristeza e por aí vai.
Eu, particularmente, prefiro seguir o velhíssimo ditado popular que manda que façamos “ouvidos moucos”. Mouco é uma palavra que caiu em desuso, pelo menos no Brasil, e significa “que não ouve muito bem ou não ouve”. Ou seja, escolhi por simplesmente deixar as cobranças entrarem por um ouvido e sair pelo outro, sem que tenha contato com minha moral, com minha determinação. Alguém me cobra, eu respondo com uma resposta de vaca ... “huuummmm”.
Infelizmente, muitos concurseiros cheios de potencial escolhem por levar as cobranças a sério e, por isso, são fortemente afetados por elas, ficando com a moral baixa, frustrados, se perguntado se estão no caminho certo e/ou fazendo as coisas do jeito certo. Não foram poucos os que, depois de ouvirem sua cota de cobranças, desistiram da luta por se tornarem servidores públicos e foram fazer outra coisa.
Resumo da ópera – Sempre tenha em mente que quem cobra, independente de querer ou não seu bem, o faz sem conhecimento de causa, sem saber como é sentir na pele as dores da luta por um cargo público. É muito fácil cobrar quando se está vendo uma situação apenas pelo lado de fora, afinal, como já diz outro ditado muito popular, “pimenta nos olhos dos outros é refresco”.
“Pior que ficar no "limbo", sem notícias de quando você será chamado, é a cobrança de parentes e amigos quando o concurso demora a te chamar.”
“Duro é sustentar a "teimosia" com tanta gente cobrando resultados imediatos.”
Cobrança ... “Obrigação, demanda, exigência; aquilo que se impõe ou parece impor-se a alguém como uma obrigação e necessidade; tarefa a ser cumprida”.
Poucos são os concurseiros que nunca foram cobrados pelo menos uma vez durante sua luta na guerra dos concursos públicos. Na verdade, a maioria dos concurseiros são cobrados quase que diariamente, se não por palavras, por olhares, por silêncios. E, convenhamos, é dolorosa qualquer forma de cobrança.
É engraçado como quem nos quer bem, assim como quem não nos quer tão bem assim, quando o assunto é cobrança, acabam se nivelando. Digo isso porque, para quem é cobrado, não importa se quem cobra é afeto ou desafeto, a cobrança dói do mesmo jeito.
E por que ser cobrado machuca a alma e a moral do concurseiro? Em minha opinião, primeiro porque a cobrança nos faz remoer de forma mais intensa nossos fracassos passados na guerra dos concursos públicos, nos faz ver o quanto já lutamos sem sucesso e imaginar o quanto ainda teremos de lutar até alcançar a vitória, em segundo porque toda cobrança é, no fundo, um voto de desconfiança na nossa capacidade de sermos vitoriosos nessa empreitada, um outro modo das pessoas dizerem que estão decepcionados por ainda não termos vencido. Claro que essas visões têm um quê de paranóia, como não poderia deixar de ser, mas não estão lá muito longe da realidade, não.
Se a cobrança é um fato recorrente na vida dos concurseiros, algo que independe de nossa vontade para acontecer, então só nos resta a escolha de como receber as cobranças. Essa escolha é muito importante, visto que uma escolha errada poderá se tornar uma fonte constante de frustração, irritação, raiva, tristeza e por aí vai.
Eu, particularmente, prefiro seguir o velhíssimo ditado popular que manda que façamos “ouvidos moucos”. Mouco é uma palavra que caiu em desuso, pelo menos no Brasil, e significa “que não ouve muito bem ou não ouve”. Ou seja, escolhi por simplesmente deixar as cobranças entrarem por um ouvido e sair pelo outro, sem que tenha contato com minha moral, com minha determinação. Alguém me cobra, eu respondo com uma resposta de vaca ... “huuummmm”.
Infelizmente, muitos concurseiros cheios de potencial escolhem por levar as cobranças a sério e, por isso, são fortemente afetados por elas, ficando com a moral baixa, frustrados, se perguntado se estão no caminho certo e/ou fazendo as coisas do jeito certo. Não foram poucos os que, depois de ouvirem sua cota de cobranças, desistiram da luta por se tornarem servidores públicos e foram fazer outra coisa.
Resumo da ópera – Sempre tenha em mente que quem cobra, independente de querer ou não seu bem, o faz sem conhecimento de causa, sem saber como é sentir na pele as dores da luta por um cargo público. É muito fácil cobrar quando se está vendo uma situação apenas pelo lado de fora, afinal, como já diz outro ditado muito popular, “pimenta nos olhos dos outros é refresco”.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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CLIPE DO DIA
Depois de tratarmos de um assunto um tanto pesado, nada melhor que uma música bem animada para espantar os maus fluidos. Ao som de Pussycat Dolls Ft. Ar Rahman, a deliciosa "Jai Ho".
Adorei seu blog!
Me identifiquei muito! Essa fase de estudos, uns falam que não fazemos nada da vida, outros questionam, vá trabalhar de qquer coisa (vide comercio), mas não podemos desanimar, temos q lutar até nossa conquista!