Os Entonistas
13:13
Concurseiro Solitario
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Sobre estudar para concursos públicos
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Hoje quero fazer às vezes de professora de português. Apesar de não ter a formação na área, eu sempre procuro dar uma estudadinha. Eu gosto muito da riqueza da nossa língua. Só fico meio confusa com o uso do hífen por conta da reforma ortográfica.
Observe que esse estudo é fruto da minha observação. Se você for professor da matéria e desejar debater comigo, o convite está feito. Afinal, o debate só nos enriquece!
Já repararam que, muitas vezes, estamos vendo alguma entrevista na televisão e ouvimos a pessoa começar o seu discurso com a palavra “então”? O entrevistador, geralmente, está em seu programa para ouvir um artista de novela famoso ou uma estrela de reality show. Lança uma pergunta sobre os projetos de carreira ou sobre o trabalho que a personalidade está desempenhando. Aí, do nada, a pessoa responde com um “então”, prossegue, “meu trabalho tem sido...”
Na primeira vez que ouvi esse “então”, pensei que ter perdido um pedaço da conversa. Afinal, para a gramática tradicional essa expressão traz a semântica de uma conclusão, uma consequência. E no sentido que é apresentada, não parece ter tal sentido.
Estudando sobre a função da linguagem, neologismo pelos livros indicados nos especiais da Língua Portuguesa I, II e III (confira lá a bibliografia utilizada), comecei a tecer uma linha de raciocínio sobre esse modo de uso de “então”. Suspeito que o falante que usa tal expressão está se utilizando da função fática da linguagem. Bem, antes, vamos passear um pouco por esta matéria.
As funções da linguagem são elementos da comunicação que se exteriorizam pela função emotiva, função referencial, função conativa, função metalingística, função poética e função fática. Essa última é a que nos interessa.
A função fática estuda o canal comunicativo, o seu funcionamento. Nela estão compreendidas expressões linguísticas como por exemplo: Oi!; Tudo bom?; Olá; Ei!; Tá calor, né? São, muitas vezes palavras denotativas que tem a função de estabelecer ou manter um ato comunicativo.
Palavras denotativas, por sua vez, são aquelas que por exclusão, as gramáticas não as classificam como advérbios ou adjuntos adverbiais. Por isso, não têm classificação muito bem definidas. Contudo, não são despidas de sentido. Por isso, existem as palavras denotativas de inclusão, de exclusão, designação, realce, retificação e situação. Creio que o caso da palavra “então” seja de situação.
Assim, o artista, do meu relato inicial, busca uma conexão inicial com o seu interlocutor através da palavra “então”. Ex.: Então, eu estou trabalhando no teatro ultimamente.
Resumo da Ópera - Note que não se trata de erro, pois a língua portuguesa é rica e dinâmica. Podemos criar diversos sentidos novos para as palavras. Contudo, as modificações são muito céleres e, nem sempre, há compasso com a norma culta no processo de oficialização desses registros. Aconselho não usar esse tipo de linguagem em redações ou em provas orais de concurso, pois é muito informal. É melhor usar na acepção clássica que a gramática lhe imprimiu.
Observe que esse estudo é fruto da minha observação. Se você for professor da matéria e desejar debater comigo, o convite está feito. Afinal, o debate só nos enriquece!
Já repararam que, muitas vezes, estamos vendo alguma entrevista na televisão e ouvimos a pessoa começar o seu discurso com a palavra “então”? O entrevistador, geralmente, está em seu programa para ouvir um artista de novela famoso ou uma estrela de reality show. Lança uma pergunta sobre os projetos de carreira ou sobre o trabalho que a personalidade está desempenhando. Aí, do nada, a pessoa responde com um “então”, prossegue, “meu trabalho tem sido...”
Na primeira vez que ouvi esse “então”, pensei que ter perdido um pedaço da conversa. Afinal, para a gramática tradicional essa expressão traz a semântica de uma conclusão, uma consequência. E no sentido que é apresentada, não parece ter tal sentido.
Estudando sobre a função da linguagem, neologismo pelos livros indicados nos especiais da Língua Portuguesa I, II e III (confira lá a bibliografia utilizada), comecei a tecer uma linha de raciocínio sobre esse modo de uso de “então”. Suspeito que o falante que usa tal expressão está se utilizando da função fática da linguagem. Bem, antes, vamos passear um pouco por esta matéria.
As funções da linguagem são elementos da comunicação que se exteriorizam pela função emotiva, função referencial, função conativa, função metalingística, função poética e função fática. Essa última é a que nos interessa.
A função fática estuda o canal comunicativo, o seu funcionamento. Nela estão compreendidas expressões linguísticas como por exemplo: Oi!; Tudo bom?; Olá; Ei!; Tá calor, né? São, muitas vezes palavras denotativas que tem a função de estabelecer ou manter um ato comunicativo.
Palavras denotativas, por sua vez, são aquelas que por exclusão, as gramáticas não as classificam como advérbios ou adjuntos adverbiais. Por isso, não têm classificação muito bem definidas. Contudo, não são despidas de sentido. Por isso, existem as palavras denotativas de inclusão, de exclusão, designação, realce, retificação e situação. Creio que o caso da palavra “então” seja de situação.
Assim, o artista, do meu relato inicial, busca uma conexão inicial com o seu interlocutor através da palavra “então”. Ex.: Então, eu estou trabalhando no teatro ultimamente.
Resumo da Ópera - Note que não se trata de erro, pois a língua portuguesa é rica e dinâmica. Podemos criar diversos sentidos novos para as palavras. Contudo, as modificações são muito céleres e, nem sempre, há compasso com a norma culta no processo de oficialização desses registros. Aconselho não usar esse tipo de linguagem em redações ou em provas orais de concurso, pois é muito informal. É melhor usar na acepção clássica que a gramática lhe imprimiu.
RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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Novo concurso de redações do blog
Ano passado lançamos no blog um concurso de redações que fez muito barulho entre nossos leitores. Em algumas semanas recebemos muito mais redações do que esperávamos e a seleção dos ganhadores foi dureza. Até hoje publicamos alguns dos melhores textos enviados, para vocês terem ideia da qualidade do material que recebemos.
Pois bem, a fim de fechar com "chave de ouro" o aniversário de três anos do blog, lançamos a segunda edição desse concurso de redações, dessa vez com premiação "vitaminada". Teremos cinco pacotes de prêmios, 03 (três) para os melhores textos enviados, que serão escolhidos pelos colunistas do blog, e outros 02 (dois) por sorteio entre todos os que inscreveram redações no concurso.
Para participar desse concurso basta seguir três regras muito simples:
1 - Basta nos enviar uma redação de 50 (cinquenta) linhas sobre concursos públicos em formato Microsoft Word, na qual você pode falar sobre experiências pessoais, motivação, técnicas de estudo, enfim, sendo sobre concursos públicos e interessante, está valendo;
2 - Cada leitor poderá inscrever apenas 01 (uma) redação;
3 - Os leitores participantes desse concurso concordam que suas redações possam ser publicados pelo blog na íntegra a qualquer momento sem nenhum ônus algum.
E quais são os prêmios? Acreditem, são muitos. Temos pastas de couro, mochilas, camisetas, livros e muito mais. Os ganhadores, com certeza, ficarão muito satisfeitos. Inclusive, cada um dos ganhadores do concurso receberão também 01 (um) exemplar do livro "Guia de Preparação do Concurseiro Solitário" de Charles Dias, criador e editor do blog Concurseiro Solitário.
Não deixe de participar desse novo concurso. Treine sua redação e nos envie um belo texto para concorrer a um pacotão de prêmios!
ATENÇÃO - A data limite para envio das redações é 15/01/2011. e elas devem ser enviadas para o email:
Pois bem, a fim de fechar com "chave de ouro" o aniversário de três anos do blog, lançamos a segunda edição desse concurso de redações, dessa vez com premiação "vitaminada". Teremos cinco pacotes de prêmios, 03 (três) para os melhores textos enviados, que serão escolhidos pelos colunistas do blog, e outros 02 (dois) por sorteio entre todos os que inscreveram redações no concurso.
Para participar desse concurso basta seguir três regras muito simples:
1 - Basta nos enviar uma redação de 50 (cinquenta) linhas sobre concursos públicos em formato Microsoft Word, na qual você pode falar sobre experiências pessoais, motivação, técnicas de estudo, enfim, sendo sobre concursos públicos e interessante, está valendo;
2 - Cada leitor poderá inscrever apenas 01 (uma) redação;
3 - Os leitores participantes desse concurso concordam que suas redações possam ser publicados pelo blog na íntegra a qualquer momento sem nenhum ônus algum.
E quais são os prêmios? Acreditem, são muitos. Temos pastas de couro, mochilas, camisetas, livros e muito mais. Os ganhadores, com certeza, ficarão muito satisfeitos. Inclusive, cada um dos ganhadores do concurso receberão também 01 (um) exemplar do livro "Guia de Preparação do Concurseiro Solitário" de Charles Dias, criador e editor do blog Concurseiro Solitário.
Não deixe de participar desse novo concurso. Treine sua redação e nos envie um belo texto para concorrer a um pacotão de prêmios!
ATENÇÃO - A data limite para envio das redações é 15/01/2011. e elas devem ser enviadas para o email:
CONCURSEIROSOLITARIO@GMAIL.COM
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