Férias, pra que te quero?
06:14
Concurseiro Solitario
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Sobre estudar para concursos públicos
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Já li em certa publicação destinada a concurseiros: “férias são para quem trabalha”. De certo modo, se pensarmos até em questão de legislação trabalhista, o labor e o lazer andam juntos, de fato. Agora, isso não é exatamente o que o concurseiro faz?
O que vem à minha mente, quando o assunto é férias, traduz-se na ideia de descanso total de preocupações, de viajar, de se distrair. É passar bons momentos com pessoas queridas, viver em família, com amigos, fazer algo que alivie uma carga pesada de incumbências. Trata-se, então, de um merecido estágio para quem buscou, durante certo período de tempo, lidar com obrigações, visando trazer o sustento para si e para sua família. E, cá entre nós, não é exatamente isso que o concurseiro faz?
Para uns, a resposta é um sonoro “não”. Afinal, o concurseiro está plantando para obter o resultado aprovação, daí sim ele deve receber a contraprestação que lhe salde as contas. Até então, seu lema é dedicação, horas de traseiro na cadeira, bons dias – líquidos – de estudo e preparo incessante, e por vezes um concurso atrás do outro. Quem pensa assim foca no fluxo “investimento – retorno – trabalho – férias”. Para quem pensa de outro modo, o concurseiro encara todo esse preparo como um trabalho, cuja remuneração é a agregação cíclica de conhecimento, que se traduz num investimento com retorno certo a médio ou longo prazo, daí se depreendendo o direito às férias.
Na minha jornada, até agora, constatei que o concurseiro, de fato, trabalha. Sua luta diária é a de um empreiteiro, que investe tudo o que tem para obter sucesso, não pode voltar atrás em seu empreendimento – uma vez que os custos já empenhados, se não realizados, traduzem-se em prejuízo certo e irreversível – e confia que seu preparo, emprego de meios e investimento trarão um expressivo resultado, ainda que obtido de forma penosa. Muitos empreiteiros, certamente, negam-se férias, assim como diversos autônomos, mas mesmo estes, justamente por não serem máquinas, precisam de momentos de descanso: se não têm um período certo, precisam arrumá-lo, ainda que se imponham prazos e resultados. Ou fazem isso, ou em algum tempo a saúde, física e mental, cobrarão um preço muito alto.
Negar férias a um concurseiro é privar a pessoa de fazer um investimento que prevê, sim, um necessário descanso para repor energias. É tornar a jornada mais difícil e trabalhosa, com grandes sobressaltos, amargas surpresas e decepções tais que, se houvesse melhores condições de desempenho psicológico, afetivo e intelectual, seriam facilmente superadas. Honestamente – perdoe-me a ênfase, caso exagerada – é desumano que outros, e, sobretudo o concurseiro, não valorizem e não se deem, consequentemente, um período de férias.
E qual seria o período ideal de férias? Entendo que podemos fazer uma analogia com a comida. Quando se frequenta um rodízio, onde a norma é se banquetear e, evidentemente, cometem-se abusos, recomenda-se que o tempo ideal da parada de se alimentar seja aquele próximo ao nível de saciedade. A pessoa, no caso, não precisa chegar ao ponto de querer vomitar para descobrir se já está satisfeita, e com isso pode parar de se servir. Da mesma forma o concurseiro: ele precisa discernir o tempo de parar, o que definimos como “parada tática”. Final de ano, aparentemente, é um bom período; o problema são os concursos de janeiro. Agora, o legítimo concurseiro sabe que não é possível “abraçar o mundo” e, portanto, há oportunidades que ele deve pesar na balança, antes de encarar uma nova disputa. Para organizar uma parada – e até para isso deve-se empregar disciplina – é necessário verificar as prioridades, até mesmo se ela pode ser feita, ainda que haja um concurso atraente. Se o próximo for o “concurso dos sonhos”, naturalmente continua-se o estudo, ainda que haja certo cansaço; caso contrário, o concurseiro precisa revisar suas prioridades.
Resumo da Ópera – Descanso é fundamental para que o ser humano possa adquirir novas forças. Já que muitas vezes prefere-se referir ao concurso como um “combate”, é necessário que o combatente não lute até a exaustão, a menos que a situação o exija, e por isso deve haver um período de descanso para que as energias se renovem e ele prossiga na luta. Concurso é, sim, trabalho, na qualidade de “empreitada”, e pode não trazer remuneração momentânea, mas certamente o esforço virá coroado de êxito, com persistência e dedicação. Portanto, organize-se, e boas férias!
CLEBER OLYMPIO, um concurseiro que precisa, urgentemente, de férias, ainda que tenha duas provas em janeiro.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
O que vem à minha mente, quando o assunto é férias, traduz-se na ideia de descanso total de preocupações, de viajar, de se distrair. É passar bons momentos com pessoas queridas, viver em família, com amigos, fazer algo que alivie uma carga pesada de incumbências. Trata-se, então, de um merecido estágio para quem buscou, durante certo período de tempo, lidar com obrigações, visando trazer o sustento para si e para sua família. E, cá entre nós, não é exatamente isso que o concurseiro faz?
Para uns, a resposta é um sonoro “não”. Afinal, o concurseiro está plantando para obter o resultado aprovação, daí sim ele deve receber a contraprestação que lhe salde as contas. Até então, seu lema é dedicação, horas de traseiro na cadeira, bons dias – líquidos – de estudo e preparo incessante, e por vezes um concurso atrás do outro. Quem pensa assim foca no fluxo “investimento – retorno – trabalho – férias”. Para quem pensa de outro modo, o concurseiro encara todo esse preparo como um trabalho, cuja remuneração é a agregação cíclica de conhecimento, que se traduz num investimento com retorno certo a médio ou longo prazo, daí se depreendendo o direito às férias.
Na minha jornada, até agora, constatei que o concurseiro, de fato, trabalha. Sua luta diária é a de um empreiteiro, que investe tudo o que tem para obter sucesso, não pode voltar atrás em seu empreendimento – uma vez que os custos já empenhados, se não realizados, traduzem-se em prejuízo certo e irreversível – e confia que seu preparo, emprego de meios e investimento trarão um expressivo resultado, ainda que obtido de forma penosa. Muitos empreiteiros, certamente, negam-se férias, assim como diversos autônomos, mas mesmo estes, justamente por não serem máquinas, precisam de momentos de descanso: se não têm um período certo, precisam arrumá-lo, ainda que se imponham prazos e resultados. Ou fazem isso, ou em algum tempo a saúde, física e mental, cobrarão um preço muito alto.
Negar férias a um concurseiro é privar a pessoa de fazer um investimento que prevê, sim, um necessário descanso para repor energias. É tornar a jornada mais difícil e trabalhosa, com grandes sobressaltos, amargas surpresas e decepções tais que, se houvesse melhores condições de desempenho psicológico, afetivo e intelectual, seriam facilmente superadas. Honestamente – perdoe-me a ênfase, caso exagerada – é desumano que outros, e, sobretudo o concurseiro, não valorizem e não se deem, consequentemente, um período de férias.
E qual seria o período ideal de férias? Entendo que podemos fazer uma analogia com a comida. Quando se frequenta um rodízio, onde a norma é se banquetear e, evidentemente, cometem-se abusos, recomenda-se que o tempo ideal da parada de se alimentar seja aquele próximo ao nível de saciedade. A pessoa, no caso, não precisa chegar ao ponto de querer vomitar para descobrir se já está satisfeita, e com isso pode parar de se servir. Da mesma forma o concurseiro: ele precisa discernir o tempo de parar, o que definimos como “parada tática”. Final de ano, aparentemente, é um bom período; o problema são os concursos de janeiro. Agora, o legítimo concurseiro sabe que não é possível “abraçar o mundo” e, portanto, há oportunidades que ele deve pesar na balança, antes de encarar uma nova disputa. Para organizar uma parada – e até para isso deve-se empregar disciplina – é necessário verificar as prioridades, até mesmo se ela pode ser feita, ainda que haja um concurso atraente. Se o próximo for o “concurso dos sonhos”, naturalmente continua-se o estudo, ainda que haja certo cansaço; caso contrário, o concurseiro precisa revisar suas prioridades.
Resumo da Ópera – Descanso é fundamental para que o ser humano possa adquirir novas forças. Já que muitas vezes prefere-se referir ao concurso como um “combate”, é necessário que o combatente não lute até a exaustão, a menos que a situação o exija, e por isso deve haver um período de descanso para que as energias se renovem e ele prossiga na luta. Concurso é, sim, trabalho, na qualidade de “empreitada”, e pode não trazer remuneração momentânea, mas certamente o esforço virá coroado de êxito, com persistência e dedicação. Portanto, organize-se, e boas férias!
CLEBER OLYMPIO, um concurseiro que precisa, urgentemente, de férias, ainda que tenha duas provas em janeiro.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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Olá
Queria indicar o blog de vocês para leitura, mas quando faço a indicação costumo contar um pouco sobre como o blog foi criado e seus autores e colaboradores.
Mas ao acessar este blog não vi nenhuma página "sobre o blog", "sobre o autor", e ainda não vi um formulário de contato do blog, por isso faço essa sugestão por aqui.
Gosto muito do blog, mas gostaria de conhecer um pouco mais.
Um Abraço
@anakint