Frustração

É muito comum nos frustramos quando tentamos algo durante meses e anos e não obtemos a resposta ou o resultado que esperamos obter. Os sentimentos de incompetência, irresponsabilidade, insegurança, frustração e descontrole (no sentido de não ter controle sobre a vida) são imensos e comuns em todas as pessoas que partem para grandes empreitadas na vida, não somente aqueles que buscam o concurso público.

Eu tenho vários tipos de clientes. Desde de pessoas muito bem financeiramente até aquelas que estão começando suas vidas financeiras, ou se restabelecendo. Tenho aquelas que buscam um relacionamento saudável e outras que lutam para manter os seus relacionamentos saudáveis. O mais interessante, é que em todos os níveis sociais e culturais, temos seres humanos, sofrendo de problemas semelhantes e às vezes muito complexos, e que o dinheiro, ou o amor da pessoa próxima, não consegue dar conta, porque na verdade o problema, nunca está fora. O problema, sempre é interno. Somos nós, internamente que precisamos dar conta de nossos problemas e dar novos significados a eles.

Racionalizar os problemas é um meio de buscar um novo sentimento e mudar sua postura em relação a esses problemas. Por outro lado, não podemos nos esquecer de sentir. As emoções geram movimentações. Emocionar-se com um novo critério é fundamental para que as grandes mudanças da vida possam acontecer. Fazer com o coração, mas sabendo que a cabeça foi usada para isso. Deixe-me dar-lhes um exemplo. Quebrar o seu padrão de comportamento e resignificar é fundamental. Richard Bandler, um dos descobridores da PNL, certa vez curou um paciente esquizofrênico que dizia ser Jesus. Bandler montou uma cruz e o ameaçou de crucificá-lo. Como o homem que se dizia ser Jesus, não se imaginava ser crucificado, rapidamente se viu obrigado a retornar ao seu padrão original, ou seja, o homem que era inicialmente, não a figura imaginária que ele havia construído.

Nós, por hábito, muitas vezes criamos certos padrões. Esses padrões podem ser ótimos, pois nos deixam cheios de recursos para atingir mais e mais metas e outros são padrões que nos limitam, deixando-nos vazios de recursos. Podemos dessa forma nos intitular de preguiçosos, ou incompetentes, ou que não iremos conseguir pois sempre haverá um que passará a nossa frente. O problema não é pensar nisso. O problema é que lá na frente, nos deparamos com a prova do concurso. Se você disser insistentemente para si que é incompetente, ou que talvez nem adiante muito porque certamente há alguém melhor que você, seu cérebro, que responde a comandos básicos, imediatamente vai interpretar que você, por mais que tenha estudado e tenha total condição de virtualmente gabaritar a prova, não pode acertar todas as questões porque há alguém melhor. Imediatamente você acaba se sabotando. Não importa o quanto você tenha estudado e o quanto saiba, não importa se os simulados que você fez foram mais difíceis que a própria prova, se o seu foco é que há uma concorrência, o seu cérebro vai dar um jeito de te impedir de acertar um número máximo de questões, porque você criou a imagem de incompetência diante de um grupo de pessoas. Mas durante os seus estudos, você pode verificar a sua competência.

Uma dica é criar a sensação de que durante a prova você se imagine fazendo um simulado, não a prova de fato. A sensação de insegurança certamente irá diminuir.

Resumo da ópera – Não há fracasso, há resultados. Se você disser a si mesmo que não conseguirá o seu cérebro fará de tudo para que você não consiga. Até dor de barriga e enjôo você terá. Pense no sucesso de passar na prova e que você está cheio de recursos para tirar um super notão. Esqueça a concorrência. Ela certamente não é importante, se ela for mais importante, o seu cérebro entenderá que você é menos e você, automaticamente se eliminará da prova.

Sucesso!

Eric Gerhard

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