COLUNA DA CONCURSEIRA CRÔNICA - La crisis
09:47
Concurseiro Solitario
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2 Comments
Depois de um bom par de anos em que vivemos em relativa estabilidade, fato é que a crise está aí pra todo mundo ver. No mundo globalizado em que hoje vivemos, o potencial de propagação da instabilidade econômica é devastador; se sofrem os países mais ricos, sofrem mais ainda os mais pobres. Algumas semanas de burburinho e já vemos manobras internas e externas para resguardar o sistema financeiro, demissões em massa, redução do crédito. É o fim do longo feriado.
Embora estejamos muito concentrados em nossa meta concurseira, olhar o mundo real de forma atenta e compromissada é tão inevitável quanto imprescindível. Embora a Administração Pública pague bons salários, os serventuários não formam uma categoria "blindada" em relação ao mundo. Perdas salariais e sofrimento com a elevação do nível de preços doem no bolso de estatutários e celetistas. Como dizia o velho ditado, "pau que dá em Chico, dá em Francisco".
Mas a grande questão que ronda o universo concurseiro neste momento é: haverá retração nos concursos em função da crise que está em vias de se instalar? O que eu posso dizer, do alto dos meus 28 anos, uma "década perdida" (como ficaram conhecidos os anos 80), cinco moedas (cruzeiro-cruzado-cruzado novo-cruzeiro-real) e pais empregados públicos que passaram por pelo menos meia dúzia de crises, é que... respostas definitivas, nesse momento, seriam precipitadas. Isso não nos impede, contudo, de fazer algumas projeções – até para que possamos preparar o espírito para o melhor ou o pior.
Seria hipocrisia minha dizer que certamente teremos tantos concursos nos próximos dois anos como tivemos nesse pródigo 2008. Se a crise chega, a arrecadação do Estado diminui; a criação de novos cargos, ainda que necessária, fica comprometida. Prova disso é que nos últimos dias já tivemos notícias de concursos suspensos e que-tais. Até aí, tudo bem. A questão é como você vai reverter essa constatação em benefício próprio.
Se você não for um concurseiro sério, vai cair na esparrela de usar a escusa da crise para largar de mão o sonho de ocupar um cargo público. Desculpas possíveis? Posso listar: perdi o emprego e não posso pagar cursinho; não tem quase nenhum órgão abrindo inscrição; estão chamando pouca gente aprovada; blábláblás do gênero. Cada argumento desses, bem sabemos, pode ser derrubado por uma única pergunta: de QUANTOS CARGOS PÚBLICOS VOCÊ PRECISA???
UM SÓ!
Então, lembre-se de que, até nos piores momentos da nossa combalida economia nacional, o Estado contratou fiscais, policiais, técnicos, analistas etc., e não será agora que vai ser diferente. Cá pra nós: o bom concurseiro – como somos eu e você – ainda pode tirar uma boa casquinha do desânimo dos pára-quedistas de plantão. É hora de lembrar que nas piores crises estão também as maiores oportunidades.
Resumo da ópera - A crise é real e não podemos tapar o sol com a peneira. Entretanto, como bons brasileiros que somos, sobreviveremos com alguma dignidade. Palavra de quem, como muitos aqui, comeu bifes comprados com ágio quando criança.
Embora estejamos muito concentrados em nossa meta concurseira, olhar o mundo real de forma atenta e compromissada é tão inevitável quanto imprescindível. Embora a Administração Pública pague bons salários, os serventuários não formam uma categoria "blindada" em relação ao mundo. Perdas salariais e sofrimento com a elevação do nível de preços doem no bolso de estatutários e celetistas. Como dizia o velho ditado, "pau que dá em Chico, dá em Francisco".
Mas a grande questão que ronda o universo concurseiro neste momento é: haverá retração nos concursos em função da crise que está em vias de se instalar? O que eu posso dizer, do alto dos meus 28 anos, uma "década perdida" (como ficaram conhecidos os anos 80), cinco moedas (cruzeiro-cruzado-cruzado novo-cruzeiro-real) e pais empregados públicos que passaram por pelo menos meia dúzia de crises, é que... respostas definitivas, nesse momento, seriam precipitadas. Isso não nos impede, contudo, de fazer algumas projeções – até para que possamos preparar o espírito para o melhor ou o pior.
Seria hipocrisia minha dizer que certamente teremos tantos concursos nos próximos dois anos como tivemos nesse pródigo 2008. Se a crise chega, a arrecadação do Estado diminui; a criação de novos cargos, ainda que necessária, fica comprometida. Prova disso é que nos últimos dias já tivemos notícias de concursos suspensos e que-tais. Até aí, tudo bem. A questão é como você vai reverter essa constatação em benefício próprio.
Se você não for um concurseiro sério, vai cair na esparrela de usar a escusa da crise para largar de mão o sonho de ocupar um cargo público. Desculpas possíveis? Posso listar: perdi o emprego e não posso pagar cursinho; não tem quase nenhum órgão abrindo inscrição; estão chamando pouca gente aprovada; blábláblás do gênero. Cada argumento desses, bem sabemos, pode ser derrubado por uma única pergunta: de QUANTOS CARGOS PÚBLICOS VOCÊ PRECISA???
UM SÓ!
Então, lembre-se de que, até nos piores momentos da nossa combalida economia nacional, o Estado contratou fiscais, policiais, técnicos, analistas etc., e não será agora que vai ser diferente. Cá pra nós: o bom concurseiro – como somos eu e você – ainda pode tirar uma boa casquinha do desânimo dos pára-quedistas de plantão. É hora de lembrar que nas piores crises estão também as maiores oportunidades.
Resumo da ópera - A crise é real e não podemos tapar o sol com a peneira. Entretanto, como bons brasileiros que somos, sobreviveremos com alguma dignidade. Palavra de quem, como muitos aqui, comeu bifes comprados com ágio quando criança.
Flavia Crespo é a Concurseira Crônica.
Que análise boa, Fla!
E mais: foi bom para nos encorajar!
beijos,
Raquel Solitária
Eu preciso só de 1 vaga também, espero que não seja a mesma que você deseja rsrs!!!
É isso aí, olhos de lince em tempos como esse.
E é o que você disse, em tempos de crise é que se tem boas oportunidades, quantas histórias conhecemos de grandes milionários do mundo que se aproveitaram de idéias falidas e de tempos de crises?!
Exemplos não nos faltam!
Bons estudos