Morrer na praia
07:02
Concurseiro Solitario
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Sobre estudar para concursos públicos
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4 Comments
Ontem um concurseiro leitor postou o seguinte comentário no shoutbox do blog:
"Não passei para a segunda etapa de um concurso por negligenciar português. Fiz 40% dos 50% necessários. Pessoalmente, vejo que é comum as pessoas deixarem de lado o estudo da gramática(por exemplo, eu, rsrs). Seria interessante um artigo sob esse assunto."
Sabem o que é isso? É o famoso "morrer na praia", expressão de uso popular que significa "frustrar-se após ter tido sucesso na parte mais difícil de um desafio". E vocês sabem quando ela surgiu? Bem, eu também não sei, mas dizem alguns estudiosos da origem e significados dos ditados e expressões populares que essa expressão em especial faz referência à época em que viajar entre continentes era coisa feita apenas em navios, quando muitas vezes após meses no mar enfrentando a vastidão oceânica não poucos navios naufragavam perto da costa de destino, matando passageiros e tripulantes muito próximos da praia.
Vejam o caso de nosso colega concurseiro autor do comentário que abre esse artigo. Acredito que ele tenha estudado sério para o concurso a que faz referência, mas deu muito mais atenção às matérias com que lhe eram menos conhecidas e deixou de lado a boa e velha gramática portuguesa. Resultado, foi essa matéria que naufragonhou o navio do seu objetivo de passar nesse concurso! Acreditem, dói muito quando isso acontece, já senti na pele tal dor. Não passar em um concurso por conta de matérias que conhecemos pouco é uma coisa, não passar por conta de matérias velhas conhecidas é um soco no queixo.
Como minimizar as chances de "morrer na praia" por conta de matérias velhas conhecidas? Simples, não SUPERestimando seu conhecimento delas e não SUBestimando o pontencial dessas matérias de surpreender os candidatos por serem cobradas através de questões mais difícieis e/ou detalhistas.
É, meus amigos, a medida que os concurseiros ficam mais preparados, as bancas mais inteligentes e os concursos mais disputados por uma "tropa de elite" de concurseiros sérios, as coisas ficam mais complicadas, as armadilha tornam-se mais sofisticadas, a necessidade de não deixar "pontas soltas" no planejamento de estudos torna-se ainda mais vital.
Resumo da ópera - Não quer sentir o mesmo gosto amargo de "rodar" em concursos públicos por conta de matérias velhas conhecidas? Então, concurseiro, não deixe de estudá-la com o mesmo cuidado com que estuda matérias menos conhecidas. Estude-as um pouco menos, mas com seriedade e dedicação.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
"Não passei para a segunda etapa de um concurso por negligenciar português. Fiz 40% dos 50% necessários. Pessoalmente, vejo que é comum as pessoas deixarem de lado o estudo da gramática(por exemplo, eu, rsrs). Seria interessante um artigo sob esse assunto."
Sabem o que é isso? É o famoso "morrer na praia", expressão de uso popular que significa "frustrar-se após ter tido sucesso na parte mais difícil de um desafio". E vocês sabem quando ela surgiu? Bem, eu também não sei, mas dizem alguns estudiosos da origem e significados dos ditados e expressões populares que essa expressão em especial faz referência à época em que viajar entre continentes era coisa feita apenas em navios, quando muitas vezes após meses no mar enfrentando a vastidão oceânica não poucos navios naufragavam perto da costa de destino, matando passageiros e tripulantes muito próximos da praia.
Vejam o caso de nosso colega concurseiro autor do comentário que abre esse artigo. Acredito que ele tenha estudado sério para o concurso a que faz referência, mas deu muito mais atenção às matérias com que lhe eram menos conhecidas e deixou de lado a boa e velha gramática portuguesa. Resultado, foi essa matéria que naufragonhou o navio do seu objetivo de passar nesse concurso! Acreditem, dói muito quando isso acontece, já senti na pele tal dor. Não passar em um concurso por conta de matérias que conhecemos pouco é uma coisa, não passar por conta de matérias velhas conhecidas é um soco no queixo.
Como minimizar as chances de "morrer na praia" por conta de matérias velhas conhecidas? Simples, não SUPERestimando seu conhecimento delas e não SUBestimando o pontencial dessas matérias de surpreender os candidatos por serem cobradas através de questões mais difícieis e/ou detalhistas.
É, meus amigos, a medida que os concurseiros ficam mais preparados, as bancas mais inteligentes e os concursos mais disputados por uma "tropa de elite" de concurseiros sérios, as coisas ficam mais complicadas, as armadilha tornam-se mais sofisticadas, a necessidade de não deixar "pontas soltas" no planejamento de estudos torna-se ainda mais vital.
Resumo da ópera - Não quer sentir o mesmo gosto amargo de "rodar" em concursos públicos por conta de matérias velhas conhecidas? Então, concurseiro, não deixe de estudá-la com o mesmo cuidado com que estuda matérias menos conhecidas. Estude-as um pouco menos, mas com seriedade e dedicação.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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Morrer na praia é passar dentro das vagas e não ser chamado. A validade do concurso acabou no ano passado e ninguém foi chamado. Me resta a esperança de ser chamado para um 2º que passei, que ainda está dentro da validade.
O meu desapontamento só não foi maior, pois meu objetivo final é a magistratura federal.
abraços
OBS: Gostei muito do seu blog.
Olá Charles,
estou desenvolvendo um site novo sobre concursos. Com atualizações diárias sobre edital, divulgação de gabaritos e lista dos aprovados. Ainda estamos em fase de criar muitos conteúdos para posteriormente ampliarmos os tópicos de simulados concursos, provas comentadas e, se tudo der certo, aulas on-line gratuitos.
Como forma de impulsionar o projeto. Estou interessado em pagar um valor (que podemos negociar) para postarem um link no blog Concurseiro Solitário, no topo do blog, ao lado do link Webcorreio.
Caso tenha interesse, podemos conversar melhor por e-mail: lucasmdst [arroba ]gmail.com
Abs
Olá! Tenho 17 anos de idade e Sou estudante de Direito numa Universidade particular(entre as melhores dentre as públicas e as consideradas não-públicas). Será que sou muito jovem para ingressar nesta carreira, em seu estudo?
Pretendo prestar concurso para (tentar) tornar-me juíza federal. Sei que devo começar a me preparar desde já, e por isso pesquisei sobre o assunto na internet, e acabai encontrando este blog há uns 6 meses atrás. Nunca postei comentário algum, mas tendo em vista meu medo de "nada, nadar e morrer na praia", resolvi, sem ter a certeza sobre uma resposta, mas ainda que não à tenha vale perguntar: Será que estou perdendo tempo nesta profissãõ, com um mercado de trabalho cada vez mais concorrido, disputado, difícil de entrar? Gostaria de obter algumas dicas a respeito de como estudar para concursos do tipo ainda na faculdade, se for possível(isto é, se é que tal pratica é a mais indicada), e ainda por cima trabalhando.
PARABÉNS pelo blog. É sem dúvidas de grande utilidade.
RESPOSTA À SUZI.
Olá Suzi, como vai?
Não sou especialista na área jurídica, mas trabalho em Ministério Público e tenho contato com uma multidão de especialistas todos os dias.
Passando a estes sua pergunta, o que a maioria aconselhou, e já adaptando ao "moderno" no que tange à preparação eficiente para concursos públicos, te aconselho o seguinte:
1 - Você não está nova demais para isso, embora precise ter ao menos 18 anos para poder tomar posse na maioria dos concursos;
2 - Aproveite o nível de sua Universidade/Faculdade e estude com afinco, para solidificar muito sua formação, principalmente conceitos;
3 - Faça um estudo de alguns concursos que deseja fazer, LÓGICO, dentro de uma mesma área, e com base nos programas de matéria deles, elenque aquelas que caem com maior freqüência e que tem peso maior. Procure começar a estudar estas, fazendo, antes, um cronograma de estudos, simples, com 5, 6 matérias no máximo. Se tiver como, compre livros específicos, dos principais autores voltados para concursos, destas matérias e vá estudando por eles, sempre intercalando teoria e exercícios. Não veja esse estudo de forma banal, mas entenda que ele é apenas inicial, pois, se bem entendi, você ainda não é formada. O objetivo desse comportamento será criar uma “cama”, uma base sólida, para que, quando formada, você possa entrar com mais vigor nessa ferrenha competição;
4 – Finalizando, não acho que estejas perdendo tempo, e nem que a concorrência seja problema. Se os concorrentes são apenas números, não se importe com eles. Se são bons no que fazem, eles vão passar e sair da fila. Qualquer coisa, qualquer mesmo, que um ser humano um dia vez, outro é capaz de fazer, ainda que demore mais, ou tenha de caminhar muitas léguas mais que o primeiro...mas o FATO é que ele PODE fazer.
Bem, espero ter ajudado, e como mensagem final, digo que busque seus sonhos, busque seus objetivos. Se quer correr atrás de um sonho, vá, vá com tudo, vá com todas as forças. Seja perseverante, e use e muito do famoso P2D (Planejamento, Disciplina e Determinação).
Fique em paz!!!