Desembarque na Normandia dos concursos públicos

O filme “O Resgate do Soldado Ryan” traz em sua seqüência de abertura a encenação de como foi o desembarque das tropas aliadas na Normandia no dia D, o início da retomada da Europa ocupada pelos nazistas. Nesse desembarque, os soldados eram levados dos milhares de navios de transporte de tropas para as praias francesas em barcos de fundo chato de transporte que, ao chegar à praia, tinham o portão frontal baixado e então os soldados saiam correndo e atirando no inimigo. Um soldado que sobreviveu a esse desembarque escreveu em sua autobiografia algo muito interessante, “Eu sentia o gosto da adrenalina na boca e não pensava em mais nada a não ser fazer o meu trabalho, que era lutar até a morte se necessário”.

Algo parecido acontece entre os concurseiros que aguardam ansiosamente a divulgação do edital de algum concurso público muito aguardado. Exatamente como está acontecendo com o concurso do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Senado Federal. Desde o ano passado há um blá-blá-blá quanto à divulgação dos editais desses concursos. Ontem em uma lista de discussão alguém descobriu que no DOU (Diário Oficial da União) do dia havia saído uma nota quanto à contratação da Cespe/UNB pelo STF para a organização do concurso para analistas e técnicos judiciários.

Esse misto de ansiedade e expectativa pode ser tanto algo muito bom, quanto muito mal (como tudo na vida), dependendo somente do modo como o concurseiro lida com esse sentimento. Se leva o concurseiro a se preparar com alguma antecedência, a ficar atento para a divulgação do edital como se fosse a bandeira de largada para uma corrida, aí será algo benéfico e bem vindo. Agora, levar a um estado de ansiedade negativa, de nervosismo, derrotismo, quando o concurseiro fica imaginando o pior, fica com medo da divulgação do edital e já pensa que não terá chances de passar, então será negativo e deve, a todo custo, ser evitado.

Não é a toa que diz-se que “ignorância é felicidade”. Não é fácil lidar com esse misto de expectativa e ansiedade por um concurso público muito aguardado. Mas faz parte da vida do concurseiro e é melhor aprender a lidar com isso de forma positiva o quanto antes, para que não se sofra mais do que o necessário. Digo isso, porque já me cansei de ver gente sofrendo em demasia por algo que aguarda se tornar real, conheço concurseiros que estão aguardando concursos específicos e enquanto isso sofrem, chegando a somatizar a expectativa e ansiedade, ficando mal do corpo e do espírito.

Não adianta, gente, não temos o controle sobre quando um órgão finalmente divulga o edital de um concurso público. Até certo ponto, até os próprios órgãos não têm esse controle. Diante dessa realidade, o melhor que o concurseiro pode fazer é lidar com a situação de forma tranqüila, calma e positiva. Para isso, há alguns conselhos úteis.

PARE com essa história de ficar imaginando o pior que pode acontecer, que o edital trará mais matérias que você tem condições/tempo de estudar, que a concorrência será brutal. Nada disso, pense que nessa guerra é você contra sua preguiça de estudar, desorganização, falta de estratégia e de conhecimento. Quem encara a espera de forma positiva, terá a vantagem quando o edital for divulgado.

PENSE que não é só você que está aguardando aquele concurso acontecer, mas milhares de outros concurseiros. Você não está sozinho nessa guerra. Enquanto o edital não é divulgado, leva vantagem quem pensa positivo.

AJA ao invés de ficar remoendo ansiedade e expectativa. Procure informações sobre o que pode ser exigido no edital em termos de matérias para serem estudadas, descubra como foi o concurso anterior do mesmo órgão, estude o que possa ser estudado com antecedência.

RESUMO DA ÓPERA – Ser um concurseiro sério é saber que seu desembarque na praia dos concursos não será fácil, bonito ou tranqüilo. É saber que se luta numa guerra séria que não perdoa quem não tem cabeça fria, foco nas metas e apego às estratégias de estudo. Portanto, vencer essa guerra começa com vencer sua própria tendência de ver as coisas pelo lado negativo, mais difícil, mais trabalhoso. O soldado que escreveu sua autobiografia somente sobreviveu ao desembarque na Normandia porque “Eu sentia o gosto da adrenalina na boca e não pensava em mais nada a não ser fazer o meu trabalho, que era lutar até a morte se necessário”.

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PERGUNTA DO DIA

Como você lida com a ansiedade e expectativa por algum concurso público que você espera que seja divulgado, mas isso demora a acontecer?
Essa pergunta deve ser respondida em nossa comunidade no Orkut. Basta clicar no homenzinho ai em cima (você precisa estar conectado no Orkut em outra janela de navegador para ser levado à página de resposta).

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MÚSICA DO DIA
Para terminar a semana, mais um sucesso de Gloria Gaynor, que encerrou o Festival de Verão de Salvador 2007, “Can´t take my eye off you”, que traduzido tem tudo haver com nossa relação com os concursos públicos, “não consigo tirar meus olhos de você”.

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Nesse final de semana haverá uma novidade no blog. Costumeiramente não publico artigos nos sábados e domingos, daí pensei em publicar artigos de outros concurseiros e professores de cursinhos para concursos (com autorização dos autores, claro). Começa esse final de semana com dois artigos muito legais. Não percam.

1 Response to "Desembarque na Normandia dos concursos públicos"

  1. Camisa 9 says:

    Na parte PENSE:
    não falta um "m"?
    ", leva vantagem que(m) pensa positivo."

    E aqui tambem:
    RESUMO DA ÓPERA:
    "É saber que se luta numa guerra séria que não perdoa que(m) não tem cabeça fria,"!

    Desculpa dar um de professor de pt, coisa que está longe de mim, mas só pra ajudar se naum for te incomodar.

    *Graças a Deus não sou tão fissurado em concurso público não. Só espero aqueles da minha região e os de meu interesse, mas nada em específico.
    Menos banco!

    Éric

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