Língua Viva
06:33
Concurseiro Solitario
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Dicas de estudo
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Sobre estudar para concursos públicos
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1 Comment
Olá pessoal, como vocês podem ver, eu sou multifacetada. Na segunda-feira, falei sobre livros de Direito Administrativo, uma das matérias em que estou me especializando para virar professora (uma das minhas paixões). Antes de começar o novo tema gostaria de fazer algumas observações a respeito da não indicação o livro de Direito Administrativo do finado mestre Hely Lopes Meireles.
Como eu já adiantei, o grande e saudoso mestre já partiu dessa para a melhor. Com isso, apesar de sua obra vir sendo atualizada, não há criação de doutrina nova dentro deste livro clássico. Ocorre que o Direito Administrativo sofreu mudanças na última década com a criação de novas leis, teorias e princípios. Hely infelizmente não está vivo para vivenciar tais experiências. Se estivesse hoje, certamente nos brindaria com belos ensinamentos sobre esses temas novos.
Não desmereçendo a obra, pois ainda é extremamente valorosa, eu a indico para o estudo da área acadêmica (graduação em direito, pós-graduação), a título curiosidade e por valor histórico.
Agora, vamos à pauta de hoje: língua portuguesa.
Depois que Charles escreveu sobre o assunto, percebi certo desconforto por parte dos leitores no shoutbox e nos e-mails que recebi.
Uma das dúvidas gira em torno da função dêitica, da anáfora e da catáfora. Primeiramente, apesar de essas expressões parecerem nome de doença (risos), elas não tem nada haver com isso. Tratam da função do pronome. Eu não sou professora de português (e sim de Direito Público), mas vou arriscar uns pequenos pitacos.
Aprendi que esse assunto é cobrado na compreensão de textos e na coesão/coerência, as quais dão a noção de unidade do mesmo. Por isso, o pronome vai correlacionar elementos do texto.
Esquema:
Função Endofórica - trata de informação trazida dentro do texto. Ela compreende as funções:
- Anafórica: retoma uma informação anterior;
- Catafórica: avança sobre uma informação posterior.
Função Exofórica - são as inferências, em que se deduzem informações fora do texto. Essa é a função Dêitica. Para identificá-las, convém fazermos as seguintes perguntas:
* "Quem disse?"
* "Onde disse?"
*"Quando disse?"
OBS.: A fonte do autor não faz parte do texto e continua exofórica.
Vou dar um exemplo:
*Questão*: O pronome que, no texto, faz referência exófora, isto é,referência a exemplo pertencente ao universo extratextual, encontra-se destacado em:
*Resposta*: "mas permito-*me* fazer algumas ponderações e reflexões."
*Comentário*: Apesar de não termos o texto para examinar, percebe-se que, ao fazermos uma daquelas perguntas (quem?), vê-se que foi quem produziu o texto. Como o autor está fora dele, o pronome exerce função exófora ou função dêitica.
Fonte: Apostila I - Exercícios e Resolução de Provas. Profª Adriana Figueiredo.
A segunda e derradeira dúvida veio de uma concurseira que não sabia se deveria estudar para o MPU o novo acordo ortográfico ou as regras antigas.
Primeiramente, o leitor conhece o Decreto presidencial que trata o novo acordo ortográfico? É esse aqui:
No art.2º, parágrafo único, pode-se ver que estamos no período de transição, certo? Por estarmos nessa transição, as duas normas coexistem pacificamente e, assim, são consideradas corretas. Então, existirão pessoas que escreverão de uma ou de outra forma. Se assim é, também existirão concursos que cobrarão as duas formas.
Bem, onde quero chegar com tudo isso? Eu quero dizer que estudar por uma gramática que aborde o novo acordo, de modo que você aprenda a regra antiga e a regra nova é pra lá de recomendável. Alguns concursos já estão cobrando as duas regras de forma comparativa nas questões.
De qualquer sorte, não devemos nos assustar porque não é muita coisa. As pessoas estão criando um cavalo de batalha que não existe. Eu, particularmente, não acho muito difícil. A única dificuldade é com o uso do hifen, mas, com o tempo, a gente aprende.
Para complementar, eu recomendo esses vídeos (1 e 2) para quem quer aprender de modo mais completo sobre o novo acordo e por uma fonte fidedigna:
Note que é um vídeo importante para que faz concursos organizados pela ESAF, como os da Receita (Fiscal e Analista), pois é feito pela própria instituição!
Resumo da Ópera - Na língua portuguesa, as coisas só têm cara feia ou nome feio, mas na verdade são interessantíssimas e nem tão difíceis assim. Basta estudo teórico e treino!
Raquel Monteiro é uma legítima concurseira carioca.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
Amigos concurseiros, essa é a lista dos últimos livros que tenho em duplicata para vender. Todos excelentes títulos que podem, tranquilamente, serem usados para estudar para vários concursos públicos. Se você estiver interessado em comprar algum deles, por favor me envie um email para concurseirosolitario@gmail.com
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Como eu já adiantei, o grande e saudoso mestre já partiu dessa para a melhor. Com isso, apesar de sua obra vir sendo atualizada, não há criação de doutrina nova dentro deste livro clássico. Ocorre que o Direito Administrativo sofreu mudanças na última década com a criação de novas leis, teorias e princípios. Hely infelizmente não está vivo para vivenciar tais experiências. Se estivesse hoje, certamente nos brindaria com belos ensinamentos sobre esses temas novos.
Não desmereçendo a obra, pois ainda é extremamente valorosa, eu a indico para o estudo da área acadêmica (graduação em direito, pós-graduação), a título curiosidade e por valor histórico.
Agora, vamos à pauta de hoje: língua portuguesa.
Depois que Charles escreveu sobre o assunto, percebi certo desconforto por parte dos leitores no shoutbox e nos e-mails que recebi.
Uma das dúvidas gira em torno da função dêitica, da anáfora e da catáfora. Primeiramente, apesar de essas expressões parecerem nome de doença (risos), elas não tem nada haver com isso. Tratam da função do pronome. Eu não sou professora de português (e sim de Direito Público), mas vou arriscar uns pequenos pitacos.
Aprendi que esse assunto é cobrado na compreensão de textos e na coesão/coerência, as quais dão a noção de unidade do mesmo. Por isso, o pronome vai correlacionar elementos do texto.
Esquema:
Função Endofórica - trata de informação trazida dentro do texto. Ela compreende as funções:
- Anafórica: retoma uma informação anterior;
- Catafórica: avança sobre uma informação posterior.
Função Exofórica - são as inferências, em que se deduzem informações fora do texto. Essa é a função Dêitica. Para identificá-las, convém fazermos as seguintes perguntas:
* "Quem disse?"
* "Onde disse?"
*"Quando disse?"
OBS.: A fonte do autor não faz parte do texto e continua exofórica.
Vou dar um exemplo:
*Questão*: O pronome que, no texto, faz referência exófora, isto é,referência a exemplo pertencente ao universo extratextual, encontra-se destacado em:
*Resposta*: "mas permito-*me* fazer algumas ponderações e reflexões."
*Comentário*: Apesar de não termos o texto para examinar, percebe-se que, ao fazermos uma daquelas perguntas (quem?), vê-se que foi quem produziu o texto. Como o autor está fora dele, o pronome exerce função exófora ou função dêitica.
Fonte: Apostila I - Exercícios e Resolução de Provas. Profª Adriana Figueiredo.
A segunda e derradeira dúvida veio de uma concurseira que não sabia se deveria estudar para o MPU o novo acordo ortográfico ou as regras antigas.
Primeiramente, o leitor conhece o Decreto presidencial que trata o novo acordo ortográfico? É esse aqui:
No art.2º, parágrafo único, pode-se ver que estamos no período de transição, certo? Por estarmos nessa transição, as duas normas coexistem pacificamente e, assim, são consideradas corretas. Então, existirão pessoas que escreverão de uma ou de outra forma. Se assim é, também existirão concursos que cobrarão as duas formas.
Bem, onde quero chegar com tudo isso? Eu quero dizer que estudar por uma gramática que aborde o novo acordo, de modo que você aprenda a regra antiga e a regra nova é pra lá de recomendável. Alguns concursos já estão cobrando as duas regras de forma comparativa nas questões.
De qualquer sorte, não devemos nos assustar porque não é muita coisa. As pessoas estão criando um cavalo de batalha que não existe. Eu, particularmente, não acho muito difícil. A única dificuldade é com o uso do hifen, mas, com o tempo, a gente aprende.
Para complementar, eu recomendo esses vídeos (1 e 2) para quem quer aprender de modo mais completo sobre o novo acordo e por uma fonte fidedigna:
Note que é um vídeo importante para que faz concursos organizados pela ESAF, como os da Receita (Fiscal e Analista), pois é feito pela própria instituição!
Resumo da Ópera - Na língua portuguesa, as coisas só têm cara feia ou nome feio, mas na verdade são interessantíssimas e nem tão difíceis assim. Basta estudo teórico e treino!
Raquel Monteiro é uma legítima concurseira carioca.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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Amigos concurseiros, essa é a lista dos últimos livros que tenho em duplicata para vender. Todos excelentes títulos que podem, tranquilamente, serem usados para estudar para vários concursos públicos. Se você estiver interessado em comprar algum deles, por favor me envie um email para concurseirosolitario@gmail.com
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Bom texto, Rachel, mas eu não entendi nada rs. Não se preocupe pq a culpa não é a sua explicação, ela me parece ótima é que tô atrasado mesmo rs, mas pregunto: esse assunto que vc abordou caem em concursos de nível médio?
Abx e bons estudos!