COLUNA DOS LEITORES - Nunca desista de seu sonho!
08:37
Concurseiro Solitario
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Eu acalento um sonho: ser servidor público federal. Fui servidor público estadual, cargo em comissão, durante um período de cinco anos. Atualmente, sou servidor público municipal. Faz quatro anos que tento concretizá-lo. Reconheço! Não está sendo fácil.
Exerci a profissão de bancário por quatro anos. Ingressei no banco por intermédio de concurso público em 1990. Em 1988, não existia essa “febre” por concurso público. Concurso público era uma opção e não a solução, como nos dias atuais. Havia poucos concursos. As inscrições não eram feitas pela internet. As dificuldades eram imensas. Poucas informações e acesso dificultado aos editais, desse modo o nosso meio de informação era o jornal Folha Dirigida; além disso, em minha cidade, existiam poucos cursinhos preparatórios para concurso público. Eu estudava sem método nenhum, era um concurseiro iniciante. Mesmo assim, estudava cerca de 8 horas por dia. Prestei concurso para o Banco Meridional do Brasil S/A e fui o 11º colocado. Após dois anos, finalmente recebi o telegrama do banco. Graças a Deus eu tinha conseguido.
A vida nos “prega várias peças”. Estabilizado financeiramente, vida tranqüila, sem maiores ambições. Fui pego de supresa, quando chegou um fax da direção do Banco. O Presidente FHC mandou encerrar as atividades de todas as agências instaladas na região nordeste. Lembro-me como hoje: foi um desespero total. Meus colegas choravam copiosamente. Depois de tantos anos de dedicação ao banco, ser demitido dessa forma? O que será de mim? O banco me transferiu para uma agência localizada na cidade de Santo André – SP. Cidade desenvolvida, possibilidade de fazer novas amizades, desenvolvimento profissional, ótima opção! No entanto, nessa mesma época, meu pai teve problemas sérios de saúde. Estávamos passando por problemas financeiros. Tive de abdicar da transferência e aderir ao Plano de Demissão Voluntária haja vista à necessidade da indenização. Uma parte dessa indenização iria custear as despesas de estada do meu pai na cidade de São Paulo. Ele passou um ano se tratando. Graça a Deus se curou. Valeu à pena! Não me arrependo um minuto sequer da minha decisão.
Resolvi prestar vestibular para Direito. Após 6 meses de estudo fui aprovado. Deus foi muito bom comigo. No primeiro dia de aula conheci o sobrinho da futura Secretaria Estadual de Educação. Ficamos amigos. Passados alguns meses, fui convidado a fazer parte do quadro de comissionados da secretaria. Aceitei na hora! Exerci por cinco anos o cargo comissionado da Secretaria Estadual de Educação. Trabalhava os dois horários e fazia faculdade à noite. Era muito cansativo, porém consegui concluir o curso em 2004. Fui exonerado do meu cargo em comissão em abril de 2004. Resolvi estudar novamente para concurso. Não fui à procura de um novo emprego.
Em 19 de maio de 2004, foi publicado o edital do TRE/AL. Provas em 01 de agosto. Teria dois meses e 11 dias até as provas. Estudei como "um louco" para esse concurso, eram dez horas de estudo por dia, cursinho de domingo a domingo, sem direito a lazer. Estudava sem método, sem intervalos de descanso, nem disciplina, sem sequer acompanhar o conteúdo programático do edital e sem praticar nenhuma atividade física. Tudo oposto ao que recomenda o manual do bom concurseiro. Nos dias anteriores à prova eu estava muito ansioso e tenso, vislumbrava o dia da prova como se fosse um suplício, como se eu estivesse no corredor da morte e no dia seria executado. Eu estava com estresse, pois estava com fadiga, sudorese, mãos frias e úmidas, boca seca, palpitações, tensão e dor muscular e impaciência. Estava muito inseguro, apesar de ter “visto” todo o conteúdo programático do concurso.
No dia fatídico prestaria prova pela manhã (analista judiciário) e à tarde ( técnico judiciário), amanheci super nervoso, com olheiras profundas (passei a noite sem dormir). Aconteceu o esperado: "deu um branco", não conseguia me concentrar, suava frio, mãos trêmulas e adrenalina alta, o meu cérebro considerou mais importante estabilizar as minhas condições emocionais, o que estava causando o desconforto, do que se mobilizar para resgatar a informação para resolver uma questão de prova. O resultado foi péssimo. Consegui ser classificado, todavia bem distante da quantidade de vagas.
Atualmente, estou me preparando para o TRT/AL. Estou menos estressado, pois sei o que quero, sou organizado (faço quadro de horário semanal), estou atento e receptivo, observo o meu objetivo, sigo com foco. Além do mais, sou flexível para continuar mudando; se necessário faço alterações no percurso, mudo estratégias no intuito de melhorar os meus resultados. Troquei a quantidade de horas por qualidade, estudo seis horas por dia. Aos domingos não estudo, mas pratico atividade física, acesso a internet, leio revistas e jornais. Vou à missa também, pois Deus é muito importante para mim, sem a fé que nutro por Ele eu não teria forças para recomeçar.
Resumo da ópera - Ser concurseiro não é fácil. São vários problemas que nos afligem, nos causam desconforto emocional e comprometem a nossa capacidade de concentração e aprendizado. Não há objetivo inatingível. Paciência, perseverança e determinação são qualidades fundamentais em um bom concurseiro. Devemos sempre nos questionar: - Será que estou dando o melhor de mim ou tenho condições de progredir cada vez mais?
“As pessoas viajam para procurar maravilhas no topo das montanhas, nas altas ondas do mar, nos longos cursos dos rios, na vasta extensão do oceano, no movimento circular das estrelas, e passam por si mesmas sem se maravilharem” - Santo Agostinho
Alfredo Madeiro é um legítimo concurseiro alagoano que nunca desiste do seu sonho.
Exerci a profissão de bancário por quatro anos. Ingressei no banco por intermédio de concurso público em 1990. Em 1988, não existia essa “febre” por concurso público. Concurso público era uma opção e não a solução, como nos dias atuais. Havia poucos concursos. As inscrições não eram feitas pela internet. As dificuldades eram imensas. Poucas informações e acesso dificultado aos editais, desse modo o nosso meio de informação era o jornal Folha Dirigida; além disso, em minha cidade, existiam poucos cursinhos preparatórios para concurso público. Eu estudava sem método nenhum, era um concurseiro iniciante. Mesmo assim, estudava cerca de 8 horas por dia. Prestei concurso para o Banco Meridional do Brasil S/A e fui o 11º colocado. Após dois anos, finalmente recebi o telegrama do banco. Graças a Deus eu tinha conseguido.
A vida nos “prega várias peças”. Estabilizado financeiramente, vida tranqüila, sem maiores ambições. Fui pego de supresa, quando chegou um fax da direção do Banco. O Presidente FHC mandou encerrar as atividades de todas as agências instaladas na região nordeste. Lembro-me como hoje: foi um desespero total. Meus colegas choravam copiosamente. Depois de tantos anos de dedicação ao banco, ser demitido dessa forma? O que será de mim? O banco me transferiu para uma agência localizada na cidade de Santo André – SP. Cidade desenvolvida, possibilidade de fazer novas amizades, desenvolvimento profissional, ótima opção! No entanto, nessa mesma época, meu pai teve problemas sérios de saúde. Estávamos passando por problemas financeiros. Tive de abdicar da transferência e aderir ao Plano de Demissão Voluntária haja vista à necessidade da indenização. Uma parte dessa indenização iria custear as despesas de estada do meu pai na cidade de São Paulo. Ele passou um ano se tratando. Graça a Deus se curou. Valeu à pena! Não me arrependo um minuto sequer da minha decisão.
Resolvi prestar vestibular para Direito. Após 6 meses de estudo fui aprovado. Deus foi muito bom comigo. No primeiro dia de aula conheci o sobrinho da futura Secretaria Estadual de Educação. Ficamos amigos. Passados alguns meses, fui convidado a fazer parte do quadro de comissionados da secretaria. Aceitei na hora! Exerci por cinco anos o cargo comissionado da Secretaria Estadual de Educação. Trabalhava os dois horários e fazia faculdade à noite. Era muito cansativo, porém consegui concluir o curso em 2004. Fui exonerado do meu cargo em comissão em abril de 2004. Resolvi estudar novamente para concurso. Não fui à procura de um novo emprego.
Em 19 de maio de 2004, foi publicado o edital do TRE/AL. Provas em 01 de agosto. Teria dois meses e 11 dias até as provas. Estudei como "um louco" para esse concurso, eram dez horas de estudo por dia, cursinho de domingo a domingo, sem direito a lazer. Estudava sem método, sem intervalos de descanso, nem disciplina, sem sequer acompanhar o conteúdo programático do edital e sem praticar nenhuma atividade física. Tudo oposto ao que recomenda o manual do bom concurseiro. Nos dias anteriores à prova eu estava muito ansioso e tenso, vislumbrava o dia da prova como se fosse um suplício, como se eu estivesse no corredor da morte e no dia seria executado. Eu estava com estresse, pois estava com fadiga, sudorese, mãos frias e úmidas, boca seca, palpitações, tensão e dor muscular e impaciência. Estava muito inseguro, apesar de ter “visto” todo o conteúdo programático do concurso.
No dia fatídico prestaria prova pela manhã (analista judiciário) e à tarde ( técnico judiciário), amanheci super nervoso, com olheiras profundas (passei a noite sem dormir). Aconteceu o esperado: "deu um branco", não conseguia me concentrar, suava frio, mãos trêmulas e adrenalina alta, o meu cérebro considerou mais importante estabilizar as minhas condições emocionais, o que estava causando o desconforto, do que se mobilizar para resgatar a informação para resolver uma questão de prova. O resultado foi péssimo. Consegui ser classificado, todavia bem distante da quantidade de vagas.
Atualmente, estou me preparando para o TRT/AL. Estou menos estressado, pois sei o que quero, sou organizado (faço quadro de horário semanal), estou atento e receptivo, observo o meu objetivo, sigo com foco. Além do mais, sou flexível para continuar mudando; se necessário faço alterações no percurso, mudo estratégias no intuito de melhorar os meus resultados. Troquei a quantidade de horas por qualidade, estudo seis horas por dia. Aos domingos não estudo, mas pratico atividade física, acesso a internet, leio revistas e jornais. Vou à missa também, pois Deus é muito importante para mim, sem a fé que nutro por Ele eu não teria forças para recomeçar.
Resumo da ópera - Ser concurseiro não é fácil. São vários problemas que nos afligem, nos causam desconforto emocional e comprometem a nossa capacidade de concentração e aprendizado. Não há objetivo inatingível. Paciência, perseverança e determinação são qualidades fundamentais em um bom concurseiro. Devemos sempre nos questionar: - Será que estou dando o melhor de mim ou tenho condições de progredir cada vez mais?
“As pessoas viajam para procurar maravilhas no topo das montanhas, nas altas ondas do mar, nos longos cursos dos rios, na vasta extensão do oceano, no movimento circular das estrelas, e passam por si mesmas sem se maravilharem” - Santo Agostinho
Alfredo Madeiro é um legítimo concurseiro alagoano que nunca desiste do seu sonho.
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Bate-papo do Concurseiro Solitário
(Hoje, DOMINGO, a partir das 20:00)
(Hoje, DOMINGO, a partir das 20:00)
Vá ao chat do IG (http://batepapo.ig.com.br)
Escolha nas opções de salas o Afinidades.
Escolha o canal Atualidades.
O bate-papo será na Sala 1
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Para o Alfredo:
Você escreve muito bem e o faz com o coração aberto! Continue, seja persistente e tudo dará certo.
Raquel
Alfredo,
Parabéns pelo artigo e pela sua história de vida!
É um exemplo para nós, concurseiros, nunca desistir do nossos sonhos, mesmo que eles pareçam distantes.
Abraço,
Tiago Gomes
Nossa, Alfredo, adorei o post. Vc é um guerreiro e um vencedor. Pode ter certeza que sua hora vai chegar. Ah, e fiquei mais feliz ainda por descobrir que vc é alagoano. Eu tb sou!!!hehehheheh....e tb estou me preparando pra o TRT daqui. Quem sabe não seremos colegas, né?
Olha, continua firme que vc vai alcançar seu sonho.
Abraços, Helineide
Bacana, Alfredo... perseverança e determinação é isso aí! Abraços e boa sorte!
Flavia C.
Belo exemplo de vida!
Você é a luz da sua família, cara!
Continue persistente que a sua vitória chegará em breve.
"Será que estou dando o melhor de mim ou tenho condições de progredir cada vez mais?"
Essa pergunta que você expôs me deu um chacoalhão danado nessa noite.
OBRIGADO!
Éric