Abaixo o preconceito!

Se há algo nessa vida que eu não tolero é o preconceito! Ô praga maldita e disseminada na cabeça de tantos brasileiros. E olha que a questão aqui não é só racial não! O tema vai de cor a regiões brasileiras, opção sexual a profissões, enfim, é um mar de absurdos, visões distorcidas e tantas outras tolices com as quais se perdem tanto tempo falando coisas tão inúteis e sem pé nem cabeça.

Estava eu sentado na poltrona do meu ônibus fretado com o note aberto estudando uma matéria, quando sentam dois indivíduos na minha frente e começam uma conversa. É claro que eu não gostaria de ter prestado atenção, mas como eles falavam tão alto não foi possível não escutar:

- E aí? Vai fazer a OAB?

- Não sei rapaz, to pensando ainda. Quem sabe ano que vem, não to tão preparado assim...

- Acho que você devia fazer. Mas não aqui em São Paulo; que tal você tentar em outro Estado? Aposto que é muito mais fácil.

- É...pensei nisso. Gasto com passagem, mas a aprovação é certeira. Depois eu peço transferência para cá. Eu já tava pensando em fazer isso com relação aos concursos, porque para aquela região atrasada, tipo o Nordeste, o Norte, até mesmo o Centro-Oeste, as provas são muito mais fáceis, sem dúvida alguma, do que aqui para São Paulo.

(Pensei comigo: santa ignorância, meu Deus do céu!).

Vários equívocos são encontráveis neste pequenino diálogo. Primeiramente, o Exame da OAB, salvo engano, foi unificado. Já abordamos tal fato por diversas vezes, tanto a Raquel, quanto eu no Blog, quando fizemos a matéria especial para a OAB. Assim, pelo fato de estar unificado, é uno, igual para todos os Estados da Federação.

Segundo, NÃO TEM NADA DISSO DE QUE NO AMAPÁ, AMAZONAS, PARÁ, RONDÔNIA, ACRE, BAHIA, SERGIPE, PERNAMBUCO, RIO GRANDE DO NORTE, TOCANTIS, etc., a prova de concurso ser mais fácil do que aqui. Isso é um BAITA de um preconceito!

Pessoal, concurseiro sério não tem esse pensamento, pelamordeDeus!!

Isso é ser ignorante e desinformado! Vou dar um exemplo concreto. Vou postar aqui uma questão que caiu no Concurso para Juiz Estadual do Pará, em 2009:

A respeito do regramento constitucional das medidas provisórias, assinale a afirmativa incorreta.

(A) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

(B) A edição de medida provisória para instituição de tributos só será admitida para atender despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

(C) Apenas excepcionalmente o Poder Judiciário poderá, no controle de constitucionalidade da medida provisória, examinar a adequação dos requisitos de relevância e urgência, por força da regra de separação de poderes.

(D) A medida provisória não apreciada pelo Congresso Nacional podia, até a Emenda Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde a primeira edição.

(E) É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Agora, te pergunto: se eu não tivesse dito que a questão era do Tribunal de Justiça do Pará ou se você não tivesse resolvido essa questão antes, você diria que a questão é “nortista” ou do “sudeste”?

Pergunta idiota né? Pois é. Perdoem-me, mas quem pensa do mesmo jeito que aqueles dois lá também é assim. Por quê? Porque isso não passa de um preconceito arraigado na maioria dos brasileiros, onde os quais quando mencionam o povo trabalhador e guerreiro do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil os tomam como uma população atrasada! Gente! São brasileiros! Sabe quem construiu São Paulo? Os nordestinos! São um povo trabalhador, de raça, gente nata da nossa terra! A maioria dos pedreiros veio do Nordeste para fazer essas obras maravilhosas de São Paulo! Tem um edifício sendo construído aqui em frente ao meu trabalho! É a mão do Nordeste na construção de São Paulo. E deixa a cidade cada vez mais imponente, diga-se de passagem!

Quer mais? Uma enooorme parte dos MEGAempresários são Nordestinos ou Nortistas. Vieram dessa região ou do Centro-Oeste do Brasil, onde se acumulam a maior parte de pecuaristas, podres de rico para dizer o mínimo.

O simples fato de uma pessoa estar em um determinado local, afastado do “evoluído Sul ou Sudeste do Brasil”, já é motivo para chamá-los de atrasados, vagabundos ou desocupados.

Eu odeio e rechaço este tipo de preconceito!

Mal sabem essas pessoas que os ganhadores de prêmios de melhores pesquisas científicas, projetos científicos são, muitas vezes, Nordestinos!

Eu friso: eu não suporto esse tipo de preconceito com essa gente guerreira! Já foram ao Nordeste? Ao Norte? Pois é! Sintam como serão recepcionados! Perguntem onde é tal lugar para ver se a pessoa não vai com você te mostrar! Agora faça isso em São Paulo; taí o Charles que não me deixa mentir, onde morou na Capital por um bom tempo.

E para finalizar, eu exalto o Fontenele: articulista excelente deste amado Blog! Pessoa que tanto ajuda, mesmo lá de longe! Esse, não tenho dúvidas alguma que logo, logo estará empossado em um belo cargo público, dando “banana” para esses preconceituosos de plantão. E tantos outros articulistas que já passaram por esse blog daquelas terras tão queridas, onde tem muito concurseiro “cabra macho” nos estudos, e muita mulher “guerreira” nos concursos! A vocês, todo o meu respeito e admiração! Tenho orgulho de ser descendente de um Paraibano lutador e vencedor!

Resumo da ópera - O preconceito não traz nada de bom! Gera brigas, discussões, violência, dissensão! Para que ficar perdendo tempo com assuntos tão banais e inúteis? Conclamo os leitores deste amado blog (o qual BOA PARTE É NORDESTINA, NORTISTA, ENFIM, O BRASIL INTEIRO ESTÁ AQUI, E DENTRO DOS CORAÇÕES DESTES ARTICULISTAS, PRINCIPALMENTE NO MEU), a levantarem a bandeira “Abaixo o Preconceito”, pois somos todos brasileiros desta pátria amada que se chama BRASIL!!

Jerry Lima, um Concurseiro Concursado Profissional.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Se não quer que eu te ajude, por que pediu?

O mundo é repleto de gente focada e esforçada, mas também tem sua parcela de confusos.

Dia desses, um amigo que não vejo há uns tempos telefonou para mim. Como ele sabia que eu estudo para concursos há muito tempo, veio se informar comigo sobre como estudar para alcançar a carreira pública.

Eu estava suuuuuuper ocupada, mas parei o que estava fazendo para orientá-lo. Afinal, eu teria gostado muito que alguém tivesse me orientado dessa maneira quando comecei minha trajetória como concurseira.

Assim, eu perguntei a ele se era realmente o que desejava, pois nem sempre o trabalho será pontuado por dinamismo ou possibilidade de criar muitas coisas novas. Além disso, disse que precisaria escolher uma área, pois, se ele não procedesse desta maneira, dificilmente conseguiria aprovação. Afinal, é absolutamente lógico ser impossível se aperfeiçoar nos estudos quando não se tem foco. A pessoa que age assim nunca atinge seus objetivos para carreira alguma.

A primeira advertência, obviamente, foi superada porque ele dizia buscar “estabilidade”. Aquilo que todo mundo anda procurando para suas vidas, com toda razão. Todavia, na segunda premissa, a massa do bolo começou a solar (risos). Ele disse que não queria desperdiçar as chances dele por meio disso que eu chamo de foco. Gente, ele debochou de mim! É mole?

Leitor, esse é um equívoco muito grande! Isso que eu chamo de foco é extremamente importante! A cada vez que você estuda os mesmos temas, melhor fica. A gente se treina mais, corrige erros e se familiariza melhor com o assunto. Por isso é que as demais oportunidades nós deixamos passar porque não se encaixam no nosso perfil. É uma estratégia!

Outro mega erro: disse que só faria a prova se soubesse a matéria toda. Eu questionei isso, demonstrando que ele teria de aprender coisas novas se quisesse entrar neste mundo. Ele, com teimosia, insistiu, afirmando que passou num vestibular concorrido para uma universidade pública e que passou somente quando se sentiu pronto. Disse que saberia quando isso aconteceria. Ato contínuo, eu expliquei pacientemente que o vestibular é diferente dos concursos. São avaliadas outras habilidades e que o treino é parte do preparo.

Recomendei a ele para ler nosso blog, mas ele ficou com preguiça. Alegou que os textos são grandes demais. Tive vontade de rir, pois os textos das provas do CESPE costumam ser enormes, por exemplo.

Daí, disse a ele que deveria investir em bons livros e usar seu tempo livre em prol do projeto. Em resposta, ele já saiu me perguntando por cursinhos. Nossa, é incrível! Dez entre dez concurseiros novatos nunca querem passar pelo estudo caseiro primeiro. Eles querem ir, sem escalas, para o cursinho. Nada contra. Eu amo fazer cursinho, mas acho fundamental estudar em casa também.

Eu sugeri algumas opções de curso em nossa cidade e falei de alguns virtuais. Disse para comparar o custo-benefício de ambas as modalidades. Afinal, ele disse que estava sem dinheiro, mas acabou preferindo fazer presencial para sair um pouco de casa. Eu sei que, quando ele viu os preços nos sites, o rapaz esperneou. Disse que não iria torrar sua economias com coisa inútil e que poderia arrumar alguma coisa pela internet.

Diante desse fato, falei-lhe de alguns sites de material gratuito de boa procedência. Afinal, é preciso cuidado para não estudar com material desatualizado, com erros ou que ferisse direito autoral. Ele tomou nota, agradeceu e desligou o telefone. Foram uns 40 minutos de conversa. Depois, voltei correndo para os meus livros.

Um mês depois, eu o encontrei na rua junto da namorada. Cumprimentei-os e, antes que eu pudesse perguntar sobre os estudos, ela disse estar feliz porque eles viajariam para Buenos Aires. Meu amigo me disse que ainda não havia começado a estudar. Naquele momento, eu nada disse. Só pensei: “Gente sem dinheiro vai à Argentina? Por que me pediu ajuda se não queria ser ajudado?”

Constatei que concurso não é para todo mundo. Existe muita gente que se inscreve nas provas, que diz que está estudando etc etc., mas verdadeiramente não está. Esse volume de gente só se engana. Eles surfam na marola e vivem de modismos. Concurseiro de verdade não mede esforços para alcançar um determinado objetivo. Por isso, recursem concurseiros falsificados!

Resumo da Ópera - Dinheiro gasto é investimento; deixar algumas oportunidades passarem é estratégia; concurso não é vestibular. Pessoal, não se abalem com essa “concorrência” que nos assola. Ela é feita de uma grande massa de gente mal informada - o que me deixa pasma nos dias de hoje - e que deseja contar somente com a sorte. Elas dizem: “vai que eu dou um azar e passo”. Vai esperando sentado(a) para não cansar.

Raquel Monteiro é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Parem de rotular os concurseiros!


Gente, eu sou muito paciente, mas ultimamente andam testando minha paciência.

Eu não cheguei a lhes relatar o fato do artigo de hoje porque a vida anda corrida demais. Ah, francamente, isso foi uma pequena filigrana na vida de uma concurseira. Ok, no dia em que ouvi isso, fiquei danada! (risos)

Eu fiz prova para Analista Administrativo da Defensoria Pública da União, a qual foi organizada pela banca CESPE. O salário não era bom, pois só chegava a R$2.900,00 com a soma de umas gratificações de produtividade. Enfim, se alguém assumisse que eu não sou produtiva, meu salário ficaria abaixo disso. O cadastro de reserva era bem pequeno para o meu estado da federação. Mesmo assim, eu resolvi dar a cara a tapa para treinar e me familiarizar com as novas tendências de prova. Sim, leitores, não é somente o mundo fashionista que segue tendências, mas o mundo concursídico também.

Pensei que a prova seria mais fácil, mas não foi. Era algo do tipo “morde e assopra”, uma vez que não apresentava questões da modalidade “marque a incorreta”, mas tinha coisas bem complicadas para mim. Como era de se imaginar, eu não fui bem. Afinal, eu estava com foco em outro concurso e aquele apareceu com finalidade de treino.

Eu , de acordo com a minha experiência de anos de concurso, saí da prova já sabendo da minha sentença : não estaria dentro do cadastro de reservas. E pior: no concurso de um cargo que paga mal. Fiquei muito aborrecida e me senti meio humilhada, pois sempre estudei muito. Queria me sentir valorizada como profissional, pois sempre investi na minha carreira. Estou concluindo pós-graduação e não quero parar por aí.

Após a prova, fui para a casa de uma amiga, pois o local de prova era perto dali. Passei uma tarde super agradável com ela. Contudo, à noite, a irmã dela servidora pública empossada há uns 2 anos chegou. Ela me cumprimentou e perguntou o que fazia lá. Eu respondi com tranquilidade, porque ela é ex-concurseira, sobre meus propósitos. Para quê? Ela me criticou tanto, mas tanto, que fiquei super chateada. Foi como chutar cachorro morto! Sendo que o cão era eu, que estava meio sensibilizada pela prova.

Disse que eu não servia para aquilo e que deveria parar de estudar para concursos. Afirmou que eu deveria arrumar um emprego. Falou aquelas bobagens que todo boboca diz: “você não passou porque ficou nervosa”; “você precisa se desligar dos concursos para poder passar”; “você não passa porque estuda demais”. Eu que havia já me programado para nunca mais dar ouvidos a essas palhaçadas, acabei sendo pega de forma desprevenida. Fiquei horrorizada com a saraivada de críticas. Ela simplesmente esqueceu dos dias de concurseira com grana curta!

Na hora foi péssimo, mas agora estou vacinada de novo. Quando eu passar, ninguém mais lembrará dos concursos em que não fui aprovada. Saibam disso!

O resultado saiu depois e eu realmente não fiquei dentro do cadastro de reservas. A nota não foi ruim, mas não foi suficiente. Eu já sabia disso, mas não me senti aborrecida depois. Afinal, a prova que eu mais queria estava logo à frente.

Resumo da Ópera – Não dêem ouvidos aos paspalhões, nem mesmo se eles forem ex-concurseiros. Melhor: se puderem, escondam que estão fazendo alguns concursos. Isso evita muitos contratempos.

Raquel Monteiro é uma legítima concurseira carioca.

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Mas eu fiz tudo certo...

Sempre leio um artigo motivador (falando de planejamento, revezes, histórias de superação e sucesso) todo dia antes de estudar para não deixar a peteca cair - e para que, com ela, não venham as desculpites das mais variadas.

Lendo um artigo no SOS Concurseiros chamado "A importância do planejamento pelo candidato" reparei que fiz exatamente o que o artigo sugeriu mas assim como muitos de vocês, ainda não me sinto totalmente preparado para o próximo concurso que farei: o do MPU.

Vamos lá:

1) Definir exatamente o meu objetivo, pois a falta de foco me fez perder muito tempo nesse cada vez mais concorrido mundo dos concursos.

Defini que quero estudar para a área judiciária e de segurança pública, mas isso não é uma regra absoluta, claro que se surgir algum concurso em que a matéria seja similar e/ou eu tenha alguns meses para estudar conteúdo novo, óbvio que não vou fechar os olhos e deixar passar batido.

O meu inconsciente diz: "Mas eu fiz tudo certo..."

2) Consulte editais anteriores e trace seus objetivos.

Fiz isso há muito tempo, criei uma pasta no computador e outra física só com os últimos editais dos concursos que pretendo fazer.

Mas usei mais nesse ano, quando me dediquei mais aos estudos.

O meu inconsciente mais uma vez: "Mas eu fiz tudo certo..." Será Diego?

3) Planeje sua preparação e seus horários de estudo, decida quais serão os métodos utilizados, programe simulados e revisões e busque todas informações possíveis sobre como conquistar o cargo desejado.

Há muito tempo li um artigo do site do William Douglas, no qual ele disponibiliza gratuitamente um quadro-horário e tenho ele impresso (mas só ficou como enfeite há muito tempo), pois o meu modo de estudo - que eu acho que rendo melhor- é o "Método global", onde eu estudo TUDO de uma só matéria, para depois começar estudar uma segunda matéria E inserir a primeira dia sim, dia não para não cair na Curva do Esquecimento. Obviamente que não vai dar para ser assim nesse concurso, mas é assim que estudo.

Outro erro meu: eu quase não fazia exercícios, ficava muito na teoria e na hora de fazer prova, caía em pegadinhas...

Ai cala a boca inconsciente: "Mas eu fiz tudo certo..."

4) O concurseiro deve começar a estudar para as provas o quanto antes. Desde o ensino médio é possível ir se preparando, ainda que não tenha idade para tanto. Quando chegar à maioridade praticamente estará pronto e passará com certa facilidade. Na universidade é a mesma situação, pois os professores podem esclarecer sobre algum ponto do edital, o que é muito importante na preparação, além, também, dos alunos poderem formar grupos de estudo específicos para concursos. Mas ainda que essas oportunidades não foram aproveitadas, o candidato não deve esperar mais nada e iniciar imediatamente. Por isso, o planejamento é a base do sucesso.

Pela primeira vez, ano passado eu comecei a estudar sem um edital a vista, o que para uma mente teimosa como a minha é uma vitória. E hoje eu falo isso para minha irmã: você já tem 17 anos, porque ao invés de fazer vestibular, você não faz concurso público? O quanto antes você ficar independente melhor: o bolso dos seus pais agradecem!

"Mas eu fiz tudo..." (barulho de tapa na própria cabeça)

5) Nada que é feito para surtir algum resultado positivo deixa de lado o planejamento. No planejamento o concurseiro estabelece e sabe quanto tempo ele tem disponível por dia para estudar, quais as matérias do dia, quais materiais (livros, apostilas, cadernos, fichas) que utilizará, descanso e lazer apropriados e rendimento do estudo, além de outras situações pessoais próprias.

Agora sim, desde esse ano eu comecei a usar (e não ter somente como enfeite) meu quadro-horário, sempre rabiscando, apagando, porque cada dia estudo uma matéria diferente e como algumas vezes algumas coisas que estão escritas não "batem" com meu modo de estudar, adapto-as.

E comprei também um apoio da leitura da Yes e um protetor auricular que a Raquel me disse onde vendia aqui no Rio. Falta somente uma cadeira nova (a minha está velha e fico com dores nas costas).

E também ganhei um Livro de Direito do Trabalho na promoção do twitter do CS, uhuuuuuu! Já tinha desistido de fazer o concurso do TRT -RJ que vai sair mas como é para técnico judiciário - área de transporte eles pedem carteira D ou E e demora 3 anos para eu sair da B para a D. Mas farei mesmo assim!

E já sei também que meu estudo tem que ter: EXERCÍCIOS, ESQUEMAS, RESUMOS e SIMULADOS.

Mas eu fiz tudo certo... Fez nada Diego!

Ainda não consegui internalizar tudo isso (nem terei tempo, pois a prova do MPU é daqui a um mês) e criar uma rotina a partir daí mas meus estudos e absorção de conhecimento tem sido constantes.

6) E como o concurseiro deve definir o método de estudo? Cada candidato, e as pessoas de um modo geral são assim, tem um canal de aprendizagem mais evoluído ou propício para sua aprendizagem. Tem pessoas que aprendem mais ouvindo, outras vendo e outras praticando.

Já tenho a Constituição Federal em áudio mas minha captação auditiva é baixa, ao contrário da visual. Lembro de um resumo que fiz da Lei nº 9504, na época que fiz o concurso do TRE e mesmo não tendo rendido o que rendo hoje, na hora de ler a pergunta já sabia de que cor e em que posição da folha de papel eu tinha visto aquilo. Eu rendo mais no visual mesmo!

7) Essas anotações propiciam que o candidato reduza seu volume de material de estudo, de forma que possa até acompanhá-lo em vários locais, não permitindo que se perca tempo, além, também, de proporcionarem a revisão e repetição constantes. As anotações eficazes consistem em sublinhar textos (reduzindo-os para uma síntese), resumir (por meio de palavras próprias) e esquematizar (chaves – quadro sinótico – e mapas mentais).

Mesmo caprichando na letra e na variedade de cores para conseguir captar o maior conteúdo possível, me via com um calhamaço de folhas indo para o cursinho. Fora a culpa em achar que estava perdendo tempo e me sabotando fazendo esquemas. Mas faz parte do jogo, já vi que isso só acrescenta e não me prejudica.

8) Entre os métodos eficazes está também a elaboração de questionário, com perguntas e respostas, tendo inclusive o objetivo do candidato de se imaginar na condição de examinador e prevendo o que poderia este perguntar sobre a matéria. Lembre-se: somente no dicionário é que aprovação vem antes de estudo e planejamento. Na vida real, ela com certeza vem depois.

Resumo da ópera - Olha só quanto tempo eu parei de errar, já que eu nadava, nadava e morria na praia - isso quando eu ia fazer as provas... Mas o projeto de lei que cria as mais de 6 mil vagas efetivas foi aprovado pelo Senado e só espera sanção do Presidente Lula. O edital que saiu no dia 1º de julho prevê 594 vagas imediatas mais cadastro de reserva mas este projeto de lei estipula 10.479 cargos (3.749 são para analista e 3.055 para técnicos). O montante é para ser preenchido entre 2011 e 2014, com percentual de até 25% em cada ano.

Então, não desanimem, pois como o prazo de validade deste concurso é 1 ano + 1 ano, será preciso outros concursos para preencher todas as vagas e, até lá, teremos tempo suficiente para nos dedicarmos mais do que a este agora.

Depois do MPU, tenho alguns concursos engatilhados (e vi que a maioria das pessoas fazia isso, mas só esse ano minha teimosia deixou). Planejamento é sucesso, disciplina é liberdade, uhuuuuuuuuu!

Diego Ximenes, um concurseiro que aprendeu a planejar.

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A Lei do Mínimo Esforço

Já notou que a natureza não se esforça para que seus eventos aconteçam? As árvores não tem dificuldade para trocarem suas folhas tampouco para dar frutos. O planeta Terra não sofre para girar em torno de si. A lagarta precisa ficar completamente imóvel para transformar-se num ser bem diferente daquele que era e assim, poder voar livremente para embelezar ainda mais o mundo.


O concurseiro vive uma rotina de muito trabalho, cansaço físico e mental. Gasta energia demais para conseguir aquilo que quer. Em "A arte de sonhar", Don Juan diz a Carlos Castañeda: "...Uma grande quantidade de nossa energia é usada para sustentar a nossa empáfia... Se conseguíssemos perder um pouco dessa empáfia, dois fatos extraordinários aconteceriam: liberaríamos essa energia que tenta preservar a noção ilusória de nossa grandeza e teríamos energia sobrando para vislumbrar a verdadeira grandeza do universo." Na incansável tentativa de criar os sonhos que queremos, esquecemos o mundo lá fora. Você, concurseiro, se tranca em seu quarto para estudar, mas você não está sozinho. Os cientistas ficam meses sem ver suas famílias ou artistas que rodam o mundo trabalhando enquanto o mundo muitas vezes está a descançar.

O fantástico escritor hindu Deepak Chopra diz que para que a lei do mínimo esforço possa existir são necessários três componentes básicos. O primeiro é aceitação, pois temos de aceitar, pessoas, situações, tempo, condições e fatos da maneira que vierem. Isso te leva a experimentar a sensação de que todo o seu passado te trouxe a este momento. Tudo o que está acontecendo agora, inclusive este texto que você está lendo e o próprio fato de eu o estar escrevendo é o somatório da sua vida e da minha até aqui. Até este Agora. Aceitar as coisas como elas são. Você pode querer um futuro diferente do hoje, mas hoje você tem de aceitar essas coisas, caso o contrário, estará lutando contra tudo o que te trouxe até aqui, contra si mesmo.

O segundo é responsabilidade. Responsabilidade é não culpar aos outros e tampouco a si mesmo. Segundo Chopra, responsabilidade é a habilidade de dar uma resposta criativa a algum problema. Como você já está seguindo o primeiro critério, você já está aceitando e assim, perceberá que esse “problema” não é algo ruim, mas um portal para um novo nível de consciência e sucesso. Em outras palavras, o problema, para o ser responsável e que segue a lei do mínimo esforço, é na verdade Oportunidade.

O terceiro ponto é a indefensibilidade, desistir de fazer os outros entenderem o seu ponto de vista. Desarmar o seu espírito de qualquer tentativa de persuadir o outro a crer que você é quem tem a razão. Quando você está tentando argumentar está perdendo uma quantidade enorme de energia. A maioria das pessoas passa grande quantidade de seu tempo defendendo suas idéias. O que Chopra diz é que na desistência, você ganha uma energia enorme que antes era desperdiçada. A grande pergunta é: Para que eu quero defender as minhas idéias? No caso do concurseiro, eu perguntaria: Por que gasto tempo justificando aos outros as minhas intenções? Por que perco tempo explicando os motivos de eu ainda não ter passado no concurso até agora? Qual o meu real objetivo disso? O seu sucesso concurseiro está no Agora, no Presente. Agarre o seu Presente como se de fato fosse um presente, porque ele é a coisa mais perto do real que há, já que o Futuro ninguém sabe e o Passado eu não posso modificar. Mas sempre se lembre: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".

Cultive amor pelos seus estudos. Eu tive uma conversa com o professor Jorge Braga e ele me contou algo muito interessante: em suas aulas ele mostra aos alunos a legislação de modo holístico, global, ensinando as leis com base no cotidiano e fazendo com que eles as percebam integradas com as outras leis. Tudo está integrado, conectado. Somente o concurseiro tranquilo gera essa noção e o amor por cada coisa que você faz gera esse estado. Isso é o básico da lei do mínimo esforço, não é fazer menos, mas o necessário com o amor. Não há necessidade de sofrer para conseguir aquilo que se quer. Lembre-se das palavras do Divino Mestre: “Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á.” A grande pergunta é: Você, concurseiro, está pedindo exatamente aquilo quer? E o que é que você quer?

Sucesso!

Eric Gerhard

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Respirando Concurso Público

Ser concurseiro é respirar concurso público. É exalar por todos os seus poros a vontade de ser aprovado e de seguir com a vida, empossado em um cargo público. Ainda para aqueles que estudam de forma mais silenciosa ou não evidente, ou seja, que não compartilham o pesado fardo dos estudos com todos, seja por motivações pessoais ou até profissionais, ainda assim, também devem respirar concurso público.

O que quero dizer com isso?

Acuidade.

O concurseiro sério é obstinado e atento (e não obcecado, como muito bem nos explicou o Eric em seu programa de rádio – momento “merchan” da Rádio do Concurseiro Solitário, ouçam!). Leu o edital inteiro, grifou as informações mais importantes, fez sua inscrição no tempo certo (sem deixar para o último dia, evitando problemas desnecessários), acertou detalhes da viagem e hospedagem, se necessário.

O concurseiro sério também sabe qual o peso de cada matéria, o número de questões por matéria, e vai para a prova sabendo como dividir corretamente o tempo para sua resolução.

Isso é respirar o seu sonho. Porque quando só se sonha, o sonho fica sem efeitos práticos, concordam?

Respirar concurso público é usar técnicas de estudo, e não estudar por estudar, sem organização. É não se importar com as piadinhas, mas colecionar marca-textos coloridos, papéis sulfite cheio de organogramas colados no guarda-roupas, é ler o mesmo livro quantas vezes for necessário, usando marca-páginas, além de correr ouvindo a matéria, se puderem e desejarem.

Editais abertos, possíveis aberturas nos próximos meses, taxas de inscrição, total de rendimentos por cargo, localidade das vagas e da realização das provas (que nem sempre coincidem), mapas e roteiros selecionados com antecedência. Tudo isso faz parte da rotina, diária, de preparação.

Ter acuidade é prestar atenção naquilo que se faz. E o concurseiro sério além de estar atento aos acontecimentos e às suas atividades, também deve antecipar algumas situações (óbvias ou não) para facilitar seus empenhos no futuro. Organizar tempo para resolver pendências domésticas, para acessar blogs e fóruns sobre concursos, para se distrair. Não procrastinar.

Eu, pessoalmente, conheço alguns concurseiros que prestarão o concurso do MPU e que não sabem qual é a Banca examinadora responsável. Não sabem que além da matéria, ainda é preciso treinar técnicas de resolução pautadas pelo sistema de avaliação por erro e acerto, tal como a CESPE realiza. Não sabem o peso das matérias cobradas e sequer sua quantidade, como isso é possível?

Eles podem passar? Claro que podem. A utilização de técnicas de estudo e organização não são indispensáveis para toda e qualquer aprovação, mas apenas para as aprovações otimizadas e que demandem menos tempo que as outras sem melhorias (lembrando a vocês que menos tempo é diferente de curto prazo, pois ambas demoram, com as técnicas, demora menos).

“Não tenhamos pressa. Mas não percamos tempo” (José Saramago)

Eu não tenho tempo a perder. E vocês?

Resumo da ópera - Respirem concursos públicos, caros leitores. Estejam atentos aos acontecimentos e às formas com que vêem estudando. Analisem suas posturas, e estejam dispostos a melhorá-las. Valerá a pena.

Paula Oliveira, em outros tempos conhecida como Srta. Granger, é uma concurseira que faz questão de respirar concuro público.

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Corporativismo concurseiro

Semana passada foi publicado aqui no blog um artigo de minha autoria onde comentava uma notícia quanto a não ter havido nenhum candidato aprovado num concurso público para promotor na Paraíba, fato bastante comum em todo o país para cargos de magistratura, promotoria e similares, defendendo rigidez na seleção para cargos públicos em geral (clique aqui para ler o artigo).

Pois bem, esse artigo não foi muito bem recebido por boa parte dos leitores do blog, ao mesmo tempo em que foi bem recebido por muito mais leitores. De qualquer forma houve uma controvérsia que gerou muitos comentários, algo muito positivo por si só, de modo que achei interessante publicar um novo artigo defendendo meu ponto de vista, desta vez abordando tal defesa de um ângulo diferente.

Antes, porém, devo deixar claro que em nenhum momento disse ou ao menos sugeri que a totalidade dos candidatos desse concurso ou de qualquer concurso público que seja fosse formada apenas por concurseiros despreparados. Seria falacioso, para dizer o mínimo, se afirmasse algo do tipo. Tão somente reproduzi a notícia para logo então defender a rigidez na seleção em concursos públicos.

Vocês sabem o que é corporativismo? Uma boa definição é essa:

"Corporativismo é quando prevalece a defesa dos interesses ou privilégios de um setor organizado da sociedade, em detrimento do interesse público."

E foi exatamente isso que notei em grande parte dos comentários contra meu artigo, traços inequívocos de corporativismo concurseiro, uma vez que tais comentários diziam ou sugeriam discordância de concursos públicos serem tão difíceis de passar. Nada mais natural que criticar uma guerra quando se está exatamente no meio do campo de batalha, ou seja, tal corporavismo é compreensível.

Vemos corporativismo por todos os lados. Todos os dias temos exemplos disso nos telejornais, quando políticos que quando na oposição gritavam contra a corrupção, nepotismo, uso da máquina pública para finalidades pessoais ou partidárias, uma vez que são eleitos e passam a mandar mudam completamente de posição, não apenas fazendo tudo o que condenavam e um pouco mais, mas também defendendo com unhas e dentes, mesmo carentes de razão alguma, que o que fazem é correto ou ao menos justificável de algum ponto de vista extremamente míope e imoral.

Quem já está nas fileiras do serviço público, em quaisquer dos poderes, defende, inclusive, uma maior rigidez nas seleções para cargos públicos alegando que do jeito que está ainda são empossados muitos profissionais despreparados e descompromissados com a causa pública. Digo isso porque conheço várias pessoas que até a um ou dois anos atrás repetiam "para os quatro ventos" que concursos públicos eram desproporcionalmente difíceis e hoje, empossados e felizes servidores públicos, defendem maior rigidez nas seleções. Não duvido que isso será observado em muitos dos que criticaram meu artigo entre os que alcancem a vitória na guerra dos concursos públicos e igressem no serviço público.

Resumo da ópera - De qualquer modo, as argumentações e críticas contra minha posição nesse assunto, que merecem meu respeito e o de todos, não me farão mudar de opinião um milímetro que seja, uma vez que a mesma está fundada na minha visão como cidadão da questão. Quando tiver uma causa no Judiciário, quero que a mesma seja processada por servidores públicos bem preparados, do escrevente ao juiz. Quando tiver que tratar meus interesses e deveres com a Administração Pública, que que tais sejam tratados por servidores bem preparados. E o mesmo acontece com vereadores, prefeitos, deputados, governador, presidente ... pena que nesse caso não há concurso público para aprovar que poderia ser candidato, para só então votarmos.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira resonsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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