Seus problemas acabaram!
08:06
Concurseiro Solitario
,
4 Comments
Todo final de ano é a mesma coisa. Em meio às festas, trocas de presentes, panetones de todas as qualidades, apelo irrefreável ao consumo e papais noeis fajutos, não pode faltar o clássico “mudança de vida x soluções milagrosas”.
Ao exemplo de nosso amigo Jack, o Estripador, vamos por partes.
“Mudança de vida” – É no final do ano que muita gente entra numas de que sua vida não é como foi sonhada tempos atrás, de que não aconteceu no ano que finda todas as coisas boas que gostaria que tivessem acontecido, não foram cumpridas todas as promessas feitas no natal anterior. Ou seja, a vida está uma droga e precisa melhorar. Isso é uma coisa boa, claro, pois nos impulsiona a buscar algo melhor, não nos deixa ficar acomodados.
“Soluções milagrosas” – Essas soluções são quase tão velhas quanto a humanidade. Sempre tem alguém oferecendo atalhos que, supostamente, permitirão que solucionemos nossos problemas, que mudemos nossa vida para melhor de modo muito mais fácil e rápido do que usando soluções tradicionais que envolvem esforço, trabalho duro e escolhas geralmente não muito agradáveis de serem feitas.
O que isso tem a ver com concursos públicos? Simplesmente tem tudo a ver. Vejamos.Temos um final de ano de crise que trouxe de volta para o cotidiano do brasileiro o fantasma do desemprego. Quem já não perdeu o emprego está morrendo de medo de ser a próxima vítima, ainda mais que é fato que em janeiro haverão muito mais demissões. Nesse “mato sem cachorro” tem muita gente decidida de “mudar de vida”, conseguir um emprego onde não morra de medo de ser demitido, onde não tenha de se submeter à exploração por parte dos patrões “sem poder dizer um ah” por medo de estar na próxima lista de demissões. Esse é terreno fértil para cursinhos e editoras de concurso venderem sua solução milagrosa, claro. Já vi várias propagandas do tipo “concursos públicos: o remédio para o desemprego” e “mude de vida agora mesmo, torne-se um servidor público”.
Imaginem um cara que está empregado na iniciativa privada, tremendo de medo de ser demitido, cheio de contas para pagar. O cara já jogou em todas as loterias disponíveis, jogou no bicho, não abre mão de participar de sorteios de prêmios, mas até agora não conseguiu ganhar nada. O cara está desesperado e não para de pensar que precisa encontrar uma solução mágica para resolver seus problemas. Então ele passa por uma banca de jornal e vê uma chamada sugestiva do tipo “Seja servidor público, salário de R$5 mil com estabilidade para o resto da vida”. Claro que ele abraçará essa solução mágica!
Se esse contingente de “concurseiros em busca de uma solução mágica” afeta a vida dos concurseiros sérios? Claro que afeta e em vários pontos. Vejamos alguns.
Concursos mais difíceis – É fato que os organizadores dos concursos e as bancas responsáveis por sua realização trabalham a dificuldade das provas de acordo com o número de candidatos. Quanto maior o contingente de candidatos, mais estreito tem de ser o funil.
Material de estudo mais caro e difícil de encontrar – Claro que cursinhos e editoras aproveitarão esse momento de aumento da demanda por seus produtos e serviços para ganharem mais e isso é feito com a majoração de preços e restrição na oferta. Já está sendo mais difícil e caro comprar muitos títulos mais famosos de matérias comuns em concursos públicos como Direito Constitucional, Direito Administrativo, Português, entre outros.
Custos de fazer prova mais caros – Quanto mais gente for prestar um concurso público, mais cara será a viagem para todos. Hotéis mais baratos lotam mais rápido, passagens idem, táxis aumentam o preço das corridas nos dias de prova.
Cobrança maior – Acho que essa é a pior parte. Quando “gatos e cachorros” estão prestando concursos, maior é a cobrança por parte de conhecidos, colegas, amigos e parentes. Concursos públicos ficam em evidência, assim como quem os está prestando. Daí é gente perguntando toda hora “você já passou?” ou “quando você começará a trabalhar”.
Resumo da ópera – É, amiguinhos, tem gente que acredita nessa “solução mágica” de que concursos públicos são a solução para todos os problemas trazidos pela crise. Mal sabem os que compram essa solução que o bicho é bravo, muito bravo, e que para “comerem a carne, terão de roer muito osso”, algo que somente nós, concurseiros sérios, sabemos e estamos preparados para enfrentar.
Ao exemplo de nosso amigo Jack, o Estripador, vamos por partes.
“Mudança de vida” – É no final do ano que muita gente entra numas de que sua vida não é como foi sonhada tempos atrás, de que não aconteceu no ano que finda todas as coisas boas que gostaria que tivessem acontecido, não foram cumpridas todas as promessas feitas no natal anterior. Ou seja, a vida está uma droga e precisa melhorar. Isso é uma coisa boa, claro, pois nos impulsiona a buscar algo melhor, não nos deixa ficar acomodados.
“Soluções milagrosas” – Essas soluções são quase tão velhas quanto a humanidade. Sempre tem alguém oferecendo atalhos que, supostamente, permitirão que solucionemos nossos problemas, que mudemos nossa vida para melhor de modo muito mais fácil e rápido do que usando soluções tradicionais que envolvem esforço, trabalho duro e escolhas geralmente não muito agradáveis de serem feitas.
O que isso tem a ver com concursos públicos? Simplesmente tem tudo a ver. Vejamos.Temos um final de ano de crise que trouxe de volta para o cotidiano do brasileiro o fantasma do desemprego. Quem já não perdeu o emprego está morrendo de medo de ser a próxima vítima, ainda mais que é fato que em janeiro haverão muito mais demissões. Nesse “mato sem cachorro” tem muita gente decidida de “mudar de vida”, conseguir um emprego onde não morra de medo de ser demitido, onde não tenha de se submeter à exploração por parte dos patrões “sem poder dizer um ah” por medo de estar na próxima lista de demissões. Esse é terreno fértil para cursinhos e editoras de concurso venderem sua solução milagrosa, claro. Já vi várias propagandas do tipo “concursos públicos: o remédio para o desemprego” e “mude de vida agora mesmo, torne-se um servidor público”.
Imaginem um cara que está empregado na iniciativa privada, tremendo de medo de ser demitido, cheio de contas para pagar. O cara já jogou em todas as loterias disponíveis, jogou no bicho, não abre mão de participar de sorteios de prêmios, mas até agora não conseguiu ganhar nada. O cara está desesperado e não para de pensar que precisa encontrar uma solução mágica para resolver seus problemas. Então ele passa por uma banca de jornal e vê uma chamada sugestiva do tipo “Seja servidor público, salário de R$5 mil com estabilidade para o resto da vida”. Claro que ele abraçará essa solução mágica!
Se esse contingente de “concurseiros em busca de uma solução mágica” afeta a vida dos concurseiros sérios? Claro que afeta e em vários pontos. Vejamos alguns.
Concursos mais difíceis – É fato que os organizadores dos concursos e as bancas responsáveis por sua realização trabalham a dificuldade das provas de acordo com o número de candidatos. Quanto maior o contingente de candidatos, mais estreito tem de ser o funil.
Material de estudo mais caro e difícil de encontrar – Claro que cursinhos e editoras aproveitarão esse momento de aumento da demanda por seus produtos e serviços para ganharem mais e isso é feito com a majoração de preços e restrição na oferta. Já está sendo mais difícil e caro comprar muitos títulos mais famosos de matérias comuns em concursos públicos como Direito Constitucional, Direito Administrativo, Português, entre outros.
Custos de fazer prova mais caros – Quanto mais gente for prestar um concurso público, mais cara será a viagem para todos. Hotéis mais baratos lotam mais rápido, passagens idem, táxis aumentam o preço das corridas nos dias de prova.
Cobrança maior – Acho que essa é a pior parte. Quando “gatos e cachorros” estão prestando concursos, maior é a cobrança por parte de conhecidos, colegas, amigos e parentes. Concursos públicos ficam em evidência, assim como quem os está prestando. Daí é gente perguntando toda hora “você já passou?” ou “quando você começará a trabalhar”.
Resumo da ópera – É, amiguinhos, tem gente que acredita nessa “solução mágica” de que concursos públicos são a solução para todos os problemas trazidos pela crise. Mal sabem os que compram essa solução que o bicho é bravo, muito bravo, e que para “comerem a carne, terão de roer muito osso”, algo que somente nós, concurseiros sérios, sabemos e estamos preparados para enfrentar.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.
———«»———«»———«»———
Clipe do dia
Idéia muito criativa deste casal. A música é a “No Air”. Para assistir, PRIMEIRO dê o play no vídeo DA DIREITA, vai aparecer uma contagem regressiva nele, então quando chegar a 00, dê o play no vídeo DA ESQUERDA. Cuidado nessa parte, senão os vídeos não ficarão devidamente sincronizados, que é a alma da coisa.
Ripado do blog www.chongas.com.br
Bom texto. Não me preocupo com os concurseiros falsos. Como eu disse, eles são falsos. Só os verdadeiros e sérios sobrevivem nesse universo nada glamuroso.
Raquel Solitária
Olha, demorei um pouco pra conseguir sincronizar o vídeo adequadamente e vi que não o entendi de primeira. Que proposta interessante! Adorei!
Tive o msmo problema que a Rachel, mas assisti msmo assim. Depois tentei de novo e deu certíssimo, mas eu não quis assistir de novo o mesmo clipe rsrs
É CARA...ESTUDAR LOGO E PASSAR LOGO, porque tudo isso que você disse está acontecendo numa velocidade exponencial e preocupante. Os concursérios vão acabar pagando se não começarem a lutar com maior afinco.
Como se já não tívessemos pressão demais...
Bons estudos