Decisões estratégicas nunca são fáceis de serem tomadas
07:35
Concurseiro Solitario
,
7 Comments
Desde quinta-feira da semana passada me vi mergulhado em um mar de dúvida em relação ao meu final de semana como concurseiro. Até a manhã de sábado fiquei perdido em uma densa neblina de dúvida e isso me angustiou. Finalmente, pouco antes do horário do almoço no sábado, achei por bem tomar uma decisão estratégia que, sinceramente, dadas outras circunstâncias, nem pensaria em tomar.
Antes de falar sobre isso, vejamos o que é essa tal “decisão estratégica”.
Decisão
[Do lat. decisione.]
Substantivo feminino.
1.Ato ou efeito de decidir(-se); capacidade de decidir; de tomar decisões.
Estratégia
[Do gr. strategía, pelo lat. strategia.]
Substantivo feminino.
1.Arte militar de planejar e executar movimentos e operações de tropas, navios e/ou aviões, visando a alcançar ou manter posições relativas e potenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas sobre determinados objetivos.
2.Arte militar de escolher onde, quando e com que travar um combate ou uma batalha. [Cf., nesta acepç., tática (2).]
3.P. ext. Arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos.
4.P. ext. Arte de explorar condições favoráveis com o fim de alcançar objetivos específicos.
5.Fig. Fam. V. estratagema (2).
Juntando essas definições de dicionário, podemos chegar a uma boa e clara definição ... Decisão estratégia é usar da arte de escolher onde, quando e com que travar um combate ou batalha para decidir o melhor meio de atingir objetivos específicos.
É interessante como a fadiga chega sem que os concurseiros notem e, quase sempre, nos momentos mais impróprios. Isso já acontece com milhares de concurseiros sérios a cada ano e semana passada aconteceu comigo. Vejamos o que é isso.
Fadiga
[Dev. de fadigar.]
Substantivo feminino.
1.Cansaço, canseira, fatigamento.
2.Trabalho, faina, lida.
3.Diminuição gradual da resistência de um material por efeito de solicitações repetidas.
4.Med. Condição em que um indivíduo acusa crescente desconforto e decrescente capacidade física e/ou mental, decorrendo ambos de atividade prolongada ou excessiva para a sua capacidade de tolerância.
Venho estudando para concursos públicos há pouco mais de 17 meses, sem descanso, sem férias. Claro que tomo o cuidado de tirar um dia de folga a intervalos regulares, faço atividade física, cuido da saúde e da alimentação. Durante todo esse tempo isso foi suficiente para evitar que a fadiga chegasse, mas finalmente ela chegou e me também me pegou de surpresa.
Desde o final de outubro vinha me preparando para prestar dois concursos públicos em dezembro, os últimos do ano. Um seria nesse final de semana em Belo Horizonte e o outro no final de semana que vem em São Paulo. Até o final de novembro estudei tranqüilamente, com o mesmo ânimo e seriedade que sempre tive para estudar. Estava tudo ok. No final de semana passada alguma coisa mudou.
Dormi mal de sexta para sábado e de sábado para domingo. Notei que estava mais cansado que de costume. Para contornar a situação, não estudei no final de semana. Na segunda-feira me sentia melhor, então voltei à carga de estudos normal e assim também foi na terça. Na quarta-feira dormi muito mal novamente, acordei cansado, com olheiras, além disso, estava com o estômago ruim, embrulhado, como se tivesse comido uma feijoada de procedência duvidosa na noite anterior, coisa que, definitivamente, não fiz. Tomei um remedinho, lavei o rosto com água bem fria e tentei retomar os estudos ... não consegui.
Gente, é incrível como quando a fadiga chega simplesmente não se consegue estudar mais. A cabeça manda, mas o cérebro não obedece. Não é possível manter o foco, a atenção no material a ser estudado. É aquela coisa de começar a estudar e a mente dá para divagar por conta própria. Enquanto isso dá-lhe bocejos, estômago revirando, mal estar.
E lá se foi a quarta-feira, perdida entre várias tentativas sem sucesso de estudar.
Na quinta-feira meu quadro estava um pouco pior. Pensando na prova de domingo, decidi tirar o dia de folga para na sexta e sábado poder fazer uma boa revisão rápida. Dormi bastante, assistir dois filmes, fiz uma longa caminha. Miraculosamente os sintomas desapareceram, voltei a estar ótimo, 100%. Isso me deixou feliz e decido a estudar forte nos dois dias seguintes.
Sexta-feira acordei um lixo novamente. Não tive dúvida, marquei uma consulta com meu médico. O diagnóstico não foi outro, fadiga, cansaço acumulado, stress, tudo se manifestando com sintomas típicos. Na receita um bom complexo vitamínico e a recomendação para tirar duas semanas de folga.
Angústia. Estava então diante de uma decisão muito importante. Com dois concursos batendo à minha porta, fui avisado que tinha em minha arma um último disparo e que deveria escolher o alvo. Tinha duas opções:
Opção 1 – Prestar a prova de Belo Horizonte no domingo, ficar sem gás para estudar qualquer coisa essa semana e prestar a prova de São Paulo no final de semana que vem só com o que já estudei.
Opção 2 – Não prestar a prova de Belo Horizonte, mas ao invés disso descansar bastante no final de semana, de forma a usar o restante de energia que tenho para estudar o melhor que puder ao longo da semana para a prova de São Paulo e apostar nela todas as minhas fichas.
Daí lá vou eu pesar número de vagas, número de candidatos, remuneração, matéria da prova, descrições de cargo e tal e tal e tal. Fiquei toda a sexta-feira nisso e fui dormir sem tomar uma decisão.
Finalmente, no sábado, parei para pensar com cuidado novamente e decidi que minhas maiores chances dadas as circunstâncias estava em estrategicamente me abster de prestar a prova de Belo Horizonte, de forma a maximizar minhas chances no concurso de São Paulo. Pronto, tinha decidido.
Agora, gente, esse tipo de decisão não é nem um pouco fácil de ser tomada, não é mesmo. Para quem estuda sério para concursos públicos, isso tem um cheiro de desistência. Se de um lado ficamos tranqüilos porque estamos fazendo uma decisão estratégia, não desistindo de nada, mesmo assim fica uma voz baixinha no fundo da mente dizendo que estamos desistindo. E se tem uma palavra que concurseiro sério odeia é a palavra “desistência”. Graças a Deus essa vozinha não tem muita força e não demora muito a se extinguir.
Dormi muito melhor no final de semana, sinto que já descansei um pouco. Hoje acordei muito mais animado, o estômago está melhor. Mas não vou abusar, estudarei de leve, sem estresse, sem correria, sem desespero. Montei um esquema de blocos de estudos entremeados de blocos de descanso e lazer. Farei caminhadas mais longas, assistirei a um filme por dia, tirarei uns cochilos preguiçosos, tudo para poder estudar com qualidade nos blocos de estudo, sem cair novamente na armadilha da fadiga e chegar domingo bem preparado à última prova de concurso que enfrentarei esse ano. Depois serão duas semanas de férias não merecidas, mas necessárias, muito necessárias.
Resumo da ópera – Para alguns concurseiros a chegada da fadiga é facilmente previsa, para outros, como eu, chega de surpresa, sem avisar, de qualquer forma, todos os concurseiros sérios, sem exceção, uma hora ou outra, serão vítimas dela. Quando isso acontecer o melhor a fazer é tirar o pé do acelerador, respeitar seus limites, fazer o melhor que puder no curto prazo e então dar uma folga aos estudos para poder retomá-los algumas semanas depois com força total. Sofrer de fadiga é algo natural e não deve ser visto como motivo de culpa, de vergonha ou mesmo como desistência. Digo isso com conhecimento de causa.
Antes de falar sobre isso, vejamos o que é essa tal “decisão estratégica”.
Decisão
[Do lat. decisione.]
Substantivo feminino.
1.Ato ou efeito de decidir(-se); capacidade de decidir; de tomar decisões.
Estratégia
[Do gr. strategía, pelo lat. strategia.]
Substantivo feminino.
1.Arte militar de planejar e executar movimentos e operações de tropas, navios e/ou aviões, visando a alcançar ou manter posições relativas e potenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas sobre determinados objetivos.
2.Arte militar de escolher onde, quando e com que travar um combate ou uma batalha. [Cf., nesta acepç., tática (2).]
3.P. ext. Arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos.
4.P. ext. Arte de explorar condições favoráveis com o fim de alcançar objetivos específicos.
5.Fig. Fam. V. estratagema (2).
Juntando essas definições de dicionário, podemos chegar a uma boa e clara definição ... Decisão estratégia é usar da arte de escolher onde, quando e com que travar um combate ou batalha para decidir o melhor meio de atingir objetivos específicos.
É interessante como a fadiga chega sem que os concurseiros notem e, quase sempre, nos momentos mais impróprios. Isso já acontece com milhares de concurseiros sérios a cada ano e semana passada aconteceu comigo. Vejamos o que é isso.
Fadiga
[Dev. de fadigar.]
Substantivo feminino.
1.Cansaço, canseira, fatigamento.
2.Trabalho, faina, lida.
3.Diminuição gradual da resistência de um material por efeito de solicitações repetidas.
4.Med. Condição em que um indivíduo acusa crescente desconforto e decrescente capacidade física e/ou mental, decorrendo ambos de atividade prolongada ou excessiva para a sua capacidade de tolerância.
Venho estudando para concursos públicos há pouco mais de 17 meses, sem descanso, sem férias. Claro que tomo o cuidado de tirar um dia de folga a intervalos regulares, faço atividade física, cuido da saúde e da alimentação. Durante todo esse tempo isso foi suficiente para evitar que a fadiga chegasse, mas finalmente ela chegou e me também me pegou de surpresa.
Desde o final de outubro vinha me preparando para prestar dois concursos públicos em dezembro, os últimos do ano. Um seria nesse final de semana em Belo Horizonte e o outro no final de semana que vem em São Paulo. Até o final de novembro estudei tranqüilamente, com o mesmo ânimo e seriedade que sempre tive para estudar. Estava tudo ok. No final de semana passada alguma coisa mudou.
Dormi mal de sexta para sábado e de sábado para domingo. Notei que estava mais cansado que de costume. Para contornar a situação, não estudei no final de semana. Na segunda-feira me sentia melhor, então voltei à carga de estudos normal e assim também foi na terça. Na quarta-feira dormi muito mal novamente, acordei cansado, com olheiras, além disso, estava com o estômago ruim, embrulhado, como se tivesse comido uma feijoada de procedência duvidosa na noite anterior, coisa que, definitivamente, não fiz. Tomei um remedinho, lavei o rosto com água bem fria e tentei retomar os estudos ... não consegui.
Gente, é incrível como quando a fadiga chega simplesmente não se consegue estudar mais. A cabeça manda, mas o cérebro não obedece. Não é possível manter o foco, a atenção no material a ser estudado. É aquela coisa de começar a estudar e a mente dá para divagar por conta própria. Enquanto isso dá-lhe bocejos, estômago revirando, mal estar.
E lá se foi a quarta-feira, perdida entre várias tentativas sem sucesso de estudar.
Na quinta-feira meu quadro estava um pouco pior. Pensando na prova de domingo, decidi tirar o dia de folga para na sexta e sábado poder fazer uma boa revisão rápida. Dormi bastante, assistir dois filmes, fiz uma longa caminha. Miraculosamente os sintomas desapareceram, voltei a estar ótimo, 100%. Isso me deixou feliz e decido a estudar forte nos dois dias seguintes.
Sexta-feira acordei um lixo novamente. Não tive dúvida, marquei uma consulta com meu médico. O diagnóstico não foi outro, fadiga, cansaço acumulado, stress, tudo se manifestando com sintomas típicos. Na receita um bom complexo vitamínico e a recomendação para tirar duas semanas de folga.
Angústia. Estava então diante de uma decisão muito importante. Com dois concursos batendo à minha porta, fui avisado que tinha em minha arma um último disparo e que deveria escolher o alvo. Tinha duas opções:
Opção 1 – Prestar a prova de Belo Horizonte no domingo, ficar sem gás para estudar qualquer coisa essa semana e prestar a prova de São Paulo no final de semana que vem só com o que já estudei.
Opção 2 – Não prestar a prova de Belo Horizonte, mas ao invés disso descansar bastante no final de semana, de forma a usar o restante de energia que tenho para estudar o melhor que puder ao longo da semana para a prova de São Paulo e apostar nela todas as minhas fichas.
Daí lá vou eu pesar número de vagas, número de candidatos, remuneração, matéria da prova, descrições de cargo e tal e tal e tal. Fiquei toda a sexta-feira nisso e fui dormir sem tomar uma decisão.
Finalmente, no sábado, parei para pensar com cuidado novamente e decidi que minhas maiores chances dadas as circunstâncias estava em estrategicamente me abster de prestar a prova de Belo Horizonte, de forma a maximizar minhas chances no concurso de São Paulo. Pronto, tinha decidido.
Agora, gente, esse tipo de decisão não é nem um pouco fácil de ser tomada, não é mesmo. Para quem estuda sério para concursos públicos, isso tem um cheiro de desistência. Se de um lado ficamos tranqüilos porque estamos fazendo uma decisão estratégia, não desistindo de nada, mesmo assim fica uma voz baixinha no fundo da mente dizendo que estamos desistindo. E se tem uma palavra que concurseiro sério odeia é a palavra “desistência”. Graças a Deus essa vozinha não tem muita força e não demora muito a se extinguir.
Dormi muito melhor no final de semana, sinto que já descansei um pouco. Hoje acordei muito mais animado, o estômago está melhor. Mas não vou abusar, estudarei de leve, sem estresse, sem correria, sem desespero. Montei um esquema de blocos de estudos entremeados de blocos de descanso e lazer. Farei caminhadas mais longas, assistirei a um filme por dia, tirarei uns cochilos preguiçosos, tudo para poder estudar com qualidade nos blocos de estudo, sem cair novamente na armadilha da fadiga e chegar domingo bem preparado à última prova de concurso que enfrentarei esse ano. Depois serão duas semanas de férias não merecidas, mas necessárias, muito necessárias.
Resumo da ópera – Para alguns concurseiros a chegada da fadiga é facilmente previsa, para outros, como eu, chega de surpresa, sem avisar, de qualquer forma, todos os concurseiros sérios, sem exceção, uma hora ou outra, serão vítimas dela. Quando isso acontecer o melhor a fazer é tirar o pé do acelerador, respeitar seus limites, fazer o melhor que puder no curto prazo e então dar uma folga aos estudos para poder retomá-los algumas semanas depois com força total. Sofrer de fadiga é algo natural e não deve ser visto como motivo de culpa, de vergonha ou mesmo como desistência. Digo isso com conhecimento de causa.
———«»———«»———«»———
Clipe do dia
Na linda voz de Adele, uma música que tem tudo a ver com a fase que estou vivendo ... "Tired" (Cansado).
Caramba, Charles! Você está vivendo tudo aquilo que eu vivi. É horrível, medonho mesmo. Não desista. Vá fazer as provas com tudo que estudou. Faça o que der para fazer. A hora de ser aprovado não é a que a gente quer, mas a prova em que estamos efetivamente preparados.
Raquel Solitária
Colega,
Estou passando exatamente pelo que vc passa... e sei que não é nada fácil, não consigo abrir o livro sequer...
Mas te aconselho a pensar direito em não fazer os dois concursos... afinal de qq forma vc já vinha estudando, e concurso é sempre uma caixa de surpresas... tlz uma semana a mais ou a menos, n mude seu desempenho neste estágio... mas uma classificação a mais ou a menos muda muita coisa...enfim...
Mas somente se vc tiver em condições físicas para isso... faz um forcinha, qdo acabar os dois, vc ficará bem mais em paz com vc mesmo!
Força aí!!!! E não vamos deixar "a peteca cair" NUNCA!!
Desculpa colega,
Fui reler seu texto e vi que o concurso já ocorreu nesse domingo, logo, só tenho a desejar-lhe que se concentre ao máximo essa semana, e que realize uma boa prova no domingo!! Tdo de bom!!
Decisões estratégicas nunca são fáceis: realmente não são. Estou na dúvida entre fazer ou não fazer o concurso para Oficial de Chancelaria. O conteúdo não me assusta, é bem mais agradável para mim estudar inglês/ português e redação do que direito do trabalho e direito civil. Mas a grande dúvida é: o edital fala em parte 2 preparação eliminatório, quando convocam para a preparação eu já tenho que exonerar do meu cargo público na Prefeitura? ou o concurso só se efetiva após as 80h de treinamento?
Alguns lugares onde se pode prestar serviço não vejo problemas, outros acho que não daria para ficar bem... são tantas decisões a cada dia... O que acham vocês?
www.apenasumponto.blogpsot.com
Olá!
Sei bem do que vc está falando eu passei sabe quantas dias assim? 2 semans e meia. Um ano pra mim né!
Me sentindo culpada sim, pois os tempo perdido poderia estar sendo utilizado p estudo, mas o que fazer se não me concentrava...o único jeito foi aproveitar as férias que a minha mente tava implorando. Vi filmes, conversei bobagem na net...vi filmes..e mais filmes..até que ela ( a mente) gostou do que dei a ela e me deu um belo presente: um cérebro de volta coma corda toda.
hehe
Abraços e boa sorte no concurso de SP, viu!
Rapaz, eu tb to numa zica braba de saúde.
Fiquei mto mal faltando duas semanas pra prova, caí no antibiótico e comecei a sangrar pelas gengivas e nariz, tive q aguentar o tranco até a inflamação de garganta ir embora.
Faltando 3 dias pra prova, lá vem a febre de novo...
Boa prova!
Eu estou assim hj...essa semana eu necessitei de férias do trabalho. Espero voltar melhor.
E qto a sua escolha, ela foi mto sábia! Não dá pra fazer tdo em estado de convalescencia, tem de se abrir mao de algumas coisas e eu faria o msmo que vc nesse caso.
Bons estudos
Espero q tenha ido bem na prova
Éric