TOMANDO DECISÕES DIFÍCEIS – PARTE II

Na primeira parte desse artigo (Tomando decisões difíceis parte I – facilmente encontrável aqui no Blog) eu tratei de como é realmente complicado estabelecer metas e tomar decisões, e quanto somos pressionados a fazer isso rápido.

Realmente, é algo que me faz muito mal me sentir angustiada por alguma situação e não saber, ao certo, qual caminho seguir. E de qualquer forma, se racionalmente eu sei que temos poucas oportunidades da vida para sermos felizes e que se o trabalho não perpassa nossa felicidade, possivelmente nos sentiremos muito frustrados, isso não deixa o raciocínio decisório mais simplório. E a pressão aumenta.

Esses dias esta revendo um vídeo em que Steve Jobs palestrou para uma turma de formando de Stanford (EUA). A grande maioria de vocês já deve ter assistido (também facilmente encontrável no Youtube). Em meio a várias boas ideias e motivação que nos são colocadas, a frase que realmente me chamou atenção foi uma citação por ele realizada “Continue faminto, continue ingênuo”.

E me coloquei a pensar no que essa frase realmente significaria em minha vida, hoje, e nas infindáveis circunstâncias demasiadamente pesadas que os concurseiros prescindem suportar nessa caminhada.

Continue faminto, continue ingênuo.

E o que isso tem a ver com nosso sistema decisório?

Eu sei que dinheiro é uma necessidade. E sei que eu mesma não quero viver de fotossíntese, sem me preocupar com a persecução de retorno financeiro em meus intentos. E sei também que muitos de vocês procuram os concursos públicos porque precisam solucionar, as vezes imediatamente, graves empasses financeiros em suas vidas.

E concordo.

Mas ultimamente comecei a reparar no local onde trabalho, quantas pessoas recebem 20X mais do que recebo, e são absolutamente infelizes com as decisões que tomaram. E têm famílias desestruturadas (se ainda têm famílias). E não possuem aquele sorriso nos lábios de realização e satisfação efetiva por estarem ali.

Quem sofre? O frustrado, evidentemente. A coletividade, que recebe um mal serviço público; os demais servidores, que precisam conviver com um outro servidor desestimulado; e todos aqueles que o amam, por verem insatisfação estampada. Isso tudo com a conta bancária recheada.

Continue faminto, continue ingênuo.

Será que realmente essa modalidade de servidor continua estimulado a realizar da própria vida um empreendimento único?

E o principal: será que 90 anos nas costas (e viveremos até lá!), receber 20X o salário de muita gente por aí, fará alguma diferença?

Acho que idade nos concede algo muitíssimo interessante: simplicidade nas decisões. Algo que não se aprende na escola, e algo que realmente nos faz priorizar aspectos muito mais relevantes. Essa tal maturidade que me custa tanto alcançar.

RESUMO DA ÓPERA - E continuo pensando. E continuo defrontando minhas decisões à esses aspectos que tracejei com vocês. E continuo procurando, sinceramente, o que me deixa com fome, e o que me mantém ingênua. Bom dia a todos!

ANA PAULA DE OLIVEIRA MAZONI é concurseira por vocação.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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