Tenho uma teoria. Sou cheia de teorias e por ser assim aceito a premissa de que algumas são válidas e outras não.

Uma teoria de que gosto muito é que “A boca fala do que o coração está cheio” (Lc 6, 45), que se aplica facilmente no universo dos concursos públicos.

É muito comum encontramos concurseiros que gostam de compartilhar suas conquistas, seus modelos de estudo, contam vantagem sobre outros concurseiros e, em geral, praticam um pouco do “autoengano” para com seu próprio ritmo de estudos.

Ao mesmo tempo que ouço, com atenção, todos esses concurseiros, me coloco a pensar sobre o que eu mesma faço em relação a isso. Podemos correr o risco de sermos hipócritas em no fundo, nossa boca falará sempre do que nosso coração está cheio.

E do que meu coração se preenche hoje? De boas vibrações, possibilidades de conquista, força nos sacrifícios a serem realizados?

Ou se preenche de hipocrisia e de autoengano?

Será que tenho falado, e portanto expressado minha vida, de maneira a tornar vivo em mim o sonho que detenho, ou estou me furtando de minha própria responsabilidade em realização meus intentos?

No fundo, sempre corremos o risco de elencar como responsabilidade de outrem algo importante em nossa própria vida.

Espero, caríssimos, de todo meu coração, que hoje se preenche de sentimentos bons – que todos nós possamos aprender a estudar para concursos e nos emocionalmente tranquilos em paz conosco mesmos. Isso porque, invariavelmente, só poderei expressar aquilo que sou e que tenho (já ouviram dizer, suponho, de que uma pessoa não consegue enganar aos outros por muito tempo, não obstante consiga enganar a si próprio por longos períodos), como se a ordem do agir fosse determinada pela ordem do ser.

RESUMO DA ÓPERA - Querem estudar, caríssimos? Querem ter uma rotina bacana, equilibrada, tranquila? Querem dividir bem seu tempo e conseguir estudar, mantendo a vinculação com sua família e com aqueles que amam? Ótimo. A boca fala do que o coração está cheio. Escolha bem e preenche seu coração de sentimentos nobres e não mesquinhos.