SOBRE PRESTAR CONCURSOS EM OUTROS ESTADOS – PARTE 1

Nessa série especial de artigos, vou dividir com vocês minhas experiências pessoais durante algumas viagens que fiz para prestar concursos em outros estados. Posso adiantar que não é uma decisão muito fácil, pois antes mesmo de colocar o pé na estrada o candidato tem que ter noção de que não se trata apenas de turismo ou algo parecido, mas algo que envolve, além do alto investimento financeiro, uma série de escolhas, que se não forem bem analisadas podem ter consequências desastrosas no futuro.

Inicialmente, é bom dizer que concurseiro que é concurseiro corre atrás de oportunidades (vagas), não fica limitado a um único local, ou seja, se essas oportunidades estão em outras cidades de regiões bem distantes da sua terra natal, em locais, que em alguns casos, não oferecem a estrutura básica dos grandes centros como: transporte, saúde, lazer, segurança, alimentação etc. Isso sem falar que em muitos casos ainda tem a questão do custo de vida incompatível com a remuneração recebida.

Mesmo tendo todas as condições favoráveis, é necessário, antes mesmo do planejamento da viagem, avaliar vários pontos como:

- custo de vida do local compatível com a sua remuneração;

- distancia da família e amigos;

- adaptação aos costumes, comidas, clima... ;

- estar bem de saúde (fisicamente e emocionalmente) para enfrentar viagens longas e cansativas, além do principal: estar preparado para a prova.

Os concursos mais procurados pelos concurseiros viajantes (melhor remuneração e condições de trabalho) são para os tribunais federais: TRTs, TREs e TRFs, que disponibilizam centenas de vagas em praticamente todas as áreas, e em todas as regiões do país. Temos como exemplos os cargos de Analista Judiciário (nível superior) e técnico judiciário (nível médio).

E quais seriam as melhores cidades para viver com uma remuneração de um Analista Judiciário de R$ 7.210,60 ou a de um Técnico Judiciário de R$ 4.652,17? Posso afirmar, sem precisar recorrer a nenhum especialista financeiro, que com toda a certeza dar para viver em qualquer lugar do Brasil com ambos os valores, a não ser que o futuro servidor seja um gastador compulsivo ou queira ostentar um padrão de vida incompatível com a remuneração recebida.

Mesmo assim, a preferência pela maioria dos candidatos a esses cargos é sempre pela região Nordeste, principalmente pelas cidades de Fortaleza, São Luís, Salvador, Recife, João Pessoa, Aracaju, Maceió, Teresina, Campina Grande, entre outras. Esses candidatos são atraídos, sobretudo, pela ótima qualidade de vida que essas cidades oferecem (valor da cesta básica, ótimas faculdades, investimento em saúde e transporte e infinitas opções de lazer), além de atrativos naturais como parques arqueológicos, praias, clima, festas regionais etc.

É claro que a oferta de vagas é muito maior nos tribunais localizados em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, devido, principalmente, pelo constante crescimento econômico e populacional dessas regiões.

Portanto, independente da escolha de qual cidade é melhor para morar, é bom saber que há possibilidade de remoção por permuta ou transferência para outros órgãos do poder judiciário, o que pode resultar num futuro retorno do servidor para sua terra natal.

RESUMO DA ÓPERA - Se você nem sonha em sair do seu estado para concorrer aos cargos mencionados e pode até ganhar metade da remuneração paga por eles, passando em concursos estaduais e municipais ou trabalhando na iniciativa privada, por exemplo, é melhor ficar na sua cidade. Porém, se você tem espírito aventureiro, gosta de aprender coisas novas e não tem medo de investir no seu crescimento profissional, recomendo continuar com o pé na estrada.

FONTENELE é um concurseiro que cruza as fronteiras dos Estados em busca de um cargo público.

“Às vezes precisamos alçar voos difíceis e distantes para encontrar o que realmente desejamos e precisamos para nossas vidas.” (Fontenele)
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