Além dos Limites
06:28
Concurseiro Solitario
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Motivação
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Sobre estudar para concursos públicos
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Esta semana o País acompanhou o desfecho da existência terrena do ex-Vice-Presidente da República, Sr. José Alencar. Há muitos anos, sua presença no noticiário era mais constante pelas diversas internações a que se submetia por problemas de saúde e tratamentos dos tumores que carregava consigo. Até o fim, José Alencar se mostrou forte, sorridente e esperançoso, mesmo bastante debilitado. O que esse exemplo de vida pode deixar a nós, concurseiros sérios?
Dois fatores se destacam. Um deles é o empreendedorismo. Pela biografia, nota-se em José Alencar um empreendedor, que teve de aprender a lidar com as dificuldades, mas não se deixou moldar por elas para crescer nos seus objetivos. Começou pequeno, vindo de família humilde, mas abraçou as oportunidades até se tornar um dos maiores industriais do ramo têxtil da História do Brasil. O concurseiro sério age da mesma forma: ele não fica se preocupando com a conjuntura, nem com o seu passado, senão busca oportunidades para projetar um futuro melhor, empenhando-se, a cada nova conquista, por realizar as coisas de modo diferente, proativo. Ele sabe que a sua trajetória não termina ao receber a convocação para a posse: seu foco está além, pois a entrada no serviço público não diz onde ele vai chegar, e sim o seu ponto de partida, a oportunidade da sua história para que algo mude. Ele vai se projetar não apenas para fazer o sucesso prevalecer em sua carreira, mas para que outros tenham suas vidas transformadas, por causa do seu trabalho.
Quando pequeno em Muriaé, zona da mata mineira, José Alencar pode até ter cogitado a política, mas certamente não almejava o segundo mais importante cargo do Executivo Federal. Nos oito anos sob essa condição de agente político, em praticamente um deles ele foi, efetivamente, o Presidente da República. Aonde será que você vai chegar? Será que você pensa nisso, a cada dia que abre seus cadernos, livros e códigos, e começa a estudar? Devemos pensar pequeno?
O segundo fator que se destaca na ditosa biografia de José de Alencar é a sua luta contra o câncer. O Brasil acompanhou, com maior destaque desde 2006, o lado batalhador do ex-Vice-Presidente. Um tumor persistente, que teimava em reaparecer, e migrar para outros órgãos. Dezessete cirurgias. Diversas internações. Remédios e medicina experimentais. E a vibração de quem está na luta para vencer, de quem não se rende. O sorriso de José Alencar ainda ecoa na nossa memória. Sim, ele estava lutando por sua própria vida, e isso é muito mais do que lutar para conseguir uma carreira pública. Haveria, portanto, justificativa para abandonar o projeto de ingresso, após tantas tentativas fracassadas? Por que se lamentam aqueles que, mesmo com várias oportunidades, desistem no meio do caminho? Pode-se não lutar pela vida – ao menos na maioria dos casos – mas a luta do concurseiro é para uma melhor qualidade de vida, sua e a de quem for atingido pelo seu trabalho. José Alencar não tinha pressa. Fazia o que estava ao seu alcance, persistindo, firme e resoluto para continuar vivo, enquanto uma horda de desocupados clamava: “mas já viveu tanto; para que lutar?” Não é a mesma pergunta que fazem ao concurseiro que continua se esforçando, mesmo após tantos reveses?
A maior vitória de José Alencar, ao contrário do que muita gente pensa, se consumou. Ele preferia a morte à desonra. Desonra que acompanha quem se acovarda na vida, quem desiste da luta enquanto ela está acontecendo. Quem perde a esperança, quem “joga a toalha” e se contenta com qualquer coisa. Ele perdeu contra o câncer, mas o câncer não derrotou sua honra, nem sua memória. Para o concurseiro, é o mesmo que dizer: é preferível fazer de tudo para passar e até não conseguir, a ter de suportar o peso na consciência de ter se acovardado frente às dificuldades impostas pelo processo até se tornar servidor público. Morte ou desonra: o que pesa mais em sua balança? É preferível se recolher, não lutar mais, não se esforçar mais, ou continuar em combate até o fim?
Aproveitamos a oportunidade para registrar nossas condolências à família de José Alencar, colunista esse que teve a honra de ver pessoalmente, na sua passagem pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), por ocasião da entrega das espadas aos aspirantes-a-oficial da Turma de 2008. Nossas orações e sentimentos, nesse momento de dor.
Resumo da Ópera – Empreendedorismo e determinação: duas lições que nosso ex-Vice-Presidente José Alencar deixou, em vida, para que pudéssemos aplicar na nossa jornada rumo à investidura. Existem limites para onde queremos chegar? E para a luta, existe tempo de parar, e para desistir até alcançar a meta? Não tornemos vãos esses exemplos de vida.
CLEBER OLYMPIO, caminhando para a décima tentativa, no concurso do seu projeto de vida.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
Dois fatores se destacam. Um deles é o empreendedorismo. Pela biografia, nota-se em José Alencar um empreendedor, que teve de aprender a lidar com as dificuldades, mas não se deixou moldar por elas para crescer nos seus objetivos. Começou pequeno, vindo de família humilde, mas abraçou as oportunidades até se tornar um dos maiores industriais do ramo têxtil da História do Brasil. O concurseiro sério age da mesma forma: ele não fica se preocupando com a conjuntura, nem com o seu passado, senão busca oportunidades para projetar um futuro melhor, empenhando-se, a cada nova conquista, por realizar as coisas de modo diferente, proativo. Ele sabe que a sua trajetória não termina ao receber a convocação para a posse: seu foco está além, pois a entrada no serviço público não diz onde ele vai chegar, e sim o seu ponto de partida, a oportunidade da sua história para que algo mude. Ele vai se projetar não apenas para fazer o sucesso prevalecer em sua carreira, mas para que outros tenham suas vidas transformadas, por causa do seu trabalho.
Quando pequeno em Muriaé, zona da mata mineira, José Alencar pode até ter cogitado a política, mas certamente não almejava o segundo mais importante cargo do Executivo Federal. Nos oito anos sob essa condição de agente político, em praticamente um deles ele foi, efetivamente, o Presidente da República. Aonde será que você vai chegar? Será que você pensa nisso, a cada dia que abre seus cadernos, livros e códigos, e começa a estudar? Devemos pensar pequeno?
O segundo fator que se destaca na ditosa biografia de José de Alencar é a sua luta contra o câncer. O Brasil acompanhou, com maior destaque desde 2006, o lado batalhador do ex-Vice-Presidente. Um tumor persistente, que teimava em reaparecer, e migrar para outros órgãos. Dezessete cirurgias. Diversas internações. Remédios e medicina experimentais. E a vibração de quem está na luta para vencer, de quem não se rende. O sorriso de José Alencar ainda ecoa na nossa memória. Sim, ele estava lutando por sua própria vida, e isso é muito mais do que lutar para conseguir uma carreira pública. Haveria, portanto, justificativa para abandonar o projeto de ingresso, após tantas tentativas fracassadas? Por que se lamentam aqueles que, mesmo com várias oportunidades, desistem no meio do caminho? Pode-se não lutar pela vida – ao menos na maioria dos casos – mas a luta do concurseiro é para uma melhor qualidade de vida, sua e a de quem for atingido pelo seu trabalho. José Alencar não tinha pressa. Fazia o que estava ao seu alcance, persistindo, firme e resoluto para continuar vivo, enquanto uma horda de desocupados clamava: “mas já viveu tanto; para que lutar?” Não é a mesma pergunta que fazem ao concurseiro que continua se esforçando, mesmo após tantos reveses?
A maior vitória de José Alencar, ao contrário do que muita gente pensa, se consumou. Ele preferia a morte à desonra. Desonra que acompanha quem se acovarda na vida, quem desiste da luta enquanto ela está acontecendo. Quem perde a esperança, quem “joga a toalha” e se contenta com qualquer coisa. Ele perdeu contra o câncer, mas o câncer não derrotou sua honra, nem sua memória. Para o concurseiro, é o mesmo que dizer: é preferível fazer de tudo para passar e até não conseguir, a ter de suportar o peso na consciência de ter se acovardado frente às dificuldades impostas pelo processo até se tornar servidor público. Morte ou desonra: o que pesa mais em sua balança? É preferível se recolher, não lutar mais, não se esforçar mais, ou continuar em combate até o fim?
Aproveitamos a oportunidade para registrar nossas condolências à família de José Alencar, colunista esse que teve a honra de ver pessoalmente, na sua passagem pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), por ocasião da entrega das espadas aos aspirantes-a-oficial da Turma de 2008. Nossas orações e sentimentos, nesse momento de dor.
Resumo da Ópera – Empreendedorismo e determinação: duas lições que nosso ex-Vice-Presidente José Alencar deixou, em vida, para que pudéssemos aplicar na nossa jornada rumo à investidura. Existem limites para onde queremos chegar? E para a luta, existe tempo de parar, e para desistir até alcançar a meta? Não tornemos vãos esses exemplos de vida.
CLEBER OLYMPIO, caminhando para a décima tentativa, no concurso do seu projeto de vida.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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