Diário de Bordo do MPU

Olá, leitores! Primeiramente, quero deixar consignado meus parabéns ao Charles. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, esse rapaz teria seus esforços recompensados e seria empossado em um cargo público. São resultados como o dele, o do meu namorado, do Jerry, da Flavia, do Tiago e o de muitos leitores que me dão energia quando eu estou desanimada. Essas pessoas me mostram o quão verdadeiro é o lema de que devemos lutar até passar, não importando quando isso vier a acontecer.

Como boa concurseira que sou, quando vejo uma boa oportunidade, não a deixo escapar. Foi assim com o concurso do MPU e prometo que será assim pelos próximos certames que aparecerem pela minha frente. Bem, eu soube identificar essa ocasião porque eu já havia estudado diversos dos tópicos que estavam presentes no edital. Por isso, resolvi me debruçar em cima de muitas revisões e do aprendizado em cima do inédito.

No meio do caminho, surgiram diversos pedregulhos, como diria o poeta. Tive dificuldades com a adaptação do jeito CESPE de ser, ou seja, em identificar como a banca gosta de fazer sua cobrança. Como não encontrei um padrão, visto que ela morde em uma prova e assopra na seguinte, fiquei meio desanimada. Pura bobagem! Afinal, eu estava estudando direitinho. Por tal razão, eu prometo nunca mais ficar tão amedrontada com tal coisa.

Sem mais delongas e mistérios, eu vou falar do meu dia de prova. Eu me inscrevi somente para o cargo de Analista Processual e escolhi como local de trabalho o Rio de Janeiro. Assim, somente fiz prova no sábado.

Já na quinta-feira, eu procurei investigar direitinho onde seria o local da minha prova. Telefonei para a minha tia, que conhece bem o bairro do Meier/Todos os Santos/ Caxambi e já fui traçando minha rota até a Univercidade (antiga Faculdade da Cidade). Conversando com ela, procurei saber dos transportes e horários que evitariam engarrafamentos e me fariam chegar com calma.

Meu namorado e eu saímos de casa de manhãzinha, logo após o café da manhã e pegamos os transportes para chegar ao local. Sei que parece loucura sair tão cedo, visto que a prova aconteceu à tarde, mas lhes advirto que foi a melhor coisa que fizemos. Pudemos ir a um shopping no bairro vizinho ao Meier, almoçar uma comida saudável e livre de preocupações em um horário que não fosse muito cedo nem muito tarde. De lá, rachamos um táxi e chegamos antes do engarrafamento que aconteceu depois.

Como chegamos uma hora antes do início da prova, estávamos super tranquilos. Ficamos conversando e reencontrando ex-colegas dele de faculdade. Incrível, mas eu não encontrei ninguém conhecido.

Deu 13:20 da tarde e achamos prudente irmos para nossas respectivas salas. Um desejou ao outro sucesso na prova e seguimos sozinhos.

Entrei na sala, coloquei meu meu relógio, meu celular e a bateria do mesmo dentro de um saquinho fornecido pela organizadora. Fique registrado que eu nunca sigo a orientação de não levar celular, pois a prova é sempre longe de casa e onde não conheço. Por isso, sempre preciso me manter comunicável caso me perca para chegar ou sair de lá.

Fui para a carteira escolhida pelos fiscais do CESPE. Olhando para os lados, vi que havia um monte de Raquel de diversas carreiras. Pensei até que estivesse em uma sala errada, mas não foi o caso. Ao meu lado, havia uma candidata da área pericial e na minha frente uma para a área Administrativa já aprovada em um concurso recente. Conversei à beça com elas. Foi legal para passar o tempo, já que a prova só começou às 14:15.

Começou a prova e eu resolvi partir feroz para os conhecimentos específicos. Não fiz a prova na ordem sequencial. Fiz tal parte em 1 hora e achei-a fácil, mas não significa que eu tenha ido bem, ok? Eu já vi provas do CESPE mais complexas, que exigissem mais de uma leitura das assertivas. Além disso, foi uma prova bastante conceitual e jurisprudencial. Só caiu uma questão que versava sobre a decoreba de quórum. Não teve nenhum sobre prazos. Assim, eu entendi que a intenção do MPU é ter um bom cadastro de reserva, o que é incompatível com uma prova dificílima.

Dei uma olhadela na questão discursiva, rabisquei alguma coisa e fui para a prova de conhecimentos gerais. Achei novamente a parte de língua portuguesa fácil, uma vez que deixei poucas questões sem marcação. A prova da legislação do MPU também foi fácil, mas eu deixei algumas em branco. A de informática me desapontou, pois somente caíram questões sobre produtos Microsoft. O Windows era XP! Nada versava sobre software livre. Foi um dos meus pontos fracos.

Depois disso tudo, voltei para a questão aberta. Nela fiquei um pouco perdida, pois era o caso de um desvio de verbas para fornecimento de remédios para um hospital público. Fiquei muito em dúvida sobre se era para encampar a tese da Improbidade Administrativa ou se era o caso de Ação Civil Pública. Por isso, não sei o que dizer a vocês.

Eu sei que os fóruns do orkut estão intensos. Já há pessoas colocando os famigerados gabaritos extraoficiais e fazendo rankings com os mesmos! Que loucura isso, minha gente! Há até umas andorinhas que não fazem verão querendo a anulação do concurso porque a questão discursiva tratava de Ministério Público estadual. Tudo bem que pode-se corrigir o erro, mas anular o concurso inteiro por causa disso? Não, gente. Francamente, eu recomendo à andorinha estudar para os próximos certames, pois isso é que resolve seu problema.

Entrei somente no ranking do site Até Passar, mas só vou considerar um pouco os resultados quando o gabarito oficial sair. Mesmo assim, ainda há possibilidade de recurso, lembrem-se disso. Então, o resultado real somente ocorrerrá na data prevista no calendário editalício.

Resumo da Ópera – Agora é esperar o gabarito. Depois, caso necessário, recorrer das questões. Em seguida, fazer a fila dos concursos andar, como disse uma vez o Charles. A gente vai acompanhando os resultados e estudando para encarar a próxima batalha. A minha será encarar o cargo de Técnico Superior da Defensoria do RJ. E você, concurseiro?

Raquel Monteiro é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Esprit des corps


Foi postado no shoutbox do blog:

"Boa sorte e depois poste pra nós como é o pensamento do pessoal que trabalha contigo a respeito dessa nossa luta para entrar, o que eles (coleguinhas) esperam do serviço publico, se hoje é melhor do que foi no passado recente."

A ideia de todas as postagens ao longo dessa semana não foi de comemoração da minha posse ou autopromoção, de modo algum, mas uma tentativa de satisfazer muitas dúvidas e curiosidades de concurseiros que nunca foram empossados e que somente agora, servidor recém empossado, pude escrever a respeito. Exatamente por isso gostei muito da sugestão acima vinda de um leitor do blog e resolver usá-la como tema para um artigo de encerramento dessa semana. Vamos lá.

Desde antes de me formar na faculdade, sempre trabalhei na iniciativa privada, mas nem por isso me acostumei com os aspectos negativos dos empregos que tive. E como é diferente no serviço público, muito mais do que eu poderia supor. Como só sou servidor por uma semana, posso lhes passar tão apenas minhas impressões iniciais, que, no entanto, são bastante fortes.

O primeiro dia foi marcante. Quando chega um novo funcionário em empresas privadas, há, sim, todo aquele esquema de boas vindas, mas sempre entremeado de um sentimento de "e se esse cara veio para roubar meu emprego?", ou seja, a chegada de um novato é vista com uma certa desconfiança desconfortável. Mas o mesmo não aconteceu na minha chegada na ANAC, muito pelo contrário, fui recebido de braços abertos sem nenhum traço desse porém, e nem poderia ser diferenteuma vez que a chegada de um novo servidor em uma repartição pública não significa que alguém será demitido.

Outro ponto marcante que me chamou muito atenção foi o nível baixíssimo de estresse no dia-a-dia de trabalho. Estava conversando ontem sobre isso com outro novato também egresso da iniciativa privada. Nos primeiros dias não se tem senha para nada, não se sabe fazer muita coisa, ou seja, o novato fica meio sem o que fazer. O que mais ouvimos nesses dias foi "calma, daqui a pouco você começa a trabalhar". Ou seja, não sentimos aquela pressão para trabalhar mesmo sem ter senhas, saber exatamente o que se deve fazer ou como fazê-lo.

Em muitas empresas privadas tirar cinco minutinhos para tomar um café é visto como pecado . Parar para papear um pouco com algum colega de trabalho enquanto toma tal café, então, é pecado mortal que faz muitos empregados privados tremerem com a possibilidade de demissão por (in)justa causa. No serviço público, porém, isso não é problema.

Notem que não quero, de forma alguma, dizer que não há trabalho para fazer. Há, sim, é muito. Hoje (sexta) completo minha primeira semana de trabalho e digo com conhecimento de causa que trabalho para fazer não falta. Nessa semana já fiz um treinamento e processei quase uma centena de documentos, atribuição da área onde estou alocado. Mas se você faz seu trabalho como deve ser feito, não há pecado em tirar alguns minutinhos para tomar um café e/ou papear um pouquinho para "desanuviar" a cabeça e poder voltar ao trabalho com carga total.

Quanto ao modo como nós, novatos, somos vistos pelos outros servidores, bem, agora sei exatamente o que é o tal "esprite des corps". Essa famosa expressão francesa designa "a dedicação ou ligação ao grupo profissional ao qual pertencemos", ou seja, um espírito de "aqui somos todos iguais, já sofremos as mesmas coisas para chegar aqui, somos todos irmãos de armas". É muito bom estar entre ex-concurseiros que passaram por tudo o que você já passou, muitos ainda concurseiros em busca de cargos e funções melhores ou que sejam seu objetivo final em termos de trabalho no serviço público.

Como quem já é servidor vê quem ainda não venceu na guerra dos concursos públicos? Principalmente com compreensão de que essa não é uma luta fácil de ser vencida, com empatia.

Notem que, inclusive, criei um novo marcador de artigos que chamei de "sobre ser servidor público", que utilizarei para lhes repassar minhas impressões de como é trabalhar no serviço público, dicas e tudo o mais.

Resumo da ópera - Sinceramente, é muito bom trabalhar no serviço público. O clima de trabalho e o companherismo dos colegas de trabalho vale ouro, acreditem, algo praticamente inexistente na iniciativa privada.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Quando manter segredo não é despropositado

Recebemos vários emails de leitores que não comprrenderam os motivo que me levaram a guardar segredo quanto à minha nomeação e posse até alguns dias depois de minha entrada em exercício. Por conta disso resolvi escrever este artigo explicando o porquê dessa atitude, e acredito que depois de lê-lo vocês me entenderão.

Se tem algo que a grande maioria dos concureiros procuram fazer a todo custo é manter ilusões quanto ao futuro próximo, seja para si mesmos ou entre amigos e parentes. Evita-se ficar fazendo demais planos para depois da posse, dar crédito em demasia para os "ainda tenho chance de ser nomeado" e por aí vai. Faz-se isso para não se criar falsas esperanças, sementes das decepções.

Além disso, depois de algum tempo concurseiros tendem a se tornarem muito desconfiados quanto ao que acontece com sua vida. Tanto são desconfiados quanto aos insucessos (nunca se dão totalmente por vencidos) quanto aos sucessos (nunca contam totalmente como tendo uma vitória no bolso). Nada mais natural para quem vive uma vida onde a única certeza é que no longo prazo a vitória virá.

Quem não passou pela amarga experiência de cantar vitória com a primeira boa classificação obtida que com o tempo não se transformou em nomeação e posse? Daí o que fica é apenas aquele sabor amargo de promessa não cumprida, de expectativas não confirmadas, não apenas do concurseiro para si mesmo, mas de todos para quem ele contou a novidade para com ele. Claro, tudo isso entremeado com uma boa quantidade de cobranças que acabam sendo muito desagradáveis.

Tudo bem, a nomeação foi publicada no diário oficial, a carta ou telegrama comunicando o fato chegou ... mas nem tudo ainda está garantido, acreditem. Imaginem comigo que quando isso aconteça o concurseiro divulgue o fato para todo mundo que conhece e até para quem não conhece, faz churrasco de comemoração e tudo o mais ... daí por algum problema de saúde desconhecido ou problema com documentação não consegue tomar posse ... como escreveu Drummond, "e aí, José?".

Pessoalmente preferi não dar "sorte para o azar" e me garantir mantendo sigilo quanto à minha nomeação e posse a fim de me blindar quanto a possíveis "problemas de percurso". Fazendo isso limitaria a decepção a apenas eu e uma ou duas pessoas. Mas deu tudo certo, saúde ok, documentos ok, posse assinada. A partir desse momento você já tem sinal verde o sinal verde está dado para se contar a boa notícia para quem desejar, afinal de contas, 99% dos riscos de algo dar errado já foram deixados para trás.

Mas porque, então, esperar entrar em exercício para contar a boa notícia para "Deus e o mundo"? Daí penso na praticidade da questão. É sabido que o recém empossado tdeve entrar em exercício no prazo máximo de 15 dias. Quando se vai trabalhar na mesma cidade onde já se mora, o máximo que se terá de fazer é comprar as roupas que serão usadas no trabalho. Agora, quando a posse e exercício significam mudança de cidade, aí o bicho pega legal. No meu caso a questão ficou ainda mais crítica porque se não entrasse em exercício exatamente uma semana após a posse, não integraria a folha de pagamento de setembro e acabaria recebendo minha primeira remuneração apenas no início de novembro! E como o custo de vida em São Paulo não é nada barato, não poderia me dar a esse luxo. E para piorar havia o feriado de 7 de setembro que caiu numa terça-feira! Correria, correria, correria ... daí melhor continuar de "bico calado" para evitar ter de decidir entre aproveiar o pouco tempo disponível para cuidar da mudança apressada ou dar atenção para quem aparecesse para dar os parabéns (e, acredite, muiiiita gente aparecerá para lhe dar os parabéns).

Resumo da ópera - Como vocês podem ver, essa questão de guardar segredo quanto à nomeação, posse e entrada em exercício tem apenas finalidade prática. Claro que muitos concurseiros discordarão dessa atitude e também dos argumentos que apresentei, mas outros tantos concordarão. Eu, como bom mineiro, sou desconfiado e acredito que tomei a melhor linha de ação. A dica está dada, agora é com vocês fazer a mesma coisa ou não quando chegar sua nomeação.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Preparem seus bolsos com antecedência, concurseiros!

Quando você for nomeado para um cargo públicos você sentirá muitas coisas, felicidade, alívio, vontade de comemorar, ansiedade. Mas não, seus problemas não acabaram. Explico.

Você sabia que entre a posse e a entrada em exercício no cargo ou função pública há muita correria, uma montanha de documentos e exames médicos para providenciar ... e muitos gastos envolvidos?

Vejamos meu caso. Antes disso um alerta, notem que não sei se é assim para todo e qualquer órgão e entidade pública, mas acredito que seja para grande parte deles.

DOCUMENTOS

Comecemos pela "listinha" de documentos que tive de providenciar para tomar posse na ANAC.

1. Certidão de Registro Civil (nascimento ou casamento);

2. Certidão de Nascimento dos dependentes;

2.1. No caso de dependente excepcional - Laudo Médico, comprovando que o desenvolvimento biológico, psicológico e motricidade do dependente, correspondente à idade mental de, no máximo, seis anos;

2.2. No caso de dependente sob tutela do servidor – Termo de Tutela ou Termo de Adoção;

2.3. No caso de servidor separado ou divorciado - Comprovante de Guarda Legal do (s) dependente(s).

3. Certificado de reservista ou de dispensa das obrigações militares;

4. Cédula de Identidade;

5. CPF;

6. Título eleitoral com comprovante de votação da última eleição, ou justificativa eleitoral;

7. Cartão de Inscrição do PIS/PASEP (se cadastrado no Programa);

8. Comprovante de Escolaridade, conforme item 2 do Edital ANAC nº 1/2009;

9. Comprovante de Registro Profissional (para os cargos que exigirem);

10. Duas (02) fotografias 3x4 (recentes);

11. Comprovante de conta corrente;

12. Declaração de Imposto de Renda (todas as páginas e o recibo de entrega) ou Declaração de Isento;

Não é incomum de concurseiros se verem em apuros porque só quando são nomeados descobrem que não têm a mínima ideia de onde está um ou mais documentos pessoais. Considerando a demora em se obter a segunda via de alguns documentos, isso é um grande problema.

Meu conselho é para que vocês já reunam em local seguro e, principalmente, conhecido, seus principais documentos pessoais (use a lista acima como guia), providenciando as segundas vias, comprovantes e cópias autenticadas necessários. Dessa forma, quando forem nomeados (e se estudam com seriedade e P2D serão), não terão problemas para serem empossados o mais rápido possível.

EXAMES MÉDICOS

Juro que me assustei com a longa lista de exames médicos que devia providenciar pagando do meu próprio bolso para apresentar no dia da perícia médica. Duvida? Então veja com seus próprios olhos.

1. Hemograma completo;

2. Lipidograma completo;

3. Sorologia para LUES;

4. Sorologia para Chagas;

5. Glicose;

6. Urina: EAS;

7. Uréia, creatinina e ácido úrico;

8. Transaminases (TGO e TGP);

9. Raio X de tórax em PA e perfil;

10. Eletrocardiograma (com laudo);

11. Atestado de aptidão mental emitido por psicólogo ou médico psiquiatra.

Para quem tem plano de saúde, essa questão resume-se apenas à correria para marcar e fazer os exames e consultas médicas em tempo hábil para a posse. Agora, para quem não tem plano de sáude, o melhor é ter uma poupança para bancar essas despesas, que beiram os R$1.000, considerando consultas e exames todos particulares.

Uma opção do tipo 50% é manter um plano de saúde de baixo custo daqueles que pagam apenas metade dos custos de exames e consultas, geralmente planos de saúde locais. Eu mesmo adotei essa solução de baixo custo que me ajudou muito até na hora de tomar posse e recomendo.

VIAGENS

Se você mora na mesma cidade onde deverá fazer a perícia médica, tomar posse e entrar em exercício, então não precisará se preocupar com essa questão. Agora, se esse não é o seu caso, então prepare-se para gastar mais uma boa quantia de dinheiro.

Primeiro é preciso viajar para se fazer a perícia médica. Em alguns casos não é possível tomar posse no mesmo dia, daí será necessária outra viagem especificamente para isso.

Não se esqueça que será preciso procurar um local para morar e fazer outros arranjos necessários antes da entrada em exercício no cargo ou função pública conquistada, o que, provavelmente, significará outra viagem.

ROUPAS DE TRABALHO

Não são poucos os concurseiros que quando são nomeados descobrem que não contam com uma quantidade insuficiente de roupas adequadas para se trabalhar em repartições públicas, geralmente roupas sociais. Daí quando a posse significará ter de gastar uma boa grana para montar um guarda-roupa básico para trabalhar.

DESPESAS EXTRAS

Se você precisa se mudar de cidade para assumir o cargo ou função pública conquistada, terá de amargar alguns outros gastos relacionados com sua mudança para a nova morada, com a nova morada em s (aluguel, celular, ...) e outras tantas coisas, gastos que por menores que sejam ainda não são poucos.

Resumo da ópera - Escrevi nesse artigo o que gostaria de ter sabido claramente antes da posse recente. Se você não puder fazer uma poupança para bancar todos os gastos acima relacionados com a posse e entrada em exercício no serviço público, prepare-se para começar a nova vida como servidos já endividado com o banco, cartão de crédito, parentes e/ou amigos. Se possível, optem pela primeira opção por mais custoso que possa ser (foi minha opção), a qual é muito mais prática que a segunda.

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NOTÍCIAS DO FRONT

Ontem finalmente recebi minha senha para o sistema de informática da ANAC e também participei de um treinamento interno para aprender a utilizar tal sistema no tocante ao trabalho que ficará sob minha responsabilidade. A instrutora foi uma servidora da unidade de São José dos Campos muito experiente no trabalho e também muto gentil. O dia passou muito rápido e já "botei a mão na massa".

Hoje (quarta-feira) o treinamento continua no esquema "on the job", ou seja, treinamento enquanto faço o trabalho. Acredito que o dia será tranquilo como ontem. As coisas, finalmente, estão começando a entrar nos eixos.

DIÁRIO DE ESTUDO

Ontem dei uma olhada no edital do último concurso do Banco Central e já comecei, como bom mineiro, a matutar como irei distribuir tantas matérias em meu novo esquema reduzido de tempo de estudo.

Não há dúvidas de que essa nova fase como concurseiro será um grande desafio. E vocês poderão me acompanhar nessa jornada para poderem otimizar suas próprias jornadas, atuais e futuras.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

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Fique de olhos abertos, concurseiros!

Quando prestamos concursos públicos temos à nossa disposição três atitudes possíveis assim que os resultados finais são divulgados, sendo duas muito claras e uma algo nebulosa. Vejamos.

Se temos a felicidade de integrar a lista de classificados dentro do número de vagas previsto no edital, temos a nomeação no bolso e devemos apenas ficar de olho na publicação no Diário Oficial das nomeações.

Se temos a infelicidade de não integrarmos a lista de classificados, chegou então ao fim nosso papel na batalha e devemos continuar estudando, nos preparando paa futuras batalhas, depois, claro, de aprendermos o quê e onde erramos na derrota recente.

OK, essas atitudes são muito claras e fáceis de aplicar. Sem novidades. Agora, o que acontece quando somos felizardos o suficiente para figurarmos na lista de classificados, mas fora do número de vagas previsto no edital? Dúvida. Essa é uma zona cinzenta onde não saber o que fazer, o que esperar e como se comportar é o mais comum. Mas, acredite, é preciso, sim, fazer algo.

A primeira coisa a se fazer é ter uma ideia realista se a classificação obtida é suficient epara se ter alguma chance real de nomeação caso haja um aumento do número de vagas para os concursos em que você está "perigando" de ser nomeado. E não aidanta querer ser condescendente em demasia nessa avaliação, visto que é muito melhor não se iludir do que se decepcionar alguns meses depois quando o concurso perder a validade sem que se seja nomeado.

OK, você concluiu que tem alguma chance real de ser nomeado, o que fazer nesse caso? Resposta com implicações complicadas (perdoem-me o trocadilho, foi inevitável). Comecemos pela resposta. É preciso acompanhar os possíveis desdobramentos do concurso. Agora vamos à parte complicada, como fazer isso.

Tecnicamente, seria necessário apenas acompanhar as publicações no Diário Oficial dos órgãos ou entidades responsáveis pelos concursos que você está monitorando, porém isso é algo trabalhoso, que toma tempo e tende a ser bastante chato. Basta dar uma olhada numa edição qualquer do DOU (Diário Oficial da União) para constatar isso.

Outra forma mais prática de fazer esse acompanhamento é ficar de oho nos fóruns e comunidades relativas aos concursos que que você prestou e está monitorando na expectativa de alguma possível nomeação. Atenção, tome cuidado com a filtragem das informações postadas nesses lugares, não (des)acredite ou (des)anime com os vários boatos que são comuns nesses lugares, mas seja seletivo e até mesmo desconfiado quanto ao quer ler.

Boas sugestões de dóruns sérios são os do CorreioWeb e os do Superconcurseiros. Foi exatamente pelo fórum do CorreioWeb que acompanhei toda a novela que culminou com minha nomeação na ANAC.

Resumo da ópera - Claro que ser classifcado em concursos públicos fora do número de vagas é um balde de água fria para qualquer concurseiro sério, mas se você tem alguma chance de ser nomeado, por mínima que seja, fique de olho para não descobrir tarde demais que você foi nomeado e não ficou sabendo, algo que, acreditem, acontece com muito mais frequência do que você pode imaginar.

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NOTÍCIAS DO FRONT

Começo de semana de trabalho na ANAC. Apesar de ainda não poder fazer muita coisa por conta de ainda não ter recebido a senha paa acessar o sistema de informática da entidade (que é expedido por Brasília e chega amanhã), já tive um curso rápido sobre o trablaho que farei por aqui. Nada muito complicao ou chato, mas que exige atenção.

Quanto ao ambiente de trabalho, posso dizer com toda certeza de que é um dos melhores que já tive oportunidade de vivenciar, e olha que não digo isso da boca para fora ou por pura animação de "recém empossado". A principal diferença que notei para com ambientes de trabalho comuns em empresas privadas foi a ausência daquele olhar de "você veio aqui para roubar meu lugar" comuns em empresas privadas quando chega um novato.

DIÁRIO DE ESTUDO

Com ojá disse, não vou deixar de estudar para concursos públicos após essa posse, só que agora tenho apenas um objetivo concursídico, o próximo concurso do Banco Central, que deverá acontecer ano que vem.

Essa semana, no entando, ainda não retomarei os estudos. Vou descansar um pouco da correria das últimas duas semanas e colocar as coisas em dia na administração do blog.

Basicamente, já tenho delineado em linhas gerais meu novo planejamento de estudos. Como consigo estudar melhor pela manhã, meu horário de trabalho é das 9:00 às 18:00, moro a cinco minutos de caminhada do local de trabalho e, principalmente, não tenho problemas de acordar cedo, devo estudar entre às 05:30 e 8:30, em dois blocos de 1:15 de estudo cada e um intervalo de 15 minutos entre eles. Computador com 3:30 horas de estudo no final de semana, poderei estudar 16 horas líquidas semanalmente.

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CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

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Pequeno diário de uma vitória

Lembro-me de cada um dos concursos públicos que fiz, principalmente dos locais de prova, das salas onde passei longas horas espremendo cada neurônio em busca das respostas certas. E me lembro especialmente de um início de noite de domingo, 19 de julho de 2009, quando saí de uma faculdade particular que servira de local de prova para o concurso público da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

Tal faculdade ficava num bairro não muito longe da Rodoviária/Metrô Tietê (São Paulo) onde 90% dos prédios eram depósitos ou galpões industriais, ou seja, com movimento zero nas ruas naquela hora de domingo. Juro que assim que terminei a prova faltando cinco minutos para o final do tempo previsto, quando cheguei à entrada do prédio me senti num filme de terror. Simplesmente estava tudo escuro ao redor, apenas um ou outro poste estava aceso, e a entrada da faculdade era uma ilha de luz num mar de escuridão. Não havia táxis por perto e os concurseiros que saíam se juntavam em grupos para procurar por algum ponto de ônibus.

Depois veio a fase de checar gabarito, entrar com recursos e tudo o mais. Depois de todo o esforço e luta, apesar de ter alcançado uma ótima classificação tanto para técnico quanto para analista, não fui um dos felizes nomeados nesse concurso. Voltei à luta, a vida continua.

Algum tempo depois surgiram fortes boatos de aumento de vagas nesse concurso. Foram meses e meses de boatos, desmentidos, mais boatos. Então começaram a aparecer notícias sérias, acompanhamentos de processos de pedido de autorização para aumento de vagas e tudo o mais. Há algumas semanas veio a confirmação do aumento de vagas que me garantiria a nomeação para Técnico Administrativo, mas infelizmente não havia nenhuma informação a respeito de quando tais nomeações seriam realmente feitas e a espera continuava.

16/08 (segunda-feira)

Pela manhã entrei no fórum dos que como eu esperavam (tanto no sentido de aguardar quanto de ter esperança) as tais nomeações e ... SURPRESA ... havia dois posts de pessoas que receberam cartas da ANAC com ofícios circulares com o sugestivo assunto “Orientações para nomeação e posse”. Burburinho. Todos perguntavam e se perguntavam a mesma questão ... “Será que também receberei essa carta que irá mudar minha vida?”.

No início da tarde mais notícias de cartas que chegaram postadas por outros classificados. Não resisti e liguei para o departamento de recursos humanos da ANAC, onde confirmaram que estavam convocando os candidatos classificados.

No final da tarde o momento tão esperado chegou ... tocou a campainha ... era o carteiro ... um sedex para mim ... um grande envelope ... enviado pela ANAC ... “Senhor candidato, temos a satisfação de informar a sua aprovação no concurso público para provimento de vagas ...”. Sim, depois de muito estudo, muita ralação, muita HBCE (horas de bunda na cadeira estudando), de várias aprovações com meses a fio de espera sem ser nomeado, finalmente aconteceu o que tanto esperava, recebi a bendita carta que todo concurseiro espera.

Sabem o que estou sentindo nesse exato momento? Um misto de alívio e sensação de dever cumprido.

17/08 (terça-feira)

Agora é final da tarde. Tinha planejado dividir o dia entre três tarefas, continuar revisando a matéria da prova do TJSP que farei nesse final de semana (22/08), para a prova do MPU que farei no final de semana de 11 e 12/09 e começar a separar a documentação necessária para a ANAC. A terceira parte foi tranqüilo, agora, estudar ... simplesmente não consegui me concentrar nos estudos.

Penso assim, tudo bem que estou prestes a ser empossado, mas se já estudei tanto para esses concursos, a prova está próxima, paguei as inscrições, vou, sim, prestar tais provas e farei meu melhor. Mas uma parte do meu cérebro parece que, simplesmente, se recusa a trabalhar por saber que mesmo que passe nesses concurso, provavelmente não tomarei posse, ou seja, são lutas meio sem propósito.

Amanhã começa o prazo para opção de local de exercício do cargo. Estou com os dedos cruzados e rezando forte para todos os santos a fim de conseguir ser nomeado para exercício em São Paulo. Não que não goste de Brasília ou do Rio de Janeiro, mas São Paulo conheço muito bem e será muito mais cômodo para mim em todos os sentidos. Se Deus quiser vai dar tudo certo e volto para a capital paulistana em algumas semanas, dessa vez como feliz servidor público de uma agência federal de regulação. .

18/08 (quarta-feira)

Hoje acessei o site da Anac para indicar minha preferência por locais de trabalho. Depois de uma prece rápida indiquei São Paulo como primeira opção.

Também preenchi uma longa ficha de informações cadastrais, imprimi as listas de documentos e exames médicos a fazer (por minha conta, ou seja, eu terei de pagar por eles) e também várias declarações a serem preenchidas. Sorte que dos documentos só precisarei ir ao cartório eleitoral da cidade pedir algum tipo de confirmação de que votei nas últimas eleições, já que não achei em lugar nenhum aquele papelzinho que nos dão no momento da votação. Juntou isso e mais um punhado de contratempos pessoais e no final não estudei nadinha de nada novamente.

19/08 (quinta-feira)

Logo pela manhã fui fazer os exames médicos necessários. Quase R$500 gastos, mas por boa causa.

À tarde fui ao cartório eleitoral para pegar o tal comprovante de votação na última eleição presidencial. “O sistema está fora do ar e não sabemos se volta hoje”, relatou a servidora da Justiça Eleitoral pouco depois que cheguei ao cartório eleitoral lá pelas 14 horas. Como amanhã viajo para São Paulo para poder dar uma olhada na questão de onde irei morar por lá caso tudo dê certo e seja designado para trabalhar na ANAC paulistana, só segunda-feira para pegar o tal comprovante.

Infelizmente não estou conseguindo estudar como queria. Muita coisa passando pela cabeça. Mas estou me esforçando.

23/08 (segunda-feira)

Nossa, que final de semana cansativo. Acredito que tenha ido bem na prova de TJSP, apesar de não ter conseguido estudar tão bem quanto havia planejado na fase de revisão da matéria. Mas fiz uma prova tranqüila, com uma tranqüilidade que apenas uma nomeação que bate a porta pode dar.

Já tenho moradia praticamente fechada em São Paulo, bem próximo da ANAC. Mas para fechar contrato preciso ter certeza de que vou mesmo para lá.

Finalmente consegui o comprovante de que estou quite com a Justiça Eleitoral. Dessa vez o sistema estava funcionando e em cinco minutos o problema estava resolvido.

Estudei muito pouco para a prova do MPU que acontecerá daqui a duas semanas. Tenho de dar um jeito nisso.

24/08 (terça-feira)

Hoje fiz mais alguns exames médico solicitados pela ANAC e providenciei xerox de alguns documentos.

Finalmente consegui estudar sério para o MPU quase o dia todo. Alívio.

25/08 (quarta-feira)

Tentei contatar dois ex-concurseiros que foram nomeados na primeira chamada da ANAC para matar a curiosidade de como é trabalhar lá. Nenhum respondeu. Putz, parece que é comum das pessoas esquecerem rápido de como foi quando estavam prestes a serem nomeadas, das dúvidas, curiosidade.

Hoje também consegui estudar legal, menos que o planejado, mas estudei legal.

26/08 (quinta-feira)

Está sendo dureza manter segredo da nomeação que se avizinha. Mas decidi ficar de bico calado para evitar decepções caso aconteça alguma coisa (sou mineiro, logo sou desconfiado). Por enquanto apenas contei a notícia para meus pais e pedi que ficassem de “bico fechado” e eles estão exultantes.

Bom dia de estudo para o MPU.

27/08 (sexta-feira)

Hoje não estudei. De uma hora para outra bateu um baita cansaço mental. Aproveitei para começar a colocar as coisas no lugar para mudança que não tardará.

A pedidos da minha namorada, passaremos o final de semana em Campinas onde ela quer fazer compras para um quarto de televisão que está montando no apartamento dela. Para mim será ótimo ficar alguns dias longe de concursos públicos, nomeações, livros, estudo.

30/08 (segunda-feira)

Hoje liguei cedo para o RH da ANAC assuntando sobre o dia da publicação das nomeações, do local de trabalho e tal. Pediram para eu ter um pouquinho mais de paciência, que tal publicação será feita amanhã. Pelo tom de voz da menina que me atendeu, desconfio que serei designado para São Paulo ... Deus queira que essa impressão seja verdadeira.

Ansiedade, ansiedade, ansiedade.

31/09 (terça-feira)

Gente, estou muito feliz, mas muito feliz mesmo. Saiu no DOU (Diário Oficial da União) minha nomeação para São Paulo. Agora é correr atrás dos resultados dos exames e dos documentos. Deixo para comemorar depois da entrada em exercício. Mas já estou pensando quais planos de consumo realizarei primeiro.

Peguei o resultados dos exames e está tudo ok com minha saúde. Falta somente me consultar com um psiquiatra para pegar um tal de “atestado de aptidão mental”, que está marcado para quarta-feira cedo.

O que está me preocupando é um tal de “comprovante de conta corrente”. Fui ao Banco do Brasil com o edital com minha nomeação e demais documentos, mas me disseram que só amanhã para pegar tal comprovante. Numa hora dessas que me arrependo de ter encerrado minha conta corrente quando comecei a estudar para concursos públicos, algo que fiz para evitar ter de pagar tarifas de manutenção de conta e poupar uma graninha para utilizar na compra de livros para estudar.

01/09 (quarta-feira)

Estava planejando ir para São Paulo hoje cedo logo após a consulta e de pegar no Banco do Brasil o tal comprovante de conta corrente. Mas não saiu tudo como queria. O médico atrasou e no Banco do Brasil não haviam cadastrado ainda minha conta corrente.

Depois de alguns “chás de cadeira” consegui pegar o tal atestado médico e o comprovante de abertura de conta corrente. Infelizmente, só poderei fazer a perícia médica na sexta-feira, já que amanhã não fazem a tal perícia. Sinceramente, não sei se vou amanhã mesmo para adiantar ou se vou mesmo na sexta. Vou decidir até o final do dia. O pior é que semana que vem terei de voltar a São Paulo para fechar o contrato do apartamento onde irei morar. Idas, vindas, gastos ... ufa.

Ainda estou guardando segredo da minha nomeação. A Raquel Monteiro também está sabendo, mas ela descobriu por conta própria de ver no DOU a nomeação que foi ontem. Não me perguntem o que ela estava fazendo futucando o DOU numa terça-feira, não imagino para o que seja.

02/09 (quinta-feira) a 08/09 (quarta-feira)

Todos esses dias foram dedicados a preparar tudo para a mudança para São Paulo. É muita coisa para fazer em pouco tempo. Além disso, tenho muito mais coisas do que posso levar para onde morarei em São Paulo, principalmente livros e papelada.

Também estou tendo de comprar roupas sociais para uso no trabalho, algumas “cositas” necessárias para a vida sozinho ... e como se gasta dinheiro nisso. Vou, inclusive, escrever um ou dois arquivos sobre isso.

Estou ansioso para ir logo para São Paulo, entrar em exercício e começar logo a nova rotina de trabalho e estudos. E essa ansiedade é pra lá de justificada, afinal de contas, é um “admirável mundo novo” para o qual já estudei tanto, prestei tantos concursos, sonhei tanto, sofri tanto. Além disso, todo o estresse dos últimos dias está afetando meu sono e meu apetite.

Infelizmente, por conta de toda essa correria, não consegui estudar praticamente nada para a prova do MPU, que prestarei no próximo final de semana com base na confiança do que já estudei para outros concursos ... e seja o que Deus quiser.

Ahhh, logo que voltei para Minas após tomar posse no cargo (no dia 03/09) contei para minha namorada da novidade. Ela ficou muito feliz por mim ... e também meio brava por não ter contado antes da novidade, mas compreendeu minha motivação para fazer isso.

09/09 (quinta-feira)

Finalmente estou instalado em minha nova casa em São Paulo, uma suíte num flat, pelo menos provisoriamente. Ufa, colocar tudo no lugar deu um bom trabalho. Acredito que não terei problemas para me acostumar com a barulheira regular dos aviões pousando e levantando vôo no Aeroporto de Congonhas aqui pertinho. Pelo menos a barulheira para às 23 horas e volta apenas às 6:00 do dia seguinte.

Amanhã é o grande dia de entrar em exercício. Não tenho ilusões de que será algo mágico ou parecido, mas é um momento muito importante em minha jornada.

10/08 (sexta-feira)

Todas os meus primeiros dias de trabalho em empresas privadas foram marcados por uma característica comum, a desconfiança disfarçada de camaradagem com que me recebiam, que se deixava entrever por trás dos sorrisos e cumprimentos de boas vindas. Em empresas privadas novatos são vistos como ameaças, com olhos de “esse cara veio para roubar meu emprego”.

Pela primeira vez em minha vida não fui recebido no primeiro dia de trabalho com desconfiança pelos novos colegas. Na ANAC, e acredito que seja assim em qualquer órgão em entidade pública, me receberam muito bem e sem o receio de que estava lá para roubar a vaga de alguém, mesmo porque somos todos concursados.

O local em si não deixa a desejar para os escritórios de algumas das melhores empresas em que já trabalhei. Moderno, amplo, confortável. Hoje foi dia de ser apresentado para os novos colegas, conhecer um pouco do trabalho, fazer pedidos de senhas, crachá e tudo o mais. Trabalho mesmo só na segunda-feira.

Pois bem, caros concurseiros leitores, agora começa a fase 2 da minha luta na guerra dos concursos públicos. Continuo estudando, agora com foco específico em dois ou três concursos para cargos com remuneração acima dos R$10 mil. Agora, sim, poderia responder muito melhor perguntas enviadas sobre como trabalhar e estudar sério para concursos públicos, pois terei de fazer isso. Mas com a graça de Deus, muito esforço e P2D tirarei também isso de letra.

IMPORTANTE 1 – Escrevi esse “diário de bordo” nas datas indicadas a fim de tentar transmitir para vocês o que realmente sentia no momento.

IMPORTANTE 2 – Não, o blog não vai acabar agora que fui empossado, mesmo porque não vou parar de lutar na guerra dos concursos públicos. Como disse, agora a luta será por cargos melhores.

IMPORTANTE 3 – Quero agradecer a todos vocês que lêem o blog. Vocês não saber como ter criado e mantido esse blog me ajudou a estudar sério e conquista essa posse. Do mesmo modo que acredito ter ajudado a muitos concurseiros,vocês também me ajudaram. Muito obrigado mesmo, gente.

IMPORTANTE 4 – Estudem sério, concurseiros, com muito P2D (Planejamento, disciplina e determinação) que também sua nomeação e posse em cargo público será apenas uma questão de tempo e esforço. Estou aqui para provar isso para vocês.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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E agora?

Há certas situações que o concurseiro se depara em sua longa caminhada para o sucesso que até Deus duvida da possibilidade de tal ou qual fato ocorrer.

Pois é. Por incrível que pareça, pensei ter visto e passado por tudo o que poderia acontecer na minha vida. Enganei-me. De novo.

Estava eu seguindo um dos conselhos que já havia ouvido muitas vezes, há tempos, consistente em seguir somente e estritamente o que o Edital do SEU concurso prevê.

Qual foi a minha surpresa quando notei que no conteúdo programático havia a ausência de tópicos da matéria IMPRESCINDÍVEIS para aquele cargo. É como se você, sendo eletricista, não soubesse fazer um simples circuito em série ou paralelo. Foi desesperador!

Coisas básicas da matéria, aquilo que cai até em concursos de níveis menores, não havia sido previsto no último Edital. O que fazer? Há dois caminhos:

1) Estudar somente o que está previsto mesmo assim, pois a Lei do Concurso Público é o Edital, assunto discutido minuciosamente em meu artigo da Revista do Blog, “Sua Majestade, o Edital” (clique no ícone ao lado para baixar a Revista e ler). Caso caia algo que é totalmente presumível que o detentor daquele cargo deva saber, mas não estar inserido no conteúdo programático, recorrer administrativamente e, se necessário, buscar as vias judiciais.

É válida esta opção? Sem dúvida! Melhor argumento? Deveriam ter a cautela de ter previsto todos os tópicos necessários à aferição do conhecimento do candidato correspondente às responsabilidades, atribuições e funções do cargo. Mas há dois pontos negativos: primeiro, a autoridade (juiz/Banca) ao analisar o seu requerimento, poderá argumentar que o ponto estava previsto em um tópico mais genérico, porém estava lá. Ou simplesmente, o magistrado dirá que não pode analisar tal mérito, pois é o famoso mérito administrativo sendo vedado ao Judiciário, somente podendo examinar a legalidade e tal. O segundo ponto negativo, seria a situação que exigia o conhecimento daquela matéria ocorrer na sua vida funcional. E aí? Você me dirá: ah, mas eu posso estudar o assunto. Sem dúvida. E se o prazo for exíguo? Ainda mais que poderá ocorrer enquanto você estiver no bendito estágio probatório. Será que é o mais seguro? Vejamos a segunda opção:

2) Estudar com base em um Edital mais completo, o qual preencha as lacunas existentes no conteúdo programático. No meu caso, vi que no Edital que estou estudando não existia tópico pertinente à matéria de Atos Administrativos! Ora, ir para uma prova do cargo que pretendo sem saber essa parte de trás pra frente, de frente pra trás, é perder muitos pontos importantíssimos. Então, estou dizendo para estudar muito mais que o Edital? Sim. Há um inconveniente disfarçado de problema, é claro: vai demorar mais para você completar o ciclo de estudos? Sim. Mas há garantia de que caso caia algo que não está previsto no Edital você saberá. Mais seguro? Sem dúvida.

É pessoal. Sei bem o que disse várias vezes aqui no Blog, de que o Edital é a Lei do Concurso Público. Isso não mudou amiguinhos. É claro que sempre há a possibilidade de se socorrer do Judiciário. Mas nunca haverá garantia de vitória na ação. É aquela velha história: cinquenta por cento de ganho de causa. Ademais, a situação acima é somente a exceção que confirma a regra. Por isso, queridos leitores, bom-senso SEMPRE.

Resumo da Ópera - Diante de tudo que falei você me perguntará se é preciso que você se torne um “monstro” nas matérias da prova. É necessário virar um Pontes de Miranda no Processo Civil, um Clóvis Bevilaqua no Direito Civil, um Heleno Cláudio Fragoso no Direito Penal? Não. Mas se você sabe que aquela matéria não está prevista no Edital, mas tem quase certeza absoluta que o detentor daquele cargo necessita saber, não hesite: estude! Muito melhor saber mais, do que menos. Uma dica? Leia as atribuições do cargo descritas no Edital para saber o que aquela pessoa fará em seu trabalho. Experiência própria: você será surpreendido várias vezes, pois eu nunca imaginei que estaria trabalhando com as situações que aparecem no meu dia-a-dia. Bons estudos!

Jerry Lima, um Concurseiro Profissional

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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