E quem quiser que conte outra

Vou dizer agora algo que, embora seja difícil de admitir, arrisco afirmar que é uma verdade absoluta. TODOS - vejam bem - TODOS OS CONCURSEIROS TÊM DIFICULDADE DE CONTINUAR ESTUDANDO APÓS SEREM EMPOSSADOS NO PRIMEIRO CARGO PÚBLICO.

Generalização minha? Não mesmo!

Mas tire o cavalinho da chuva aquele que pensar que eu falo de preguiça ou acomodação. Embora esses sejam, indubitavelmente, fatores que fazem alguma diferença nessa equação, há muitos outros, bem mais nobres, diga-se de passagem.

Raciocinem comigo: um órgão público, quando se propõe a fazer um concurso para preenchimento de vagas, está partindo de uma premissa que muitas vezes nem passa pela nossa cabeça enquanto esperamos uma convocação. E qual seria? Cargos vagos significam necessidade de pessoas trabalhando, necessidade essa que, na maior parte das vezes, vêm se arrastando por anos a fio, esperando autorização para novos concursos ou lei para criação de novas vagas. E o que cargas d'água isso tem a ver com concurseiros-já-servidores que não estudam como deveriam? Simples: se você foi chamado num concurso, meu amigo, pode se preparar pra trabalhar MUITO. Certamente encontrará muita coisa atrasada para ser feita, uma atividade diária intensa. No meu caso, foi exatamente esse panorama que encontrei em minha serventia e, embora não trabalhe 10 ou 12 horas por dia, as horas que passo no trabalho são efetivamente trabalhadas, sem tempo nem pra respirar.. Passo o dia pegando processos pesados em prateleiras altíssimas e baixíssimas, recebendo e enviando expedientes, atendendo advogados por vezes descorteses, arquivando processos com minuciosos detalhes e dando despachos ordinatórios de extrema responsabilidade, posto que ali está em jogo a vida de muitas pessoas e, ao fim e ao cabo, a fé pública que tenho é um peso enorme. Some-se a isso o fato de estar em estágio experimental - uma especificidade da lei que rege os servidores públicos civis do Estado do Rio de Janeiro que impõe, aos novos concursados, um estágio de 6 meses como parte do concurso, período esse em que podemos ser simplesmente "dispensados" - e pronto!, aí está a fórmula para a procrastinação dos estudos.

Além do cansaço ao chegar em casa, compete com as apostilas o desejo de usar o tempo livre para o lazer e o cultivo de outros prazeres dos quais, trabalhando, você pode usufruir. Agora mesmo, enquanto escrevia esse artigo, o porteiro tocou o interfone avisando que o entregador vinha subindo com o livro do Saramago que eu estava enlouquecida pra ler, e finalmente comprei no site da Saraiva. Agora, me digam: uma tarde de verão carioca lá fora, ar condicionado ligado, um bom romance do Saramago, Ella Fitzgerald cantando... claro que o Direito Administrativo não é páreo pra isso, não é mesmo, meus amigos?

Resumo da Ópera: ainda não descobri a receita pra continuar estudando com afinco depois de entrar em exercício, mas intuo que o caminho é o mesmo de antes: estudar sem se desesperar nos momentos em que seu corpo e sua mente estão em sintonia com o estudo. Se deu certo para a primeira aprovação, creio eu, também dará certo para as próximas!

Flavia Crespo é uma legítima concurseira carioca ... empossada e determinada a continuar estudando para concursos públicos.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

A Vingança dos Competentes

Tentarei fazer alguns artigos sobre concursos embasados em minha experiência e alguns conhecimentos que obtive ao longo de uma trajetória que se iniciou em 2006.

Não é fácil buscar motivação para concurseiros, mas garanto que a maior motivação possível vem de dentro de nós mesmos, as interpéries do dia-a-dia por vezes nos faz voltar a estaca zero, assim necessitamos de algum reforço externo.

Enfim, o que nos leva a ter motivação para prestar concursos públicos? A resposta está dentro de cada um de nós, cada pessoa é diferente das outras, tal qual seus objetivos. Pode ser a busca por um emprego melhor, por um reemprego, pelo primeiro emprego ou ainda simplesmente pela estabilidade e segurança tão sonhada nos dias de hoje.

Os cargos públicos oferecem vantagens que não encontramos na iniciativa privada, desnecessário desdobrá-las aqui, mas, nos prendemos demais aos motivos finais como salário, estabilidade, benefícios e etc. e nos esquecemos do motivo inicial, que, se bem trabalhado nos dará forças para o empreendimento.

Concurso Público é a vingança dos competentes!

Isso mesmo, vingança. Quem já trabalhou em empresas privadas ou mesmo concorreu a uma vaga numa delas sabe bem do que estou falando. Quantas vezes observamos aquele “colega” de trabalho especialista em puxar o tapete dos outros para ganhar méritos que não lhe pertencem conseguiu burlar o sistema para alcançar objetivos particulares e ainda por cima conseguiu promoções e reconhecimento que os mais competentes e merecedores não conseguiram, com raras exceções. Quantas vezes aquele que na melhor das hipóteses estaria em pé de igualdade conosco concorrendo a uma vaga leva vantagem simplesmente por ter “QI” (quem indica). Não culpo a iniciativa privada por este último aspecto, afinal, melhor alguém indicado do que desconhecido, porém, não deixa de ser um motivo de frustração para quem concorre.

Já quando falamos de Concurso Público falamos de igualdade, legalidade, transparência, um verdadeiro jogo em que vence o melhor preparado, seja tanto no aprendizado quanto no emocional. Assim como ocorre na “concorrência perfeita” do livre mercado, vence o melhor, não interessa se você é rico, pobre, negro, branco ou sem rumo na vida. O Concurso é regido por Lei de forma clara e explícita através de seu Edital, que deve ser lido com paciência. E todos podem prestar provas para obter uma vaga no serviço público.

Para quem não me conhece, um pouco de minha história está na publicação de 08 de novembro de 2008 aqui no blog, assim fica mais fácil entender algumas coisas que penso, claro que enriquecidas com a voz de grandes mestres como Willian Douglas, Alexandre Meirelles, Demétrio, Alex Viégas dentre outros.

Resumo da ópera - A princípio, para quem realmente quer se dedicar a estudar para concursos públicos, reforço uma frase do grande mestre Willian Doulgas. Ele diz que “Se for desistir, desista depois que passar”, eu complemento dizendo “por que passar em concursos públicos é a vingança dos competentes”.

CONCURSEIRO CONVIDADO - Jorge Luiz Inácio continua sendo concurseiro apesar de já estar empossado em um cargo público.

———«»———«»———«»———

Clipe do dia



Trago para vocês um vídeo-mensagem que talvez alguns de vocês já tenham sido visto, mas que ainda vi aqui no blog, diferentemente dos clipes muito bons aqui publicados, preferencialmente opto por vídeos de motivação, alguns deles já conhecidos por mim de longa data e que quero compartilhar. Chamo, pessoalmente, esse vídeo de “Plantar e depois colher...”

COLUNA DA RAQUEL - Reflexões ...

Olá, concurseiros. Hoje eu poderia começar uma viagem introspectiva sobre o ontem, o agora e o depois, mas eu não consigo mais fazer isso. Deixo um texto de Machado de Assis, que caiu em domínio público, para enriquecê-los. Serão palavras melhores que as minhas. É uma reflexão sobre a alma humana ... http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000240.pdf

Recebi a tarefa de escrever sobre uma situações muito peculiares. Estar estudando para concursos há exatos três anos, sem ter alcançado a posse. Também sobre estar desconfiada de que fui aprovada no concurso da Aeronáutica e ainda continuar estudando.

Para quem não sabe e acaba de aportar em nosso querido blog, eu sou uma concurseira que admira muito a carreira militar. Estive estudando para a Marinha do Brasil e agora resolvi olhar com carinho para a Aeronáutica. Foi bom resolver fazer tal prova, pois eu fiz boa pontuação em língua portuguesa, tirei 10 (dez) na redação e fiz pontuação mediana em conhecimentos especializados (jurídicos). Com isso, sigo acompanhando a minha posição no ranking do PCI concursos e tenho estudado. Isso porque ainda não temos resultado final.

Respondendo ao questionamento da proposta, com dose cavalar de humanidade,digo que não é nada fácil continuar estudando. Não me sinto triste, apesar de não ter nada garantido, mas o peso de anos estudando é meio complicado de carregar. A gente supera insucessos, erros, mas morre de receio de vivenciá-los novamente. Conhecemo-nos mais agora que antes, mas possivelmente ainda falte aquela pequena faísca que vai nos levar ao sucesso. Vejo essas coisas com mais clareza agora.

Como eu não quero ser melancólica, bem porque não há razão que justifique isso, eu lhes digo que precisamos exercitar a nossa paciência. O sucesso não depende somente de dominar a matéria, lidar bem com as provas, mas também com a maturação do conhecimento e das emoções.

Precisamos aprender a ser racionais com nossas expectativas, ter sangue frio contra a unanimidade que opina contra nossas decisões. Devemos aguentar essa fase transitória - que parece longa demais - com muita força. Tudo isso, falado desse jeito vago parece fácil, mas não é.

Justamente por estar vendo vários concurseiros amigos, colegas de cursinho, diversos internautas passarem pelo sentimento de impotência que um dia já senti, pretendo ajudá-lo a não se sentirem tão mal. Em primeiro lugar, você não é anormal por sentir-se assim; segundo, até o concurseiro que se diz mais forte que uma rocha passa por isso; terceiro, pense no longo prazo e não se sinta tão cobrado. Isso traz muito alívio.

Resumo da Ópera - Concurseiros passam por inúmeras fases. Muitos passam por tristezas, desânimos e acabam se desvinculando dos próprios sonhos. Conecte-se a eles, tenha paciência e continue lutando, mesmo que durem 3 anos ou mais. Você somente será aprovado quando estiver pronto em todos os sentidos. Esse momento vai chegar quando você menos esperar! Um sonho não tem preço!


———«»———«»———«»———

Clipe do dia



Por falar nisso, a música de hoje é muito bonita e espero que faça os concurseiros veteranos como eu sonharem novamente. "Dream a Little Dream" com Louis Armstrong. Que voz!


Novo visual do blog

Amigos leitores do blog,

A idéia era que hoje vocês viessem aqui e encontrassem um visual todinho novo, com tudo funcionando perfeitamente ... essa ERA a idéia.

Como vocês podem ver, apesar do novo visual já estar no lugar, estão faltando ferramentas e várias funcionalidades. Culpa da "praticidade" da informática. Mas estamos dando um jeito.

Por conta disso, hoje não teremos um artigo fresquinho, mas de hoje não passa.

Enquanto isso, não se esqueçam que hoje a noite haverá, depois de um longo tempo de ausência, um bate-papo dos leitores do concurseiro solitário. Participem, é muito legal.

Equipe do Concurseiro Solitário

———«»———«»———«»———


Bate-papo do Concurseiro Solitário
(Quinta-Feira, a partir das 20:00)

Para participar vá ao chat do IG (http://batepapo.ig.com.br)

Escolha nas opções de salas o Afinidades.

Escolha o canal Atualidades.

O bate-papo será na Sala 1.

Quando bate aquele desânimo

Você está seriamente comprometido em estudar com qualidade para concursos públicos, fez um ótimo planejamento de estudos, cercou-se do melhor material e até investiu em uma cadeira confortável para não transformar as longas horas de estudos em dores nas costas. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas daí você acorda um belo dia e descobre que falta alguma coisa e para seu desespero essa coisa se chama ÂNIMO.

Sim, caros amigos concurseiros, o desânimo que muitas vezes transforma um promissor dia de estudo em um dia praticamente perdido e fonte de frustração não é exclusividade sua. Infelizmente essa praga visita todos os concurseiros várias vezes ao logo do mês, com mais ou menos constância, mas não deixa de marcar presença. Somos todos vítimas ocasionais do desânimo, queiramos isso ou não.

O desânimo é muito fácil de ser identificado, é a falta de energia que contrasta com a vontade de fazer, ou seja, queremos estudar, mas nos falta energia para isso, nos falta concentração, atenção, disposição.

Não me pergunte por que cargas d´água esse maldito desânimo nos pega pelo pé de vez em quando. Se eu soubesse, não seria mais vítima dele e ganharia uma grana ensinando a vocês a como também não serem mais vítimas. Aí que mora o problema, não sabemos de onde ele vem ou porque ele acontece, e o que importa é que o desânimo vem mesmo e faz estrago.

Entre os vários pontos negativos do desânimo para os concurseiros, acho que alguns são mais negativos que outros. Vejamos.

Ser pichado de vagabundo – É interessante como as pessoas que cercam o concurseiro esperam que ele estude o tempo todo o máximo possível. Para amigos, parentes e pessoas amadas nos tornamos super-concurseiros, seres dedicados ao estudo que não se cansam, que não se sentem desanimados ou desmotivados, que somente pensam em estudar, estudar e estudar. Só que sabemos que não é assim, mas somente nós sabemos. Quando estamos desanimados e reclamamos ou diminuímos a carga de estudo, passamos a ser olhados por essas pessoas com desaprovação, como se estivéssemos cometendo algum pecado ou crime muito grave. Alguns concurseiros não se importam com isso, mas são poucos, para a maioria essa censura por parte da família, esse olhar de “esse cara tá enrolando, tá vagabundeando” é doloroso e difícil de suportar.

Atrapalha a programação de estudos – Não há dúvidas que estudar com desânimo é estudar sem rendimento. Se havíamos programado estudar uma dezena de tópicos, mal conseguimos estudar a metade e, mesmo assim, mais ou menos. Um dia de desânimo compromete sensivelmente a programação de estudos da semana, mais que isso compromete a programação de estudos de todo o mês.

Dá dor na consciência – Que jogue a primeira pedra o concurseiro que nunca ficou com dor na consciência de ter a programação de estudos afetada por um dia de desânimo. Se você é um concurseiro sério, você fica com dor na consciência quando isso acontece, afinal de contas, o desânimo é dissociado da vontade de estudar, da consciência de que aquele dia de estudo deficiente é preocupante e muito complicado em uma época de concursos públicos concorridíssimos e de alto nível da concorrência.

O perigo de se entregar – Sim, amigo, quem se entrega uma vez ao mês ao desânimo é compreensível, quem se entrega duas vezes já é problema, quem se entrega mais do que isso está com uma bomba nas mãos e precisa de ajuda urgente. Seres humanos são bichos estranhos que sentem dificuldade em se acostumar com o trabalho, mas grande facilidade em se acostumar com a indolência, daí o perigo de se entregar.

Nos dias de desânimo procuro não me desesperar e também não me entrego totalmente. O que faço é escolher matérias mais leves, fáceis e que gosto mais para estudar, assim apenas modifico o planejamento de estudo sem afetá-lo negativamente. Essa é a melhor solução que encontrei até agora para lidar com o desânimo em dias de estudo, boa o suficiente para dar conta dos efeitos negativos mencionados, não comprometer os estudos e, ainda por cima, dar espaço para o desânimo ver que nessa parada não tem festa e ir embora rapidinho.

Resumo da ópera – Sentir desânimo duas ou três vezes por mês não é pecado e acontece com todos os concurseiros sérios. Mais que isso já é problema e pode ser um sinal claro de fadiga, de estresse. De qualquer modo, tome muito cuidado ao lidar com o desânimo e nada de achar que não é nada, que é bobagem, porque não é e, por isso mesmo, devemos lidar com ele de forma séria e responsável.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

———«»———«»———«»———


Bate-papo do Concurseiro Solitário
(Quinta-Feira, a partir das 20:00)

Para participar vá ao chat do IG (http://batepapo.ig.com.br)

Escolha nas opções de salas o Afinidades.

Escolha o canal Atualidades.

O bate-papo será na Sala 1.

———«»———«»———«»———

Clipe do dia



Para hoje selecionei uma música calminha, sucesso do passado recente, que nunca canso de ouvir. Com The Orb, "Little Fluffy Clouds".

Ossinho ...

Felicidade de vira-lata é ter um ossinho para roer”, costumava dizer um professor de física que tive na época do cursinho pré-vestibular quando durante uma aula pesada dava cinco minutinhos de descanso para podermos conversar um pouco e refrescar a mente antes de voltar ao batente.

Fazia muito tempo que não ouvia esse dito popular, quando ontem conversei pelo Skype com um amigo concurseiro do Paraná. Ele estava todo animado com uma entrevista dada pelo presidente do órgão para o qual ele prestou concurso ainda no começo do ano passado, foi um dos habilitados para nomeação (está mais ou menos no meio da lista) e que até agora não nomeou nenhum candidato aprovado, nadinha, niet.

Segundo esse amigo, nessa entrevista o tal presidente do órgão disse que estava ciente da falta crítica de servidores no órgão e em como isso afetava o atendimento à população, por conta disso afirmou que ainda esse ano iria nomear todos os aprovados no concurso realizado no começo de 2007, o que significaria quase mil novos servidores para o órgão.

Olha, Charles, essa foi a melhor notícia que recebi em vários meses. Tudo bem que o que ele disse não é garantia de nada, mas já anima. Já viu, felicidade de vira-lata é ter um ossinho para roer”, me disse esse amigo todo animado.

O pior é que é a mais pura verdade. A luta que encaramos na guerra dos concursos públicos nos transforma meio em vira-latas mesmo. Apanhamos, tomamos chuva, passamos fome, abanamos o rabo a qualquer possibilidade um pouco maior de, finalmente, ingressarmos na carreira pública, fazemos uma longa jornada sem apoio e sem ajuda, lutamos, lutamos, brigamos, batemos, apanhamos, e, principalmente, sobrevivemos.

O bom dos cães vira-lata é que eles são muito resistentes. Minha namorada é médica veterinária e comenta que 90% dos cães que são levados doentes para sua clínica são cães de raça, que raramente são vira-latas. Quando aparece um vira-lata por lá, o bicho é muito mais fácil de tratar, responde muito melhor aos medicamentos e tem alta muito mais rápido.

Não é fácil ser aprovado em um concurso e ficar aguardando meses a fio por uma nomeação que não sai nunca. A ansiedade vai minguando e acaba dando lugar a uma certa frustração, a uma sensação de que aquela vitória não será realmente uma vitória até seu nome aparecer no Diário Oficial abaixo da data marcada para a posse no cargo. Quem já passou ou passa por isso sabe do que estou falando e não é pouca gente. Arrisco dizer que a grande maioria dos concurseiros acaba passando por isso.

Daí que quando é divulgada uma notícia que aponta para uma nomeação mais ou menos próxima e certa, o concurseiro fica todo feliz, alegre. Sabe quando você está com muita fome num domingo, mas muita fome mesmo, e chega na casa de alguém que vai visitar para almoçar e sente o cheirinho da comida sendo preparada, então a boca enche d´água e o estômago ronca de antecipação? É a mesma coisa.

É muito ruim isso, Charles. Veja bem, desde que foi divulgada a lista de habilitados no concurso, no começo de junho, me sinto como um morto-vivo. De um lado já passei em um concurso público, mas por outro lado não posso deixar de estudar e prestar provas porque não sei quando esse concurso me chamará para tomar posse”, disse ainda esse amigo.

Realmente é uma situação complicada, ao mesmo tempo ter e não ter um cargo público. Claro que, na dúvida, esse amigo está fazendo a coisa certa, que é continuar estudando e prestando provas, pois, pelo menos por enquanto, passar em concurso público não é garantia de posse, mas apenas “expectativa”, como bem sabe quem estudou com cuidado a Lei 8112.

Resumo da ópera – É, gente, vida de concurseiro não é fácil mesmo, assim como vida de vira-lata. O que não podemos, assim como os vira-latas, é nunca perder a esperança de encontrar um lar onde seremos felizes, muito felizmente. Enquanto isso não acontece, temos mesmo de nos contentar com um ossinho aqui e outro acolá, para tornar a luta menos dura um pouco.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

———«»———«»———«»———


Bate-papo do Concurseiro Solitário
(Quinta-Feira, a partir das 20:00)

Para participar vá ao chat do IG (http://batepapo.ig.com.br)

Escolha nas opções de salas o Afinidades.

Escolha o canal Atualidades.

O bate-papo será na Sala 1.

———«»———«»———«»———

Clipe do dia



Uma música muito animada para animar seu dia, concurseiro. Com Ida Corr Vs Fedde Le Grand, "Let me think about it".

Você duvida da sua vitória?

Vou te fazer uma pergunta e gostaria que você respondesse com toda sinceridade do mundo.

Você acredita na sua vitória na guerra dos concursos públicos?

Essa é uma daquelas perguntas que são fáceis de responder “da boca pra fora”, mas muito difícil de responder com sinceridade. Ou vai me dizer que isso não é verdade?

Qualquer concurseiro responderá que acredita, sim, em sua vitória. Muitos ficarão até indignados com a pergunta, como se fosse algum tipo de acusação, como que quem perguntasse duvidasse de sua capacidade e de sua determinação em vencer.

Responder “da boca pra fora” é fácil, muito fácil. Alguém pergunta e respondemos o que esperam que respondamos, pode ser uma resposta curta e direta do tipo “claro que acredito” ou uma resposta mais poética e bonita, algo do tipo “sim, acredito em minha vitória, pois estou me dedicando de corpo e alma à realização de meu sonho que é vencer essa luta”. Mas responder acreditando na resposta são outros quinhentos, é algo muito diferente e muito mais difícil.

Faço outra pergunta.

Você já duvidou de que poderá vencer na guerra dos concursos públicos?

Essa é outra pergunta fácil de ser respondida “da boca pra fora” e difícil de ser respondida com sinceridade.

Já disse um famoso filósofo que “enganar aos outros é fácil, enganar a si mesmo só demanda um pouco mais de esforço e de tempo”.

Deixemos todo o “da boca pra fora” de lado e falemos sinceramente a partir de agora. Todo concurseiro, uma hora ou outra, melhor, algumas horas ou outras, por que não acontece apenas uma vez, duvida de sua vitória na guerra dos concursos público, isso é fato. Eu já duvidei algumas vezes, você já duvidou, assim como todo e qualquer concurseiro.

Não é nenhum pecado ou motivo de vergonha duvidar de seu potencial. É natural e acontece, geralmente, em nossos momentos de baixa estima, nos momentos de derrota, nos momentos em que damos de cara com a realidade e com o fato de que precisamos ainda estudar muito, ser muito melhores para podermos dar conta do recado e sairmos vencedores das próximas batalhas.

O que não pode acontecer, nunca, é deixarmos que essa dúvida nos ronde o tempo todo, todos os dias, todos os momentos.

Um soldado que vai para a guerra sem medo de morrer é um soldado morto, assim com o soldado que vai para as batalhas sem a certeza de que sairá vencedor”. Quem disse isso foi um general famoso que liderou milhares de homens nos sangrentos campos de batalha da Segunda Guerra Mundial, e ele sabia do que falava.

Assim, não se sinta culpado pelos seus dias de dúvida, mas encare-os como uma amostra da frustração e do sentimento de derrota que o perseguirá se você desistir de lutar com todas as suas forças. Além de tudo, não deixe que esses dias de dúvida durem mais que isso, apenas um dia de vez em quando ao longo do mês, o mínimo possível é o melhor.

Nos outros dias, acredite com toda sua alma e coração que você irá, sim, vencer. Acredite no seu potencial, no seu esforço, na recompensa que o espera no final dessa guerra.

Resumo da ópera – As palavras tem poder, muito poder. Por isso, repita sempre para si mesmo, em voz alta, “eu posso vencer, eu vou vencer”, várias vezes por dia, enquanto estuda, enquanto escova os dentes olhando para o espelho, principalmente nos dias de dúvida de sua capacidade de vitória. Nessa guerra só não vence que não luta, quem não persevera e quem não acredita em si mesmo.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

———«»———«»———«»———

Clipe do dia



Para animar essa segunda-feira e dar um pé na bunda das dúvidas quanto a sua vitória na guerra dos concursos públicos. O novo som do Discobitch, "C'est beau la bourgeoisie".

powered by Blogger | WordPress by Newwpthemes | Converted by BloggerTheme | Blogger Templates | Low Interest Credit Cards