Fixação – Parte 3

No artigo passado falamos a respeito de modos com os quais a memória trabalha para obter informações, e que fazem parte do nosso dia-a-dia desde pequenos. Vimos, também, que a eficácia das memórias de longo prazo se comprova, até mesmo em indivíduos que, por razões de saúde, não dispõem mais da sua plenitude cognitiva, como antes. Hoje vamos falar de meios práticos de desenvolvimento da memória de longo prazo, por meio da fixação.

Retomemos, então, alguns dados, sobre os quais falamos no artigo javascript:void(0)passado, passando a comentá-los à luz da rotina de estudos do concurseiro. Começando pelo primeiro ponto:

1 – O aprendizado requer contato, por meio de algum dos nossos sentidos, ou de vários deles ao mesmo tempo, preferencialmente.

O contato com a matéria a ser aprendida – e apreendida – pelo concurseiro é, naturalmente, importante. Dada a importância da apreensão de conhecimento, esse processo não pode ser feito de qualquer maneira. Já falamos aqui, em outro artigo, sobre os sentidos do concurseiro – disponível em http://concurseirosolitario.blogspot.com/2011/03/os-sentidos-do-concurseiro.html – e que se torna fundamental aqui recordar. Ver é bom; tocar também, ouvir também, mas principalmente trabalhar no processo emocional para que aquele conteúdo seja relevante e bom para aplicação em provas futuras. Não basta só “ver” a matéria: é necessário utilizar-se de outros tipos de estímulos para que o corpo e a mente entendam sua real importância. Dessa forma, o concurseiro consegue reter o conteúdo do qual necessita, por bem mais tempo, sem se preocupar com a complexidade das questões que tem para resolver, ou com o desempenho que precisa demonstrar, ou mesmo com o tempo para a aprovação chegar.

Exemplo clássico: descrever uma laranja. Conseguimos fazer esse processo de descrição especialmente ao termos contato com uma laranja, ao conhecermos seu interior, a espessura de sua casca, o seu sabor e textura, o seu aroma. Ler apenas sobre uma laranja fará o estudioso um conhecedor, sem dúvida, mas seu conhecimento será limitado pela falta de familiaridade com o fruto. Se ele estimular seus sentidos em busca do conhecimento, e apreendê-lo como algo útil, familiar e por que não prazeroso, por meio de uma correta fixação, falar sobre uma laranja lhe soará natural, produzindo bons resultados.

Com isso, quero dizer: o concurseiro deve “cheirar seu livro”, como já sugeriram por aí? Entendo que não é o caso, e isso pode até dar problemas respiratórios... Use seus sentidos e necessidade de contato com bom senso. Há quem defenda esse “contato estranho”, mas entendo que ele é pouco eficaz, pois o que importa num livro é a organização de ideias, a forma como ele é sintetizado, o que nele está escrito, não necessariamente seu formato ou, conforme sugerido, o seu “cheiro”.

Na próxima oportunidade falaremos a respeito do segundo ponto, as más e boas influências externas.

RESUMO DA ÓPERA - Fixação requer contato.

CLEBER OLYMPIO, concurseiro aprendendo a fixar o conteúdo e a ir bem nas provas.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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