Velhos costumes que podem ou não atrapalhar os estudos
06:56
Concurseiro Solitario
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Sobre estudar para concursos públicos
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Gostei da resenha, ficou bem completa e abordou todos os aspectos para um possível leitor interessado no livro, em minha opinião. Pensando no assunto, em estudar com apoio de questões de concursos anteriores, fiquei com uma dúvida que me deixa um pouco angustiada: qual sua opinião sobre "escrever / responder / rabiscar" no livro? Pergunto porque, mesmo que seja apagado, fica marcado e depois quando se vai estudar novamente ou fazer uma revisão não é a mesma coisa. Enfim, queria saber a opinião de um concurseiro mais experiente sobre isso. Muito obrigada!!
Essa dúvida foi enviada para nós por uma concurseira e apesar de não parecer, ela toca em um assunto muito mais importante em relação ao assunto "estudar sério para concursos públicos" do que dá a parecer à primeira vista.
Tratemos, primeiro, do aspecto mais superficial da questão. Há rabiscos e rasbiscos em livros de estudo, isso é fato. Uma coisa é rabiscar nas bordas das anotações explicando partes da matéria ou significado de termos, algo que no futuro, quando já se dominar a matéria, no mínino não será lido por se tornar desnecessário, no máximo sempre vai a ajudar a lembrar de pontos importantes da matéria. Outra coisa é rabiscar as respostas e exercícios propostos no final dos capítulos, algo que perseguirá quem usar tal livro como um assassino morto-vivo de filmes de terror e que, portanto, nunca deve ser feito.
Um conselho pessoal, use SEMPRE lápis ou lapiseira para fazer anotações em livros, EVITE aquelas canetas de grifar texto. Além disso, SEMPRE escreva com letra fraquinha, para marcar ao mínimo o papel. Explico porque. Se você usar lápis e anotar bem fraquinho, um dia se quiser poderá apagar as anotações e o máximo que ficará serão marcas mínimas no papel. Agora, se você usar canetas coloridas de grifar textos, meus amigo, um abraço, é para sempre.
Vamos agora ao aspecto mais profundo da questão. Já repeti em diversos artigos que concurseiro sério é concurseiro disciplinado, o que implica em diversas coisas práticas. Só para relembrarmos, disciplina quer dizer:
s.f. O conjunto dos regulamentos destinados a manter a boa ordem; a boa ordem resultante da observância desses regulamentos; Submissão ou respeito a um regulamento.
Muitas vezes trazemos para nosso preparo para concursos públicos costumes da época da faculdade ou mesmo da escola, do nosso trabalho, enfim, costumes exógenos, que não são muito bem vindos. Muitos desses costumes ao invés de auxiliar na produtividade, no aprendizado, na organização, quando aplicados ao concurseiro geram efeitos totalmente contrários, prejudicando a produtividade no estudo, dificultando o aprendizado, comprometendo a organização.
Costumes como o de anotar respostas de questões em livros são muito comuns em faculdades, e nesse ambiente não causam nenhum problema. Só que geralmente livros de faculdade não são estudados três, quatro, dez vezes como são os livros de concursos públicos, está aí o problema. Na época da faculdade você marcava as respostas certas nas questões no final dos capítulos, via aquilo duas ou três vezes no máximo e depois nunca mais passava olhos por lá. Agora, com livros de estudo para concursos públicos passamos os olhos por todas as suas páginas várias vezes, dezenas de vezes, ao longo de nossa luta para conquistar a posse em um bom cargo público.
É muito importante analisarmos com cuidado nossos costumes e práticas a fim de que não estejamos nos prejudicando quando pensamos que estamos fazendo exatamente o contrário. E não tenham dúvidas de descartas os costumes e práticas que se mostram ineficientes, porque não é tudo o que deu certo no passado que dará certo no presente ou no futuro. Não deixe a nostalgia guiá-lo nesse assunto ao invés da busca pela eficiência. Não é porque você sempre rabiscou seus livros que tem de continaur fazendo isso, mesmo que o prejudique. Se você suspeita que um costume ou prática o está prejudicando ou pode vir a prejudicá-lo, descarte-o, simplesmente.
Resumo da ópera - É, meus amigos, armadilhas é o que não faltam no caminho do concurseiro em direção à vitória na guerra dos concursos públicos. E não são poucas vezes que grandes armadilhas se escondem em pequenos detalhes. Tenham sempre isso em mente.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.
Velhos costumes, criaturas sujas que nos enfeitiçam com suas línguas bífidas e macias. Nunca fui de rabiscar livros, anotações geralmente fazia em cadernos ou papéis avulsos. No entanto, o post trouxe uma clareza absurda para outro assunto do qual não estava conseguindo me libertar. Ótima atualização! [ ]'s Grey
Mais uma vez adorei o tema abordado. Como ainda me considero uma iniciante (estudo à seis meses) tem alguns termos jurídicos (sou administradora) que eu sempre coloco o significado ao lado da palavra. Sobre resoluções de questões eu decidi escrever (a resposta e os comentários) em uma folha a parte a fim de manter as provas "limpas" porque acredito que ver a resposta possa prejudicar o estudo. Gostaria de sugerir um tema: mapas mentais.
Falo por experiência própria:
Comecei a estudar no ano passado e já assassinei dois livros bons de interpretação de textos. Se isso fosse pouco, ainda corrigi com C e X bem grandes. Por mais que apague, dá pra ver a resposta e saber se acertei ou errei. Mesmo quando eu tiver passado e não precisar mais deles, outras pessoas não poderão aproveitá-los.
A partir de agora, respostas só em folha separada e meus novos livros vão durar muito mais! Foi bem interessante e útil abordar esse tema aqui no blog.
Bem, depois de alguns livros "perdidos", fica o aprendizado :D!
Olá concurseiro! Muito obrigada por responder ao meu questionamento. O post ficou muito bom! Tenho certeza de que todos interessados aproveitaram.
Obrigada!