Estudar com que material?

Vocês já pararam para notar a quantidade e variedade de material de estudo para concursos públicos que há disponível atualmente? São dezenas de livros e apostilas, além de resumos, aulas em vídeo e MP3, esquemas de matéria, mapas mentais.

Diante de todo esse material, é inevitável a dúvida sobre qual é o melhor? Só que essa é a pergunta errada a ser feita. Você deve perguntar qual o material mais adequado. Parece não haver diferença entre as duas, mas há e é muito importante, isso porque o melhor material muitas vezes não é o mais adequado para um determinado tipo de concurseiro ou concurso.

Saber escolher o material mais adequado para seu nível de conhecimento e para os concursos para os quais se está estudando é fundamental para que o estudo seja efetivo e leve à aprovação. Não adianta nada gastar uma boa grana comprando o melhor livro do mercado, quando não se tem o conhecimento anterior necessário para aproveitar seu conteúdo plenamente ou quando não é o mais adequado para determinado concurso.

Direito Constitucional é uma matéria que tem muito material bom e ruim por aí. Agora, do que adianta um concurseiro iniciante que nem ao menos leu a constituição seca algumas vezes, tentar estudar por um livro dessa matéria voltada para concursos de magistratura? Nada, não adianta nada, é perda de tempo, esforço e dinheiro. Esse concurseiro estaria muito melhor servido se tivesse comprado um bom livro introdutório a essa matéria.

Uma parcela dos concurseiros simplesmente despreza qualquer tipo de apostilas e prega que estudo sério é estudo com livros. Para concursos da área jurídica eu até concordo com isso, afinal de contas, nesses concursos é cobrada jurisprudência e autores específicos. Agora, isso não é geral. Para concursos de nível de segundo grau, por exemplo, não há porque o concurseiro se cercar de livros de jurisprudência, quando boas apostilas (sim, elas existem) seria o material mais adequado.

Além do material tradicional, livros e apostilas, hoje os concurseiros têm a sua disposição uma gama maior de meios de transferência de conhecimento, que podem e devem ser usados como auxiliares de estudo. Eu, particularmente, gosto muito de aulas em MP3 e vídeo. Claro que esse tipo de material não abordam toda a matéria com a profundidade necessária, mas são ótimas para ajudar a assimilar os pontos que abordam. Além disso, é uma forma de descansar os concurseiros da leitura contínua, que depois de um ponto cansa bastante.

Há também os resumos, que dependendo da autoria podem ser ótimos ou uma porcaria, e que são uma ótima ferramenta para repassar rapidamente a matéria estudada. Quando se trata de resumos, prefiro estudar com os que eu mesmo faço, mesmo porque anoto os pontos da matéria que realmente tenho mais dificuldade em memorizar ou que são mais importantes. Uma novidade relativamente recente é os tais mapas mentais, um tipo de resumo gráfico, que, sinceramente, ainda não me acostumei. Não duvido que sejam ótimas ferramentas de auxílio ao estudo, mas continuo preferindo os resumos tradicionais.

Resumo da ópera – A diversidade de material de estudo disponível atualmente é de deixar qualquer concurseiro de cinco anos atrás babando de inveja. Lembre-se que esse pessoal tinha a sua disposição somente alguns poucos livros e apostilas, o que significava esforço em dobro para estudar com qualidade. Apesar dessa diversidade muito bem-vinda, é necessário critério para escolher o material mais adequado para seu nível de conhecimento e concursos que se vai prestar. Para isso, sempre tenha em mente que nem sempre o melhor material não é, necessariamente, o mais adequado.

———«»———«»———«»———

Esse assunto é amplo e oportunamente irei abordá-lo novamente em mais detalhes, mesmo porque é muito importante e uma armadilha na qual caem muitos concurseiros, que ainda não se deram conta de que não são aprovados porque estão estudando com o material errado.

2 Response to "Estudar com que material?"

  1. Anônimo says:

    Muito pertinente o assunto porque a gente se perde nesse mar de materiais. Além disso, cada concurso tem um perfil porque se quer selecionar um determinado perfil de profissional.

    A confusão fica ainda maior porque na área jurídica há concursos que não cobram jurisprudência; outros cobram; outros cobram muita teoria; outros livros específicos mencionados no edital.

    A sugestão que dou para novo artigo seria em relação a este último aspecto: livros específicos em editais. Eu estudo pra um que os cobra, mas nunca consigo ler todos os livros porque são enormes e são muito numerosos para adquirir! Além disso, a bibliografia recomendada muda todo ano! Outro problema: eu dificilmente consigo visualizar onde ler cada matéria em cada livro porque alguns deles se repetem.

    Deve haver algum truque para realizar este tipo de prova.

    Um abraço,
    Malu

    Camisa 9 says:

    É muito bom o material que eu tinha da minha escola. Eram apostilas feitas pelos próprios professores, no entanto, agora a escola está adotando aqueles livros com toda a matéria o que torna um livro comum bom, porque os professores vão explicando com eles e assim os alunos entendem e ficam felizes.

    Eu já comprei uma apostilinha brega numa banca de jornal qualquer e fiquei arrependido. Eu a li por 2 motivos, por causa do meu gasto e por curiosidade, mas nas primeiras páginas eu vi que ela era fraca, sem explicação e com poucos exercícios.

    É realmente dar uma boa pesquisada com professores e alunos, blogs e net antes de comprar livros.

    Mas esse também é assunto pra se discutir bastante. :D
    Abraços

    Éric

powered by Blogger | WordPress by Newwpthemes | Converted by BloggerTheme | Blogger Templates | Low Interest Credit Cards