Ultimamente temos recebido um número considerável de emails de leitores que estão sem saber se estudam para concursos que já foram lançados, que têm edital publicado, ou se estudam para alguns dos desejados concursos autorizados, porém sem previsão de publicação do edital.

Notamos que o maior medo desses concurseiros é de trocar o certo pelo duvidoso. De deixarem de estudar para algo paupável com data de prova marcada para estudarem para certames sem garantia sólida de que acontecerão mesmo esse ano, mesmo estando autorizados.

Pois bem, a resposta é ... AMBOS.

Concurseiros devem trabalhar com três horizontes de estudo:

CURTO PRAZO - O horizonte de estudo da semana, no máximo da quinzena. 

MÉDIO PRAZO - Aqui já falamos do horizonte de estudo do mês, no máximo do bimestre.

LONGO PRAZO - Nesse caso se trata do horizonte de estudo do ano ou mesmo biênio.

O estudo de curto prazo é aquele do dia-a-dia. Já o de médio prazo é o dos concursos com edital publicado. Os de longo prazo, no entanto, são aqueles autorizados e aguardando publicação do edital ou mesmo aqueles sem previsão alguma de lançamento.

Porque isso? Simples, porque estudar para concursos públicos é um projeto para alguns anos. Se passar em concursos públicos fosse um projeto de 12 meses, realmente seria um tanto complicado falar de planejamento de estudos de longo prazo. Porém na maioria dos casos não é, muito pelo contrário.

O concurseiro que estuda seriamente para concursos públicos deve estudar de olho nos futuros concursos públicos que prestará e, para isso, trabalha seu planejamento de estudos de forma que estuda tanto para os concursos que terão prova daqui a um ou dois meses quanto para aqueles concursos que ainda serão lançados.

Por esse motivo é muito complicado estudar para concursos de áreas muito diferentes. Se você estuda para concursos dentro de uma mesma linha de estudo, que explora um mesmo núcleo básico de matérias, o estudo para o concurso que terá prova daqui a dois meses será também estudo para o concurso com prova daqui a um ano. As matérias "exóticas" serão estudadas no médio e curto prazo.

RESUMO DA ÓPERA - Não seja imediatista, isso não combina nem um pouco com a realidade do que é estudar para concursos públicos no Brasil. Da mesma forma que o engenheiro projeto um edifícil pronto nos mínimos detalhes antes de mesmo de fincar a primeira estaca que irá sustentá-lo, assim também deverá fazer você em sua jornada na guerra dos concursos públicos.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.