O melhor computador para o concurseiro

Desde algum tempo venho recebendo emails de concurseiros novatos e não tão novatos assim perguntando qual o melhor equipamento de informática para o concurseiro. Se é melhor investir na compra de um notebook ou de um computador de mesa com um monitor grande, se é melhor usar Windows XP, Vista ou Linux, e dúvidas do gênero. Por conta disso resolvi escrever hoje um artigo que é mais um aconselhamento de qual o melhor equipamento de informática para o concurseiro em minha opinião.

Uma das melhores coisas que aconteceram para os brasileiros em geral nos últimos tempo é o modo como os computadores se tornaram acessíveis, tanto para uso quanto para compra. Hoje há uma lanhouse em qualquer cidadezinha, e comprar um computador básico sai mais em conta que comprar uma geladeira ou uma máquina de lavar roupas, além do pagamento poder ser parcelado em “trocentas” vezes. Isso permite um maior acesso à informação, uma modernização dos costumes. Lembro-me de um joguinho de computador que foi lançado há alguns anos onde o objetivo era desenvolver uma cidade da pobreza para a riqueza e para isso era necessário desenvolver a população, aumentar seu nível educacional e tal, um processo que em determinado ponto só continuava se você colocava na casa de cada um computador. Acho que na vida real não é muito diferente.

Pois bem, é fato que há computadores de vários tipos, formatos e características. Também é fato que para cada tipo de uso há uma configuração ótima de computador. O mesmo computador que será ótimo para um concurseiro não será ótimo para um gamer (alguém que adora jogar no computador) ou para um engenheiro. Fazer a melhor compra de computador é adquirir o equipamento que atenda totalmente às suas necessidades.

Uma boa impressora laser

Se há alguns anos material de estudo para concurseiros existia apenas em bancas de jornal, livrarias e algumas bibliotecas, hoje as coisas mudaram. É cada vez maior o número de ótimos livros e cursos publicados em formato digital (PDF), além de aulas em vídeo e áudio. Não é a toa que sempre cito aqui o Ponto dos Concursos, um cursinho para concursos de Brasília que sempre oferece ótimos cursos em formato digital cobrindo matérias dos principais concursos do país, material preparado pelos melhores professores das disciplinas. Esses cursos, além de ótimos em termos de conteúdo, têm preço acessível.

O problema para muita gente é ler trezentas, quatrocentas páginas na tela do computador, o que é uma verdadeira tortura. Concordo que é possível se acostumar bastante esse modo de leitura, mas chega num ponto que cansa mesmo. Além disso, é muito mais prático estudar com material impresso (em papel) quando se está num ônibus, metrô ou no sítio no final de semana. Então a solução é uma só, imprimir o material digital.

O problema com a impressão, até algum tempo atrás, era o custo. Tinta de impressora do tipo jato de tinta é mais cara, comparativamente, que champanhe francesa da mais cara. Para resolver esse problema há no mercado por preços muito acessíveis as impressoras laser. Essas impressoras têm custo de impressão muito baixo, mais barato que um xerox comum, com a limitação de imprimir apenas em preto, o que não é um problema para o concurseiro que imprimirá 99% de texto.

Tenho uma impressora laser Lexmark E120N, que custa atualmente em torno de R$390,00 e cuja recarga de toner para 2.000 cópias custa em torno de R$20,00. O que já imprimi de material com essas impressora não é brincadeira! Imprimo no formato brochura (duas páginas por folha frente e verso) e levo a uma dessas lojas de xerox, onde cortam no meio e encadernam, daí no final tenho o material bonitinho como se fosse um livro encadernado, fácil de usar e transportar.

Muita gente argumenta que é mais caro recarregar o toner (tinta em pó) de uma impressora laser que o cartucho (tinta líquida) de uma impressora jato de tinta. Se você optar por uma empresa de recargas será mais caro, sim. Só que ao contrário de um cartucho de tinta, recarregar o toner de uma impressora laser é muito fácil. No caso dessa impressora da Lexmark, compro pela Internet (www.e-laser.com.br) um kit com a tinta em pó e um chip que vai junto do cartucho de toner (como disso por R$20), daí tiro uma tampinha no cartucho e coloco o pó com a ajuda de um funil, com a ajuda de uma chave de fenda troco o chip e, voilá, está pronto para mais 2.000 impressões.

Banda larga é essencial

Não adianta nada do concurseiro ter um bom computador, uma boa impressora laser ... e uma Internet discada. Esqueçam, é perda de tempo, pois baixar um curso digital, uma video aula ou mesmo navegar por sites voltados para concursos públicos será uma tortura das mais dolorosas.

Em minha opinião, o concurseiro sério deve ter uma conexão banda larga de 300kps no mínimo. A conexão recomendada é de 600kps. Agora, para otimizar mesmo as coisas, nada melhor que uma conexão de 1mb ou maior.

Hoje pago mensalmente por volta de R$100 por uma conexão de banda larga do Velox de 1mb e afirmo que é um dos melhores investimento que faço para meus estudos, pois é com essa conexão que posso acompanhar sites concurseiros, assistir vídeos aulas (inclusives muitas gratuitas disponibilizadas em diversos sites), participar de vídeo sessões de estudo com amigos concurseiros e por aí vai.

Um bom computador

Quando o assunto é “qual o melhor computador para concurseiros”, esbarramos nas diversas opções de mercado. Antes de falar desse assunto, vejamos quais são essas opções.

Para começar a conversa temos de diferenciar desktops de laptops. Os desktops são os computadores tradicionais, não portáteis, que ficam em casa numa mesa ou escrivaninha, e têm o monitor, teclado, mouse e CPU em peças separadas. Os laptops, ao contrário, são aqueles computadores compactos e portáteis que reúnem todas as peças numa só.

Dentre os laptops temos duas opções. A primeira são os netbooks, a moda do momento, aqueles laptops pequenos, fininhos, levezinhos, com preços acessíveis. Esses computadores são caracterizados pela simplicidade e baixa capacidade de processamento, sendo otimizados para acessar a Internet (daí o net do nome) e usar aplicações leves. Os notebooks, ao contrário, são laptops maiores, mais completos, com maior capacidade de processamento e preço mais salgado, equipamentos desenhados para fazer tudo o que os desktops fazem.

Em minha opinião, por enquanto os netbooks não são uma boa opção de primeiro equipamento para os concurseiros. Se o cara já tiver um bom desktop ou notebook e grana sobrando, então nada o impede de ter também um netbook para estudos leves.

A dúvida fica entre ter um desktop e um notebook. Se o notebook dá mobilidade ao concurseiro, que poderá estudar em qualquer lugar (em casa, numa praça, numa biblioteca, ...), o desktop pode oferecer um monitor de maior tamanho onde é muito mais fácil de ler textos longos, além de obrigar o concurseiro a sentar a bunda num lugar específico e estudar. Além disso, os desktops são bem mais em conta que os notebooks. Por valores em torno de R$1500 é possível comprar um notebook “de entrada”, ou seja, um modelo mais simples de marca menos conhecida, ou então um desktop muito mais “poderoso” que oferece mais recursos. Outro ponto importante a se considerar, é que tendo um notebook, para se ter Internet em qualquer lugar da casa por wireless será preciso ter um gasto adicional com um roteador sem fio, o que torna o preço total do equipamento ainda mais salgado.

Particularmente prefiro ter como primeiro computador um desktop com um bom monitor LCD wide de 19 ou 22 polegadas (fuja dos monitores LCD comuns quadrados de 15 polegas, são um terror para ler textos longos) e HD com pelo menos 320 giga de HD e 1 giga de memória RAM. Agora mesmo fiz uma pesquisa na Internet e encontrei um desktop com processador topo de linha, 500 giga de HD, 2 giga de RAM e monitor LCD wide de 19 polegas por R$1349 em até 12 vezes sem juros no cartão de crédito, nota fiscal, garantia e frete grátis para as regiões Sudeste e Sul!

Resumo da ópera – Vale a pena investir em um bom equipamento de informática, afinal de contas, será sua ferramenta de estudo. Deve ser frustrante, além de contraprodutivo, ter de estudar usando um computador velho ou inadequado, uma conexão discada com a Internet e não poder imprimir os ótimos materiais de estudo digitais que são oferecidos por cursinhos e editoras de qualidade. Se você puder, invista num bom computador, numa boa impressora laser e numa boa conexão de banda larga, garanto que não será dinheiro perdido.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA

O som de hoje é do White Stripes e se chama "Seven Nation Army".

Estudar com edital antigo ainda vale a pena?

Dias atrás tive de ir a São Paulo e aproveitei para dar um pulinho rápido na LEC, a livraria especializada em livros e apostilas para concursos públicos que fica pertinho da Praça da República (www.leclivraria.com.br). Enquanto dava uma olhadinha em alguns livros, não pude deixar de ouvir a conversa de dois concurseiros sobre um assunto que vem se tornando muito pertinente para que estuda sério para concursos públicos no esquema de longo prazo. A conversa foi mais ou menos assim:

- Cara, estou com medo de continuar estudando para o concurso xpto me baseando no edital do último concurso.

- Ué, por que? Todo mundo faz isso desde sempre e desde que bem feito é aprovação garantida.

- Eu sei. Mas você viu como os últimos editais de muitos concursos que o pessoal estudava assim estão vindo diferentes? Olha esse concurso da ANAC, por exemplo, teve gente que se matou de estudar legislação específica do setor aéreo, que foi cobrada no último concurso, e que não será cobrada nesse concurso que vai acontecer.

Daí a conversa dos dois continuou em torno de prós e contras, generalizações e tal. Pois bem, vamos conversa um pouco nós sobre esse assunto.

Desde que comecei a estudar para concursos públicos conheço essa estratégia antiga de estudar para um concurso que ainda não foi anunciado baseando no edital do concurso anterior. Essa é uma estratégia de longo prazo, muito usada com sucessos por centenas de auditores da Receita Federal, agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal e tantos outros felizes detentores de cargos públicos nos mais diversos poderes, órgãos e entidades.

O grande problema é justamente o modo como as instituições e bancas vêm apresentando nos últimos tempos editais bastante diferentes do modelo tradicional que sempre seguiram. Exatamente. Se no passado os editais eram basicamente os mesmos, mudando apenas informações básicas como a data das provas, número de vagas e tal, com o conteúdo pragmático a ser estudado sendo um legítimo “copia e cola”, agora as coisas vêm mudando.

O concurso da ANAC que o concurseiro da conversa citou é mesmo um bom exemplo. No edital do concurso de 2007 constava:

Legislação relacionada ao setor aeronáutico (comum a todas as especialidades dos cargos de Especialista em Regulação de Aviação Civil, Analista Administrativo, Técnico em Regulação de Aviação Civil e Técnico Administrativo).

No edital do concurso desse ano, apenas dois anos depois (!), não consta esse item. Quando o concurso foi divulgado e estava analisando se seria interessante prestá-lo ou não, visitei alguns fóruns e comunidades relacionados e notei muitas reclamações de gente que vinha estudando essa legislação especificíssima (que não era pouca coisa) para descobrir que todo esse estudo seria inútil no novo concurso ... olha, gente, era muita frustração em meio a quem passou por isso.

Muitos concurseiros podem argumentar que estudo nenhum é perdido, que o cara não perde nada ao estudar com seriedade e tal. Concordo ... em parte. Acho que devemos analisar com cuidado essa questão. Sobre estudar algo que não será cobrado numa prova em específico penso assim:

Se for matéria de uso geral (para qualquer outro concurso) – Realmente o concurseiro não perde nada. Estudar Direito Administrativo, por exemplo, nunca é demais.

Se for matéria de uso específico – Muitas matérias específicas podem não ser cobradas diretamente em outros concursos, mas matérias muito parecidas, com a mesma estrutura podem, daí o estudo de uma pode ser aproveitado em parte no estudo de outra. É o caso dos Regimentos Internos, que são muito parecidos em muitos órgãos e entidades.

Se for matéria de uso especificíssimo – Aí o bicho pega. Uma matéria que seja de domínio de determinado órgão e entidade dificilmente será aproveitado para qualquer outro concurso, mesmo em parte. Daí o estudo foi realmente perdido, a não ser que tal órgão ou entidade seja o objetivo final do concurseiro e ponto final.

Resumo da ópera – Noto uma certa tendência das bancas e instituições no sentido de não se apegarem tanto ao passado em termos de matérias a serem cobradas em prova. De um lado isso é preocupante, pois torna mais complicado o planejamento de estudo de longo prazo. De outro lado é algo bom, pois tende a dar mais chance a concurseiros com menos tempo de estudo em relação a concurseiros com anos de estudo. De qualquer modo, esse é um assunto muito importante que deve ser analisado e acompanhado com muito cuidado por todos os concurseiros sérios.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA



Hoje é dia de um jazz moderninho ao som de Mario Biondi com "This is what you are". Boa terça-feira de estudos para todos.

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Quer ganhar quanto?

Vencimentos de R$ 19.500? Por acaso alguma iniciativa privada propicia isso facilmente, sem sonegação de impostos e outros atos ilícitos? É evidente que tem lá suas profissões liberais ou empresariais que permitem isso de maneira juridicamente saudável, mas não são muitas.

O concurso público vem a permitir que uma pessoa sem qualquer rendimento mensal expressivo ou com uma renda básica para sua mantença passe a integrar uma casta da sociedade que vive acima da linha do luxo, que ostenta poder financeiro e status. Hoje o Poder Público é patrocinador das maiores remunerações iniciais, mas não é tudo, uma vez em posse de tal cargo, a sabedoria em se especializar academicamente pode até triplicar sua renda.

Eu nem imagino o que é ganhar R$ 5.000,00 por mês, quiçá R$ 19.500,00!!!

Mas tudo é uma questão de opção. Tem concursando que deseja apenas um holerite que lhe permita fazer regularmente uma viagem internacional, ou contratar um casamento, ou comprar um carro do ano, de modo que sua vida não o torne inadimplente com os compromissos financeiros que assumir. Outros visam não apenas um casamento ou carro do ano, mas serem notados na sociedade como alguém diferente (não estou pregando que o dinheiro faz diferença entre o caráter das pessoas). É dizer, conforme seja a vontade de cada um, aí residirá sua escolha do cargo público. Isso sim é de contestar. Temos visto que a ética, ou melhor, não temos visto a ética rondando os corredores forenses, da Administração Pública etc ultimamente justamente por causa da ganância. Creio que se canalizarmos a nossa necessidade e assim optarmos pelo cargo expoente, o “maná não apodrecerá”, ou seja, nossos vencimentos, sejam de mil, cinco mil ou dezenove mil e quinhentos reais, qualquer que seja o valor, sem dúvidas estarão à medida de nossas expectativas.

Com isso, adentro num tema corrente em nosso meio, o famigerado “concurso escada”. É o modo de ascensão paulatina, consciente, afinal, não são todos os que conseguem de início serem aprovados nos cargos visados e mais remunerados. É, pois, uma conquista! E como toda conquista presume uma luta, seja o concurso escada ou o objetivo final, sempre haverá muito suor, digo, muito estudo.

Pessoal, nunca deixem de estudar sem foco, ainda que o concurso não esteja em vista. É necessário que o edital antigo seja esgotado a longo prazo, para, como numa digestão, seja aproveitado cada tópico de matéria e também faça muitas provas antigas. Se deixarmos a preparação para após a sua publicação, já viu, né? Ou você nunca estudou só quando saiu o edital? Hehe...

Já falei dos cursos completos e da jurisprudência do STF/STJ, mas é intuito que aí se inclua o posicionamento do tribunal ou do órgão que você esteja se preparando. Ah! E façam até concurso para um cargo de R$ 465,00, pois, como também já falei, a experiência do ambiente do concurso é bastante significante, ok?

Resumo da ópera - Se você almeja um sucesso financeiro por meio do concurso público, não se esqueça que para isso você deve primeiro passar! Em conclusão, estude de maneira organizada e focada. E caso esteja demorando a passar, reveja seu plano de estudo e mire um alvo mais concreto. Ah! Alcançando o cargo, seja ético e pregue a lisura no exercícios das funções.

RC é mais um concurseiro solitário que não quer as despesas maiores do que a receita pessoal.

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Você está pronto?


Estava pensando outro dia: essa vida de concurseiro profissional não é pra qualquer um não. Exemplo disso é uma amiga que acompanhei de perto a história de vida dela e, fiquem calmos, há um final feliz...rs...

Bom, tudo começou quando a conheci, em meados de 2005, quando sai de minha faculdade (tendo em vista abusos financeiros por parte desta), e fui para outra na mesma cidade. Ela era estudiosa e disciplinada. Vira e mexe sempre discutia algumas questões complexas com ela. Sempre queríamos ter notícias dela, pois eu sabia que ela enfrentava concursos públicos e tinha o mesmo sonho que o meu: magistratura estadual!

Salvo engano meu, ela se formou em 2003. Nunca perguntei. Naquele tempo não havia a polêmica Emenda Constitucional nº. 45, que não permitia o ingresso na magistratura antes dos 3 anos de atividade jurídica. Assim sendo, logo que ela se formou se atirou de cabeça nos concursos.

E não foram poucos, amigos! Começou atirando para tudo que é lado, como sempre é com todos os concurseiros iniciantes. Fazia prova em todos os estados que lhe era tangíveis: magistratura do Paraná (2004), magistratura do MS e TODOS, repito, TODOS os concursos para a magistratura de SP.

Era complicado quando ela voltava de um concurso que não ia bem. Sumia por uns tempos, coisa de uma semana, mas logo já retornava à sua rotina de estudos.

Estudávamos, juntos, cerca de 7 horas por dia (naquele tempo eu não trabalhava). Tinha vezes que havia uma emergência, provavelmente do trabalho dela: advocacia. Assim, não podia estudar o dia inteiro e era uma frustração.

Houve tempos em que ela parou de estudar lá. Sumiu. Não sabia se era desânimo, desistência ou só um tempo de descanso.

Depois de aproximadamente 4, 5 anos após se formar, os resultados começaram a vir. Passou em um concurso para uma autarquia federal em uma ótima colocação. Ficou aguardando chamarem-na. Começou a passar nas primeiras fases do concurso da magistratura estadual de sp. Porém, sempre ficava na segunda fase. Era difícil ela dizer: “Poxa, deu branco! Não lembrava qual era a diferença entre os tipos societários! Não foi dessa vez!”.

Eu lembro das brincadeiras que fazia com ela...rs...Havia salas de estudo que eram fechadas na biblioteca e, geralmente, ela estudava nesses lugares. Chegava devagar, batia na porta, e dizia: “Com licença Excelência”. Ela dava risada e dizia: “ainda não”! E eu complementava: “Mas um dia será!”.

Até que, no Exame nº. 180, considerado um dos mais difíceis da magistratura de sp, ela passou na primeira fase. Enfrentou a segunda fase e passou também! Lembro que o último contato que tive com esse exemplo de vida foi quando estava chegando a data de seu psicotécnico. Topei com ela rapidamente na biblioteca; ela estava apressada. Eu disse: “E aí? Quando é a prova oral?”; Ela: “Não sei! Mas já marcaram meu exame psicotécnico”. Eu: “Posso assistir?”. Ela: “Não, não, fico muito nervosa!”.

E nunca mais a vi. Passado isso, fui assistir uma das arguições. Quem viu a banca (considerada a mais vanguardista do TJSP), notou que os examinadores não estavam facilitando a vida dos candidatos. Cheguei a conversar com um amigo em comum para perguntar se ele tinha visto a nossa amiga depois do oral dela. Ele chegou a dizer: “Conversei com ela. Mas ela disse que acha que não foi bem. Estava difícil demais”. Depois de um tempo, enquanto eu já estava advogando, ao fazer uma consulta de um processo no site do TJSP, lembrei que já tinha saído o resultado final da magistratura.

Quão grande foi minha alegria ao ver a minha colega, aprovada dentre os primeiros 40 colocados num total de 76, salvo engano. Após seis longos anos depois de formada ela havia realizado o seu sonho. Era juíza! Fiquei muito feliz por ela! Muito mesmo.

Infelizmente não tive a felicidade de encontrá-la nos fóruns da vida. Porém, em dois ou três processos criminais que havia pegado para analisá-los me deparei com uma bela surpresa: os despachos eram dela.

Resumo da ópera - Para saber se você está pronto para essa vida dura de concurseiro analise a sua conclusão sobre o relato acima: caso você tenha ficado motivado e com muito mais vontade de lutar pelo seu sonho, você está no caminho certo. Todavia, se achou que seis anos é tempo demais de estudo e que é loucura o que ela fez, está na hora de você rever a sua decisão de ser um concurseiro sério e profissional, pois o seu sonho pode se realizar mais facilmente do que o de minha amiga. Porém, pode demorar muito mais. Você está pronto?

Jerry Lima, um concurseiro que está aproveitando o caminho!

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Mulheres e crianças primeiro

Para hoje pensei em um artigo sobre um assunto que interessante e afeta não somente os concurseiros novatos, como também concurseiros experientes, algo muito pertinente na guerra dos concursos públicos, um fantasma que nos roda de tempos em tempos.

O tempo é areia que escorre por entre nossos dedos”, já disse o poeta. Nenhuma descrição sobre como o tempo passa rápido e nos escapa poderia ser melhor. Concurseiros têm na escassez tempo ao mesmo tempo um grande aliando e também um grande inimigo. É aliado no sentindo de que nos obriga a estudar mais e melhor e um curto período, nos obriga a otimizar nossas técnicas de estudo, a aprendermos a nos virar. E é inimigo no sentido de que geralmente demos de dar conta de um grande volume de matérias e tópicos e um período de tempo insuficiente para estudar decentemente 1/3 disso!

Certo, nos inscrevemos para um concurso que tem provas marcadas para daí um mês e meio, no máximo dois meses no futuro. Olhamos para o edital e está lá aquela montanha de matérias para estudar. Paramos, pensamos, analisamos, mastigamos, digerimos ... e concluímos que estamos fudidos de verde, amarelo, azul e branco porque, simplesmente, não teremos tempo hábil para estudar como se deve tudo aquilo, pior, nem para estudar mal e porcamente tudo aquilo. Daí o bicho pega, o desespero aparece e o concurseiro sente aquele enorme nó na garganta que quer desaguar em choro desesperado.

É nesses momentos de pânico que devemos ter calma, muita calma, afinal de contas, vida de concurseiro é isso mesmo, ninguém disse que seria fácil.

Então você, concurseiro, se vê dessa típica situação, muita matéria para estudar e pouco tempo disponível. É aqui um daqueles momentos em que a pessoa mostra que é um concurseiro sério ou um concurseiro “meia boca”, se será um sério competidor a uma das vagas oferecidas no concurso ou se será “bucha de canhão, se terá alguma chance de sucesso ou se apenas ganhará mais uma desastrosa derrota.

Mulheres e crianças primeiro” não é um bordão muito usado em desenhos animados e filmes, mas uma regra válida quando é necessário salvar pessoas em perigo. Em primeiro lugar vêem as crianças, depois as mulheres, depois os idosos e, por último, os homens, ordem essa por conta da resistência e chances de sobrevivência sozinho. O concurseiro sério que se depara com situação de emergência, onde há muito o que estudar e pouco tempo para isso, também utiliza de uma “lista de prioridade de salvamento”, ou seja, “as matérias prioritárias primeiro, depois as menos prioritárias”.

Certo, devo estudar as matérias prioritárias primeiro e se der tempo o resto. Mas como definir quais são as matérias prioritárias?” perguntaria o concurseiro sério novato ... uma daquelas perguntas que valem não um milhão de reais, mas a posse em um belo cargo público. Pois bem, as regras de priorização de matérias não são rígidas e dependem de cada concurseiro, por isso vou apresentar as regras que uso pessoalmente para você ter uma idéia de por onde seguir para criar suas próprias regras. Repito, essas são as regras que eu uso, não são verdades absolutas.

Prioridade zero – Matérias com peso dois.

Prioridade alta – Matérias que nunca estudei e que terão um bom número de questões + Matérias que já estudei, mas que combinem conteúdo mais complexo e terão um bom número de questões.

Prioridade média – Matérias que nunca estudei que terão pequeno número de questões.

Prioridade baixa - Matérias que já estudei e preciso fazer apenas uma revisão para ir bem na prova.

Com essa lista de prioridades consigo me guiar em tempos de emergência e orientar meus estudos de forma eficiente. Antes de adotar essa lista confesso que apanhei bastante e no resultado final dos concursos lá estava eu entre classicados em 1.000 e 2.000. Depois que adotei essa lista de prioridades as coisas melhoraram muito e todos os concursos que prestei desde então me classifiquei entre os 70 primeiros colocados.

Resumo da ópera – Sugiro fortemente que você tire uma tarde de sábado para analisar honestamente e com cuidado seu desempenho nos últimos concursos públicos que prestou, procurando pelo que errou no seu preparo para eles. Através dessa análise você conseguirá preparar sua própria lista de prioridade de estudo, o que, garanto, irá causar uma revolução em seu desempenho como concurseiro ... para melhor, muito melhor.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA


Paris Hilton - Stars Are Blind

Sim, Paris Hilton também é cantora e confesso que acho essa música dela muito legal, chama-se "Stars are blind".

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Primeiros passos

No artigo de ontem dei algumas dicas aos concurseiros novatos que visitam o blog quanto a como começar a estudar Direito Constitucional e Direito Administrativo. Pois bem, acho pertinente complementar com algumas dicas sobre como estudar matérias desconhecidas para concursos públicos, que é algo bem diferente que estudar para o vestibular ou para a faculdade, visto que o tempo é reduzido e a cobrança das matérias é muito mais dura e cruel.

Ao longo de minha jornada na guerra dos concursos públicos, tenho por mim que o melhor método de estudo para lidar com matérias que nunca vi na vida é o que chamo de “método 1, 2, 3, 4”, um método bastante simples, porém muito eficiente, mas um tanto trabalhoso e que requer uma boa dose de disciplina. Esse método, como já diz o nome, é composto por quatro passos:

1º passo – Inicialmente devemos tratar de tomar conhecimento da matéria, mas nada profundo num primeiro momento. O objetivo nesse momento é travar o primeiro contato com a matéria para termos uma idéia do que ela trata, do nível de dificuldade que enfrentaremos no estudo e, também, se o material que vamos usar é de boa qualidade ou não. Para isso, faça uma leitura rápida dos tópicos que precisará estudar. Leia grifando termos desconhecidos, analisando se o material de estudo explica pontos importantes, se segue uma seqüência lógica de raciocínio. Após a leitura, procure a definição dos termos que grifou, se necessário anotando nas páginas onde aparecem tal definição, de forma que quando você for estudar a matéria para valer, não precise parar o estudo para ficar procurando essas definições, o que é um veneno para o bom estudo.

2º passo – Agora chegou a hora de estudar para valer a matéria. Esse passo deve ser repetido duas ou três vezes conforme o tempo que se tem disponível para estudo. O estudo nessa fase é mais lento e o nível de atenção é máximo. A idéia é entender a matéria, compreender como os diversos pontos do tópico se relacionam. Ou seja, a palavra de ordem nesse estágio é “aprender pra valer”.

3º passo – Depois que você já está íntimo da matéria, chegou a hora de facilitar sua vida. Nesse passo a idéia é estudar com um bloco de papel do lado fazendo um bom resumo da matéria, procurando anotar conceitos chave, pontos mais difíceis de entender e/ou memorizar. A idéia desse resumo é substituir a matéria seca no estudo periódico e servir como material de consulta rápida nos dias anteriores à prova.

4º passo – Não adianta nada estudar sem fixar o conhecimento adquirido. Adaptando um verso de uma música antiga, “memória sem fixação é vandaval”, ou seja, não fixou a matéria, esqueceu. O problema de esquecer o que se estudou por falta de fixação é que se perde tempo por precisar estudar tudo novamente um ou dois meses depois. E como é feita essa fixação? Preferencialmente resolvendo muitas questões de concursos passados ou questões simuladas. Se isso não for possível, relendo o resumo com muita atenção pelo menos uma vez por semana, se possível duas vezes.

Resumo da ópera – Esse, gente, é o método de estudo que uso para matérias com que nunca tive contato. Não é um método exclusivo, muito menos um método revolucionário de estudo, mas funciona muito bem. Fica a dica para os concurseiros novatos (e também para os nem tão novatos assim).

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA

O clipe de hoje é uma gravação ao vivo de um show na Grécia da ótima jazz band Club des Belugas com sua bela "What is jazz".

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Qual direito em primeiro lugar?

Faz alguns dias um concurseiro iniciante postou no shoutbox um questão muito interessante. Ele perguntou se para um concurseiro recém desembarcado na guerra dos concursos públicos seria mais interessante estudar primeiro Direito Constitucional e somente depois Direito Administrativo ou se poderia estudar ambas as matérias simultaneamente.

Essa é uma daquelas perguntas aparentemente muito simples, mas que não são nada fáceis de serem respondida apropriadamente. (In)Felizmente sou obrigado a dar uma resposta do tipo “encima do muro” ... depende.

Digamos que se trate de um concurseiro recruta que nunca teve nenhum contato com direito como matéria de estudo, nem mesmo leu um trecho que seja da Constituição. Nesse caso seria loucura tentar estudar ambas as matérias ao mesmo tempo. O que se conseguiria com isso seria muita, mas muita confusão mesmo.

Agora, se estivermos falande de um concurseiro recruta que já teve algum contato inicial com o direito como matéria de estudo, pelo menos tem uma noção do que está escrito na Constituição, bem, nesse caso é até possível, com muita organização e uma boa dose de esforço, estudar ambas matérias ao mesmo tempo de forma mais ou menos eficiente.

Realmente, esse tipo de dúvida é muito comum entre concurseiros iniciantes e não poderia ser por menos. Eu mesmo quando comecei a estudar me perguntei isso. Como na faculdade tive um semestre de “Introdução ao Direito”, optei por estudar ambas as matérias simultaneamente ... e mesmo assim me embananei em alguns pontos.

Em minha humilde opinião, são dois os problemas que giram em torno dessa questão:

1º - A estreita relação entre as matérias, que se em muitos pontos é uma vantagem, em outros é, sim, uma grande desvantagem.

2º - A falta no mercado editorial voltado para concursos de algum livro do tipo “Introdução ao Direito para quem não tem a mínima idéia de como começar a estudar essa disciplina”, algo que ajudaria muito aos novatos na guerra dos concursos públicos.

No caso de se estudar Direito Constitucional antes de Direito Administrativo, sugiro não aprofundar muito na matéria, visto que Direito Constitucional é vasto e pode tirar o foco do concurseiro. Estude o “geralzão” de Direito Constitucional duas vezes, faça uma centena de exercícios, só então comece a estudar Direito Administrativo no mesmo esquema.

Resumo da ópera – É isso aí, gente, na dúvida de como fazer correto, pergunte para quem já tem mais experiência.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Voltou o desejado e saudoso CLIPE DO DIA

Santigold com a agradável "Lights Out" ... tem gostinho de anos 80.

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