Não desista do concurso que almeja

 Dia desses encontrei com uma colega e a indaguei a respeito dos concursos públicos.

Perguntei, principalmente, sobre aquele que ela mais desejava (ou pelo menos era isso que ela falava): o concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil.

Ela então me respondeu que estava “meio parada”, e depois do último concurso ela não havia mais prestado nenhum outro. Ela também falou que era servidora pública (municipal) e que havia uma possibilidade de aumento da remuneração do cargo que ela ocupava (e aqui apenas menciono que, mesmo com o aumento da remuneração, ainda assim ela teria uma remuneração de aproximadamente 1/3 do cargo de AFRFB).

Mas de que isso importa? Importou pra mim constatar o desânimo daquela colega. E, principalmente, a falta de garra, de persistência.

Até onde sei, só para o último concurso da Receita Federal ela passou mais ou menos quatro anos estudando. E mesmo assim, e nem cabe aqui discutir isso, ela não obteve êxito.

Mas, aí é de se indagar: mesmo tendo estudado aproximadamente quatro anos para um  concurso específico e não ter obtido êxito, isto seria motivo para desistir? A resposta é um sonoro não.

E é um sonoro não, porque, como diz o guru dos concursos William Douglas, “concurso não se faz para passar, mas até passar”.

Ora, com aquela conversa constatei que aquela colega havia, simplesmente, desistido do concurso de AFRFB. E desistiu, pelo que percebi, porque há uma possibilidade de aumento da remuneração e porque a mesma já é servidora concursada.

Isto acontece muito no nosso dia a dia. Conheço algumas pessoas que pensam da mesma forma: ah, como já sou concursado, pra que bater cabeça estudando para concursos?

Mas é aí onde temos que nos perguntar: mesmo já sendo concursado, é isto mesmo que quero para minha vida? O cargo que ocupo é, de fato, aquele que sempre sonhei? Tenho que desistir daquele concurso que sonho só porque já sou concursado ou só porque há uma possibilidade, ainda que se torne realidade, de “ganhar” um pouco mais?

A resposta, novamente, é não. É não porque o meu trabalho se tornará, com o passar dos anos, chato, insuportável. E a consequência é que não estarei produzindo o meu melhor, com as forças de que disponho. O acordar para uma nova jornada se tornará um dor, e olharei para o relógio a cada cinco minutos desejando ardentemente que as horas passem.

Ou seja, se desejo, de fato, ocupar determinado cargo público, tenho que persistir, ter garra, recomeçar ou retomar meus estudos. Enfim, não posso me contentar com o que disponho, mas tenho que ir em busca de novos horizontes, de realização.

RESUMO DA ÓPERA - Não se contente com o seu hoje, ele pode até parecer bom, mas futuramente poderá tornar-se extremamente desagradável. Você sonha com determinado concurso? Então vá em busca dele. Não se deixe abater pelo espírito de conforto. Como diz William Douglas: “não há felicidade delivery, você precisa ir buscá-la dentro de si mesmo e nas escolhas que você faz”.

Ulisses Silva Maia é pai, professor, estudante, concurseiro, e está trabalhando, dia a dia, para identificar e trabalhar as deficiências.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.


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