Estudar ouvindo música?

Tempos atrás vi a mensagem de uma concurseira em um fórum sobre concursos públicos, no qual ela relatava que não conseguiu se concentrar para fazer uma prova por conta da música que vinha de alguma festa que estava sendo realizada nas imediações do local de prova. Segundo ela, a música estava longe, era baixinha, mas que destruiu sua concentração, já que ela estava acostumada a estudar com um protetor auricular (tampão de ouvido), ou seja, com silêncio absoluto.

Já li e ouvi essa dica de usar protetores auriculares para estudar, mas não acho que seja uma coisa que se deva fazer por dois motivos:

1 – No dia da prova o uso desses protetores não é permitido;

2 – Por mais calmo que seja o local de prova, não haverá o mesmo silêncio que existe com o uso de protetores.

Sacaram o problema? O cara acostuma a estudar e se concentrar usando protetores auriculares, ou seja, no silêncio. Chega o dia da prova e ele não pode usar os protetores. Se tiver azar, prestará prova em um local barulhento, ao lado de uma avenida movimentada, por exemplo. Se tiver sorte, prestará prova em um local calmo, dentro de uma universidade vazia, por exemplo, onde o nível de ruído, por menor que seja, ainda assim existirá. Pronto, esse concurseiro não irá conseguir se concentrar o suficiente para fazer uma boa prova, porque parte de sua atenção estará ligada nos ruídos que seus ouvidos captam.

Qual a solução para isso?

Solução 1 – Estudar sem usar protetores auriculares, procurando se acostumar com os ruídos do ambiente onde você estuda. No começo será difícil, mas com o tempo você se acostuma e não dá atenção a eles, voltando sua concentração para o que está estudando.

Solução 2 – Estudar ouvindo musica, para de um lado “quebrar” o ruído ambiente e de outro não se acostumar com um nível artificialmente baixo de ruído.

Eu, particularmente, adotei a segunda solução desde muito antes de começar a estudar para concursos público e não abro mão disso. Para mim a música não só quebra o ruído ambiente, mas também me ajuda a focalizar minha concentração nos estudos. Quando vou fazer provas, simplesmente não tenho problemas com ruídos ou para focar minha concentração.

Claro que para ouvir música estudando demanda obedecer algumas regras:

- Ouça gêneros musicais mais calmos e lentos, como música clássica, jazz, trance (música eletrônica lenta) ou canto gregoriano.

- Evite músicas com letras em português, para evitar que parte de sua atenção seja automaticamente desviada para entender o que está sendo cantado. Se as letras forem em inglês ou outra língua, esse problema, geralmente, não existirá.

- Cuidado com o volume do som, que deve ser alto o suficiente para abafar o ruído ambiente somente.

Claro que não é todo mundo que consegue estudar ouvindo músicas. Se este for seu caso, estude sem música, mas evite a todo o custo usar protetores auriculares, pois isso pode atrapalhá-lo e muito no dia das provas.

———«»———«»———«»———

DICAS

→ Português

Ao invés de ou em vez de?

As duas formas estão corretas, cada uma com seu sentido.

→ "Ao invés de" significa "ao contrário de" e usa-se quando se colocam em oposição idéias contrárias.

Ex:
"Ao invés de economizar, Gilda gastou todo o dinheiro"
"Teria sido melhor se Mário, ao invés de falar, ficasse quieto".

→ "Em vez de" quer dizer "no lugar de" e usa-se tanto para idéias contrárias quanto não contrárias.

Ex:
"Manifeste-se, em vez de se omitir".
"Em vez de crase, estude regência nominal agora".
"Por que você não usa a blusa amarela, em vez dessa (de + essa) feiosa aí?"

OBS - Assim, é incorreto dizer-se "Ao invés de ir à padaria, foi ao supermercado", pois padaria não encerra idéia contrária à de supermercado.

Ame as matérias que você odeia

Um dos pontos mais importantes abordado pelo William Douglas em sua palestra no Fim de Semana dos Concursos organizado pelo Meta Concursos, foi a necessidade de amar as matérias que você odeia, pois de outro modo você não irá conseguir estudá-las bem o suficiente (em termos de tempo e qualidade de estudo), fazendo com que seu sonho de aprovação demore mais para ser realizado.

Essa é uma daquelas verdades incômodas que todos conhecemos, mas que somente aplicamos depois que alguém que respeitamos nos dá um bom puxão de orelha.

Ainda não conheci um concurseiro que não odiasse alguma das matérias que precisasse estudar, algumas vezes até mais de uma. Tem gente que odeia direito constitucional, tem gente que odeia raciocínio lógico e matemático, tem gente que odeia informática. Só que como o William disse, quando odiamos uma matéria, quando ao termos de estudá-la logo pensamos “putz, tenho que estudar essa matéria que eu detesto”, automaticamente criamos uma barreira para o aprendizado, ou seja, nos auto-prejudicamos conscientemente. A solução para esse problema é simples e clara, devemos nos chavear para ao invés de odiarmos aquela matéria, a amarmos. Isso mesmo, dar uma volta de 180 graus em nossa opinião sobre ela. Se é fácil? Claro que não. Muito pelo contrário, é difícil, mas precisa ser feito.

No meu caso, sempre odiei gramática portuguesa como resultado de uma série de terríveis professores de português que tive nos primeiro e segundo graus, com exceção de dois ou três. Como sempre gostei muito de ler, conquistei um bom nível de correção ortográfica e gramatical por conta disso. Quando prestei vestibular (Fuvest), isso me salvou, pois naquela época as provas de português primavam a interpretação de textos. As coisas são diferentes no universo dos concursos, onde as provas de português cobram interpretação de texto, ortografia e a maledeta gramática. Não foi preciso mais que duas reprovações para eu detectar que apesar de garantir em torno de 80% de acertos de português com o que sabia, os 20% que eu errava estavam me atrapalhando e muito, já que em muitos concursos o peso para as provas de português são maiores que para outras matérias, sem contar o número de questões, que sempre é maior para essa matéria. Comecei então a estudar português diariamente, mas forçado, o que tornava o aprendizado era lento e difícil por culpa do bloqueio. Então ouvi o que o William disse sobre esse assunto nessa palestra, “passe a amar essas matérias que você menos gosta e com isso deixe de sofrer para estudá-las”. Não foi fácil me chavear em relação à gramática, mas agora consegui e estudo com gosto e aprendo muito melhor e mais rápido que antes ... e já consegui aumentar em pelo menos 5% meu índice de acertos na matéria, o que, com toda certeza, me deixará na frente de muitos candidatos na próxima prova que eu prestar.

Na maioria das vezes, esse ódio por alguma (ou até algumas) matéria é flagrante, o que torna mais fácil esse processo de chaveamento. O problema é quando esse ódio é subconsciente, não é claramente identificado. Nesse caso, o concurseiro terá de analisar com mais cuidado para poder identificá-las. Vejamos algumas ferramentas de identificação:

1 – Analise as provas e simulados que você já fez e veja quais as matérias nas quais seu desempenho é constante apesar do estudo contínuo, podem ser matérias que você odeia.

2 – Se quando você vai estudar algumas matérias você sente sono em demasia, interrompe o estudo constantemente, sente a má vontade só de pensar que tem de estudá-la, pode ser que você a odeie.

3 – Se apesar de saber que aquela matéria é importante e que precisa ser estudada com cuidado, você insiste em pensar que sabe o suficiente e não precisa queimar alguns neurônios com ela, pode ser que você a odeie.

Resumo da ópera – Odiar uma matéria é jogar contra você mesmo. É muito simples o concurseiro sério deve fazer. Identificar as matérias que odeia, chavear sua mente para passar a amá-las, estudá-las com gosto e tornar uma causa de reprovação em uma vantagem competitiva que levará à aprovação. Simples assim, não tão fácil de implementar, mas extremamente necessário.

———«»———«»———«»———

MOTIVAÇÃO

10 dicas do campeão da natação Gustavo Borges

Amor - Não faça as coisas somente por fazê-las. Faça-as bem feitas e com o coração. Ame o esporte que praticar.

Objetivos - Tenha objetivos a curto e longo prazo. Os dois são importantes, principalmente os de curto prazo, que estão mais ao alcance imediato e que vão motivar o atleta a chegar ao seu objetivo maior. Suba um degrau de cada vez.

Paciência - Tudo tem seu tempo e sua hora. Quando eu tinha nove anos, muitas meninas no meu grupo ganhavam de mim.

Sacrifício - Saber o que sacrificar é muito importante. Eu nunca chegaria onde cheguei se não tivesse aberto mão de certas coisas. Muitas vezes deixei de sair à noite com meus amigos porque tinha treino no dia seguinte.

Confiança - Depois de fazer todo um treinamento intensivo, é preciso confiança em si próprio para poder botar em prática tudo aquilo que está acumulado dentro de você. Quando terminei minha preparação para Atlanta, eu sabia que nadaria muito bem. No momento em que subi no bloco, só tinha uma coisa dentro da minha cabeça: fazer meu melhor resultado.

Persistência - Este item vem mais ou menos junto com a paciência. Sempre há altos e baixos na carreira de um atleta. Depois de um certo ponto, para melhorar um décimo de segundo que seja, é muito difícil. Mas é nesta hora que a cabeça tem que funcionar e o atleta deve continuar batalhando. Depois de Barcelona, em 1992, eu só fui melhorar meu tempo nos 100 metros livre no Pan-Americano de Mar del Plata, em 95, três anos depois.

Técnica de Nado - É importantíssima para a formação do atleta. Realizar muito treino educativo durante o aquecimento é o caminho certo. Mesmo em treinamentos para as Olimpíadas, os educativos sempre foram prioridade para mim.

Descanso - Outro fator fundamental para conseguir bons resultados. Nosso corpo precisa de recuperação, principalmente quando temos de treinar, estudar e nos preocupar com outras coisas. Procuro dormir 8 horas por noite e descansar uma hora durante o dia.

Alimentação - É preciso se alimentar bem. Alimentação saudável significa bons resultados. Eu tive uma excelente nutricionista quando era pequeno: 'Dona' Diva, minha mãe.

Força de Vontade - Várias vezes eu acordei às 5 da manhã para treinar e me perguntava: "É isso mesmo que eu quero?" A última coisa que eu queria era pular numa piscina fria, às 5h30 da manhã. Mas nunca perdi um treino por falta de vontade. Podia estar cansado, ter dormido mal à noite, mas eu sempre ia treinar. É nesses dias que surgem os campeões. Enquanto outros resolvem ficar dormindo, você está lá buscando mais uma chance de melhorar. Os dias não voltam atrás.

A fila anda

Tempos atrás vi em um blog uma seqüência de fotos muito engraçada, que mostravam faixas trocadas entre um casal, ou melhor, ex-casal. Na primeira foto a faixa dizia algo como “Priscila, eu te amo. Não vivo sem você. Me perdoa”. Opa, o cara pisou na bola com a menina e levou o pé na bunda. A segunda foto mostrava outra faixa com uma nova mensagem do “pisão na bola”. “Minha vida sem você não tem alegria. Volta pra mim”. Pelo jeito o cara começou a ficar desesperado. Na terceira foto, uma nova mensagem. “Priscila, não seja teimosa, dê mais uma chance para o nosso amor”. Hehehe, a paciência do cara com a amada estava esgotando. Então na última foto da seqüência, finalmente a resposta da tal Priscila. “Tiago, se liga, minha fila já andou faz tempo”! (Para quem não conhece essa gíria, dizer que “a fila já andou” quer dizer que a pessoa já ficou ou teve outros(as) namorados(as) e que o(a) ex virou lembrança ... talvez nem isso).

A historinha é engraçada, mas nem por isso eu queria estar na pele do coitado do Tiago, como muitos concurseiros gostam de estar quando não se desapegam dos concursos nos quais já foram reprovados.

Teoricamente a jornada do concurseiro deveria seguir passos distintos, que resultariam com a tão sonhada posse em cargo público. Os passos seriam estudar, fazer a inscrição em um concurso, estudar, prestar as provas, aguardar o resultado, ótimo se for aprovado, se for reprovado analisar as causas da reprovação e então recomeçar o ciclo. O problema é que muita gente empaca quando é reprovado e fica chorando por não ter passado, perdendo com isso tempo precioso, esquecendo do que já estudou, massacrando o que sobrou de motivação e auto-estima.

Se você acha que conquistar um cargo público no Brasil atual é fácil, saiba que você está redondamente enganado. Pense bem. O desemprego é fato para graduados em praticamente qualquer curso universitário, os salários pagos pela iniciativa privada são baixos e vêm acompanhados de uma boa dose de estresse e insegurança quanto à demissão. Tudo isso faz com que muiiiiita gente com diploma esteja doidinha para ser empossada em um cargo público com ótimo salário, estabilidade, segurança, baixo nível de estresse. Você deve saber disso, pelo menos deveria. E você achou que seria fácil vencer essa guerra? Se achou, você não tem idéia de onde é que você se meteu e está na hora de enfrentar a dura realidade.

As reprovações fazem parte da guerra para conquistar uma função pública. Isso é fato. Talvez não seja para uma meia dúzia de gente que encara o primeiro concurso sabendo tudo e totalmente calmo, mas essas pessoas são a minoria da minoria da minoria. Para o restante dos concurseiros, o negócio é lutar e ser derrotado até o dia em que a derrota dará lugar à vitória.

Para facilitar sua vida, vou dar uma “receita de bolo” para quando você for reprovado:

1 – Se dê exatamente 1 minuto para se lamentar pela derrota, nem um segundo a mais.

2 – Faça uma análise cuidadosa do que você errou na prova. Essa informação valerá ouro e indicará o que você precisará estudar melhor para ter sucesso nas próximas provas e o que precisará alterar suas estratégia de fazer prova.

3 – Esqueça desse concurso entoando o seguinte mantra: “Concurso em que não passei é passado”.

“Das derrotas tiramos as armas para a vitória” já dizia um ditado chinês que tem tudo haver com a realidade dos concurseiros. Agora, se você prefere insistir como o Tiago fez, o problema é somente seu ... e enquanto isso a fila está andando.

———«»———«»———«»———

Como um punhado de concurseiros não conseguiu baixar a nova tabela de controle de horas líquidas de estudo que postei anteriormente, coloquei a danada em um novo server para download:


Instruções para baixar:

- Na tabela ao final da página, na última linha chamada “select your download”, clique no botão FREE.

- Talvez apareça um contador regressivo, nesse caso você deve aguardar o mesmo esgotar para então ser levado à página de download.

- Entre com o código no campo ao lado do “here:” e então clique no botão de download.

———«»———«»———«»———

DICAS

→ Português

Onde e aonde

"Onde" é usando quando a referência for a lugar fixo, que não encerra a idéia de movimento.

Exemplo:

"Onde você mora?"
"A casa onde nasci não existe mais.”

"Aonde" emprega-se sempre com verbos que dão idéia de movimento, como ir e levar.

Exemplo:
"Aonde Viviane vai?"
“Leve o carro aonde aquele menino está correndo”.

OBS: Onde se refere a lugar e não, a tempo. É incorreto, pois, dizer-se "É esse o momento onde entro", pois se está falando de tempo. O correto é "É esse o momento quando (ou em que) entro".

Enquanto isso ...




Quais são seus obstáculos?

Ontem descobri algo muito chato. A gravação que fiz da palestra do William Douglas na Semana do Concurso simplesmente estava micada. Não me perguntem o que aconteceu, mas a gravação era 80% ruídos e 20% voz do William. Desconfio que foi porque eu estava muito perto de uma caixa de som que estava sendo usada na palestra. A gravação está perdida, mas minha memória (ainda) funciona. Listei os três pontos que considero os mais importantes da palestra e escreverei sobre eles ao longo da semana.

Logo no início da palestra, William pediu para escrevermos em um pedaço de papel o que considerávamos os três maiores obstáculos que enfrentávamos para estudar e passar em concursos públicos. Cada concurseiro que assistia à palestra anotou seus obstáculos. Quando terminamos, William perguntou para algumas pessoas o que haviam escrito e então fez uma pergunta que mexeu com todo mundo. “Se vocês sabem quais são esses obstáculos, que é a parte mais difícil, porque ainda não os eliminaram?”. Foi uma bomba que ninguém esperava.

Todos nós temos obstáculos que nos impedem de estudar com a maior qualidade possível e o suficiente para sermos aprovados nos concursos públicos que prestamos. Se temos condições de identificar corretamente quais são esses obstáculos, já é meio caminho para solucioná-los. O problema maior é quando alguém não consegue identificar com clareza quais são seus obstáculos ou, pior ainda, quando nem ao menos desconfia de que tem algum obstáculo em seu caminho.

Muitas vezes é duro ter a frieza necessária para identificar e listar nossos obstáculos. Alguns deles incomodam (senão não seriam obstáculos, né?) e podem parecer sinais de fraqueza, de incompetência. Essa experiência espinhosa é, no entanto, necessária para que a fase seguinte seja possível, a fase de eliminação desses obstáculos.

Ótimo, você já identificou seus principais obstáculos. Chegou então a hora de dividi-los entre “sob meu controle” e “fora do meu controle”. Estão fora do nosso controle obstáculos como doenças ou a opinião de outras pessoas, mas podemos controlar a indisciplina para estudar, a falta de técnicas de estudo e resolução de provas, o ficar dando bola para opiniões negativas de outras pessoas. Se alguns obstáculos não estão sob seu controle, tente minimizar ao máximo seus reflexos sobre você. Quanto aos obstáculos que estão sob seu controle, elimine-os o quanto antes e então fique mais leve e tranqüilo para estudar com muito mais qualidade.

Essa é uma daquelas coisas que são mais fáceis de serem comentadas, descritas, escritas, do que feitas. Só que não tem jeito, eliminar os obstáculos que o estão atrapalhando é necessário se você quiser otimizar seus estudos e suas chances de ser aprovado nos concursos que você planeja prestar.

———«»———«»———«»———

Muito obrigados pelos emails e mensagens comentando de forma tão positiva esse blog. É um prazer para mim compartilhar com vocês alguns dos meus pensamentos. Fico feliz por poder estar ajudando a motivar alguns colegas concurseiros nessa dura caminhada que compartilhamos.

———«»———«»———«»———

ATENÇÃO – No mês passado escrevi um artigo sobre o Método de Horas Líquidas de Estudo e disponibilizei para os interessados uma tabela de controle semanal de horas líquidas de estudo. Como não estava muito satisfeito com aquela tabela, fiz algumas modificações e criei uma nova tabela de controle, que venho usando desde semana passada e que vem se mostrando bem mais prática e eficiente.

No topo está a indicação da semana que está sendo controlada, o que é muito importante para a correta comparação do controle ao longo das semanas do mês.

- No eixo horizontal estão os dias da semana, de domingo (D) a sábado (S).

- No eixo vertical estão as horas líquidas estudadas.

Para quem ainda não sabe, horas líquidas de estudo são horas efetivamente estudadas, controladas pelo cronômetro do relógio (começou a estudar, dispara o cronômetro, parou para pegar apostila, interrompe o cronômetro, voltou a estudar, dispara o cronômetro, parou para ir ao banheiro, interrompe o cronômetro e assim vai).

Desenhei três linhas de controle.

- A linha “meta” determina o número de horas líquidas de estudo diárias planejadas para a semana, ou seja, para cumprir 35 horas líquidas na semana será necessário estudar 5 horas líquidas diárias.

- A linha “Max” indica o máximo de estudo para a semana (evitando estourar para não cansar muito e comprometer a semana seguinte).

- A linha “Mín” indica o mínimo de estudo para a semana (estudar menos que isso é suicídio).

A idéia é controlar diariamente as horas líquidas de estudo e anotar com um pontinho no eixo do dia respectivo na tabela, ligando os pontos com retas para formar um gráfico de controle (como no exemplo). Por ser uma ferramenta de análise visual, o controle pelo gráfico é muito mais efetivo no sentido de “manter a disciplina de estudo”, um dos grandes problemas dos concurseiro.

Se você acha que esse método de controle é muito duro, não se engane, ser aprovado em concursos públicos exige, sim, esse tipo de disciplina!


Quase

Saiu o resultado do concurso do Inmetro. Fiz quatro pontos a menos que a nota de corte para meu cargo. Não passei. Quem saber? Estou feliz. Claro que não é porque fui reprovado, porque não sou louco, mas porque agora sei melhor das minhas deficiências de estudo e isso me deixa ainda mais perto da aprovação em um cargo tão bom quanto o do Inmetro ou melhor.

Em geral, os concurseiros morrem de medo do dia da prova, mas têm verdadeiro pavor do dia da divulgação do resultado. Tem muita gente, inclusive, que já vai fazer a prova com medo do resultado, o que, claro, é um complicador e compromete o desempenho. Será que esse pessoal não se dá conta que isso é uma grande bobagem, um atraso de vida?

Vestibulandos têm algum direito de temerem as provas, afinal de contas, os melhores vestibulares acontecem somente uma vez por ano. Quem tem como objetivo ingressar na USP, na Unicamp, no Ita tem somente uma chance no ano. Não passou, terá de esperar o vestibular do ano seguinte. Eu vivi isso como muita gente viveu, muita gente vive. Mas com concursos públicos é diferente, já que concursos acontecem durante todo o ano, para todas as áreas. Há concursos, claro, que acontecem em intervalos maiores, mas aí entra o fato de que ter como objetivo um único concurso pode não ser a melhor estratégia.

É como o velho ditado popular do copo de água, que algumas pessoas vêm como meio cheio e outras como meio vazio. Quem vê uma reprovação em concurso público como um copo meio vazio sempre terá motivos para se lamentar, para chorar, para se desesperar, para querer desistir, achar que não tem chance. Agora, quem vê uma reprovação como um copo meio cheio, ficará feliz por ver a reprovação como um sinal de que a aprovação está mais próxima, porque analisará a derrota buscando as fraquezas que corrigidas não impedirão mais a vitória.

É tudo uma questão de confiança na própria capacidade e no quanto e como se está preparando para as próximas provas. As reprovações são preciosas para ajudar a corrigir o curso dos estudos, saber quais matérias se sabe mais e quais precisam de mais atenção. Simulados ajudam a dar uma idéia dessas correções necessárias, mas somente provas reais proporcionarão informações exatas.

Há dezenas de artigos e livros que dizem que a reprovação não deve ser um fator de desmotivação para o concurseiro. Muita gente fala nisso, muita gente escreve e comenta sobre isso, pena é que pouca gente aplica isso em sua vida. Se não fosse dessa maneira, não seriam tão comuns as mensagens de desmotivação de concursandos reprovados, gente em desespero que está a ponto de desistir. Porque? Porque desistir é mais fácil que corrigir os erros e continuar lutando.

Como diz o guru William Douglas, concursos públicos é uma fila organizada segundo o quanto se sabe. Quem sabe mais está na frente, que sabe menos está no final. A fila anda, quem sabe mais é aprovado e dá lugar para quem está atrás. Não é porque você não estava na primeira, na segunda, na décima leva de aprovados, que deve pensar em desistir. Imagino quantos ótimos concurseiros na boca da fila, que seriam aprovados no próximo concurso que prestassem, não foram aprovados simplesmente porque desistiram. Isso, sim, é morrer na praia. O cara nadou, nadou, nadou, quando ia tocar a areia da praia, se deixou afogar achando que ainda estava em alto mar. Morreu e deu lugar para o concurseiro que vinha logo atrás e continuou nadando.

Se você for reprovado em algum concurso, não se dê um segundo para lamentar. Ao invés disso, analise friamente o motivo da reprovação, em quais matérias você não foi tão bem, que tipo de questões errou. Se fazer isso parece difícil, pense que se você não fizer, alguém fará e poderá com isso passar na sua frente na fila dos aprovados em concurso público. Você vai deixar? Eu, não.

———«»———«»———«»———

DICAS

→ Português

Risco de vida OU risco de morte?

Tanto faz. As duas formas são corretas.

Argumentos de quem defende o risco de morte:
1o) O risco é de morrer, e não de viver;
2o) O risco é uma palavra de carga negativa, ou seja, sempre corremos o risco de uma coisa ruim: corremos o risco de sermos demitidos, e não sermos promovidos; o risco é de cair para a segunda divisão, e não de ser campeão; ninguém corre o risco de ganhar na loteria, mas corre o risco de ser assaltado. Assim sendo o risco seria da morte, e não da vida.

Argumentos de quem defende o risco de vida:
1o) O que está em risco é a vida, e não a morte;
2o) Há uma elipse do verbo. Está subentendido “risco de perder a vida”.

Não é, portanto, um caso de certo ou errado. As duas formas são possíveis.

Há, entretanto, um fato poderosíssimo a favor do “risco de vida”: é indiscutivelmente a forma mais usada. O uso de “risco de morte” causa muita estranheza.

Em razão disso tudo, a forma preferencial deve ser RISCO DE VIDA.

3ª Palestra – Auditor Fiscal da Receita Federal – Lia Salgado

Como havia prometido, hoje trago os principais pontos que a famosa ex-concurseira Lia Salgado (agora uma feliz Fiscal de Rendas do Rio de Janeiro) tocou durante sua palestra que deu no mês passado em São Paulo durante o Fim de Semana dos concursos organizado pelo Meta Concursos.

Para não deixar esse artigo muito longo, vou listar esses pontos e escrever um pouco sobre cada um. Quem quiser ouvir a palestra, no final tem o link para baixar o arquivo MP3. Isso mesmo, consegui um conversor que desses um jeito de converter os arquivos do meu gravador digital em arquivos MP3, que podem ser ouvidos no computador ou em tocadores de MP3.

Persistência – O concurseiro tem de ser persistente na sua luta pela aprovação e investidura em um cargo público. Não é fácil, o caminho é árduo, requer paciência, esforço e muito, muito estudo, mas no final tudo compensa, o sentimento de vitória, o ótimo salário garantido, a tranqüilidade.

Saber estudar – O concurseiro precisa saber estudar para assim não ter de ralar mais que o necessário para obter a tão desejada aprovação (sobre as dicas de estratégias de estudo que ela passou, vou escrever um artigo especial na semana que vem, já que é um assunto extenso).

Evitar o martírio – Lia ressaltou que o concurseiro não deve pensar que somente ele está naquela situação, achar que ele está em desvantagem em relação a todos os outros candidatos, que só ele tem problemas, só ele tem grana curta, só ele tem dificuldades para estudar. Todos os candidatos têm de vencer alguma dificuldade, ou melhor, algumas dificuldades, ninguém está livre delas.

Água – Cérebro de concurseiro é igual a um motor de carro, sem água vai fundir. É provado cientificamente que uma pessoa desidratada tem maiores dificuldades de concentração e aprendizado. O correto é beber, no mínimo, dois litros de água todos os dias.

Saúde – Concurseiro doente não estuda direito, isso se tem condição de estudar. Então, nada de descuidar da saúde e dar chance para a doença o pegar pelo pé.

Alimentação – Concurseiro com fome não estuda por falta de combustível para o cérebro e porque o ronco do estômago e a fome tiram a concentração. Deve-se procurar ter uma alimentação regrada, dividida ao longo do dia, leves e saudáveis.

Sono – A falta de sono tira a concentração, deixa a pessoa irritada e predisposta à depressão. Então, nada de abrir mão do sono sagrado para estudar. Depois de um certo ponto, tudo o que for estudado ao custo de sono perdido praticamente não será retido pelo cérebro. O melhor é dormir entre sete e oito horas diárias e estudar descansado.

Atividade física – É fundamental que o concurseiro não abra mão de atividades físicas no mínimo três vezes por semana durante quarenta minutos por dia. Isso evitará dor nas costas e no corpo, que sofre com as famosas HBC (horas de bunda na cadeira para estudar), aumenta a capacidade de memorização e concentração por conta do aumento da oxigenação do cérebro e diminui o estresse por conta das substâncias liberadas e eliminadas durante a atividade física.

Folga semanal – Muitos concurseiros acham que devem estudar como máquinas e abrem mão do descanso semanal, o que se prova fatal em pouco tempo. O correto é tirar semanalmente de meio dia a um dia para descanso, onde não deve estudar ou pensar em matérias de estudo, mas deve-se relaxar, dormir até mais tarde, praticar esportes, divertir-se (regradamente, claro).

Esses pontos representam 70% do que a Lia passou em sua palestra, o restante é sobre estratégias de estudo, que como disse vou tratar separadamente semana que vem. Realmente, todos esses pontos são muito importantes na vida do concurseiro. Muita gente pensa que estudar para concursos públicos se limita a estudar o máximo possível sem se preocupar com mais nada. Não é a toa que muita gente desiste, fica doente ou estressada durante essa jornada.

Antes dessa palestra eu não bebia o tais dos dois litros de água diariamente. Sou um bom bebedor de água confesso, gosto do líquido insípido, incolor e inodoro, mas depende do dia. Antes a quantidade que eu tomava diariamente variava muito. Depois da palestra, passei a me disciplinar a tomar pelo menos os dois litros diários, aumentando quando tenho mais vontade. Posso afirmar com toda a sinceridade do mundo que uma semana depois os efeitos já começaram a aparecer na forma de um sensível aumento de concentração e diminuição daquela sonolência chata que aparece quando se estudanda alguma matéria difícil. Gente, funciona mesmo!

———«»———«»———«»———

Quem quiser conhecer melhor a história da Lia Salgado, sugiro que visitem o website dela. Tem muito material legal por lá, inclusive os MP3 de outras palestras.


———«»———«»———«»———

Não deixem de baixar o MP3 da palestrar e ouvir com muita atenção. No começo a gravação não parece tão boa, mas os ruídos ambientes diminuem muito e dá para entender claramente o que ela diz.

O arquivo tem 65mb e 1:09 horas de duração. A apresentação da palestra foi feita por Fábio Gonçalves, da Academia dos Concursos do Rio de Janeiro (com quem também assisti uma palestra, que tem um artigo nos arquivos de outubro). Para baixar click no link abaixo.


OBS - Aguarde até aparecer uma caixa com um link de download.


powered by Blogger | WordPress by Newwpthemes | Converted by BloggerTheme | Blogger Templates | Low Interest Credit Cards