Ame as matérias que você odeia

Um dos pontos mais importantes abordado pelo William Douglas em sua palestra no Fim de Semana dos Concursos organizado pelo Meta Concursos, foi a necessidade de amar as matérias que você odeia, pois de outro modo você não irá conseguir estudá-las bem o suficiente (em termos de tempo e qualidade de estudo), fazendo com que seu sonho de aprovação demore mais para ser realizado.

Essa é uma daquelas verdades incômodas que todos conhecemos, mas que somente aplicamos depois que alguém que respeitamos nos dá um bom puxão de orelha.

Ainda não conheci um concurseiro que não odiasse alguma das matérias que precisasse estudar, algumas vezes até mais de uma. Tem gente que odeia direito constitucional, tem gente que odeia raciocínio lógico e matemático, tem gente que odeia informática. Só que como o William disse, quando odiamos uma matéria, quando ao termos de estudá-la logo pensamos “putz, tenho que estudar essa matéria que eu detesto”, automaticamente criamos uma barreira para o aprendizado, ou seja, nos auto-prejudicamos conscientemente. A solução para esse problema é simples e clara, devemos nos chavear para ao invés de odiarmos aquela matéria, a amarmos. Isso mesmo, dar uma volta de 180 graus em nossa opinião sobre ela. Se é fácil? Claro que não. Muito pelo contrário, é difícil, mas precisa ser feito.

No meu caso, sempre odiei gramática portuguesa como resultado de uma série de terríveis professores de português que tive nos primeiro e segundo graus, com exceção de dois ou três. Como sempre gostei muito de ler, conquistei um bom nível de correção ortográfica e gramatical por conta disso. Quando prestei vestibular (Fuvest), isso me salvou, pois naquela época as provas de português primavam a interpretação de textos. As coisas são diferentes no universo dos concursos, onde as provas de português cobram interpretação de texto, ortografia e a maledeta gramática. Não foi preciso mais que duas reprovações para eu detectar que apesar de garantir em torno de 80% de acertos de português com o que sabia, os 20% que eu errava estavam me atrapalhando e muito, já que em muitos concursos o peso para as provas de português são maiores que para outras matérias, sem contar o número de questões, que sempre é maior para essa matéria. Comecei então a estudar português diariamente, mas forçado, o que tornava o aprendizado era lento e difícil por culpa do bloqueio. Então ouvi o que o William disse sobre esse assunto nessa palestra, “passe a amar essas matérias que você menos gosta e com isso deixe de sofrer para estudá-las”. Não foi fácil me chavear em relação à gramática, mas agora consegui e estudo com gosto e aprendo muito melhor e mais rápido que antes ... e já consegui aumentar em pelo menos 5% meu índice de acertos na matéria, o que, com toda certeza, me deixará na frente de muitos candidatos na próxima prova que eu prestar.

Na maioria das vezes, esse ódio por alguma (ou até algumas) matéria é flagrante, o que torna mais fácil esse processo de chaveamento. O problema é quando esse ódio é subconsciente, não é claramente identificado. Nesse caso, o concurseiro terá de analisar com mais cuidado para poder identificá-las. Vejamos algumas ferramentas de identificação:

1 – Analise as provas e simulados que você já fez e veja quais as matérias nas quais seu desempenho é constante apesar do estudo contínuo, podem ser matérias que você odeia.

2 – Se quando você vai estudar algumas matérias você sente sono em demasia, interrompe o estudo constantemente, sente a má vontade só de pensar que tem de estudá-la, pode ser que você a odeie.

3 – Se apesar de saber que aquela matéria é importante e que precisa ser estudada com cuidado, você insiste em pensar que sabe o suficiente e não precisa queimar alguns neurônios com ela, pode ser que você a odeie.

Resumo da ópera – Odiar uma matéria é jogar contra você mesmo. É muito simples o concurseiro sério deve fazer. Identificar as matérias que odeia, chavear sua mente para passar a amá-las, estudá-las com gosto e tornar uma causa de reprovação em uma vantagem competitiva que levará à aprovação. Simples assim, não tão fácil de implementar, mas extremamente necessário.

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MOTIVAÇÃO

10 dicas do campeão da natação Gustavo Borges

Amor - Não faça as coisas somente por fazê-las. Faça-as bem feitas e com o coração. Ame o esporte que praticar.

Objetivos - Tenha objetivos a curto e longo prazo. Os dois são importantes, principalmente os de curto prazo, que estão mais ao alcance imediato e que vão motivar o atleta a chegar ao seu objetivo maior. Suba um degrau de cada vez.

Paciência - Tudo tem seu tempo e sua hora. Quando eu tinha nove anos, muitas meninas no meu grupo ganhavam de mim.

Sacrifício - Saber o que sacrificar é muito importante. Eu nunca chegaria onde cheguei se não tivesse aberto mão de certas coisas. Muitas vezes deixei de sair à noite com meus amigos porque tinha treino no dia seguinte.

Confiança - Depois de fazer todo um treinamento intensivo, é preciso confiança em si próprio para poder botar em prática tudo aquilo que está acumulado dentro de você. Quando terminei minha preparação para Atlanta, eu sabia que nadaria muito bem. No momento em que subi no bloco, só tinha uma coisa dentro da minha cabeça: fazer meu melhor resultado.

Persistência - Este item vem mais ou menos junto com a paciência. Sempre há altos e baixos na carreira de um atleta. Depois de um certo ponto, para melhorar um décimo de segundo que seja, é muito difícil. Mas é nesta hora que a cabeça tem que funcionar e o atleta deve continuar batalhando. Depois de Barcelona, em 1992, eu só fui melhorar meu tempo nos 100 metros livre no Pan-Americano de Mar del Plata, em 95, três anos depois.

Técnica de Nado - É importantíssima para a formação do atleta. Realizar muito treino educativo durante o aquecimento é o caminho certo. Mesmo em treinamentos para as Olimpíadas, os educativos sempre foram prioridade para mim.

Descanso - Outro fator fundamental para conseguir bons resultados. Nosso corpo precisa de recuperação, principalmente quando temos de treinar, estudar e nos preocupar com outras coisas. Procuro dormir 8 horas por noite e descansar uma hora durante o dia.

Alimentação - É preciso se alimentar bem. Alimentação saudável significa bons resultados. Eu tive uma excelente nutricionista quando era pequeno: 'Dona' Diva, minha mãe.

Força de Vontade - Várias vezes eu acordei às 5 da manhã para treinar e me perguntava: "É isso mesmo que eu quero?" A última coisa que eu queria era pular numa piscina fria, às 5h30 da manhã. Mas nunca perdi um treino por falta de vontade. Podia estar cansado, ter dormido mal à noite, mas eu sempre ia treinar. É nesses dias que surgem os campeões. Enquanto outros resolvem ficar dormindo, você está lá buscando mais uma chance de melhorar. Os dias não voltam atrás.

3 Response to "Ame as matérias que você odeia"

  1. Anônimo says:

    Olá, Amigo Concurseiro!!!!! Queria compartilhar o quanto ODEIO matemática ehehhe Mas uma coisa aprendi, como eu não gosto desse tipo de matéria, quando eu preciso estudar, estudo bemmmmmmmmm aprofundado para que eu não precise voltar na matéria ehehehe Vc abordou muito bem sobre o assunto! Mais uma vez obrigada por compartilhar suas dicas :) Grande beijo e fica com Deus!

    Raquel says:

    O seu blog é maravilhoso!
    Venho acompanhando a algum tempo, mas andava sem coragem de postar algo. Hoje a coragem apareceu e devo dizer que me identifico muito com as situações descritas por você. Essa nossa luta é mesmo solitária e calada. Ainda bem que seus textos têm o poder de me fazer refletir e colocam uma pá de cal no desânimo.

    Um abraço e bons estudos!

    Raquel says:

    Esse artigo é um daqueles que merece ser relido. Usar a reportagem do Gustavo Borges foi ótimo.

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