Orgulho de ser concurseiro

Poucos meses depois de começar a estudar para concursos públicos, tive a oportunidade de assistir em São Paulo a uma palestra do mais famoso ex-concurseiro do Brasil, William Douglas, que lá pelas tantas contou uma historinha sobre sua vida como concurseiro que era mais ou menos assim:

“Quando meu pai saia à rua e encontrava os amigos, eles acabam perguntando como estavam os filhos. Tenho um irmão que é engenheiro. Antes de eu passar em algum concurso, quando ainda me matava de estudar, mas não havia alcançado nenhum resultado palpável, meu pai respondia assim: Meu filho engenheiro está muito bem, tem um escritório de engenharia, está ganhando muito dinheiro, tem muitos clientes, dizia todo orgulhoso, mas quando falava de mim era assim: Meu outro filho está estudando para concursos, rapaz esforçado. Pronto, não falava mais nada. Então meus esforços começaram a frutificar, comecei a passar em vários concursos, comecei a emplacar primeiros lugares. Daí quando meu pai saia à rua e encontrava com os amigos, que perguntavam como estavam os filhos, ele passou a responder diferente. Meu filho mais novo, muito inteligente, já passou em vários concursos públicos, para isso, para aquilo, para aquilo outro, está muito bem, tem estabilidade, ótima remuneração, está tranqüilo ... e meu outro filho é engenheiro, rapaz esforçado”.

Vocês se identificaram com essa historinha? Eu me identifico até hoje. Ela é engraçadinha, mas na verdade é triste, é fato. Amigo concurseiro, não se engane, pode ter certeza de que se você ainda não é motivo de vergonha para familiares e amigos, será.

Como você pode dizer algo assim?” muitos de vocês devem estar perguntando nesse momento. Digo porque é verdade e pelo simples fato de que concurseiro que ainda não passou em concurso público vale menos uma página de anúncios da sessão de classificados de imóveis de um jornal do ano passado. Ou você ainda não sabe que no Brasil, infelizmente, estudar ainda não é motivo de respeito por parte de muita gente?!

Veja essa descrição da comunidade “Concursando em crise” do Orkut:

“Depois da formatura você ficou perdido(a), em busca do seu lugar no mundo, do significado da sua vida? Você era o orgulho da família e o futuro da nação e passou a ser um problema social, majorando os percentuais das estatísticas do desemprego?

Após inumeráveis momentos de sofrimento, desespero, indecisões, conflitos, angústias... Você decidiu tomar as rédeas da sua vida e se dedicar à estafante, dolorosa e solitária missão de se preparar para os concursos públicos? Começou a correr atrás dos cursinhos, dos editais, das provas e percebeu que os cinco anos do bacharelado foram um faz-de-conta e não terá apenas de revisar as matérias e sim aprendê-las?

Você tenta dar o melhor de si mesmo(a) para alcançar uma das tão sonhadas carreiras públicas? Mas, enquanto uns apóiam seu sonho, outros desdenham do seu objetivo e cobram satisfação da sua vida sem sequer pagar suas contas...”

Essa é a realidade de 99% dos concurseiros. Aliás, a denominação “concurseiro” é na cabeça da maioria sinônimo de “fracassado”. Exatamente, na limitada visão popular brasileira, o cara que continua estudando após os 23 anos, mais ou menos, na verdade não quer nada com a vida dura, com o trabalho, o cara está é enrolando para arrumar ume emprego, é um fracassado, um looser, um derrotado.

Só que, como que com um passe de mágica, quando o concurseiro finalmente alcança a vitória e é nomeado em um cargo público que muitos almejam, mas poucos têm coragem de lutar para conquistar. O fracassado se torna herói, os olhares de censura e vergonha tornam-se olhares de admiração e orgulho. É como na história infantil em que o patinho feio, humilhado e perseguido, se transforma num admirado cisne.

É duro ter de enfrentar a luta dos estudos diários, das provas concorridíssimas, do peso das derrotas, da incerteza, do medo, tudo isso potencializado pela dor de não ser respeitado, de ser olhado com um certo desprezo pelos outros e de vergonha pela família e amigos. Vai dizer que não é!

Mas seus problemas acabaram, amigos, pois tenho a solução para tudo isso. E para ter certeza de que você entenda direito, vou escrever em caixa alta (que equivale a gritar).

TENHA ORGULHO DE SER CONCURSEIRO!

Eu tenho orgulho de ser concurseiro, pois somente eu sei pelo que estou passando, das pedradas que tenho levado, das noites mal dormidas por conta da ansiedade, dos frios e dolorosos momentos de incerteza que tenho de lidar. Tenho orgulho porque sei que não é qualquer um que topa parar a vida como eu fiz, voltar para a casa dos pais, e encarar uma rotina de estudo diário, o dia todo, de segunda a sábado, que hoje completa exatos dezessete meses.

Tenho orgulho de ser concurseiro porque já aprendi muito. Quando comecei a estudar não sabia bulufas da maioria das matérias comuns aos concursos públicos e hoje sei muito, muito mesmo sobre elas.

Tenho orgulho dos três concursos em que já passei, mesmo que não dentro do número de vagas para nomeação imediata, mas que nos quais estou na fila e sei que uma hora vão me chamar.

Tenho orgulho de saber que minha hora está chegando e que logo, logo estarei empossado em um belo cargo público que a maioria dos mortais pode apenar sonhar em ter, mas que morrerão sem alcançar.

Tenho orgulho pela disciplina que conquistei, pela paciência, pela tenacidade, por tudo que me faz acordar dia após dia, sentar na minha mesa de estudo e passar o dia todo estudando, estudando, estudando, estudando.

Por isso digo, tenha orgulho de ser concurseiro. Ande com o queixo erguido. Deixe de responder aos sussurros quando lhe perguntam o que você faz, como que dando razão pelo desprezo com que te tratam. Chega, porra! Se você não se der valor, valor ao que você se propôs fazer, valor ao seu esforço, quem mais dará? Papai Noel? O coelhinho da páscoa?

Ontem fui a uma dessas centrais de xerox para mandar encadernas mais uma apostila de resumos, das dezenas que já mandei encadernar, e havia uma menina aguardando atendimento na minha frente. Quando a atendente perguntou o que ela queria, a garota disse muito baixinho, muito constrangida, que queria uma cópia de uma apostila de concurso feita por um professor da cidade e que estava sendo vendida no local. Até parecia que ela estava comprando algo proibido, drogas ou fotos de pedofilia, algo que não pudesse ser pedido em voz alta. Gente, se essa menina tem vergonha de usar do estudo para conquistar uma vida melhor, como ela poderá estudar de forma séria e comprometida? Não acho que tenha como.

Resumo da ópera – Ligue o foda-se para o que as pessoas pensam de você ande com o queixo erguido. Se você tem um compromisso sério com os estudos e com vencer na guerra dos concursos públicos, então é apenas isso que importa, nada mais. Se tem gente que te despreza, problema deles. Se tem gente que tem vergonha de você, pobre deles. Fique tranqüilo, que quando você for empossado em seu belo cargo público, terá certeza de que todo o esforço e sofrimento valeu a pena!

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Clipe do dia



Depois de um tema tão pesado quanto o de hoje, nada melhor que uma música bem animada para espantar os maus espíritos. Do filme "Marie Antoinette", com a banda Bow Wow Wow, a deliciosa música "I want candy".

Do outro lado - uma nova visão dos concursos públicos

Eu conheci o outro lado. Minha vida parece um monte de cenas céleres do filme "Moulin Rouge". Ainda não consegui assimilar. Explico: eu tirei 10,00 (dez) na redação, acertei 18/20 em língua portuguesa e 26/40 em conhecimentos específicos de Direito na Aeronáutica. Passei de fase! Legal demais! Ainda bem que é melhor que nos video games! (risos)

Minha colocação não foi a melhor, mas só de conhecer como funciona o ambiente militar e as demais etapas do concurso de Oficiais Temporários, já me considero uma vitoriosa. Por isso, muita coisa tem passado pela minha cabeça e eu ainda não consegui captar todas as nuances dos acontecimentos. Pode ser até que eu precise ir morar em outro estado. Preciso me acostumar com a situação...

O que posso relatar-lhes é que na segunda-feira, eu fui me apresentar no Rio de Janeiro, juntamente com meus títulos e algumas cópias de documentos. Cheguei pela manhã, cedinho, porque receava chegar atrasada.

Deu uma tremenda trabalheira providenciar tantas cópias de documentos. Isso porque foi uma Concentração Intermediária, pois na Concentração Final, teremos de apresentar mais documentos e cópias autenticadas. Aqui vai uma dica: no site www.tse.gov.br, há a possibilidade de se tirar uma certidão online e gratuita de regularidade eleitoral. Além de ser prática, tem fé pública. Ah, como é bom poder contar com a tecnologia!

Tive a grata surpresa de conhecer alguns concurseiros cariocas e de Belo Horizonte que já vinham debatendo no Fórum PCI Concursos (http://www.forumpci.com.br/topico/6799623#m741). São pessoas que sempre dão força uns aos outros e se mostraram super solícitos lá. Passamos o dia de segunda e a tarde de terça juntos. Espero que eu possa trabalhar com eles, pois todos foram muito agradáveis.

Na terça, fiz um exame psicotécnico. Quando fazemos um teste de tal natureza, mal comparando, nos sentimos dando um tiro no escuro. Isso porque, ao contrário de uma prova normal, não há uma resposta certa. São avaliados aspectos subjetivos da personalidade do candidato. Eles me avaliaram por meio de um extenso questionário sobre minha vida. Depois, interpretei algumas gravuras e fiz alguns desenhos que serão avaliados pelos psicólogos organizacionais da FAB. Honestamente, não sei se me saí bem. Apenas fui espontânea. Deixo na mão de Deus.

Nos próximos dias, estão marcadas avaliações médicas globais. Serão feitos testes sanguíneos, teste de esforço para mulheres acima de 35 anos (que não é o meu caso), entre outros exames. Precisarei estar presente no local muito cedo. Isso é bom para ir me acostumando a nova rotina futura.

Resumo da Ópera - Ainda faltam cenas dos próximos capítulos, mas já posso dizer que o presente aponta para um belo futuro.

Raquel Monteiro é colunista semanal desse blog.

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Drogados, castelos e bananas de sobremesa

“O concurseiro que só estuda, com o passar do tempo, fica que nem drogado, a única pessoa que (ainda) tem fé nele é a sua própria mãe”.

Esse desabafo foi deixado por um leitor do blog na shoutbox (aquela caixinha de mensagens curtas que tem no blog) esses dias e o pior é que se trata da mais pura verdade!

Quando uma pessoa decide largar tudo para estudar para concursos em tempo integral, apesar de ter um punhado de gente que acha essa uma decisão idiota e por isso não apóia, há também um punhado de gente que concorda que a pessoa deve procurar o que é melhor para ela, que deve mesmo lutar por um futuro melhor, e apóia sua decisão.

Então o tempo passa, os dias de estudo de sucedem, concursos públicos são prestados. Como é de se esperar, a luta do concurseiro é pontuada primeiramente de insucessos, de erros que indicam o que se está fazendo de errado, como se deve estudar melhor. Tudo bem, no começo todo mundo perdoa essas derrotas e o que não faltam são palavras de apoio, alento e encorajamento para o concurseiro.

Então o concurseiro passa a barreira de um ano de estudo, que para o senso comum de gente comum que não estuda para concursos públicos é o limite máximo para alguém conseguir ser aprovado, nomeado e empossado em um ótimo cargo público, assim como aconteceu como aquele “primo da tia da irmã da prima do namorado da filha da colega de trabalho da tia”. Isso até pode ter sido verdade há cinco ou seis anos atrás, quando a carreira pública estava em baixa e não existia essa coisa de concursos concorridos, mas isso acabou faz uns bons três anos. O que importa é que para essa pessoas, um ano é a fronteira que separa quem estuda sério do “vagabundo que está enrolando para não procurar emprego”.

Então o concurseiro passa da barreira de um ano nos estudos e nota que não há muito mais palavras de apoio e motivação. Do lado oposto, aumentam as críticas veladas e diretas ao fato de estar estudando e “ainda não ter passado em nada”, de estar perdendo tempo com um coisa que “você não tem capacidade de conseguir”. Só algumas pessoas muito próximas ainda acreditam no concurseiro e o apoiam. E isso tende a piorar ao longo do segundo ano de estudo em diante.

E não é que o desabafo do nosso colega concurseiro tem razão de ser mesmo? Uma pessoa com problema com drogas recebe o mesmo apoio no início do seu tratamento para se livrar do vício de que é vítima. Com o passar do tempo e com as recaídas, diminui o número de gente que apóia enquanto aumenta o número de gente que critica “aquele vagabundo que não quer se livrar das drogas”. No final das contas é mesmo somente a mãe e algumas pessoas muito próximas que realmente acreditam naquela pessoa que continuam a apoiá-la e a acreditar em sua recuperação.

Você está achando tudo isso muito trágico? Tudo muito triste? Acha que estou exagerando? Bem, então você que dê graças a Deus por isso, por não estar vivendo esse drama, que nesse exato momento é vivido por milhares de concurseiros, em maior ou menor grau, eu incluído.

Nossa sociedade dá valor ao instantâneo. O que é bom deve acontecer rápido. Qual a melhor lanchonete? O Mc Donald´s com seu atendimento rápido. Qual a melhor comida? A que fica pronta após cinco minutos no microondas. Qual o melhor automóvel? O que faz de 0 a 100km em menos de 10 segundos. Qual o sonho da maioria dos brasileiros? Ganhar na Megasena e ficar rico de uma hora para outra. Só que estudar, passar, ser nomeado e empossado em cargo público está longe de ser instantâneo ou rápido. Não, nada disso, é demorado. Então, é natural que quem dê valor ao “instantâneo” despreze o que é “demorado”.

Resumo da ópera – Mas é aquela velha história, quem sabe da sua vida é somente você, mais ninguém. Se formos viver baseados no que as pessoas dizem e pensam de nós, estamos ferrados. É como diz o velho ditado popular, “com as pedras que me atiram, construirei meu castelo” ... melhor, vou refazer esse ditado ao meu gosto ... “com as pedras que me atiram, estou construindo meu castelo ... e do alto da torre darei uma banana para todos que não acreditaram em mim!”.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Faça uma pergunta ao William Douglas e arrisque ganhar um livro para estudar

Estamos preparando uma matéria muito especial com a participação especial do guro dos concurseiros, WILLIAM DOUGLAS, e para isso faremos uma entrevista diferenciada com ele.

Juntamente com nossas perguntas apresentaremos também perguntas dos leitores desse blog. E para tornar essa atividade mais interessante, PREMIAREMOS a melhor pergunta enviada com um excelente livro apra estudar para concursos públicos. O título é surpresa, mas podemos adiantar que ele tem mais de 1.000 páginas e que impulsionará em muito seus estudos.

Receberemos essas perguntas para o William Douglas até o dia 10/01 (domingo) pelo email concurseirosolitario@gmail.com ... capriche na sua pergunta e arrisque ganhar esse excelente livro.




Ganhe tempo! Pergunte-me como

Todos nós algum dia já pronunciamos expressões como: “O tempo voa”, “Tempo é dinheiro” ou “O tempo não para”. Falamos isso como se o tempo fosse cada vez mais escasso. De fato o tempo diminui, mas porque o mundo passa por uma grande transformação. Tarefas como buscar os filhos na escola, antes simples, tornaram-se difíceis devido ao trânsito cada vez pior nas grandes cidades. No entanto, o tempo continua o mesmo, o dia tem 24 horas, cada hora 60 minutos e cada minuto 60 segundos.

Multiplicar as horas ou criar uma fórmula mágica para o tempo retroceder é um sonho impossível. Porém, chegar ao final da semana, do mês ou do ano com todas as tarefas cumpridas com tranquilidade é bem mais fácil do que se imagina. Você pode estar se perguntando: como isso pode acontecer? Respondo: basta ter vontade, persistência e muita disciplina.

Mas como ter disciplina? Para começar é necessário que você siga 3 passos fundamentais, quais sejam:

• Planejamento;
• Prioridade; e
• Produtividade.

1º Passo: Planejamento

Isso não é novidade por aqui. Existem vários artigos que falam sobre planejamento aqui no blog. Planejamento é um dos pilares do sucesso para conseguir a aprovação em um concurso público. A falta de organização é uma das principais responsáveis pelas nossas frustrações e estresse durante a nossa preparação para alguma prova e não a falta de tempo como muitos dizem.

Como diz o ditado popular “Sabendo usar não vai faltar”, assim é o com o tempo. Se você se planejar para usá-lo vai sofrer muito menos a pressão imposta pelo relógio. Claro que você não precisa fazer logo o planejamento para o ano inteiro. Como tudo na vida, comece devagar, aos poucos. Procure planejar o seu dia, depois a semana, o mês, até chegar ao ano.

Como planejar?

Faça uma lista de todos os seus afazeres do dia seguinte e monte uma agenda diária. Como assim? Vejamos:

Procure fazer esse planejamento no dia anterior. É importante que não se perca um minuto do dia preocupado com o planejamento e sim com a execução das tarefas. À medida que for executando, vai dando o ok. Você vai ver como é bom riscar tarefa por tarefa conforme for executando-as.

Não se preocupe com o começo. Nos primeiros dias tudo é complicado e difícil. Provavelmente você não conseguirá executar todas as atividades planejadas para o dia. Mas com disciplina e persistência você, com o tempo, vai conseguir fechar tudo o que foi planejado para o dia. Pesquisas demonstram que quando fazemos a mesma atividade por mais de 20 dias consecutivos vira hábito. Portanto, logo você verá que seus dias serão mais produtivos e se sentirá orgulhoso em ver as 24 horas do dia sendo bem utilizadas. Depois disso, faça o seu planejamento para a semana, mês e ano.

Outro ponto importante é não ser rígido e sim disciplinado com o seu planejamento. A flexibilidade é muito importante. Se não puder fazer determinada tarefa em um horário, transfira para outro horário. Mude sempre que precisar, afinal imprevistos acontece.

Para planejar a longo prazo, faça uma lista com os seus objetivos e metas. Selecione os mais importantes e faça um planejamento para alcançá-los. Defina prazos e etapas. Avalie as necessidades. Organize o tempo de dedicação. Para o seu objetivo se realizar, só depende de você.

2º Passo: Prioridade

Definir prioridades é difícil para qualquer um. Em meio a tantas, é difícil escolher aquelas que têm mais ou menos importância para as nossas vidas. É difícil, por exemplo, responder perguntas como: O que é mais importante pra você? O que você gostaria ou precisa fazer primeiro? Essas perguntas são muito subjetivas, ainda mais quando a pessoa estuda para um concurso público. A natureza do concurseiro é cheio de dúvidas. Nós sempre pensamos que qualquer coisa vale ao mesmo tempo em que sonhamos com aquele determinado cargo. Contudo, existem duas perguntinhas mágicas que auxiliam o concurseiro a definir suas prioridades, são elas:

- Se pudesse mudar o rumo da sua história, em que empregaria mais tempo?

- Qual o seu desejo secreto?

Ao responder essas perguntas, estaremos a um passo de definir nossas prioridades dentre às várias tarefas que temos durante todo o dia. Essas atividades podem ser divididas assim:

Prioritárias e urgentes: são aquelas tarefas que não podem ser deixadas para depois. Por exemplo: estudar todos os dias, nem que seja por pouco tempo.

Importantes, mas não urgentes: aquelas tarefas que você pode deixar pra depois ou encaixa-las em um momento do dia que não te atrapalhará em fazer suas tarefas prioritárias e urgentes. Exemplo: ir à academia.

Urgentes, mas não importantes: são tarefas que teriam que ser executadas imediatamente, mas que, não sendo realizadas no ato, não causam transtornos. Exemplo: Ir ao banco sacar dinheiro.

Dispersivas: são aquelas tarefas que mais atrapalham do que ajudam. Dão a sensação de que estamos ocupados. São as desculpas que damos a nós mesmos. Exemplo: olhar e-mail, assistir à TV.

Ao listar as atividades e classificá-las, somos capazes de definir as nossas prioridades e, consequentemente, melhorar o nosso planejamento diário.

3º Passo: Produtividade

Você já se manteve ocupado o dia todo e ao final do dia ter aquela sensação de não ter sido produtivo? Se a sua resposta for sim é porque você não tinha nenhum planejamento para aquele dia e muito menos definiu prioridades em suas ações, ou seja, tava mais perdido do que agulha no palheiro. Além disso, faltaram a você métodos e ferramentas para ser mais produtivo.

Imagina o exemplo: Todos os dias antes de sair de casa para estudar, Joana procurava naquele monte de materiais de estudos, algumas cópias específicas daquelas matérias que iria estudar naquele dia. Nada era organizado, estavam todos os livros, papéis e cadernos amontoados em cima de uma mesa em seu quarto. Ou seja, Joana perdia 30 minutos ou mais todos os dias procurando esses materiais. Ao invés disso, seria interessante ela utilizar um método de arquivamento desse material utilizando algumas ferramentas como pastas e etiquetas. Assim, ela não perderia tempo procurando os materiais e não comprometeria o seu planejamento.

Veja algumas dicas para melhorar a sua produtividade:

Relógio biológico: cada pessoa tem o seu. Neste caso, você precisa usar sua energia ao seu favor. Se você rende mais na parte da manhã, à tarde ou à noite, procure fazer suas atividades prioritárias neste tempo. No entanto, saiba que pesquisas revelam que é das 8 às 11h da manhã que atingimos o nosso auge de raciocínio e criatividade.

Não perca tempo: economize cada minuto do seu tempo e utilize-o da melhor forma possível. Se você dispõe de 15 minutos no fim do seu horário de almoço, estude uma matéria que lhe agrade. Se voltar pra casa de ônibus, leve contigo um MP3 e escuta alguma aula interessante. Todo minuto conta. Só um cuidado: procure não ler enquanto estiver em movimento pois pode causar descolamento da retina.

Uma atividade de cada vez: é para isso que serve o planejamento. Ao fazê-lo, procure se policiar para que não queira fazer mais de uma coisa de cada vez. Tudo tem o seu tempo certo quando somos organizados e definimos bem as prioridades. Estudar é uma tarefa que exige dedicação EXCLUSIVA. Não dá pra pensar no que tem que fazer amanhã, depois de manhã, no próximo mês.

Para fechar, é importante saber que existem alguns comportamentos que atrapalham no dia-a-dia de estudos para concurso. Uma delas é a desorganização. Uma pessoa que é assim está sempre correndo contra o tempo e impede a si mesmo de desfrutar da qualidade de vida que uma organização proporciona. Ser assim é estressante e não faz bem a ninguém.

Outro comportamento que atrapalha é a perfeição, apesar de muitas vezes ser tratada como uma virtude, nem sempre é possível ou necessário. O desgaste emocional criado pela busca da perfeição pode gerar um estresse que comprometerá todas as outras atividades. Nem sempre vale à pena.

Assim como não vale à pena deixar as coisas para depois ou dizer “sim” para tudo e todos. No primeiro caso, deixar tarefas planejadas com a justificativa de que depois serão resolvidas é prejudicial para aqueles que querem conviver bem com o relógio. No segundo caso, aprender a dizer “não” é uma atitude que deve ser colocada em prática, por mais difícil que possa aparecer. Dizer “sim” para tudo e todos é dizer “não” às suas tarefas, prioridades e ao tempo que não para.

Resumo da Ópera: Ter a coragem de dar os 3 passos (Planejamento, Prioridade e Produtividade) é dizer “sim, eu quero, eu desejo, eu vou ser aprovado em um concurso público”. Muitas pessoas não dão o devido valor a esses três importantes assuntos, acham que dar o salto é mais fácil. Ledo engano. Se você é uma delas ou está prestes a passar por esse caminho, essa é a hora de dar um salto para trás e, com tranqüilidade, dar esses 3 passos importantes para que você ganhe tempo e possa trilhar seu caminho rumo à aprovação.

Tiago Gomes, especialmente para o Concurseiro Solitário.

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Segunda-feira ...

Ahhhh, as segunda-feiras. É muito interessante como diferentes tipos de pessoas encaram o primeiro dia da semana. Alguns amam esse dia, outros odeiam, alguns, ainda, são indiferentes, mas todos têm uma opinião. Com concurseiros não poderia deixar de ser diferente.

De um lado temos os concurseiros que encaram esse dia da semana de uma maneira um tanto negativa, como se marcasse o retorno à uma luta inglória e difícil, o estudo e preparo para as próximas provas de concursos públicos. “Para mim a segunda-feira é o pior dia da semana por ser, exatamente, o dia em que caio mais na real de que ainda não fui empossado, que ainda não fui vitorioso nessa guerra”, disse um amigo certa vez. E não são poucos os concurseiros que pensam como eles. Uma vez vi alguém se referir a segunda-feira como “o dia da vergonha”, como se fosse algum tipo de vergonha estar lutando por uma vida melhor.

Por outro lado temos os concurseiros que encaram a segunda-feira como algo extremamente positivo, como a retomada da luta por dias melhores, mais confortáveis e agradáveis, com o doce sabor da vitória. É o dia de retomar os estudos, de se preparar o melhor possível para as próximas lutas que estão por vir. “Segunda-feira para mim é dia da largada de uma corrida que durará a semana inteira e na qual eu disputo o primeiro lugar comigo mesmo, em que tento me superar em termos de quantidade e qualidade de estudo”, disse outro amigo concurseiro.

Por fim, temos os concurseiros que não encaram a segunda-feira de modo diferente de como encaram qualquer outro dia da semana. “Para mim qualquer dia é dia de luta, faça sol ou faça chuva”, declarou uma amiga concurseira.

Eu, particularmente, procuro sempre encarar a segunda-feira de um modo positivo. Acho que começar a semana com o pé direito, animado com o estudo, afinal, essa é a melhor forma de fazer isso. Infelizmente não é sempre que consigo. De vez em quando a moral está baixa e daí não adianta, acabo começando a semana com o pé esquerdo, desanimado, chateado. Alguns outros dias, esses bem mais raros, começo a semana de modo indiferente.

Temos de compreender que vivemos fases. Nosso humor varia. Não é sempre que conseguimos encarar um começo de semana de forma animada, positiva e cheios de motivação. De vez em quando a luta parece mesmo muito dura, a corrida parece muito longa, daí não há cristão que consiga se positivo, alegre e motivado.

Não vou repetir aquela velha história de que devemos, SEMPRE, começar a semana animados, positivos, alegres e motivados. Não vivemos num mundo perfeito e por mais que desejemos, muitas vezes isso independe de nós, pelo menos em nível consciente. Acredito que devemos respeitar nossos “dias negros” e tentar lidar com eles da melhor forma possível, assim conseguimos fazer que eles durem menos possível. Como fazer isso? Vai depender de cada um, vai depender de você.

Vejam bem, digo que devemos respeitar nossos dias de baixa motivação, mas isso não significa que eles possam se suceder por vários dias, aí é problema. É como o mau humor, um ou outro dia mau humorado durante o mês é normal, mas passar a maior parte dos dias de mau humor por longos períodos é sinal de problema. Digo isso porque tem concurseiro que encara de forma negativa não apenas a segunda-feira, mas também a terça, a quarta, a quinta, a sexta, o sábado ... o domingo, não, porque é dia de descansar.

Resumo da ópera – O concurseiro sério deve, sim, lutar contra seus fantasmas e medos, mas também deve respeitá-los. Muitas vezes não adianta bater de frente com eles, pois as perdas seriam maior que os ganhos. De vez em quando é muito melhor aprender a conviver com um problemas e procurar isolá-lo para que cause o menor dano possível, do que bater de frente e só então descobrir que as perdas superam os ganhos.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Concurserios Paraquedistas

INSCRITOS: 105.000. VAGAS: 360

Assusta, não assusta?

Do total de inscritos, apenas 0,3428 % teriam chances “quase” que garantidas a uma vaga no concurso TJ-SP realizado em junho de 2007.

Vamos melhorar estes números e provar que Catraca de Canhão não é o mesmo que Conhaque de Alcatrão.

Os números acima se referem apenas à Comarca da Capital de São Paulo, se levássemos em conta a Grande São Paulo e Interior, teríamos pelo menos uns 300.000 inscritos para umas 500 vagas, o que significariam 0,166666 % de candidatos aptos a exercerem o cargo pleiteado, isto se depois desta prova passassem também pela prova prática de “digitação”, que por incrível que pareça, deixa muita gente boa de fora do pleito.

Lembro que em meu primeiro concurso, ao chegar ao local da prova me assustei com a quantidade de pessoas à espera da abertura dos portões, uma multidão de gente!

Confesso que dos cinco concursos que prestei até hoje, sempre me assustava com a quantidade de pessoas, mesmo no último que logrei êxito e me tornou um Servidor (esse TJ-SP aí de cima). Lembro até hoje, eu, nos altos dos meus 41 anos, encostado na parede da Uninove Vergueiro, fumando meu cigarrinho enquanto olhava aquela multidão de gente subindo as escadas rumo às salas de prova. Era gente que não acabava mais, o posto de gasolina da esquina teve de fechar e passou a atender apenas a massa que ia atrás de guloseimas e salgadinhos.

Para aqueles que costumam se assustar com o número de inscritos como eu, só tenho uma coisa a dizer, relaxa e goza.

O Buraco é mais embaixo.

Se você tiver estudado um pouco, com certeza já terá desbancado metade desta turma (mas não resolverá seu problema). Se você foi um pouco além e estudou mais, estará dente os 25% mais próximos das vagas que ficaram de fora (mas ainda não resolveu seu problema). Agora, se você estudou de verdade, se organizou, planejou, fez exercícios (provas anteriores), se preparou para as cinco horas sentadas na cadeira (chocolate, banana, dormiu bem, fluidificou o organismo etc.), com certeza você estará dentro dos 5% que realmente estão lutando por uma das vagas (agora sim, próximo a resolver seu problema).

Explico o porquê.

Sempre que abre um concurso daquele “do BOM”, é a maior correria. O tio liga para o sobrinho, a mãe avisa o vizinho, e o vozinho alerta a netinha “Eu lembro que o amigo de meu pai prestou e passou num concurso desse e hoje estaria bem se ainda estivesse vivo, vai lá que você consegue!”

Lá vai o mais novo paraquedista procurar os livros que o ajudarão a passar no concurso.

Dentre eles a Constituição de 1967. É quando alguém da família alerta “está desatualizada”, pega essa que é a última “1988”. Lá vai ele com o Livrão publicado em 1989 e a “revisão” publicada em outubro de 1993 (como previa a CF 88, após cinco anos ocorreria uma revisão).

Pode parecer exagero, mas é mais ou menos assim que acontece na prática, não é culpa do recém predestinado à vida de concurseiro, muito menos daqueles que tentam ajudá-lo.

A grande maioria dos que prestam concursos atira no escuro, e isso ocorre por diversos motivos.
Uns arriscam a “sorte”, nesse caso garanto que é mais provável ganhar na Megasena do que passar em um concurso sem estudar.

Outros acham que dando uma “lidinha” e com a recém formação obtida na escola particular vai obter a vaga na boa.

Mais alguns e chegamos àquele que por obter formação “na área”, vai conseguir a vaguinha de forma fácil.

Em resumo, poderia elencar aqui uma séria de situações.

95% dos que prestam concursos são paraquedistas de plantão, nem sabem direito por que estão lá. 5% posso dizer que estarão concorrendo plenamente às vagas, talvez este número eleve-se um pouco no tocante a concursos de níveis superiores, mas mesmo assim, não muito.

Por isso vemos tanta gente despreparada concorrendo sem ao menos saber o material que devem levar, normalmente compram apostilas de banca de jornal e leem apenas aquilo que conseguem entender. No dia da prova, vemos alguns estudando freneticamente como se aquele estudo de última hora fosse resolver, e, para piorar, levam algumas anotações em papel de pão (é verdade, eu vi !).

Gente, a verdade é uma só: Branco não é preto e preto não é branco, assim como quadrado não é redondo e redondo não é quadrado.

Garanto: Se você estudar de forma correta, organizada e disciplinada, não demorará muito a lograr êxito como eu e muitos mais obtiveram, e, ainda pretendo obter em outros.

Resumo da ópera - No concurso acima, se descontarmos os “paraquedistas” e aqueles que pouco estudaram, que estão arriscando a sorte e mesmo aqueles que foram porque os pais pegam muito no pé, sobrariam uns 5.000 candidatos que estariam concorrendo entre si. Digo mais, este tipo de concurso e outros selecionam por volta de 3.000 para a 2ª. Etapa (digitação), onde muitos não se classificarão (assim como não se classificaram mesmo, por vários motivos como nervosismo, relaxo, falta de treino etc...).

E olha só que legal: Apesar da quantidade de vagas no Edital (360), na verdade eles já nomearam 1.100 candidatos em um ano de validade. Infelizmente nem todos os concursos nomeiam bastante, mas há sim os que nomeiam como o TJ, TRT, CEF etc...

O negócio é se inteirar!

Jorge Luiz Inácio continua sendo concurseiro apesar de já estar empossado em um cargo público.

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